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Impactos econômicos das obras de infra-estrutura dos Jogos

Pan-Americanos do Rio 2007 em narrativas de mídia impressa

Impactos económicos de las obras de infraestructura de los Juegos 

Panamericanos de Río 2007 en las narrativas de los medios impresos

 

*Mestrando (a) do Programa de Pós-Graduação em Educação Física

da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES

Membro do Centro de Estudos em Sociologia das Práticas Corporais

e Estudos Olímpicos (CESPCEO).

**Grupo de Estudos em Representação Social e Mídia no Esporte – GERSOM

Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC

***Graduanda em Educação Física pela UESC, membro do Grupo de Pesquisa

em Prática Pedagógica em Educação Física e esporte (GPEF)

Doiara Silva dos Santos* **

doiarasantos@yahoo.com.br

Guilherme Ferreira Santos*

jeffter@hotmail.com

Ana Gabriela Alves Medeiros***

(Brasil)

 

 

 

Resumo

          Objetivo: Identificar e discutir possíveis diferenças e semelhanças nas narrativas de mídia impressa das Revistas brasileiras Veja (RV) e Carta Capital (CC), sobre os impactos econômicos das obras de infra-estrutura dos Jogos Pan-americanos (PAN) do Rio/2007, em suas versões impressas. Métodos: A pesquisa caracteriza-se como qualitativa com análise descritiva e interpretativa dos dados. Para proceder a pesquisa, utilizamos a Análise de Conteúdo Clássica (AC). É uma uma técnica que trabalha com a palavra, permitindo produzir inferências do conteúdo da comunicação de um texto, replicáveis ao seu contexto social (BAUER, 2002). O corpus deste estudo é constituído por duas reportagens: “Recorde Negativo” (RV) e, “PAN: que desperdício!” (CC). Uma ficha de observação foi elaborada para sistematização das análises. Resultados: As reportagens apresentaram pontos de convergência e divergência no que se refere às informações encontradas em suas narrativas sobre temáticas que se aproximam e apontam a uma mesma direção: críticas à organização do PAN no Brasil. De fato, deve-se considerar a diferente visibilidade política que ambas ocupam no cenário nacional. Dada a maior atenção e profundidade da CC ao tema, seus posicionamentos frente ao “caos” organizacional – comum nas duas narrativas – possuem mais detalhes que justificam tal postura. Conclusões: Apesar de direcionarem-se à mesma temática o principal ponto de divergência constitui-se nas narrativas sobre a importância e repercussão do PAN no cenário internacional. A narrativa RV destaca a visibilidade internacional do PAN e a CC descredencia essa visibilidade em relação à significância dos Jogos.

          Unitermos: Mídia impressa. Jogos Pan-Americanos. Impactos econômicos

 

Abstract

          Objective: Identify and discuss possible differences and similarities in the narratives of print Brazilian magazines Revista Veja (RV) and Carta Capital (CC), on the economic impacts of infrastructure works of Pan American (PAN) Rio/2007 in their print editions. Methods: The research is characterized as a qualitative descriptive analysis and interpretation of data. To carry out research, we used the classical Content Analysis (CA). It is a technique that works with the word, allowing the production of inferences of communication in the content of a text, reproducing its social context (BAUER, 2002). The corpus of this study consists of two articles: "Remember Negative" (RV) and "PAN: what a waste!" (CC). An observation form was developed for systematic analysis. Results: We identified convergences and divergences with respect to the information found, the thematic approach point to the same thing: criticism of the organization of PAN in Brazil. In fact, one should consider the different political visibility that both occupy the national scene. Given the increased attention and depth of the CC to the subject, their position against the "chaos" organization - common in the two narratives - have more details to justify such a stance. Conclusions: Although directed to the same central theme, the most important diverent point is on the narratives about the importance and impact of PAN in the international arena. RV narrative highlights the international visibility of the Pan American Games, CC authorize it and that visibility on the significance of the Games.

          Keywords: Printed Media. Pan-American Games. Economic impacts

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 137 - Octubre de 2009

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Introdução

    As mídias contribuem para o fenômeno de mundialização da cultura, o qual tem consolidado um mercado consumidor para as criações materiais e simbólicas disponibilizadas pela economia globalizada (BRIGGS; BURKE, 2004). Dessa forma, as práticas corporais, especialmente as possíveis de serem espetacularizadas e mercadorizadas integram o discurso midiático – tanto como veículo quanto como objeto de consumo –, visto que são relações imbricadas (KELLNER, 2006).

