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A influência do jogador líbero no sistema de jogo 5x1

 

*Acadêmica do 5º semestre do curso de Educação Física na

Universidade do Estado do Pará (Altamira)

**Programa de Pós-Graduação Stricto

Sensu em Avaliação das Atividades Físicas e Desportivas

(Portugal)

Tássia Ívylla Souza de Oliveira*

tassiaivylla@hotmail.com

André Luiz Zanella**

zanellasc@hotmail.com

 

 

 

Resumo

          O voleibol foi criado por Willian G. Morgan, em 1985, e desde então veio sofrendo evoluções, e nem de longe parece com o voleibol que conhecemos hoje. O jogador líbero (JL) surgiu no ano de 1996, deixando caracterizar-se por sua especialidade em recepcionar e defender as bolas direcionadas para a zona de trás, especialmente. O JL tem a responsabilidade de facilitar uma boa distribuição e conseqüentemente um eficiente ataque, isso através de uma recepção ou defesa perfeitas. Muitas regras limitam este jogador especialista, já que não é permitido ao líbero ações de bloqueio, ataque, saque, entre outros procedimentos específicos. O líbero é um jogador de suma importância no sistema 5x1, uma vez que com sua velocidade de deslocamento, ação, reflexo, flexibilidade e coordenação irão proporcionar um passe eficaz para um bom ataque, já que o efeito da recepção possibilita as jogadas combinadas, fazendo com que as equipes apresentem uma qualidade de jogo mais ofensiva do que defensiva.

          Unitermos: Líbero. Voleibol. Sistema de jogo

 

Abstract

          The volleyball be boy along Willian Morgan, in 1985, ever since seam experience evolutions, and neither by far look like the volleyball that know today. The gambler líbero (JL) arise no year of 1996, drop characterize-whether along his speciality in reception and defend the balls direction for back the area, especially. The JL have the accountability of ease a good allocation and accordingly a businesslike attack, it across a desk either perfect defense. Many periods bound this gambler consultant, since no be allow to líbero stocks of blockade, attack, draft, among particular other courses. The líbero be one gambler of paramount amount no framework 5x1, whereas with your gear of displacement, act, reflection, flexibility and coordination go offer one blow over effective good one couple attack, since him effect of the desk to enable agreed the moves, do with that the crews present one grade of hurtful more game of what defensive.

          Keywords: Líbero. Volleyball. Framework of game

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 137 - Octubre de 2009

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Introdução

    O presente estudo deixa-se caracterizar por uma análise documental sobre a influência do jogador líbero (JL) no sistema de jogo 5x1, que por sua vez consiste em um sistema essencialmente ofensivo.

    De fato do JL é um especialista na função de recepção e defesa, mas não é apenas isso que esse jogador representa. Para que haja uma melhor compreensão, faremos uma breve retomada a criação do vôlei até os dias atuais, para então entendermos os benefícios da inclusão deste jogador, que aconteceu em 1996.

    Buscaremos uma compreensão em relação as suas características e a importância da recepção executada pelo JL nas jogadas ofensivas do sistema 5x1, através da interpretação, estudos e constatações de estudiosos da área.

Revisão

    O vôlei é um jogo que já sofreu muitas mudanças desde a sua origem, começando pelo nome, que inicialmente era Mintonnette, tendo como criador Willian G. Morgan, em 1895. A mudança se deu em função de que o gesto de tocar a bola quando a mesma encontrar-se no ar denominar-se voleio.

    Em 1947 surgiu a FIVB (Confederação Internacional de Voleibol), sediada e Paris. Logo em 1949 aconteceu o 1º campeonato.

    O voleibol passa a ser um desporto olímpico no ano de 1957, mas foi na década de 1980 que algumas alterações nas regras fizeram-se necessárias, já que a elevada performance das equipes profissionais vinha tornando exaustivas as competições.

