Influência de tipo de piso, dimensão das balizas e tempo de jogo na aplicação do teste de ‘GR3-3GR’ em futebol Influencia del tipo de piso, tamaño de los arcos y tiempo de juego en la aplicación del test ‘GK3-3GK’ en fútbol Influence kind of ground, size of goalposts and the quantity of the time in the application of the test of ‘GK3-3GK’ |
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*Centro Universitário de Belo Horizonte, UNI-BH, Belo Horizonte, MG (Brasil) **Centro de Estudos em Cognição e Ação (CECA), Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais (CECA/EEFFTO/UFMG) ***Centro de Investigação, Formação, Inovação e Intervenção em Desporto, CIFID, Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP) (Portugal) |
Israel Teoldo da Costa* Júlio Garganta*** Pablo Juan Greco** Isabel Mesquita*** |
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Resumo A avaliação do conhecimento táctico tem sido tema de muitos estudos que visam compreender a sua manisfestação no jogo. Entretanto, são raros os instrumentos existentes na literatura que se propõe a avaliar esse tipo de conhecimento, devido a dificuldade de observá-lo e quantificá-lo a partir do jogo. Especificamente no Futebol não há nenhum instrumento disponível na literatura que permite avaliar o conhecimento táctico processual dos jogadores a partir de situações reduzidas. Por esse motivo, foi desenvolvido o Teste de “GR3-3GR” que permite avaliar o desempenho do jogador consoante a dez princípios tácticos do futebol, a localização de realização da acção táctica e o seu resultado. O objetivo desse trabalho foi analisar se o tipo de piso, a dimensão das balizas e o tempo de jogo afectam a aplicação do Teste “GR3-3GR” em Futebol. A amostra consiste em 6713 acções tácticas desempenhadas por 80 jogadores provenientes de 4 escalões de futebol. O instrumento utilizado para a recolha e análise de dados foi o teste “GR3-3GR”. Foi realizada a análise descritiva e o teste do Qui-quadrado (א²). Os resultados não mostraram diferenças significativas (p≤0,05) em nenhuma das variáveis analisadas. Conclui-se que essas variáveis não afectam drasticamente o comportamento táctico dos jogadores. Logo, afigura-se pertinente afirmar que o teste poderá ser aplicado em quatro minutos, nesses dois tipos de pisos (sintético ou pelado) e com balizas de Futebol de Sete ou de Futsal. Unitermos: Futebol, tática, princípios táticos, jogos reduzidos, avaliação.
Abstract The assessment of the tactical knowledge has been the subject of many studies in sports. Though there are few tools in the literature that evaluates the tactical knowledge, because it is very difficult to see it from the game. In soccer there is no tool available for assessing the tactical procedural knowledge of the players from small-sided games. Therefore, the "GK3-3GK" test was developed for evaluating the performance of the player. This test considers ten tactical principles of the game, the place and outcome of the tactical action. The aim of this study was to analyze the influence kind of ground, size of goalposts and the quantity of the time in tactical behaviours performed by the soccer players in “GK3-3GK” test. The sample consists in 6713 tactical actions performed by 80 athletes from four youth teams. The "GK3-3GK" test was used to provide the evaluation of tactical actions. For data analysis it was used a descriptive analysis and chi-square (א²) test (p < 0.05). The results showed no significant differences between the frequencies of occurrence, place of action and tactical outcome, of game principles performed by the players in any of the variables. Therefore, it seems unreasonable to assume that the test could be applied in synthetic field and gravel field, during four minutes and with Seven Football or Futsal goalposts. Keywords: Soccer. Tactics. Tactical principles. Small-sided games. Evaluation.
Financiamento: Com o apoio do Programa Alβan, Programa de bolsas de alto nível da União Européia para América Latina, bolsa nº E07D400279BR. Esse trabalho foi apresentado na forma de comunicação oral na 3ª Conferência Alβan realizada na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, Portugal, Junho 2009 |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 136 - Septiembre de 2009 |
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Introdução
A análise da performance táctica no Futebol tem adquirido nos últimos anos elevada importância para investigadores e treinadores, na medida em que ambos estão interessados em conhecer o tipo de acções que se associam a eficácia das equipas: uns, com o intuito de aumentar os conhecimentos acerca do processo, do conteúdo e da lógica do jogo; outros, com o objetivo de modelar as situações de treino na procura da eficácia competitiva (Garganta, 1998).