    O fenômeno esportivo tem sido historicamente uma dessas práticas. Também resultante das influências da sociedade industrial moderna, as narrativas sobre o esporte permeiam os sentidos, significados e valores inerentes a ele, mas, também abrangem essencialmente aspectos políticos e mais recentemente econômicos (PIRES, 2002; BRACHT, 2003). É dessa forma que o meio esportivo tem constituído um campo de interpretações complexas que se difundem através das mídias.

    O espetáculo e o dinheiro assumiram papel de grande destaque no âmbito esportivo. Gonçalves e Carvalho (2006, p.1) apontam que

    [..] a inserção da lógica de mercado como discurso dominante em múltiplos setores da sociedade conduz a mudanças nas organizações, das quais não estão isentas as organizações esportivas.

    Os autores ressaltam que, com essa nova lógica capitalista, as organizações esportivas em geral passaram a adotar elementos do universo empresarial para administrar seu mercado. Com isso, não somente os sentidos, significados e valores arraigados na competição esportiva passaram a ocupar um locus de destaque no discurso midiático, mas também os bastidores dessa lógica nas organização esportivas (por exemplo: federações nacionais, internacionais e clubes), bem como na organização de competições esportivas.

    O interesse em sediar competições internacionais gira em torno tanto no que concerne ao discurso moral em torno da prática esportiva quanto ao reconhecimento político, crescimento e desenvolvimento econômico. Os Jogos Pan-americanos na cidade do Rio de Janeiro em 2007 mobilizou o discurso midiático antes, durante e após sua realização através de várias frentes, como por exemplo: a participação dos atletas brasileiros, os possíveis legados, o desenvolvimento do campo esportivo, etc.

    Tendo em vista que a organização dos Jogos Pan-americanos no Rio de Janeiro foi narrada pela mídia em geral como um verdadeiro “trampolim” para que o Brasil pudesse sediar um evento com uma dimensão ainda maior (os Jogos Olímpicos de 2016) (SANTOS, 2009), o foco deste estudo está exatamente nas ameaças a esta possibilidade de sediar os Jogos Olímpicos em narrativas sobre os impactos econômicos das obras de infra-estrutura dos Jogos Pan-Americanos do Rio/2007. Questiona-se então, como estas narrativas se diferenciam ou se assemelham em reportagens das Revistas Veja e Carta Capital?

    Para tanto, tem-se como objetivo central identificar e discutir tais diferenças e/ou semelhanças, a partir de duas reportagens: “Recorde Negativo” (Revista Veja) e, “PAN: que desperdício!” (Revista Carta Capital). Uma ficha foi elaborada para sistematização das análises.

Métodos

    Para proceder a pesquisa, utilizamos a Análise de Conteúdo Clássica (AC). Esta técnica de pesquisa nasceu da tentativa de sistematizar e superar análises subjetivas das mensagens jornalísticas e documentais no início do século XX nos Estados Unidos. É uma uma técnica que trabalha com a palavra, permitindo de forma prática e objetiva produzir inferências do conteúdo da comunicação de um texto, replicáveis ao seu contexto social (BAUER, 2002).

    A AC pode ser quantitativa e qualitativa. Existe uma diferença entre essas duas abordagens: na abordagem quantitativa se traça uma freqüência das palavras que se repetem no conteúdo do texto (de acordo com objetivo da pesquisa). Na abordagem qualitativa se considera a presença ou a ausência de uma dada característica de conteúdo ou conjunto de características num determinado fragmento de mensagem. Foi utilizada para esta pesquisa a AC enquanto técnica de pesquisa para a descrição objetiva, sistemática e qualitativa do conteúdo manifesto nas referidas reportagens (MYNAYO, 2003).

Resultados e discussão

    A Tabela 1 apresenta os dados destas reportagens. Estes permitem identificar nitidamente que o desperdício de dinheiro para a realização do PAN se constitui como o grande foco nas duas narrativas e a isso se deve a escolha das reportagens. No decorrer da análise poder-se-á perceber que este desperdício está vinculado, sobretudo, às obras de infra-estrutura para o evento.

Tabela 1. Dados sobre o material de análise

Revistas

Título da reportagem

Subtítulo da reportagem

Data

Página

Seção

Veja

Recorde Negativo

Com fortes indícios de irregularidades e muitas trapalhadas, os Jogos Pan-americanos dão um mau exemplo de organização.

