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Avaliação do equilíbrio dinâmico em atletas de ginástica rítmica

Evaluación del equilibrio dinámico en atletas de gimnasia rítmica

 

*Fisioterapeuta da Equipe de Ginástica Rítmica ADIEE/UDESC

Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC

(Brasil)

Manuela Karloh* | Raquel Petry dos Santos

Maria Helena Kraeski | Thiago Sousa Matias

manukarloh@gmail.com

 

 

 

Resumo

          Introdução: A Ginástica Rítmica (GR) é um esporte baseado na precisão, graça, originalidade dos movimentos. Requer o alto nível de desenvolvimento de algumas qualidades físicas, sendo o equilíbrio um fator decisivo para a performance nesta modalidade esportiva, uma vez que, grande parte dos gestos esportivos necessitam ser executados em posição de apoio unipodal somente sobre os artelhos. Este estudo tem por objetivo avaliar o equilíbrio dinâmico em atletas de Ginástica Rítmica. Materiais e Métodos: Participaram do estudo 16 atletas de GR, com média de idade de 13,8 ± 2,3 anos. O equilíbrio dinâmico foi avaliado através do Star Excursion Balance Test – SEBT. Os dados referentes às distâncias alcançadas no SEBT foram tabulados no programa SPSS v.16. Utilizou-se estatística descritiva e inferencial. Resultados: O valor total do SEBT (distância alcançada) foi de 94,5 ± 5,6 cm com apoio no membro inferior esquerdo e 95,1 ± 4,8 cm com apoio no membro inferior direito, sendo esta diferença não significativa. Não foram encontradas diferenças significativas nas distâncias alcançadas em cada uma das oito direções quando comparados o apoio no membro esquerdo com o membro inferior direito. A direção antero-lateral foi significativamente inferior às demais sete direções do SEBT. Conclusões: as atletas de ginástica rítmica do grupo estudado possuem maior capacidade de manutenção e restabelecimento de controle postural, fato que pode estar relacionado aos gestos desportivos específicos do esporte.

          Unitermos: Ginástica Rítmica. Equilíbrio dinâmico. Star Excursion Balance Test

 

Resumen

          Introducción: la Gimnasia Rítmica (GR) es un deporte basado en la precisión, la gracia, la originalidad del movimiento. Requiere un alto nivel de desarrollo de algunas cualidades físicas, siendo el equilibrio un factor decisivo para el rendimiento en el deporte, ya que la mayoría de gestos deportivos deben ser aplicados en condiciones de apoyo unipodal sólo con las puntillas. Este estudio tiene como objetivo evaluar el equilibrio dinámico de las atletas de Gimnasia Rítmica. Materiales y Métodos: Participaron del estudio 16 atletas de GR con una edad media de 13,8 ± 2,3 años. El equilibrio dinámico se evaluó mediante el Star Excursion Balance Test – SEBT. Los datos obtenidos en las distancias en SEBT se tabularon con el programa SPSS v.16. Se utilizó la estadística descriptiva e inferencial. Resultados: El valor total de SEBT fue de 94,5 ± 5,6 cm con apoyo en la pierna izquierda y 95,1 ± 4,8 cm con el apoyo en el miembro inferior derecho. Esta diferencia no fue significativa. No hubo diferencias significativas en las distancias obtenidos en cada una de las ocho direcciones en comparación del apoyo del miembro inferior izquierdo con el derecho. La dirección antero-lateral fue significativamente menor que las otras siete direcciones de SEBT. Conclusiones: las atletas de GR del grupo investigado tienen una mayor capacidad para el mantenimiento y restablecimiento de control postural, que puede estar relacionado con los gestos específicos del deporte.

          Palabras clave: Gimnasia Rítmica. Equilibrio dinámico. Star Excursion Balance Test

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 136 - Septiembre de 2009

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Introdução

    A Ginástica Rítmica (GR) é um esporte baseado na precisão, graça, originalidade dos movimentos além da necessidade de coordená-los com música. Requer o alto nível de desenvolvimento de algumas qualidades físicas, objetivando a perfeição técnica na execução dos elementos corporais obrigatórios e no manejo dos aparelhos1,2. Sendo fator decisivo para a performance nesta modalidade esportiva o equilíbrio.