    E finalmente, em 1996 o Voleibol conheceu o Jogador Líbero, um jogador atuante no fundo de quadra, podendo ser substituído sempre que fosse feito o rodízio, com substituições ilimitadas. Logo na inclusão desta “peça chave” no voleibol, era permitido o registro de apenas um JL por equipe, porém novas alterações foram feitas recentemente, permitindo então que cada equipe registre dois JL. Entretanto, apenas um poderá atuar, mas em caso que de troca, o JL titular não poderá retornar a partida.

    No vôlei o desenvolvimento do jogo é reflexo da defesa, uma vez que é ela que determina a sequência de fundamentos para a finalização da jogada. As regras impõe que os jogadores distribuem-se em quadra, seguindo o Rodízio. Entretanto existe algumas formas de organização, denominadas sistemas de jogo, onde como já revelado, o sistema de jogo 5x1 será enfatizado neste documento.

    No sistema 5x1 deixa-se denominar pelo fato que em jogo haverá um levantador para cinco possíveis atacantes. Compõem-se por dois meios, dois pontas, um oposto e um levantador, que organizam-se opondo-se ao jogador com função em comum.

    Como é obrigatório a realização de um rodízio, nem sempre o levantador estará na rede, especialmente na posição 3. Então faz-se um posicionamento de maneira que obedeça o rodízio, mas que facilite ao máximo a infiltração do levantador (deslocamento rápido do levantador até a rede). O líbero, por ser um jogador da zona de trás, pode posicionar-se apenas nas posições 1, 6 e 5.

    O líbero é um jogador “chave”, pois é um dos pilares do sistema 5x1, uma vez que com sua velocidade de deslocamento, ação, reflexo, flexibilidade e coordenação irão proporcionar um passe eficaz para um bom ataque, já que a qualidade da recepção e defesa é decisiva para a qualidade do ataque, segundo Cavalheiro e Tavares (2003).

    Como já foi dito, o JL que é um especialista com funções de recepção e defesa. Surgiu para suprir as dificuldades defensivas dos jogadores na zona de trás, conseqüentemente aumentando o tempo de rally (disputa de ponto) contribuindo também com o desenvolvimento do ataque.

    Segundo Zimmermann (1999) o aparecimento do líbero no jogo de voleibol veio promover uma melhoria no que diz respeito à qualidade da recepção, onde se percebe um crescimento no ataque de 2ª linha e um significativo aumento nas jogadas ofensivas, onde é de suma importância que haja integração da defesa. Haja vista que as funções ofensivas e defensivas estejam devidamente organizadas, ainda assim há uma variação de ações dos jogadores para cada jogada.

    Belllendier (2003) refere que o líbero é o jogador com maior domínio das habilidades defensivas, contribuindo com isso para o desenvolvimento do contra-ataque, concluindo também que a introdução do líbero contribuiu de maneira relevante para a melhoria da recepção da bola na defesa, já que efeito da recepção possibilita as jogadas combinadas, fazendo com que as equipes apresentem uma qualidade de jogo mais ofensiva do que defensiva.

    Como todo jogador de defesa o jogador líbero não pode realizar passada de bola, quando a mesma estiver acima do bordo superior da rede. O ataque só pode ser executado caso o líbero levante a bola de maneira permitida na zona de defesa, isto é, se o líbero fizer o levantamento estando na zona de ataque, a bola deverá ser apenas passada (sem o ataque) para a quadra adversária.

    Daí percebe-se que todo cuidado com posicionamento e procedimento de toque na bola é pouco quando se trata de recepção e defesa, especialmente com o jogador líbero. Valendo ressaltar que não é permitido a ele ações de bloqueio, ataque, saque, entre outros procedimentos específicos como foi relatado anteriormente.

    O líbero é um elemento fundamental no voleibol moderno, acarretando grande parte das responsabilidades da equipe (Mesquita et al 2002), pois é na maioria das ações defensivas é o líbero que possibilita as melhores condições de armação para o ataque, sendo dessa maneira que torna-se possível a criação de jogadas ofensivas.

    No processo de treino, o treinador deverá desenvolver no jogador líbero a capacidade de leitura do jogo, a tomada de decisão mais indicada para aquela situação, um grau de autonomia satisfatória para o desenvolvimento de suas funções na quadra ( Freitas, 2000).