16/05/2007

68-69

Esportes

Carta Capital

PAN: Que desperdício!

Os jogos custarão dez vezes mais do que o previstos. E nada sobrará para melhorar a infra-estrutura do Rio.

21/02/2007

8-15

Especial / Capa

    Conforme a mesma tabela é possível também perceber o espaço concedido ao assunto nas diferentes revistas. A reportagem da revista Veja (RV) sede duas páginas para tratar do assunto, enquanto a Carta Capital (CC) destaca-o na capa da respectiva edição e aborda a temática em sessão especial de oito páginas, embora a Veja tenha sua edição publicada em data muito mais próxima da realização dos Jogos e, portanto, com o assunto justificadamente ainda mais em evidência.

    As reportagens sob análise deste estudo apresentaram pontos de convergência e divergência no que se refere às informações encontradas em suas narrativas sobre temáticas que se aproximam e apontam a uma mesma direção: críticas à organização dos Jogos Pan-americanos no Brasil.

    De fato, deve-se considerar a diferente visibilidade política que ambas ocupam no cenário nacional. Dada a maior atenção e profundidade da revista Carta Capital ao tema, seus posicionamentos frente ao “caos” organizacional – comum nas duas narrativas – possuem mais detalhes que justificam tal postura.

    Em sua sessão especial a CC apresenta novo título e subtítulo ao tema (diferente do encontrado na capa): “Ouro perdido: Com o custo aumentado em dez vezes, e sem trazer melhorias estruturais para a cidade, os Jogos do Rio são uma metáfora de que o Brasil não sabe crescer”.

    O medo de um vexame internacional é citado como fator que impulsionou o andamento da organização do evento. Naquele momento a reportagem narra que a menos de cinco meses dos Jogos as disputas políticas se amainaram e que as obras estavam perto de ficar prontas.

    Esta é uma narrativa comum às duas revistas. A RV pontua que após todos os problemas (políticos e organizacionais) a questão só foi amenizada após um esforço conjunto para “livrar o Brasil do vexame” de não conseguir realizar os Jogos Pan-americanos (Pan).

    As intenções de sediar os Jogos Olímpicos de 2016 e até a Copa do mundo de 2014 são narradas com desconfiança e sob ameaça de não trazer nenhum benefício ao país pela CC. A maneira como o esporte é administrado, o descaso com a explosão ,nos custos e a displicência quanto ao planejamento urbano são alguns desses pontos. Além disso, atribui-se como um fator que tenham motivado essa duplicação dos gastos o “capricho do Brasil” em encarar o Pan como uma pré-candidatura para os Jogos Olímpicos de 2016.

    Já a RV não menciona nem a candidatura do Brasil aos Jogos Olímpicos (JO) e nem a então candidatura para sediar a Copa do Mundo de 2014, porém, dá atenção especial à dimensão do evento. Menciona-se: a quantidade atletas e países que participarão (5.500 e 42 respectivamente); a quantidade de medalhas em disputa (2.500) e a quantidade de modalidades (34). Segundo a reportagem, o espetáculo seria visto por milhões de pessoas pela TV e teria como palco 29 instalações, embora enfatize que “os números que realmente impressionam são outros”(p. 68).

    A CC, por sua vez, sob a crença de que com muito menos dinheiro seria possível estruturar o esporte no Brasil, narra o Pan-americano como um evento com pouca significância no cenário internacional para que os gastos com ele tenham sido duplicados em relação ao orçamento inicial e isso é demonstrado pelo número de recordes mundiais quebrados durante o evento (14).

    A RV também evidencia que o Pan do Rio antes sequer da conclusão das obras conseguiu a “proeza” de ser o mais caro da história - doze vezes mais caro que cidades anteriores, que ficaram abaixo de 280 milhões. Pautando-se em relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU) a reportagem sentencia: “ além dos gastos exorbitantes, o papelório encerra uma aula de como não se deve organizar uma grande competição internacional” (p.68).

    Contratos sem licitação, obras inacabadas, falta de transparência e estouro de orçamento são citados como os principais problemas/causas para estes gastos exorbitantes que denomina de “farra olímpica” em relação ao desleixo com o dinheiro público. Esta denominação é a única menção à dimensão que os Jogos Olímpicos tem, e não identificamos no uso deste termo qualquer implicação do insucesso do Pan para a candidatura brasileira para sediar os JO de 2016.

