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Motivação e Educação Física Escolar: um olhar da 

Psicologia do Esporte sobre as expectativas dos alunos

Motivación y Educación Física Escolar: una mirada de la Psicología del Deporte sobre las expectativas de los alumnos

 

*Formado em Licenciatura em Educação Física pela UNESP – Rio Claro

**Professor livre docente da UNESP – Rio Claro.

Coordenador do LEPESPE, Laboratório de Estudos e Pesquisa em Psicologia do Esporte

DEF/IB/UNESP, Rio Claro

Lucas Scarone Silva

Dr. Afonso Antonio Machado

lucascaronesilva@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

Resumo

          A Educação Física tem passado por um processo de transformação de sua identidade, saindo do campo da busca pelo auto-rendimento e entrando no conceito de cultura corporal. Mas o que se observa é uma resistência por parte dos alunos a este novo conceito. Afim de que se concretize esta transição de paradigmas, foram investigados 37 alunos pertencentes ao 6º e 8º anos do Ensino Fundamental do Colégio Adventista de Rio Claro, com idade entre 10 e 14 anos a respeito do que o motiva a uma aula de Educação Física. O protocolo utilizado foi o Questionário para as Actividades Desportivas (QMAD; Serpa & Frias, 1990), composto por 30 categorias adaptadas ao ambiente escolar. As categorias que obtiveram o maior nível de importância aos alunos foram : divertimento; estar em boa condição física; trabalhar em equipes; espírito de equipe; fazer exercícios. As que obtiveram menor importância foram: pretexto para sair da sala de aula; ganhar; ter emoções fortes. O conhecimento dos aspectos motivacionais de uma turma proporciona ao professor a adotar melhores estratégias de ensino-aprendizado, e para isso, ele deve conhecer a fundo a particularidades de seus alunos.

          Unitermos: Motivação. Educação Física Escolar. Psicologia do Esporte

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 134 - Julio de 2009

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Introdução

    Não é novidade para ninguém da área de Educação Física Escolar que a mesma passa por um momento de crise e de tentativa de transição de um antigo paradigma para uma nova concepção de Educação Física

    A partir do Decreto n. 69.450, de 1971, considerou-se a Educação Física como “a atividade que, por seus meios, processos e técnicas, desenvolve e aprimora forças físicas, morais, cívicas, psíquicas e sociais do educando”. O que acabou ocorrendo foi o crescimento do pensamento de Educação Física voltado ao esporte e ao alto rendimento. A iniciação esportiva, a partir da quinta série, tornou-se um dos eixos fundamentais de ensino; buscava-se a descoberta de novos talentos que pudessem participar de competições internacionais, representando a pátria, fortalecendo assim a idéia de sucesso do regime político da época. A melhoria da aptidão física da população urbana e o empreendimento da iniciativa privada na organização desportiva para a comunidade comporiam o desporto de massa que se desenvolveria, tornando-se um desporto de elite, com a seleção de indivíduos aptos para competir dentro e fora do país.

    De acordo com o documento que organiza a prática da educação física escolar, os PCN’s, o trabalho na área da Educação Física tem seus fundamentos nas concepções de corpo e movimento. Ou, dito de outro modo, a natureza do trabalho desenvolvido nessa área tem íntima relação com a compreensão que se tem desses dois conceitos. Atualmente, a análise crítica e a busca de superação dessa concepção apontam a necessidade de que, além daqueles, se considere também as dimensões cultural, social, política e afetiva, presentes no corpo vivo, isto é, no corpo das pessoas, que interagem e se movimentam como sujeitos sociais e como cidadãos.

    Dentro desta nova concepção de Educação Física, ela trás benefícios únicos no desenvolvimento do aluno, levando a melhorias na capacidade física, no relacionamento do corpo com o mundo, no automatismo e atenção, afetividade e estilo pessoal, enfrentar as diferenças além de um desenvolvimento cognitivo e crítico.

    Porém esta prática não é bem evidenciada nos dias de hoje. O que se vê é um resistência por partes dos alunos em realizar atividades que rompam com o antigo paradigma da Educação Física escolar ligado ao esporte de alto rendimento. Outros ainda, por não gostarem deste paradigma, se negam a qualquer prática, dificultando a relação de ensino aprendizagem, fazendo da aula de Educação Física, apenas uma fuga da sala de aula.

    Há uma relação de reciprocidade entre aprendizagem e motivação, ou seja, não só a motivação gera aprendizagem, mas também a aprendizagem gera motivação para querer aprender mais, tendo assim a motivação um papel importante tanto no início como na manutenção do comportamento. A atividade de aprendizagem e a motivação da aprendizagem são muito importantes, devendo-se considerar a situação inicial dos alunos, e a partir daí, criar ou reforçar e mantê-las no decurso de toda a fase de aprendizagem. (MELLO, 2006)

    O que se observa é que muitos professores formados com esse ideal de superar antigos paradigmas ao se depararem com a realidade da profissão, se desencantam com o desinteresse dos alunos e até mesmo da direção da escola em aceitar este novo conceito de Educação Física.

