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Perfil do estilo de vida de trabalhadores do restaurante

universitário da Universidade Federal de Santa 

Catarina:um estudo de caso

Perfil del estilo de vida de trabajadores del comedor universitario 

de la Universidad Federal de Santa Catalina: un estudio de caso

 

Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos

Núcleo de Pesquisa em Cineantropometria e Desempenho Humano

(Brasil)

Danielle Ledur Antes

Diego Augusto Santos Silva

daniantes@yahoo.com.br

 

 

 

Resumo

          Objetivou-se avaliar o estilo de vida de quatro trabalhadores do restaurante universitário, da Universidade Federal de Santa Catarina, e a partir dessa avaliação, realizar recomendações que possibilitem melhorias na qualidade de vida dos indivíduos. Para a coleta dos dados, foram utilizadas medidas antropométricas (peso, estatura e circunferência da cintura), aplicado o questionário “Perfil do Estilo de Vida” e uma entrevista semi-estruturada. A variação de idade dos indivíduos analisados variou de 26 a 43 anos, quanto aos valores do índice de massa corporal e da relação cintura/estatura apenas um sujeito apresentou valores fora do indicados como adequados e na circunferência da cintura dois indivíduos apresentaram valores elevados, quando analisado o grupo geral em relação aos componente do perfil de estilo de vida, o componente atividade física foi o único que apresentou resultados inadequados. Portanto, pode-se concluir que os indivíduos necessitam de intervenções que visem modificar o estilo de vida, principalmente no componente atividade física, sendo uma dessas a implantação de programas de atividades físicas voltadas para o público em questão.

          Unitermos: Estilo de vida. Atividade física. Trabalhadores

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 134 - Julio de 2009

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Introdução

    A qualidade de vida (QV) tem sido um assunto bastante discutido na atualidade, sendo concebida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a percepção do indivíduo sobre sua posição na vida, no contexto da cultura e dos sistemas de valores nos quais ele vive, e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações (WHO, 1995).

    Verifica-se que um dos pontos que merece destaque na qualidade de vida (QV) diz respeito ao estilo de vida das pessoas, pois é fundamental na promoção da saúde e redução da mortalidade por todos os casos, sendo fator determinante da saúde de indivíduos, grupos e comunidades (LEMOS et al., 2007).

    O interesse por estudos envolvendo o estilo de vida tem sido cada vez maior nas últimas décadas, principalmente para saber se um estilo de vida ativo e mais saudável, associado a cuidados com a saúde e a prática regular de atividades físicas, parece contribuir para a promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida dos indivíduos (PAFFENBARGER, 1990).

    O estilo de vida representa o conjunto de ações cotidianas que reflete as atitudes e valores das pessoas. Estes hábitos e ações conscientes estão associados à percepção de QV que o indivíduo traz consigo (NAHAS, BARROS, FRANCALACCI, 2000).

    A atividade física e os hábitos alimentares são dois elementos do estilo de vida que desempenham um papel significativo na promoção da saúde e na prevenção de doenças (BLAIR et al., 1996). Além desses, outros elementos do estilo de vida são também importantes para QV como estado de saúde, longevidade, satisfação no trabalho, relações familiares, disposição, espiritualidade e dignidade (NAHAS, BARROS, FRANCALACCI, 2000).

    A prática de atividade física tem se mostrado benéfica na redução de diversos fatores de risco, propiciando, por exemplo, melhora no metabolismo das gorduras e carboidratos, controle de peso corporal e, muitas vezes, controle da hipertensão arterial (AMERICAM HEART ASSOCIATION, 1992). Dessa forma, a atividade física, além de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos, gera economia de recursos financeiros com tratamentos médicos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).

    Porém em estudo de Siqueira et al. (2008) foi identificada prevalência de 31% de sedentarismo entre adultos e 58% entre idosos da região sul e nordeste do Brasil, o que demonstra que comportamentos insuficientemente ativos são muito comuns entre as pessoas, sendo que a prevalência de sedentarismo entre os brasileiros é alta.

    Devido à influência do estilo de vida na saúde das pessoas este tema constitui preocupação quando se trata de trabalhadores, pois baixos níveis de saúde e bem-estar no trabalho podem provocar conseqüências constrangedoras, tanto para o indivíduo quanto para a empresa (RODRIGUEZ-AÑEZ, 2003).

    Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi avaliar o estilo de vida de quatro trabalhadores da copa do Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com o intuito de a partir dessa avaliação propor mudanças que visem melhorar a qualidade de vida dos sujeitos do estudo.

Relato de caso

    Esta pesquisa caracterizou-se como um estudo de caso segundo Thomas e Nelson (2002), sendo que avaliou o estilo de vida de quatro trabalhadores, dois do sexo feminino e dois do masculino.

    Os sujeitos participantes do estudo foram escolhidos de forma intencional, servindo como fator determinante o fato de trabalharem na copa do RU da UFSC, por ser este um local insalubre e, portanto, ser passível de intervenções que objetivem melhorias na QV dos trabalhadores.