Os jogos reduzidos (ex. 3x3, 4x4, etc.) têm sido amplamente utilizados por treinadores de futebol de todos os níveis de competição, desde os escalões de formação até os seniores. Os treinadores optam por utilizar esse tipo exercício nos treinamentos porque os jogos reduzidos possibilitam aos jogadores vivenciar experiências de situações, em qualidade e quantidade, que podem ocorrer com maior probabilidade durante o jogo (11x11). Além disso, os jogos reduzidos também possuem a vantagem de permitir ao treinador constranger as situações, de modo a induzir a solicitação das acções que necessitam ser predominantemente treinadas, de forma a facilitar a compreensão dos aspectos tácticos e a melhorar a performance.
A partir dessa constatação, o mapeamento da lógica interna do jogo afigura-se uma condição basilar para a utilização de um instrumento que clarifique a estrutura de performance do jogo, fundamentalmente, no que respeita aos constrangimentos de natureza táctica. Tal premissa baseia-se em três fatores:
a maioria das acções no jogo ocorre sem que os jogadores disponham da bola (Garganta, 1997);
jogadores com limitado domínio das habilidades técnicas podem jogar Futebol se tiverem compreensão táctica do jogo (Oslin, Mitchell, & Griffin, 1998);
a falta de conhecimento e o raciocínio táctico ineficaz são causas para a execução errada da habilidade técnica (Teodorescu, 1984).
Diante desse contexto, objetivou-se com o presente estudo analisar se o tipo de piso, a dimensão das balizas e o tempo de jogo afectam a aplicação do Teste “GR3-3GR” em Futebol.
Material e métodos
Participantes e amostra
Participaram do estudo 80 jogadores de futebol, sendo 16 provenientes do escalão Escolas (sub-11), 24 dos Infantis (sub-13), 8 dos Iniciados (sub-15) e 32 dos Juniores (sub-20). Foram analisadas 6713 acções tácticas desempenhadas por todos estes jogadores. As acções nas quais os jogadores não se movimentaram, ou estavam fazendo reposição de bola, não foram consideradas no estudo.
Instrumento
O instrumento utilizado para a recolha e análise de dados foi o Teste “GR3-3GR” desenvolvido no Centro de Estudos dos Jogos Desportivos da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (CEJD-FADEUP).
O Teste “GR3-3GR” é aplicado num campo reduzido de 36 metros de comprimento por 27 metros de largura, durante 4 minutos de jogo. Durante a sua aplicação é solicitado aos jogadores avaliados que joguem de acordo com as regras oficiais do jogo, com excepção da regra de “fora-de-jogo”.
O teste visa avaliar as acções tácticas desempenhadas por cada um dos jogadores participantes, com e sem bola, de acordo com dez princípios tácticos fundamentais do jogo de Futebol, tendo em conta a localização da acção no campo de jogo e o resultado final da mesma.
Procedimento
A recolha de dados foi efectuada em clubes portugueses, com o consentimento dos seus responsáveis. Para a aplicação do teste procedeu-se a uma breve explicação dos respectivos objectivos e formou-se equipas para jogarem entre si.
Para verificar a relação da variável “tempo” com os comportamentos dos jogadores, o Teste “GR3-3GR” foi aplicado em dois períodos de 4 minutos, denominados nesta investigação como primeiro e segundo tempos. Entre esses períodos, as equipas mudavam de campo de jogo, sem disporem de pausa para descanso.
Material
Para a gravação dos jogos foi utilizada uma câmara digital PANASONIC modelo NV – DS35EG. Para o tratamento de imagem e análise do jogo recorreu-se aos programas informáticos Utilius VS® e Soccer Analyser®.
Análise estatística
O software SPSS for Windows®, versão 17.0 foi usado para tratamento dos dados, tendo-se recorrido à estatística descritiva, nomeadamente média, desvio-padrão, frequência, percentual e variação percentual. Verificou-se a distribuição normal dos dados através do teste de Kolmogorov-Smirnov (p<0,05) e recorreu-se ao teste do qui-quadrado (א²), com um nível de significância de p<0,05, para verificar a associação entre a aplicação dos princípios efectuados e as variáveis “tipo de piso”, “dimensão das balizas” e “tempo de jogo”. O coeficiente Kappa de Cohen foi utilizado para aferir a fiabilidade das observações intra e inter-observadores.