    Muito se tem estudado sobre novas formas de transmitir este conhecimento. Porém pouco tem sido feito relacionado com a real necessidade dos alunos, seus interesses e seus desejos frente a aula de Educação Física. E é nisso que se fundamenta este trabalho, compreender as características específicas dos alunos, aliado a seus anseios, para que se possa haver uma interação entre as necessidades dos alunos e a nova concepção de Educação Física.

Revisão de literatura

    Tomando como objeto de estudo, alunos do ensino fundamental dentro do 3º e 4º ciclos(5ª a 8ªsérie ou 6º a 9º ano), podemos ver características bem marcantes nesta faixa etária e que pode ser caracterizada pela adolescência.

    A palavra “adolescência” é derivada do verbo latino “adolescere” significando “crescer” ou “crescer até a maturidade”. É o período de transição da dependência infantil para o mundo adulto. A adolescência é marcada por duas fases, a pubescência e a puberdade. A pubescência é o período de dois anos que antecedem a puberdade, que ocorre quando o adolescente atinge a maturidade sexual. É na pubescência onde ocorre o desenvolvimento de características sexuais secundárias (como o aparecimento de pêlos) e dos órgãos sexuais primários. A maturidade sexual pode variar de acordo com aspectos sócio-econômicos e geográficos, nutrição, clima, e valores sociais.

    Sobre a pubescência, conhecida também como adolescência inicial ou pré-adolescência no ocidente, tem se afirmado que o comportamento adolescente é culturalmente determinado. Ausubel (1969, apud MACHADO, 2006) relaciona a maturidade sexual com a iniciação social e a fase adulta, onde a iniciação social ocorre primeiro, mas a consecução da maturidade sexual biológica “sempre precede e nunca se segue” à inauguração social do adolescente.

    Netto (1976) cita que as principais características da adolescência inicial (12-16 anos) são: controle turbulento de muitos órgãos e sistemas; perturbações no equilíbrio bioquímico; ganhos consideráveis em força e controle motor; libertar-se dos adultos em todas as áreas de comportamento; aceitar o eu como pessoa digna de amor; aprender seu lugar nas relações heterossexuais; comporta-se segundo o código do seu grupo social, que sofre freqüentes alterações; reorganizar as idéias e sentimentos sobre o eu, em face de significativas transformações físicas e suas conseqüências; aceitar a realidade do seu aspecto físico; usar a linguagem para expressar e esclarecer conceitos mais complexos.

    Segundo Machado (2006) O significado psicológico e até mesmo sociológico de tais fenômenos difere de acordo com o ambiente sócio-cultural; como determinar quando a fase adulta, a maturidade, a auto-determinação e a independência foram alcançadas, depende da definição que estes termos tenham em uma determinada estrutura social. Em sociedades primitivas, o período da adolescência pode ser muito breve e terminar pelos rituais de iniciação, depois dos quais o indivíduo atinge o status adulto.

    Porém, Kalina (1999) relata que à medida que se instala a puberdade, ocorrem várias comoções psicológicas. A liberação dos impulsos agressivos e libidinais são inerentes nessa fase de preparação para a vida adulta. Uma forma de conter a impulsividade é transformá-la em algo socialmente aceitável, e talvez, a atividade física sirva de suporte reorganizador do comportamento agressivo do mundo adulto.

    Para Knijnik et al. (2005), a motivação é ponto de referência quando um indivíduo deseja realizar algo, ou simplesmente manter sua vontade, já que, ela trata de uma série de condições que satisfazem o desejo do indivíduo em continuar a fazer algo. Dessa forma, a motivação aparece como uma predisposição interna que leva o indivíduo a agir em direção a determinado objetivo, significando, portanto, uma atitude psicológica do indivíduo em direção a objetivos, como resultado de alguma necessidade ou desejo não satisfeito. O comportamento é estimulado a algum tipo de mudança, que implica na aquisição de aprendizagens, de tal forma que, o sujeito consegue reduzir a ansiedade, e aumentar seu sentimento de prazer. Ao alcançar desempenhos bem sucedidos, há um aumento do desejo específico de resultados, o que aumenta sua satisfação e conseqüentemente a sua motivação.

    A motivação está inserida em 2 dimensões: direção do esforço - busca, atração, aproximação do indivíduo a uma certa atividade; intensidade do esforço - o quanto indivíduo se esforça.

