Educação hoje, a pergunta é: ‘O que quer saber?’ Educación hoy en día, la pregunta es: '¿Qué deseas saber?’ |
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Lazer e Educação, Natureza e Cultura Departamento de Pós Graduação da Educação Física UNESP – Rio Claro – SP (Brasil) |
Caroline de Miranda Borges Carmen Maria Aguiar |
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Resumo A escola globalizada tem como função respeitar o ritmo natural das crianças, pois nós só aprendemos coisas com quem sabe coisas diferentes de nós. Tudo deve começar com um pergunta: O que quer saber? Para criar um ambiente de curiosidade e interação. E assim cria-se a necessidade de pesquisa e troca de informações. É provado que a heterogeneidade é fundamental para o sucesso do grupo. Sempre aprendemos com os mais novos e vice e versa. Unitermos: Educação. Avaliação. Modelo jesuíta
Abstract The school has a global function with the natural rhythm of children, because we only learn things with people who know different things from us. Everything must start with a question: What do you know? To create an environment of curiosity and interaction. And so there is a need for research and information exchange. It is shown that the heterogeneity is fundamental to the success of the group. Always learn from new and more and vice versa. Keywords: Education. Evaluation. Model Jesuit |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 135 - Agosto de 2009 |
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A educação nos dias de hoje sofre uma transformação que arrebata seus alicerces. O modelo Jesuíta já não atende as expectativas de aprendizado hoje necessárias às crianças globalizadas e a avaliação tornou-se o ponto sutil de um novo modelo de ensino.
Os indicadores do modelo Jesuíta, modelo esse adotado pela maioria das escolas públicas brasileiras, demonstram que as crianças podem ter acesso à educação, mas nem todas com condições de sucesso. É necessário avaliar o trabalho do professor antes de avaliar o aprendizado do aluno. De acordo com essa metodologia, avalia-se e ensina a todos como se fosse um só. Sabe-se que ninguém é igual a ninguém e os níveis de absorção e aprendizagem são diferentes de um indivíduo para outro independente de idade.
Toda criança é capaz de aprender mais cada uma a seu modo e a seu tempo. Os métodos de avaliação de ensino devem verificar o porquê e o como, dos efeitos da informação disponibilizada às crianças. Também levar em conta as atividades em ato contínuo. È importante salientar que o modo que o professor aprende é o modo que o professor ensina. Aí está o segredo do sucesso, se aprender certo ensinará certo.
A conclusão que se chega nesses tempos globalizados é que a PROVA não se prova nada e a ATITUDE diz o grau de aprendizagem. Isso é, se o professor conseguir mudar a atitude de uma criança sem impor a autoridade pode-se concluir que ele conseguiu ensinar. Então, segundo alguns pedagogos atuais, aplicar prova é deseducar.
Alguns autores dizem que o Aluno só deve ser avaliado quando esse se sente capaz. As leis que regem a educação brasileira têm que ter fundamento, pois comparar crianças, um ser humano, em escala ordinal não é ser atual. Dar nota já se provou que não funciona e não avalia o grau de aprendizagem. A revisão da cultura pessoal e profissional não deve ser julgada e avaliada como alunos e sim como pessoas.
A escola globalizada tem como função respeitar o ritmo natural das crianças, pois nós só aprendemos coisas com quem sabe coisas diferentes de nós. Tudo deve começar com um pergunta:
O que quer saber?
Para criar um ambiente de curiosidade e interação. E assim criar a necessidade de pesquisa e troca de informações. É provado que a heterogeneidade é fundamental para o sucesso do grupo. Sempre aprendemos com os mais novos e vice e versa.
Pode-se citar como exemplo de sucesso para uma metodologia revolucionária, Tomaz Novelino, fundador da primeira escola inclusiva brasileira conhecida como, Instituição Pestalozzi fundada em 1944, segundo José Pacheco – Escola da Ponte – Portugal, essa instituição foi considerada um dos melhores projetos pedagógicos do século XX. Essa instituição tinha como objetivo abrigar crianças de todos os credos e anunciava:
"O Educandário primará por ser livre e fazer homens e mulheres livres, criaturas ciosas de sua liberdade, amantes do bem, do trabalho, da atividade, da evolução, e não seres modorrentos que muito embora consigam às vezes grande cultura, a traga simplesmente acumulada na memória. (...) porfiará por lapidar em seus alunos intelecto e coração, aprimorando-lhes razão e sentimento."
Outro exemplo pedagógico a ser citado é Augostinho da Silva, português criador do Núcleo Pedagógico Antero de Quental em 1939 e autor de cadernos de informação cultural. Veio para o Brasil em 1947 e em 1954 ajudou a organizar a Exposição do Quarto Centenário da Cidade de São Paulo. Foi um dos fundadores da Universidade de Santa Catarina, criou o Centro de Estudos Afro-Orientais, e ensinou Filosofia do Teatro na Universidade Federal da Bahia.
Pode-se também destacar o Método Psicogenético de Lauro de Oliveira Lima - Ceará – Brasil. Sua obra se destaca pela análise crítica à educação brasileira, ao mesmo tempo em que propõe soluções. Neste contexto, é importante entender como ele define o ato de criticar. Para ele não existe crítica construtiva, já que toda crítica, por si só, é destrutiva, pois se dispõe a destruir o estabelecido. A construção advinda da tentativa de destruição crítica dependerá da maturidade de quem a recebe. Este sim construirá. A crítica, portanto, para que seja eficaz, depende da maturidade de ambas as partes: de quem critica (limitando-se a análise do fato, sem se deixar levar pelas emoções) e de quem é criticado (ponderando sobre o que ouviu). Esta é sua postura crítica diante da educação. Suas críticas são sempre contundentes e não deixam que o leitor fique impassível diante daquilo que ele afirma. Para ele, apesar de já nos encontrarmos na era do satélite, a educação brasileira ainda se encontra na era do "leitor" medieval, quando não se conhecia o livro. Professores que se colocam diante de uma turma de alunos para recitar conteúdos que eles mesmos aprenderam nos livros.
Para um professor é necessário saber como se sente a criança que está recebendo a sua informação. Essa profissão deve deixar de ser solitária para ser solidária e só assim criará uma rede horizontal de resultados e tudo deve estar centrado na relação entre aluno – professor - grupo de estudo. È importante salientar que o que o professor ensina é o que ele é e não o que ele sabe.
José Pacheco conta para os que ainda não tiveram a oportunidade de conhecer sua escola:
(...) que na placa de entrada temos como saudação aos visitantes:
“Mude, mas mude devagar. O importante não é a velocidade e sim a direção.”
José Pacheco e Caroline Miranda – Simpósio Rio-Clarense de Educação – julho 2009
Referências
AGUIAR, C.M., Educação, Cultura e Criança, Ed. Papirus, Campinas-SP, 1994.
AGUIAR, C.M., Educação, Natureza e Cultura Um Modo de Ensinar, USP, 1998.
LUCKESI, Cipriano C., Avaliação da Aprendizagem Escolar, Cortez, 2003
PACHECO, José. (2003) Sózinhos na Escola. Ed. Didática Suplegraf.
PACHECO, José. (2006) Caminhos para a Inclusão, Artmed Editora.
PARO, Vitor H., Qualidade do Ensino A Contribuição dos Pais, Xamã, 2000.
RIBEIRO, D., O Povo Brasileiro, A Formação e o Sentido do Brasil, Companhia das letras, 2001.
SANCHES, Emília C., Creche Realidade e Ambigüidades, Vozes, 2003.
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digital · Año 14 · N° 135 | Buenos Aires,
Agosto de 2009 |