Análise da fiabilidade
As observações foram realizadas por três observadores treinados que apresentaram concordâncias inter-observadores de 0,93 (erro padrão=0,01), 0,82 (erro padrão=0,02) e 0,85 (erro padrão=0,02). Para efeitos de aferição da fiabilidade, foram reavaliadas 1190 acções tácticas (678 “tempo de jogo”, 270 “tipo de piso”, 242 dimensão das balizas”), o que representa 17,73% da amostra, portanto, acima do valor de referência (10%), apontado pela literatura (Tabachnick & Fidell, 1989). Os resultados da fiabilidade intra-observadores exibiram valores de 0,95 (erro padrão=0,014), 0,89 (erro padrão=0,022) e 0,92 (erro padrão=0,018) para os três avaliadores, como tal, também superiores aos valores de referência (0,61) apontados pela literatura (Landis & Koch, 1977).
Resultados e discussão
Tipo de piso
Foram avaliadas 1710 acções tácticas desempenhadas por 16 jogadores da categoria juniores, das quais 824 acções ocorreram no campo relvado e 786 no campo pelado (vide Tabela 1). Verificou-se que os comportamentos tácticos realizados pelos jogadores no Teste “GR3-3GR”, em campo sintético e em campo pelado, não apresentaram variações significativas no que diz respeito à frequência de ocorrência, em função da aplicação dos princípios tácticos, tanto no que se reporta à sua localização como aos seus resultados.
Portanto, parece plausível afirmar que o Teste “GR3-3GR” oferece condições para ser aplicado na avaliação das acções tácticas relacionadas com os princípios de jogo de Futebol, tanto em campo pelado quanto em campo sintético, dado que o tipo de piso não diferencia os comportamentos tácticos em análise.
Tabela 1. Princípios, Localização e Resultados das Ações Táticas encontradas no teste “GR3-3GR” referentes ao tipo de piso
|
Relvado |
Pelado |
||
Princípios |
N |
% |
N |
% |
Princípios Ofensivos |
|
|
|
|
Penetração |
43 |
5,2 |
44 |
5,6 |
Cobertura Ofensiva |
96 |
11,7 |
107 |
13,6 |
Espaço |
166 |
20,2 |
143 |
18,2 |
Mobilidade |
33 |
4,0 |
25 |
3,2 |
Unidade Ofensiva |
57 |
6,9 |
62 |
7,9 |
Princípios Defensivos |
|
|
|
|
Contenção |
36 |
4,4 |
57 |
7,3 |
Cobertura Defensiva |
2 |
0,2 |
2 |
0,3 |
Equilíbrio |
109 |
13,2 |
89 |
11,3 |
Concentração |
66 |
8,0 |
54 |
6,9 |
Unidade Defensiva |
216 |
26,2 |
203 |
25,7 |
Localização |
|
|
|
|
P. Ofensivos |
|
|
|
|
Meio Campo Ofensivo |
148 |
18,0 |
149 |
19,0 |
Meio Campo Defensivo |
197 |
23,9 |
181 |
23,0 |
P. Defensivos |
|
|
|
|
Meio Campo Ofensivo |
247 |
30,0 |
232 |
29,5 |
Meio Campo Defensivo |
232 |
28,1 |
224 |
28,5 |
Resultados |
|
|
|
|
Fase Ofensiva |
|
|
|
|
Remate à Baliza |
23 |
2,8 |
37 |
4,7 |
Manutenção da posse de bola |
334 |
40,5 |
294 |
37,4 |
Perda da posse bola |
38 |
4,6 |
50 |
6,4 |
Fase Defensiva |
|
|
|
|
Recuperação da Posse de bola |
38 |
4,6 |
57 |
7,3 |
Posse de bola do adversário |
373 |
45,3 |
322 |
41,0 |
Remate do adversário à baliza |
18 |
2,2 |
26 |
3,2 |
Total |
824 |
100,0 |
786 |
100,0 |
Dimensão das balizas
Foram avaliadas 682 acções tácticas desempenhadas por 16 jogadores da categoria infantis, das quais 146 acções foram realizadas no campo com balizas de Futebol de Sete (6mX2m) e 536 no campo com balizas de Futsal (3mX2m).