    A motivação influencia a seleção e a aderência a atividade, o esforço e a qualidade da performance em qualquer situação. Contudo a rotina de tarefas, não esclarecimento das tarefas e problemas de comunicação interpessoal, pode levar a ausência ou má conclusão da atividade.

    A motivação pode acontecer através de fatores intrínsecos ou extrínsecos. Fatores intrínsecos estão relacionados com a prática pela prática e as sensações que ela provoca. Fatores extrínsecos estão relacionados com as recompensas da prática como prêmios, prestígios...Segundo Singer (1984) motivos intrínsecos não existem sem os extrínsecos, sendo assim, mesmo que haja uma elevada motivação intrínseca, sem uma motivação extrínseca, o indivíduo pode não se sentir motivado a praticar determinada atividade.

    Scanlan et al. (1993) identifica como fatores motivacionais às crianças a busca de diversão, incentivo de parentes e professores, desejo de se desenvolver e demonstrar habilidades e se tornar um líder.

    Em um estudo realizado, Ortiz et. al.(1999) constataram que antigamente adolescentes procuravam na atividade física possibilidades de divertimento, sucesso, prazer, competição, estar com os amigos, melhorar a saúde e aptidão física. Recentemente, além destes, há o interesse pela aquisição de força muscular, aparência e controle do peso.

    Um instrumento muito utilizado na psicologia do esporte para verificar os motivos para a prática esportiva é o PMQ- Participation Motivation Questionarie desenvolvido por Gill, Gross e Huddleston (1983). Este questionário é baseado em fatores consistentes como competência, afiliação, aspectos de equipe, competição e diversão. Nota-se através de estudos que crianças e adolescentes apontarem diferentes motivos fazendo- se necessário estabelecer idade mínima, gênero, experiência ou diferentes atividades esportivas.

Metodologia

    Utilizamos como instrumento de coleta de dados o “Questionário para as Actividades Desportivas” (QMAD; Serpa & Frias, 1990) , que é a versão traduzida e adaptada por Serpa & Frias, 1990 do Participation Motivation Questionnaire – PMQ acima descrito. Adaptamos algumas questões para que fosse adequado ao ambiente escolar.

    As seguintes categorias foram relacionadas: melhorar as capacidades técnicas, estar com os amigos, ganhar, descarregar energias, manter a forma, ter emoções fortes, trabalhar em equipas, aprender novas técnicas, fazer alguma coisa em que se é bom, libertar a tensão, receber prêmios, fazer exercício, ter ação, espírito de equipe, pretexto para sair da sala de aula, entrar em competição, ter a sensação de ser importante, pertencer a um grupo, estar em boa condição física, ser conhecido(a), ultrapassar desafios, influencia dos professores, ser reconhecido e ter prestígio, divertimento, prazer na utilização das instalações e material esportivo.

    Responderam ao questionário 37 alunos pertencentes ao 6º e 8º anos do Ensino Fundamental do Colégio Adventista de Rio Claro, com idade entre 10 e 14 anos. Na sua grade curricular, os alunos tinha 3 aulas semanais de 50 minutos dedicados a Educação Física.

    Os alunos foram identificados pela idade e sexo, para fins de compreensão da realidade do grupo estudado. Os nomes dos mesmos não constavam no cabeçalho de identificação, atendendo as normas dos comitês de ética.

Resultados e discussão

    As cinco categorias que mais se destacaram com elevado nível de importância apontado pelos alunos foram: divertimento, estar em boa condição física, trabalhar em equipes, espírito de equipe e ter boa condição física.

    Olhando para o gráfico, percebemos com a ludicidade é um fator extremamente motivante para os alunos. Quase a totalidade dos alunos considera importante que a aula seja divertida.

    Em um estudo realizado por Magalhães (2005) nesta mesma cidade, porém com alunos do ensino médio(15 a 17 anos) foi constatado que na visão destes alunos a aula é motivante à medida se torna divertida e as atividades ficam interessantes. Neste mesmo estudo, se esforçam ao máximo primeiramente quando as atividades que gostam, seguido por atividades divertidas e prazerosas.

    Lorenzetto (1991 apud Gáspari e Schwartz, 2001) evidencia a perspectiva do jogo encontrando um corpo para encarnar-se e tornar-se mais humano e a do corpo que procura encontrar no jogo a possibilidade de relacionar-se consigo próprio e com o outro, de conhecer-se melhor, levando à auto-realização. Este autor aponta a competição, a arte e o jogo, como evidências dessa busca de si próprio. A alegria se revela no entusiasmo do adolescente quando está jogando, na dedicação e esforço que dispensa na atividade que o conduz à satisfação e à cooperação.

    A preocupação com o corpo já se faz presente nesta faixa etária, já que a grande maioria dos alunos apontou como muito importante estar em boa condição física e fazer exercícios.