    Para ilustrar a citada farra reporta-se que o Governo Federal, que planejava destinar 172,7 milhões de reais com os Jogos, já havia gastado até então 1,9 bilhão. Estes dados já tinham sido apontados pela CC em fevereiro, quando esta utiliza a declaração do secretário especial do município do Rio de Janeiro para o Pan – Ruy César Miranda Reis – em que teria afirmado ser a razão para o aumento dos gastos o fato de que o Brasil não estava sendo preparado “só” para o Pan mas também para os JO. Porém, na CC afirma-se que o valor de 172,7 milhões seriam advindos de recursos da prefeitura e não do Governo Federal.

    A RV reforça que é natural ultrapassar o orçamento previsto mas pontua-se que no Rio a “gastança” ultrapassou em quatro vezes o orçamento inicial. As instalações estavam atrasadas e só ficariam prontas às vésperas da competição. O Engenhão é citado como o melhor retrato da caótica preparação dos Jogos. Em função desses atrasos houve uma “correria” que gerou em inúmeros contratos emergenciais e dispensas de licitações milionárias.

    A CC também dá atenção a este ponto ao expor que é comum que o orçamento inicial não seja cumprido, numa comparação com os JO até se duplicam, mas não que se decupliquem. Ambas as revistas atribuem parte das responsabilidades ao Comitê Organizador. A RV o faz mais sutilmente apenas reiterando que o Comitê Organizador contribuiu para o que foi chamado de “bagunça”, fatores como a demora para tomar decisões resultou na contratação de empresas sem licitações inclusive para as cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos.

    São apontados como razões para atrapalharem a preparação dos Jogos não apenas os problemas de planejamento, mas, também “brigas” políticas. Justificadamente pela dimensão que o tema ocupa na CC, mais detalhes quanto a estas críticas ao Comitê Organizador são postos e se estendem até o Comitê Olímpico Brasileiro o qual teria feito do Pan um verdadeiro “balcão de negócios”.

    Em nota de destaque a CC pontua: “Aos amigos, tudo! Conduta grave é quando integrantes do COB trabalham ou estão ligados a empresas que prestam serviço para o próprio COB”(p.11).

    A ampla discussão da CC também explicita preocupações não verificadas na reportagem da RV quanto aos “legados” deixados para a cidade do Rio de Janeiro. A CC reitera que o mau planejamento do gerenciamento dos recursos também é apontado como crítica ao Comitê organizador, menciona-se que nem esforços dos governos federais e estaduais poderiam oferecer ao Rio algo além dos locais de competição ( a exemplo do setor de transporte). Segundo a reportagem, a cidade foi deixada para segundo plano.

    No que teriam sido declarações de Magic Paula - atleta brasileira do basquetebol que teria deixado o cargo na secretaria de esporte de rendimento por sua insatisfação sobre a falta de planejamento e investimento no esporte de base, bem como os custos exorbitantes com as obras do Pan – ficam as questões: “O que será das instalações esportivas? Haverá programas de formação de atletas ou apenas eventos pontuais?".

    A realização dos Jogos suscitaram análise acerca de seus possíveis legados no discurso midiático. De acordo com as constatações de Gurgel (2008, p.4)

    a construção da organização e do legado do Rio 2007 num embate discursivo-midiático permeia entre uma versão “entusiasmada” e a “pessimista” do que ia ser, antes, e do que foi, depois, o evento em questão. Esse olhar ora positivo ora negativo, inclusive, extravasa a cobertura desse evento e contamina também o acompanhamento dos fatos relacionados à definição de país-sede da Copa de 2014 e das cidades finalistas para a escolha da sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

    Sendo assim, é pertinente destacar que embora ambas as reportagens tenham sido publicadas antes da realização dos Jogos, a CC dá atenção à relação entre os administradores municipais e um possível futuro legado, sendo que este seria pouco provável, dadas as circunstâncias organizacionais até o momento da publicação da notícia. Destarte, notamos que a CC, ao dedicar sua atenção a estas questões, parte da idéia de que os Jogos deveriam deixar um legado no que se refere à infra-estrutura da cidade e “solução de problemas urbanos” (TAVARES, 2006). Nesta narrativa verificamos, sobretudo, uma preponderância desta discussão em relação ao transporte e instalações esportivas.