    Todos os participantes foram esclarecidos quanto ao objetivo do trabalho, e informados sobre a confidencialidade dos dados.

    Os dados foram coletados em dois momentos. Primeiro, por meio de uma entrevista estruturada, na qual foi aplicado um questionário contendo informações sociodemográficas (sexo, idade, estado civil e filhos), e de estilo de vida por meio do “Perfil de estilo de vida” (NAHAS, BARROS, FRANCALACCI, 2000), que destaca as características do estilo de vida relacionadas ao bem-estar de acordo com cinco componentes: nutrição, atividade física, comportamento preventivo, relacionamentos e controle do estresse. Este instrumento apresenta 15 itens que devem ser respondidos numa escala de zero (ausência total de tal característica no estilo de vida) até três pontos (completa realização do comportamento considerado).

    O segundo momento da coleta dos dados ocorreu logo após, sendo feita a mensuração da massa corporal por meio de uma balança digital da marca Plenna® com precisão de 100 gramas, a estatura com uma fita métrica da marca Cardiomed® de precisão de 0,1 cm afixada na parede, e circunferência da cintura por meio de uma fita métrica da mesma marca.

    A coleta dos dados sofreu forte resistência dos sujeitos alvo da pesquisa, sendo que foram necessárias três visitas para conseguir com que quatro sujeitos quisessem participar do estudo, a maioria dos convidados para participar respondia que já tinham participado de vários estudos, ou mencionavam não querer participar, pediam que voltasse outro dia, dentre outras desculpas.

Resultados e discussões

    Este estudo objetivou investigar o estilo de vida de quatro trabalhadores da copa do RU da UFSC, dois do sexo feminino e dois do sexo masculino, sendo dois casados e dois solteiros, na tabela 1 podem ser observadas as características do grupo.

    Dos quatros participantes do estudo, apenas um não possuía filhos. Quando indagados sobre se achavam seu local de trabalho estressante, todos responderam que sim, sendo que todos atribuíram essa condição ao excesso de barulho no local. Todos relataram que após um dia de trabalho normal sentiam-se bem cansados, e atribuíram esse cansaço ao excesso de atividades, sendo que a carga horária diária de trabalho é de oito horas para todos os sujeitos estudados.

Tabela 1. Caracterização dos sujeitos, funcionários do RU da UFSC (n=4).

Variáveis

Variação (mínimo – máximo)

Idade (anos)

26 – 43

Escolaridade (anos)

8 – 11

Tempo de trabalho (meses)

2 – 39

Estatura (metros)

1,42 – 1,74

Massa corporal (kg)

71,4 – 54,4

Índice de massa corporal (kg/m2)

23,43 – 30,54

Circunferência da cintura (cm)

74 – 98

Relação cintura/estatura (cm)

42 – 59

    As respostas obtidas sobre o excesso de barulho no local de trabalho foram discutidas com a administração do RU a qual mencionou já estar tomado medidas cabíveis para melhorar em relação a este quesito, adquirindo uma máquina nova, mais moderna, o que acarretará menos barulho, tornando o ambiente mais agradável.

    Quanto ao índice de massa corporal (IMC), três sujeitos encontram-se com o IMC entre 23,43 e 24,45, considerados normais quanto ao estado nutricional, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) (1998). Um sujeito encontra-se com obesidade, pois apresentam IMC de 30,54 kg/m2 e de acordo com a OMS (1998), valores de IMC a partir de 30,0 kg/m2 caracterizam-se como obesidade. Os valores encontrados para a população de Florianópolis, SC apresentados pelo estudo Vigitel (2009) menciona que 41,8% dos entrevistados estão com sobrepeso (IMC ≥ 25 kg/m2) e que 12% apresentam obesidade (IMC ≥ 30 kg/m2).

    Em relação às medidas de circunferência de cintura (CC) a OMS (1998) preconiza o uso dos pontos de corte de 94 cm para homens e 80 cm para mulheres, como medida de risco aumentado de desenvolver doenças cardiovasculares, no presente estudo, somente as mulheres apresentaram risco metabólico aumentado pois obtiveram 98 cm e 84 cm de CC.

    A obesidade e, particularmente, a localização abdominal de gordura tem grande impacto sobre as doenças cardiovasculares por associar-se com grande freqüência a condições como dislipidemias, hipertensão arterial, resistência à insulina e diabetes que favorecem a ocorrência de eventos cardiovasculares, particularmente os coronarianos (KANNEL, 2002).

    A relação cintura/estatura (RCE) considera que a circunferência da cintura não pode ser maior que metade da estatura, sendo que os índices ideais para saúde que não apresentam relação com as doenças cardiovasculares são 52 cm e 53 cm para homens e mulheres, respectivamente (PITANGA e LESSA, 2006). Entre os trabalhadores investigados, uma mulher excedeu o índice acima apresentado (RCE de 59 cm), necessitando de uma maior atenção quanto aos possíveis agravos à saúde que está exposta.

