A visão pedagógica e antipedagógica dos esportes coletivos na escola La concepción pedagógica y antipedagógica de los deportes colectivos en la escuela |
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Licenciado em Educação Física pela Universidade do Vale do Itajaí Pós graduando em Educação Física Escolar Professor da Escola Especial Vale da Esperança |
Eliton Clayton Rufino Séara (Brasil) |
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Resumo Este trabalho pretende mostrar objetivamente qual a relação dos esportes coletivos no âmbito escolar com as visões pedagógica e antipedagógica. Os conceitos aqui apresentados nos remetem a pensar em uma prática mais social aplicada ao esporte. Observar nosso papel de educadores na escola é uma constante em nossas vidas, dessa forma a busca do ser educador nunca terá fim. Unitermos: Esportes coletivos. Visão pedagógica. Visão antipedagógica |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 136 - Septiembre de 2009 |
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As visões contrapostas dos esportes coletivos
Promover uma Educação Física pensando na construção social do individuo não é uma missão fácil. Uma das estratégias que podem ser utilizadas almejando esta são os esportes, estes que se imprimem como manifestação mundial, e um conteúdo fortemente integrante das aulas de EF podem ser trabalhados de várias maneiras no âmbito escolar. O educador pode tanto introduzir o esporte em uma visão antipedagógica ou então em uma visão pedagógica, pensando no processo acima mencionado.
Na visão antipedagógica o esporte que pode ser tratado em uma análise morfológica e biomecânica do movimento. Assim continua-se pesquisando, com a ajuda das teorias mecânicas da física e dos conhecimentos sobre o sistema biológico do homem, as particularidades do movimento e questões relacionadas com a sua otimização, conforme as predeterminações do sistema esportivo (Hildebrandt, 2003).
Desta forma o educador estará procurando trabalhar as questões especificamente técnicas e de aptidão física com seus educandos, lhes proporcionando talvez um treinamento. Neste sentido no ponto de vista de Hildebrandt (2003), a ajuda para cada educando no processo de ensino-aprendizagem motora prende-se ao objetivo de capacitá-los a chegar bem perto daqueles modelos de movimento legitimados biomecanicamente.
Um contraposto desta visão pode ser notado em uma visão onde o educador trabalhe em um sentido pedagógico. Neste âmbito Hildebrandt compreende o movimento como uma metáfora. Ele diz: ‘‘ o movimento humano é um diálogo entre o homem e mundo’’ Com esta frase o autor que dizer que: cada homem conversa com seu mundo e, sua língua é o movimento. O homem coloca, enquanto se movimento, perguntas de movimento, e recebe respostas de movimento (Hildebrandt 2003).
Neste sentido pedagógico se deve tratar os esportes como forma de movimento humano, ou seja, uma relação de diálogo da prática com significado/sentidos desta para a vida do educando. Neste caso a relação de vida significa:
Trazer as possibilidades de jogo e de movimento do mundo cotidiano dos alunos apara a aula de Educação Física, tematizá-las de maneira a retroagirem no mundo cotidiano de jogo e provocar uma ampliação das possibilidades de jogo e de movimento. Esse é o conteúdo da reflexão crítica e da transformação de espaços existentes de jogo e de movimento, bem como da própria fabricação de aparelhos de jogo e movimento. Mas a relação de vida também significa aqui achamos que se trata de um ponto muito importante-o respeito, a manutenção e a volta produtiva da própria cultura brasileira de jogo e de movimento, crescida historicamente. (Hildebrandt, 2003, p. 127-128)
Neste sentido o que podemos notar na fala do autor é que devemos dar um trato pedagógico no ensinar os esportes, ou seja, compreender não somente a técnica e os movimentos, mas todo o processo que norteia estas manifestações de grande representação na sociedade. Desta forma pode-se fazer valer a fala atribuída por Soares et al. (1992), que Considera como fundamental a importância da Educação física escolar. Nessa importância, inclui-se a variabilidade dos conteúdos, a produção da cultura corporal de movimento, o resgate dos valores que privilegiem o coletivo sobre o individual e o desenvolvimento da percepção dos alunos em jogar “com” e não “contra”.
Referências bibliogrâficas
HILDEBRANDT, R. Textos pedagógicos sobre o ensino da Educação Física. 2.ed. Ijuí:Unijuí, 2003.
SOARES, Carmem Lucia et al. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
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