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A influência da estrutura social na 

aprendizagem de estudantes em idade escolar

La influencia de la estructura social en el aprendizaje de los estudiantes en edad escolar

 

*Formada em Educação Física Especialista em Educação de Surdos

**Mestre em Ciências do Movimento Humano

***Formado em Educação Física

Especialista em Ciência do Treinamento Desportivo

(Brasil)

Giseli Santos Dalpiaz*

Valdir Bairros Duarte**

Marcelo Gonçalves Duarte***

duartemg83@gmail.com

 

 

 

Resumo

          A estrutura familiar mostrou-se nesta pesquisa como relevante, sobre o desempenho na aprendizagem escolar. O presente estudo descreve aspectos dos alunos e seus familiares, totalizando 27 familiares. Os alunos envolvidos estão matriculados nas escolas municipais localizadas em Torres/RS. As famílias responderam as questões abertas e fechadas. Os dados revelaram que a estrutura social familiar tem influência na aprendizagem e no desenvolvimento de seus filhos no desempenho escolar.

          Unitermos: Estrutura familiar. Aprendizagem. Desempenho

 

Abstract

          The familiar structure revealed in this research as excellent, on the performance in the pertaining to school learning. The present study it describes aspects of the pupils and its familiar ones, totalizing 27 familiar ones. The involved pupils are registered the located municipal schools in Torres/RS. The families had answered the open and closed questions. The data had disclosed that the familiar social structure has influence in the learning and the development of its children in the pertaining to school performance.

          Keywords: Familiar structure. Learning. Performance

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 136 - Septiembre de 2009

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1.     Introdução

    A família mostra-se como um contexto que pode contribuir para o desempenho escolar de crianças, em diversas idades, diante de fatores como a proximidade das pessoas nas relações de convívio, o estabelecimento de vínculos afetivos que proporcionam segurança e autoconfiança à prole e as práticas de cuidados a ela fornecidas (ZAMBERIAN, 2005). O adolescente está assimilando uma enorme quantidade de experiências físicas, sociais e intelectuais novas.

    Enquanto esta absorção está acontecendo, antes de ser digerido, o jovem fica mais ou menos num perpétuo estado de desequilíbrio. Os antigos padrões e esquemas já não funcionam muito bem, e os novos ainda não estão estabelecidos. É durante este período inicial que o grupo de companheiros é centralmente importante. A família é o primeiro grupo com o qual a pessoa convive e seus membros são exemplos para a vida. No que diz respeito à educação, se essas pessoas demonstrarem curiosidade em relação ao que acontece em sala de aula e reforçarem a importância do que está sendo aprendido, estarão dando uma enorme contribuição para o sucesso na aprendizagem. Educar filhos é uma tarefa complexa e para o seu bom desempenho é preciso uma preparação adequada.

    Afinal, a arte de educar consiste, sobretudo, na possibilidade de os pais crescerem junto com cada criança, respeitando e acompanhando a trajetória que vai da dependência quase total do bebê para crescente autonomia e independência filho quase adulto. Este trabalho, de certa forma, busca no contexto familiar, uma explicação mais objetiva da influência da estrutura familiar na aprendizagem, numa das etapas mais importantes da vida estudantil, que é o ensino fundamental. Após o exposto o objetivo do estudo é Analisar os fatores que possam influenciar na aprendizagem de alunos na idade escolar.

2.     Metodologia

    Este estudo caracteriza-se como um estudo descritivo, que visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis, através de pesquisa bibliográfica e experimental (PICOLLI, 2006).

2.1.     Participantes do estudo

    A população deste estudo foi composta basicamente por famílias de baixa renda residentes na cidade de Torres/RS. A amostra contou com a participação de 27 famílias caracterizadas como de classe baixa.

2.2.     Instrumentos e procedimentos

    Para este estudo utilizou-se um questionário com dois níveis estruturados com dados sobre os pais e as crianças pesquisadas. Aos alunos foi entregue um questionário estruturado dividido em dois níveis, com dados inicias dos alunos e posteriormente dos pais, a fim de que tivéssemos condições de embasarmos o estudo. No primeiro nível abordamos alguns aspectos relacionados com o aprendizado dos adolescentes e no segundo aspectos relativos à estrutura familiar. As crianças envolvidas na pesquisa foram escolhidas em virtude do perfil que se encaixava dentro do trabalho de pesquisa que nos propusemos a desenvolver e diagnosticar.

3.     Resultados e discussão

    Os dados presentes no questionário entre as 27 famílias será analisado através de percentuais, sendo que o primeiro dado analisado foi o sexo dos escolares.

Gráfico 1. Série em que estuda

    Os dados coletados foram organizados segundo os itens de cada nível, sendo evidenciados os percentuais mais significativos obtidos. Quanto à caracterização da amostra pela variável sexo, o maior índice foi de meninos, 51,85% e 48,15% de meninas. Sobre a idade das crianças envolvidas 62,96% tinham entre 10 e 12 anos; 25,92% entre 13 e 14 anos e 11,12% entre 15 e 16 anos.