    A classificação (positivo ou negativo) que cada indivíduo obteve, nos diferentes componentes do questionário “Perfil de estilo de vida” (NAHAS, BARROS, FRANCALACCI, 2000) pode ser visualizada no quadro 1.

Quadro 1. Classificação em cada componente no questionário “Perfil de estilo de vida” dos funcionários do RU da UFSC investigados (n=4).

 

Componentes do estilo de vida

Indivíduo

Nutrição

Atividade Física

Comportamento preventivo

Relacionamento social

Controle do stress

1*

Positivo1

Negativo2

Positivo1

Positivo1

Positivo1

2$

Positivo1

Negativo2

Positivo1

Positivo1

Positivo1

3$

Positivo1

Negativo2

Positivo1

Negativo2

Positivo1

4*

Negativo2

Positivo1

Positivo1

Positivo1

Negativo2

* Mulher; $Homem; 1- escores mais citados 2 e 3; 2- escores mais citados 1 e 0;

    Na quadro 2 apresenta-se a classificação do todo o grupo em cada um dos componentes do questionário “Perfil de estilo de vida”, e na figura 1 pode ser observado como ficou a observação pictorial do pentáculo do bem estar.

Quadro 2. Classificação quanto aos componentes do estilo de vida do grupo de funcionários do RU da UFSC investigados (n=4).

Componentes do estilo de vida

Nutrição

Atividade Física

Comportamento preventivo

Relacionamento social

Controle do stress

Positivo1

Negativo2

Positivo1

Positivo1

Positivo1

1- escores mais citados 2 e 3; 2- escores mais citados 1 e 0;

    Visto que quanto mais colorido estiver o pentáculo melhor é o nível de bem estar, pode-se perceber que o componente que obteve piores resultados foi o da Atividade Física o qual apresentou como escore predominante o zero, sendo que o escore máximo obtido foi um o que é considerado comportamento negativo.

Figura 1. Pentáculo do bem-estar do grupo de funcionários do RU da UFSC investigados (n=4).

    Em estudo realizado por Baretta et al. (2007) na cidade de Joaçaba, Santa Catarina, foram visitados 215 domicílios e 575 pessoas foram entrevistadas, do total dos participantes, 260 (45,2%) eram homens e metade da amostra (50,4%) encontrava-se na faixa etária entre 20 e 39 anos, a prevalência de inatividade física foi de 57,4% (IC95%: 53,4-61,4).

    Em estudo realizado por Barros e Nahas (2001) com 4.225 trabalhadores (67,5% homens e 32,5% mulheres) da indústria de Santa Catarina, foi identificado que 46,2% não realizaram atividades físicas no lazer (67% das mulheres e 34,8% dos homens), indicando que trabalhadores da indústria é um grupo que sofre com a inatividade física, assim como os funcionários do RU da UFSC, necessitando de intervenções para promover a prática de atividade física.

    Dos quatro sujeitos entrevistados, os três que foram classificados com um escore negativo para o componente atividade física, quando indagados o motivo pelo qual não praticavam, as respostas recebidas foram: falta de tempo, motivo financeiro e desinteresse. O sujeito que obteve o componente atividade física como positivo justificou que pratica atividade física referindo-se a estética.

    Apesar das respostas divergirem em relação aos motivos de não praticarem atividades físicas, todos reclamaram o fato da instituição na qual trabalham não disponibilizar programas de atividade física específicas no setor de trabalho deles, e este sugeriram que fossem ofertadas aulas de ginástica laboral.

    Outro componente que apesar de ficar com escore adequado, merece atenção é o da nutrição, pois todos os sujeitos entrevistados mencionaram não ingerir no mínimo 5 porções diárias de frutas e verduras, fato que vem de encontro com os resultados obtido por Reis (2005) o qual relatou que 80% dos funcionários das instituições federais do sul do Brasil tinham consumo menor que cinco porções por dia de frutas e verduras.

Conclusão

    Com relação aos valores obtidos do questionário de Perfil de estilo de vida, pode-se concluir, por meio da análise de todo o grupo, que os indivíduos apresentaram um estilo de vida adequado, exceto em relação ao componente atividade física, o que pode estar influenciando alguns indivíduos terem obtidos valores fora dos esperados nas variáveis IMC, CC e RCE.

    Sendo assim, foram feitas algumas recomendações que podem ajudar a reverter este quadro, como optar por atividades de lazer ativas, propôs-se que a instituição para qual trabalham ofertem aulas de ginástica laboral durante a jornada de trabalho, e ainda disponibilizem programas de exercícios físicos voltados para o público em questão. Também são recomendadas palestras sobre os benefícios ocasionados por hábitos de vida saudáveis, tanto em relação a atividade física como em relação a alimentação, as quais podem, inclusive, serem ministradas por acadêmicos dos cursos de nutrição e educação física da UFSC e podem servir como facilitador no engajamento de um estilo de vida mais saudável.

Referências bibliográficas

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