    O equilíbrio é uma destas valências físicas essenciais na GR uma vez que as ginastas necessitam executar elementos que na sua maioria exigem a permanência em apoio unipodal sobre os artelhos durante suas apresentações3. Além disso, o equilíbrio é elemento corporal obrigatório previsto pelo Código de Pontuação da Federação Internacional de Ginástica. A qualidade na execução dos equilíbrios exerce influência na pontuação das provas realizadas, e conseqüentemente, no resultado final de uma competição4.

    Como pode ser um fator decisivo para a vitória ou a derrota na competição, cabe investigar fielmente o que é e como se comporta nas ginastas esta característica nomeada equilíbrio. Pode ser conceituado como processo de manutenção da projeção do centro de gravidade dentro da área da base de suporte do corpo e resulta da integração de informações dos sistemas vestibular, visual e somatosensorial5. É comumente dividido em dois componentes: equilíbrio estático ou dinâmico. O equilíbrio dinâmico é a habilidade do indivíduo manter-se na mesma posição quando em movimento, ou seja, em situações em que o centro de gravidade do corpo muda constantemente6.

    Atividades esportivas geram eventos que desafiam o equilíbrio corporal, sendo necessária a manutenção do equilíbrio dinâmico para a execução dos gestos desportivos. Cada esporte requer diferentes níveis de processamento sensório-motor para executar os gestos esportivos específicos e também proteger o sistema musculoesquelético de lesões3.

    Com base no exposto, este estudo tem por objetivo avaliar o equilíbrio dinâmico em atletas de ginástica rítmica.

Materiais e métodos

Sujeitos do estudo

    Participaram do estudo atletas do sexo feminino, integrantes de Equipe de Ginástica Rítmica ADIEE/UDESC de Florianópolis/SC. As atletas foram convidadas a participar voluntariamente do estudo, 16 ginastas concordaram em participar da pesquisa e preencheram os critérios de inclusão. Foram incluídas as atletas entre 12 e 19 anos, praticantes de somente uma modalidade esportiva nos últimos três anos e que não estivessem envolvidas em outro programa de treinamento de equilíbrio fora do executado nos treinamentos da equipe em questão. Os pais ou responsáveis pelas atletas assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido e o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa de Seres Humanos da Universidade do Estado de Santa Catarina (53/2009). A média de idade e o comprimento dos membros inferiores (média de ambos os membros) foram, respectivamente, 13,8 ± 2,3 anos e 84,9 ± 7,1 centímetros. Todas as atletas possuem o membro inferior direito como dominante.

Protocolo

    A coleta dos dados foi realizada durante a pré temporada, em um único dia e no próprio local de treinamento da equipe. Constitui-se de anamnese (iniciais da atleta, data de nascimento e membro inferior dominante); mensuração do comprimento dos membros inferiores de acordo com protocolo proposto por Gribble e Hertel (2003)7; e execução do teste de equilíbrio dinâmico. As participantes foram instruídas a evitar qualquer exercício físico nas duas horas que antecederam a coleta de dados.

Instrumentos

    O equilíbrio dinâmico foi avaliado através do Star Excursion Balance Test – SEBT, o qual se avalia a habilidade do indivíduo manter o equilíbrio corporal enquanto realiza tentativas de alcançar a maior distância possível com o membro contralateral em direções específicas7. O SEBT consiste em oito linhas desenhadas no chão, cada uma delas com 120 cm partindo de um ponto em comum no centro. As linhas estão afastadas 45º uma das outras e marcadas em uma escala de 1 cm (figura 1). Este instrumento representa uma alternativa simples, de fácil aplicação e de baixo custo. Além disso, estudos anteriores demonstram a confiabilidade8,9, a validade10 e a sensibilidade do instrumento11.

Procedimentos

    Para a realização do teste a atleta foi posicionada no centro do circuito (ponto de intersecção das oito linhas) em apoio unipodal. Em seguida deve tocar com a ponta pé do membro contralateral (membro livre) o mais distante possível cada uma das oito linhas (direções), retornar ao centro, e assumir a posição de apoio bipodal. O toque deve acontecer de forma suave a fim de garantir que este membro não influencie na sustentação e equilíbrio do corpo. Antes da atleta executar o teste, um examinador treinado realiza a explicação e a demonstração do procedimento. Previamente às coletas de dados realizou-se um período de familiarização com o procedimento. As participantes executaram seis tentativas em cada uma das oito direções a fim de minimizar os efeitos do aprendizado do teste10. Após um período de 5 minutos de repouso as atletas iniciaram o procedimento. Realizaram-se três tentativas em cada uma das oito direções intercalando-se o apoio em cada um dos membros inferiores. Iniciou-se com o apoio unipodal no membro inferior direito. Em seguida executou-se o mesmo procedimento com o apoio unipodal no membro inferior esquerdo, e assim sucessivamente. Foi executado um período de cinco minutos de repouso entre cada uma das tentativas12. Todas as atletas executaram o teste no seguinte sentido: anterior, medial, posterior e lateral.