Apesar de algumas diferenças encontradas nos comportamentos tácticos realizados por jogadores no reporta os princípios “Espaço”, “Unidade Ofensiva” e “Contenção”, quando aplicado o teste qui-quadrado, verificou-se uma relação de independência entre as variáveis (p<0,05), para as acções tácticas efectuadas no campo com baliza de Futsal e no campo com baliza de Futebol de Sete.
Em função desses resultados concluímos que o Teste “GR3-3GR” oferece condições para ser aplicado na avaliação dos comportamentos tácticos relacionados com os princípios de jogo de Futebol, tanto em um campo com baliza de Futsal quanto em um campo com baliza de Futebol de Sete, dado que as mesmas não parecem induzir alterações significativas nos comportamentos tácticos em análise.
Tabela 2. Princípios, Localização e Resultados das Ações Táticas encontradas no teste “GR3-3GR” referentes ao tamanho das balizas
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Baliza de Futebol de Sete |
Baliza de Futsal |
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Princípios |
N |
% |
N |
% |
Princípios Ofensivos |
|
|
|
|
Penetração |
10 |
6,8 |
27 |
5,0 |
Cobertura Ofensiva |
15 |
10,3 |
53 |
9,9 |
Espaço |
19 |
13,0 |
92 |
17,2 |
Mobilidade |
6 |
4,1 |
23 |
4,3 |
Unidade Ofensiva |
11 |
7,5 |
57 |
10,6 |
Princípios Defensivos |
|
|
|
|
Contenção |
21 |
14,4 |
48 |
9,0 |
Cobertura Defensiva |
0,0 |
0,0 |
0,0 |
0,0 |
Equilíbrio |
16 |
11,0 |
51 |
9,5 |
Concentração |
5 |
3,4 |
38 |
7,1 |
Unidade Defensiva |
43 |
29,5 |
147 |
27,4 |
Localização |
|
|
|
|
P. Ofensivos |
|
|
|
|
Meio Campo Ofensivo |
26 |
17,8 |
123 |
22,9 |
Meio Campo Defensivo |
35 |
24,0 |
129 |
24,1 |
P. Defensivos |
|
|
|
|
Meio Campo Ofensivo |
42 |
28,8 |
108 |
20,1 |
Meio Campo Defensivo |
43 |
29,5 |
176 |
32,8 |
Resultados |
|
|
|
|
Fase Ofensiva |
|
|
|
|
Remate à Baliza |
6 |
4,1 |
18 |
3,4 |
Manutenção da posse de bola |
36 |
24,7 |
177 |
33,0 |
Perda da posse bola |
19 |
13,0 |
57 |
10,6 |
Fase Defensiva |
|
|
|
|
Recuperação da Posse de bola |
24 |
16,4 |
56 |
10,4 |
Posse de bola do adversário |
55 |
37,7 |
212 |
39,6 |
Remate do adversário à baliza |
6 |
4,1 |
16 |
3,0 |
Total |
146 |
100,0 |
536 |
100,0 |
Tempo de jogo
Foram analisadas 4321 acções tácticas desempenhadas por 16 jogadores das categorias Escolas (N=812), 8 Infantis (N=536), 8 Iniciados (N=1363) e 16 Juniores (N=1610). O quantitativo de acções tácticas desempenhadas no primeiro e segundo tempos foram 2188 e 2133, respectivamente. Verificou-se que os comportamentos tácticos realizados pelos futebolistas avaliados através do Teste “GR3-3GR” não evidenciaram diferenças significativas entre os dois períodos de aplicação (p<0,05). Dessa forma, eventuais factores potenciadores de alguma modificação nas acções tácticas dos jogadores, a saber, o desgaste físico, a organização táctica ou o resultado do jogo, entre outros, não foram evidentes para os períodos estudados.
Os resultados permitem verificar que as acções tácticas desempenhadas pelos jogadores nos primeiros quatro minutos do decurso do teste se apresentam, em termos percentuais, semelhantes às acções apresentadas no segundo tempo do teste. Sendo assim, a aplicação do teste em oito minutos (dois tempos de quatro minutos) não parece possuir qualquer vantagem significativa em termos de favorecimento de realização de acções tácticas por parte dos jogadores no que respeita à frequência, à localização e ao resultado da aplicação dos princípios de jogo.