    Diferentemente, a reportagem da RV dá maior destaque às questões orçamentárias. Com uma estrutura textual típica em mídia impressa – uma tira retangular com períodos curtos com um link para ilustração da Vila do Pan – , metaforicamente e de maneira irônica expõe os “sete pecados capitais do Pan”: estouro no orçamento; contratos alterados; prazos descumpridos; instalações não testadas; dispensa de licitações; desentendimento entre as partes; e falta de transparência.

    É perceptível que as diferentes estratégias de abordagem dos conteúdos se relacionam com a diferença das características políticas das duas revistas analisadas.

Considerações finais

    Apesar de direcionarem-se à mesma temática central, as reportagens analisadas por este estudo apresentaram pontos de divergência. O principal destes constitui-se nas narrativas sobre a importância e repercussão dos Jogos Pan-americanos no cenário internacional. A narrativa RV destaca a visibilidade internacional dos Jogos Pan-americanos e a CC descredencia essa visibilidade em relação à significância dos Jogos.

    Temos como idéia conclusiva principal, então, que deste ponto básico sobre os Jogos Pan-americanos decorrem-se os distintos focos nos quais as narrativas são construídas, quais sejam: CC – destaque das questões num contexto micro (a cidade do Rio de Janeiro e seus problemas de transporte e urbanização); RV – destaque das questões num contexto macro (a União e os embates orçamentários, a visibilidade do país no cenário internacional). A partir daí vemos a necessidade de novos trabalhos e pesquisas que acompanhem as narrativas das duas revistas por um tempo maior (incluem-se reportagens durante e após os Jogos) para verificar se estes discursos são recorrentes.

    No que se refere às informações convergentes encontradas nas narrativas, estas, concentram-se nas críticas ao Comitê Organizador, embora dêem níveis de atenção diferenciados a estas críticas especialmente em relação à CC, que dedicou uma sessão especial para a temática.

Referências

  • BAUER, M. W. Análise de conteúdo clássica: uma revisão. In: BAUER M.W; GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. 3a ed. Petrópolis (RJ): Vozes; 2002. p.189-217.

  • BRACHT, V. Educação Física & Ciência: cenas de um casamento (in)feliz. 2ª Edição. Ijuí: Ed. Unijuí, 2003.

  • BRIGGS, A.; BURKE, P. Uma história social da mídia: de Gutenberg à internet. [Tradução Maria Carmelita Pádua Dias]. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

  • GONÇALVES, J.C.S; CARVALHO, C. A. A mercantilização do futebol brasileiro: instrumentos, avanços e resistências. Cadernos Ebape. Volume IV, Número 2, Junho, 2006.

  • GURGEL, A. A Construção do Legado dos Jogos Pan-Americanos Rio 2007 na Imprensa e a Formação de um Conceito Midiático para Megaeventos no Brasil. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. XXXI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Natal, RN – 2 a 6 de setembro de 2008.

  • GRUPO DE ESTUDOS OBSERVATÓRIO DA MÍDIA ESPORTIVA. Os jogos Pan-americanos Rio 2007 e o discurso midiático – esportivo: observação e análise da cobertura nacional. Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Chamada pública 01/2008/ME/SNDEL/REDE CEDES, Março-2008.

  • KELLNER, D. A cultura da mídia e o triunfo do espetáculo. [Tradução: Rosemary Duarte], Líbero, Ano VI - Vol 6 - n. 11, 2006.

  • MORAES, D. (Org.). Sociedade Midiatizada. [Tradução de Carlos Frederico Moura da Silva, Maria Inês Coimbra Guedes, Lucio Pimentel]. Rio de Janeiro: Mauad, 2006.

  • MINAYO, M. C. de S. (Org.) Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 22 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2003.

  • PIRES, G. L. Educação Física e o discurso midiático: abordagem crítico-emancipatória. Editora Unijuí, 2002.

  • SANTOS, G. F. O discurso midiático dos Jogos Pan-americanos Rio/2007 e a candidatura aos Jogos Olímpicos de 2016: O “trampolim do Brasil”. Coleção Pesquisa em Educação Física. Jundiaí, número, volume, e ano, páginas, (no prelo)

  • TAVARES, O. Quem são os vencedores e os perdedores dos Jogos Olímpicos? Pensar a prática. Goiânia, v. 8, n. 1, p. 69-84, jan./jun. 2005.

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revista digital · Año 14 · N° 137 | Buenos Aires, Octubre de 2009  
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