Figura 1. Star Excursion Balance Test – SEBT

    Objetos posicionados próximos ao circuito e pessoas não envolvidas com a aplicação dos testes foram retirados do local a fim de que não fossem fornecidas dicas visuais às atletas. Além disso, as participantes não receberam incentivos durante a execução do teste3.

As tentativas foram descartadas e repetidas se a atleta: 

  1. tocasse fora da linha ou não tocá-la enquanto mantém-se equililibrada em apoio unipodal, 

  2. tocasse a linha de modo que o membro livre influencie na sustentação e no equilíbrio do corpo,

  3. tirasse o pé de apoio do centro do circuito, 

  4. perdesse o equilíbrio durante qualquer momento da tentativa, ou 

  5. não permanecesse na posição inicial ou final de apoio unipodal por um segundo completo7,11.

    Após o sujeito completar o circuito, o examinador realiza a mensuração da distância alcançada, a partir do centro do circuito até o ponto que representa a maior distância alcançada em todas as direções10,13.

Análise dos dados

    Todas as avaliações foram executadas pelo mesmo avaliador. Realizou-se a normalização de cada valor em função do comprimento do membro inferior de cada uma das atletas (distância alcançada/comprimento da perna x 100 = percentual do comprimento da perna)7. Para o tratamento dos dados foi utilizada a média das três distâncias atingidas em cada uma das oito direções.

Tratamento dos dados

    Os dados referentes às distâncias alcançadas no SEBT foram tabulados no programa SPSS v.16. Utilizou-se estatística descritiva (medidas de tendência central, freqüências e percentuais, cálculo da média, e desvio padrão) para todas as variáveis do estudo. Para verificar a normalidade dos dados realizou-se o teste Shapiro-Wilk. Foi observado que os dados apresentaram distribuição normal. Deste modo para a análise inferencial utilizou-se o teste “t” de Student para amostras independentes com a finalidade de comparar as médias das distâncias alcançadas dos membros inferiores esquerdo e direito de cada uma das oito direções. Utilizou-se a média de ambos os membros inferiores para comparar as direções através da análise de variância ANOVA One-way com Post Hoc de Scheffe. O nível de significância adotado foi de a = 0,05.

Resultados

    O valor total do SEBT (distância alcançada) foi de 94,5 ± 5,6 cm com apoio no membro inferior esquerdo e 95,1 ± 4,8 cm com apoio no membro inferior direito, sendo esta diferença não significativa. Não foram encontradas diferenças significativas nas distâncias alcançadas em cada uma das oito direções quando comparados o apoio no membro esquerdo com o membro inferior direito. Dessa forma, para as demais análises optou-se por utilizar a média dos valores de ambos os membros inferiores, estes apresentam-se listados na tabela 1.

 Direção

Mínimo

Máximo

Média

Desvio-Padrão

Anterior

81,48

106,17

93,34

6,46

Antero-medial

88,19

107

97,03

5,15

Medial

85,94

114,29

98,84

6,32

Póstero-medial

83,75

112,82

100,72

7,86

Posterior

83,97

110,44

100,02

7,66

Póstero-lateral

79,12

112,5

95,89

8,44

Lateral

73,42

112,88

92,20

9,82

Antero-lateral

70,46

90,3

80,79

5,04

Total

84,44

102,25

94,81

5,05

Tabela 1. Distâncias alcançados no SEBT (em centímetros)

    A ordem das distâncias alcançadas no teste de equilíbrio dinâmico foi a seguinte, da maior para a menor: póstero-medial, posterior, medial, antero-medial, póstero-lateral, anterior, lateral e antero-lateral. Observou-se diferenças significativas na distância alcançada entre as oito direções. A análise Post Hoc revelou que a direção antero-lateral foi significativamente inferior às demais sete direções do SEBT. Além disso as distâncias alcançadas na direção postero-medial foram significativamente maiores as distâncias na direção lateral (figura 2).