Tabela 3. Princípios, Localização e Resultados das Ações Táticas encontradas no teste “GR3-3GR” referentes ao tempo de jogo
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Primeiro Tempo |
Segundo Tempo |
||
Princípios |
N |
% |
N |
% |
Princípios Ofensivos |
|
|
|
|
Penetração |
115 |
5,3 |
95 |
4,5 |
Cobertura Ofensiva |
291 |
13,3 |
296 |
13,9 |
Espaço |
418 |
19,1 |
363 |
17,0 |
Mobilidade |
79 |
3,6 |
130 |
6,1 |
Unidade Ofensiva |
139 |
6,4 |
139 |
6,5 |
Princípios Defensivos |
|
|
|
|
Contenção |
154 |
7,0 |
144 |
6,7 |
Cobertura Defensiva |
11 |
0,5 |
6 |
0,3 |
Equilíbrio |
279 |
12,7 |
262 |
12,3 |
Concentração |
185 |
8,5 |
163 |
7,6 |
Unidade Defensiva |
517 |
23,6 |
535 |
25,1 |
Localização |
|
|
|
|
P. Ofensivos |
|
|
|
|
Meio Campo Ofensivo |
428 |
19,5 |
458 |
21,5 |
Meio Campo Defensivo |
614 |
28,1 |
564 |
26,4 |
P. Defensivos |
|
|
|
|
Meio Campo Ofensivo |
566 |
25,9 |
471 |
22,1 |
Meio Campo Defensivo |
580 |
26,5 |
640 |
30,0 |
Resultados |
|
|
|
|
Fase Ofensiva |
|
|
|
|
Remate à Baliza |
76 |
3,5 |
75 |
3,5 |
Manutenção da posse de bola |
788 |
36,0 |
758 |
35,6 |
Perda da posse bola |
178 |
8,1 |
190 |
8,9 |
Fase Defensiva |
|
|
|
|
Recuperação da Posse de bola |
180 |
8,3 |
190 |
8,9 |
Posse de bola do adversário |
895 |
40,9 |
851 |
39,9 |
Remate do adversário à baliza |
71 |
3,2 |
69 |
3,2 |
Total |
2188 |
100,0 |
2133 |
100,0 |
Conclusões
Conclui-se que as três variáveis testadas nesse estudo não afectam significativamente o comportamento táctico dos jogadores aquando da aplicação dos princípios de jogo, nomeadamente no que se reporta a frequência de ocorrência, localização e resultado da acção táctica. Logo, afigura-se pertinente afirmar que o Teste “GR3-3GR” poderá ser aplicado em campos pelados ou sintéticos e com balizas de Futebol de Sete (6mX2m) ou de Futsal (3mX2m). Além disso, quatro minutos de aplicação do teste revelaram ser suficientes para que os jogadores possam manifestar os comportamentos tácticos que se pretende avaliar no jogo.
Referências
Garganta, J. (1997). Modelação táctica do jogo de futebol – estudo da organização da fase ofensiva em equipas de alto rendimento. Porto: Universidade do Porto. Dissertação de Doutoramento apresentada à Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física da Universidade do Porto.
Garganta, J. (1998). Analisar o jogo nos jogos desportivos colectivos - uma preocupação comum ao treinador e ao investigador. Horizonte, Vol. XIV (83), 7-14.
Landis, J. R., & Koch, G. C. (1977). The measurement of observer agreement for categorical data. Biometrics, 33, 1089-1091.
Oslin, J. L., Mitchell, S. A., & Griffin, L. L. (1998). The Game Performance Assessment Instrument (GPAI): development and preliminary validation. Journal of Teaching in Physical Education, 17 (2), 231-243.
Tabachnick, B., & Fidell, L. (1989). Using Multivariate Statistics. New York: Harper & Row Publishers.
Teodorescu, L. (1984). Problemas de teoria e metodologia nos jogos desportivos. (J. Curado, Trad.). Lisboa: Livros Horizontes Lda.
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revista
digital · Año 14 · N° 136 | Buenos Aires,
Septiembre de 2009 |