Gráfico 2. Quantas vezes já reprovou

    Com relação a escola que estudam 40,74% estudam na Escola Santa Rita; 44,44% estudam no Colégio Mampituba e 14,8% estudam na Escola Alcino. Quanto o fator série que estudam 25,92% na 4ª série; 14,82% na 5ª série; 40,74% na 6ª série; 11,12% na 7ª série e 7,40% na 8ª série. Os resultados relacionados à freqüência de estudos na mesma escola 33,33% freqüentaram outras escolas e 66,67% freqüentam a mesma escola desde seu ingresso na vida escolar. Em relação a reprovação 51,85% já reprovaram e 48,15% não. Sobre quantas vezes reprovaram 50% reprovaram uma vez; 37,72% duas vezes; 7,14% três vezes e 7,14 cinco vezes. Quanto a série que reprovou 27,27 na 1ª série; 18,18% na 2ª série; 13,63% na 3ª série; 22,73 na 4ª série; 4,55 na 5ª série; 9,09 na 6ª série e 4,55% na 7ª série.

Gráfico 3. Tipos de dificuldade

 

Gráfico 4. Escolaridade dos pais

    Os resultados relacionados as dificuldades que encontram para estudar 46,67% relataram dificuldade de concentração; 13,33% problemas de relacionamento com colegas; 10% falta de material escolar; 3,33% dificuldades com a ortografia; 6,67% dificuldade na matemática e 20% não encontram nenhuma dificuldade. Quanto as profissões dos pais, 25,92 são pedreiros; 11,11% são pescadores; 7,40% são motoristas; 7,40% são garçons; 7,40% são frentistas; 7,40% são vendedores; 7,40 são corretores de imóveis, 3,70% carpinteiros; 3,70% açougueiro; 3,70% músico; 3,70% zelador e 3,70% aposentado. Quanto as profissões das mães, 40,75 são do lar; 11,11% vendedoras; 33,34% são domésticas, 3,70% babá; 3,70% são professoras e 7,40% auxiliar de cozinha. Com relação ao número de irmãos homens, 18,42% têm um irmão; 26,31% dois irmãos; 23,69% três irmãos; 31,58% quatro irmãos.

    Com relação ao número de irmãs 38,47% têm uma irmã; 19,23% duas irmãs; 23,07 três irmãs e 19,23 têm cinco irmãs. Quanto ao grau de escolaridade dos pais, 48,15% concluíram o 1º grau; 18,52% concluíram o 2º grau; 3,70 concluíram o 3º grau e 29,63% têm o 1º grau incompleto. Quanto ao grau de escolaridade das mães, 29,63% 1º grau completo; 40,75% o 2º grau completo; 3,70% o 3º grau completo e 25,92% têm o 1º grau incompleto.

4.     Conclusão

    Atualmente estamos presenciando muitos acontecimentos que estão gerando mudanças radicais na estrutura sócio-econômica da população, e, com isto, automaticamente, desencadeando vários problemas a nível familiar, muitas vezes influenciando nas atitudes dos filhos na escola. Sendo a escola o ponto de encontro de crianças provenientes de todos os níveis sociais, e estas se encontrando em fase de adolescência, apresentam em algumas ocasiões agressividade gerada por deficiências ocorridas em suas residências quer de ordem social, financeira ou de comportamento dos familiares.

    Cabe-nos de alguma forma tomar providências no sentido de alertar as Escolas para estes graves riscos, pois sua finalidade é implantar valores sociais entre outros tantos. Os problemas reais detectados neste estudo e vivenciados no transcorrer deste Projeto nos levou a acreditar que a estrutura social familiar tem influência preponderante na aprendizagem das crianças e adolescentes que durante este período freqüentaram o Projeto Segundo Tempo.

Atitudes que favorecem o sucesso dos filhos

  • Fale sempre bem da escola para criar em seu filho uma expectativa positiva em relação aos estudos;

  • Abrace-o e deseje coisas boas a ele quando estiver de saída para a aula;

  • Na volta, procure saber como foi o dia dele, o que aprendeu e como se relacionou com todos;

  • Conheça o professor e converse com ele sobre a criança e o trabalho dela na escola;

  • Em caso de notas baixas, não espere ser chamado: vá à escola para saber o que está acontecendo;

  • Mantenha uma relação de respeito, carinho e consideração com todos os professores;

  • Resolva diretamente os problemas entre você, seu filho e o professor e só recorra a outros em último caso;

  • Crie o hábito de observar os materiais escolares e ajude nas lições de casa;

  • Quando seu filho estiver com problemas, compartilhe-os com a escola sem omitir fatos nem julgar atitudes;

  • Comente com amigos e parentes os êxitos escolares dele, por menores que sejam para reforçar a auto-estima e a autoconfiança.

Referencias

  • FONSECA, Vitor da. Dificuldades de Aprendizagem. 2.ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

  • HERNANDEZ, José Augusto Evangelho. Relações interpessoais e processos grupais no ensino. Aletheia, Canoas: Ulbra, n. 5, jan.-jun. 1997.

  • PERROTTI, Edmir. Escola e Família: todos aprendem com essa parceria. Nova Escola, São Paulo, ano XXI, № 193, jun.-jul. 2006.

  • PICCOLI, João Carlos Jaccottet. Normatização para Trabalho de Conclusão do Curso de Educação Física. Canoas: Ulbra, 2006.

  • SILVA, Ana Beatriz B. Mentes Inquietas. 11.ed. São Paulo: Gente, 2003.

  • SZAPAZNIK; KURTINES, 1993. In: ZAMBERLAN, Maria Aparecida. Situações e recursos de aprendizagem em famílias de crianças escolares. Aletheia, Canoas: Ulbra, n. 22, jul.-dez. 2005.

  • ZAMBERLAN, Maria Aparecida. Situações e recursos de aprendizagem em famílias de crianças escolares. Aletheia, Canoas: Ulbra, n. 22, jul.-dez. 2005.

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