    Garganta (2001) demonstra que existe uma preocupação ao nível do treino de velocidade, no caso o líbero, onde o jogador ira repetir ações rápidas, pois a capacidade que permite fazer esses tipos de ações dá-se o nome de capacidade de resistência. Este treino é esgotante, tanto fisicamente quanto mentalmente. O jogador deve gozar de um bom condicionamento físico, para que estas ações de velocidade sejam executadas durante todo o jogo, não fadigando, para que não haja um declínio em seu desempenho. O mesmo autor relata que um jogador mesmo sendo rápido na execução de ações individuais, precisa apresentar uma visão de jogo precisa, para que seja oportunizado soluções proveitosas para a equipe.

    A organização do ataque é possível a partir de dois momentos do jogo: a partir da recepção e a partir da defesa ao ataque adversário. A utilização do ataque rápido só é possível após uma recepção perfeita, comum nos sistemas ofensivos, afim de dificultar a defesa adversária, na busca do ponto.

    Assim, fica claro que o jogo voleibol sofre o tempo todo um efeito dominó, ou seja, quando a recepção ou a defesa não são realizadas com sucesso, as outras funções, como levantamento e ataque são totalmente comprometidos. E para que haja uma boa finalização e a conquista do ponto, é necessário um bom começo, e é exatamente para este que o líbero é treinado, tornado-se decisivo a atuação desse jogador.

Considerações finais

    As constatações obtidas com base nas analises das obras de estudiosos da área conclui-se que o voleibol é mais que um esporte, é uma arte, que tem como base o entrosamento em equipe, podemos considerar que dentre os esportes coletivos este é o mais coletivo, afinal cada jogada só possui sucesso a partir de uma combinação de ações.

    Por fim, o líbero foi introduzido com muito sucesso no jogo, pois como podemos identificar em nossa revisão ele simplesmente fez com que o jogo se tornasse mais dinâmico, proporcionando mais defesas, o que tornou o jogo mais atraente contribuindo para o desenvolvimento de grandes jogadas, sejam elas combinadas ou não. Constatando assim a efetividade do jogador líbero na intervenção na busca da criação de oportunidades de ataque e contra-ataque.

Referencias

  • Alves, J. e Araújo, D. (1996). Processamento da Informação e tomada de decisão no desporto. In J.F.A. Cruz et al., Colecção Manuais de Psicologia (pp. 361-388). Editora Bárbara Melo (SHO).

  • Bellendier, J. (2003). Una visión analítico–descriptiva del Mundial de Voleibol Argentina 2002. EFDeportes.com, Revista digital. Buenos Aires – año 9 - nº 60 – Maio de 2003. http://www.efdeportes.com/efd60/voley.htm

  • Cavalheiro, J. e Tavares, F. (2003). A influência da eficiência da manchete sobre a eficácia da recepção do serviço, no jogo de voleibol. In I. Mesquita; C. Moutinho e R. Faria (Eds). Investigação em Voleibol. Estudos Ibéricos: 262 – 279 FCDEF-UP.

  • F.I.V.B (2004). FIVB Continental Federations. In Federação Portuguesa de Voleibol , em Agosto de 2009 no site http://www.fpvoleibol.pt/documentação/.

  • Garganta, J. (2001a). O desenvolvimento da velocidade nos jogos desportivos colectivos. EFDeportes.com, Revista digital. Buenos Aires – Año 6 – Nº 30 – Febrero. http://www.efdeportes.com/efd30/velocid.htm

  • Garganta, J. (2001b). A análise da performance nos jogos desportivos. Revisão acerca da análise do jogo, Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, I (57-64)

  • Mesquita, I.; Guerra, I. e Araújo, V. (2002). Processo de Formação de Jogadores de Voleibol Centro de Estudos e Formação Desportiva, Lisboa

  • Zimmermann, B (1999). Changs and potential possibilities with the introduction of libero is mens world class volleyball. The coach. 1/99 4-12

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