Figura 2. Distâncias alcançadas em cada uma das direções do SEBT. Observou-se diferenças significativas na distância alcançada entre as oito direções.

 A direção antero-lateral foi significativamente inferior às demais sete direções do SEBT (*) e as distâncias alcançadas na direção postero-medial 

foram significativamente superiores as distâncias na direção lateral (‡)

Discussão

    A manutenção do equilíbrio durante situações dinâmicas, como no SEBT, envolve a habilidade de manter a projeção do centro de gravidade dentro da área da base de suporte do corpo sem perder o equilíbrio14 O SEBT exige que os indivíduos testados atinjam seus limites de estabilidade, uma vez que eles necessitam alcançar as maiores distâncias possíveis mantendo o equilíbrio corporal.

    As distâncias alcançadas no Star Excursion Balance Test encontrados em nosso estudo foram superiores aos estudos analisados7,10,15,16. Gribble e Hertel (2003) analisaram o equilíbrio de 18 mulheres (idade média 22,4 ± 1,4 anos) fisicamente ativas, porém não atletas através do SEBT. Os autores encontraram o valor total da distância alcançada no SEBT de 83,14 ± 10,31 cm7. Hardy, Brucker e Nesser (2008) analisaram o equilíbrio dinâmico de 36 indivíduos de ambos os sexos fisicamente ativos com média de idade de 23,6 ± 2,7 anos; nessa população, a distância total alcançada no SEBT foi de 91,87 ± 10,65 cm15. Hertel, Miller e Denegar (2000) encontraram o valor total do SEBT de 81,39 ± 8,38 cm em 16 indivíduos fisicamente ativos (21,3 ± 1,3 anos) de ambos os sexos10. Rassol e George (2007) avaliaram o equilíbrio dinâmico de 14 atletas do sexo masculino (21 ± 4,2 anos) e encontram o valor total do SEBT de 86 ± 4 cm16. Esta diferença encontrada entre o presente estudo e os demais citados pode ser explicada pelo fato de tratarmos de uma população de atletas praticantes de uma modalidade em que grande parte dos gestos esportivos devem ser executados sobre o apoio reduzido (sobre meia-ponta ou sobre um dos joelhos. Além disso, estudos descrevem que as ginastas possuem a capacidade de reorganizar rapidamente as informações sensoriais, uma vez que necessitam manter ou restabelecer o controle postural imediatamente após a execução de gestos esportivos específicos que geram desequilíbrio. Acredita-se que estas atletas desenvolvem um modelo mais eficaz de interação entre corpo e espaço em virtude do treinamento específico que são submetidas5.

    Apesar do valor total do SEBT ser inferior nos estudos descritos na literatura7,10,15,16 encontramos semelhanças no padrão excursão do SEBT, uma vez que estes estudos também obtiveram as maiores distâncias nas direções póstero-medial e posterior. Assim como as três menores distâncias observadas foram a anterior, lateral e ântero-lateral10,11,16.

    No presente estudo não observamos diferenças significativas quando analisados os valores atingidos em cada uma das oito direções em função ao membro inferior utilizado como perna de apoio, ou seja, não existe diferença no equilíbrio dinâmico das ginastas quando comparado o membro dominante do não dominante. Tal achado pode estar relacionado ao fato da ginástica rítmica ser um esporte que exige o envolvimento tanto do lado dominante quanto do lado não dominante na execução de elementos corporais previstos, favorecendo a presença desta simetria encontrada. Olmsted, Carcia, Hertel e Shultz (2002) encontraram diferença significativa nos valores do SEBT em função do membro inferior utilizado no apoio, porém tratava-se de comparar o membro inferior lesionado (instabilidade crônica de tornozelo) comparada ao membro inferior não lesionado11.

Conclusões

    Através dos dados obtidos infere-se que as atletas de ginástica rítmica do grupo estudado possuem maior capacidade de manutenção e restabelecimento de controle postural, fato que pode estar relacionado aos gestos desportivos específicos do esporte, que exigem das atletas execução de elementos corporais realizados na sua maioria em situações dinâmicas de apoio reduzido.

    Ressalta-se a importância de se obter dados quantitativos referentes a uma das valências físicas indispensáveis à prática da Ginástica Rítmica através de um teste clínico acessível, de baixo custo, fácil execução, reprodutível e confiável.

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