    Suplicy et al. (1995 apud Cano et al., 1999) apontam para a questão da influencia de padrões de beleza ditados pela mídia e de esteriótipos de perfeição física que o adolescente busca para si, numa fase da vida de intensas transformações e nos quais eles não se enquadram, o que acaba por gerar angustia e insegurança, quando o assunto é o corpo.

    Outro aspecto presente nos discursos sobre educação física escolar aparece como fator motivador aos alunos. A cooperação expressada pelas categorias “trabalhar em equipes” e “espírito de equipe” se mostra além de uma ferramenta pedagógica necessária, um instrumento de motivação para os alunos.

    Marzinek (2004) mostra como a afiliação é importante nesta faixa etária, sendo que em seu estudo o fator extrínseco que obteve maior valor e significância na motivação destes foi “sentir-se integrado ao grupo”.

    Algumas categorias surpreenderam com baixo nível de importância apontada pelos alunos. As três que obtiveram menor importância foram as seguintes:

    Causa-nos estranheza observarmos a este gráfico. O maior argumento utilizado pelos professores de educação física para não utilizar estratégias de ensino em sala de aula é que eles não aceitam. Porém, os dados coletados nos mostram que eles têm consciência que a educação física não tem por fim apenas sair da sala de aula, que é algo mais, não sendo determinante a aula ser dentro ou fora da sala de aula.

    Bidutte (1999) realizou uma pesquisa com alunos do ensino fundamental na cidade de campinas, e constatou que alguns alunos consideravam desmotivante o local da atividade(quadra). Essa constatação também é apresentada nas pesquisas de Betti (1997) e sugere uma associação feita pela escola entre educação física/esporte

    A vitória ou derrota não parece ser tão importante a este grupo. Isto enfatiza a tese de que a cooperação é mais desejada que a competição. Porém, podemos observar que esta informação não é rigorosamente predominante no grupo, pois vemos uma boa quantidade de alunos apontando que a vitória é muito importante a eles.

    Esta categoria já se mostra bem diferente das outras aqui descritas. Apesar de comparadas as outras, o nível de importância foi menor, contudo podemos perceber que as respostas variam dentro de cada item de importância. Por exemplo, se dividimos em 3 grupos: nada e pouco importante; importante; muito e totalmente importante, teremos os seguintes números de alunos pra cada grupo respectivamente 15,11,11, mostrando como a individualidade se faz presente neste aspecto.

    ORTIZ et al. (1999) constatou que antigamente os adolescentes procuravam na atividade física possibilidades de divertimento, sucesso, prazer, competição, estar com os amigos, melhorar a saúde, e aptidão física. Recentemente, além destes, há o interesse pela aquisição de força muscular, aparência e controle do peso.

    Scanlan et al. (1993) identifica como fatores motivacionais: diversão, incentivo de parentes e professores, desejo de se desenvolver e demonstrar habilidades e se tornar um líder.

    Em um estudo realizado na mesma cidade, com adolescentes de mesma faixa-etária, porém que participavam de um programa de iniciação esportiva (SILVA et. al, 2007), notamos algumas diferenças com os resultados encontrados. A diversão(fator apontado por 81% dos alunos nesta pesquisa como totalmente importante) não foi fator preponderante para os atletas investigados, ficando atrás de outras categorias como a competição e melhorar habilidades, mostrando assim que os próprios alunos têm objetivos diferentes quanto a aula de Educação Física e o treinamento esportivo. Isto mostra que o perfil psicológico de um aluno de educação física escolar e de um aluno de iniciação esportiva difere mesmo com a mesma idade e mesmo contexto cultural.

Conclusão

    Ao constatar as categorias em que os alunos se sentem mais motivados, muitas delas corroboram com a literatura já existente, mostrando que os estudos tem se encaminhado de maneira a chegar em um consenso sobre os aspectos que norteiam a motivação de um adolescente.

    O lúdico, a preocupação com o corpo e a experimentação do trabalho em grupo reúnem aspectos sócias, antropológicos, biológicos e psicológicos, presentes fortemente nesta faixa etária e são de suma importância que sejam trabalhadas nas aulas de Educação Física. Segundo Cano et. al(1999) o adolescente investe muito de sua energia na busca de uma identidade através de sua aceitação no grupo de iguais ou turma, na sua relação afetiva, tendo como pano de fundo seu corpo, sua imagem corporal.

    Os fatores que menos motivam os alunos foram os que nos causam maior espanto. A vontade de sair da sala de aula, um conceito enraizado entre os professores acerca dos alunos, não se concretizou neste estudo. Ter emoções fortes ou o ganhar, característica presente nos adolescentes também não foram apontados como motivantes. Porém a leitura que devemos ter destas constatações não é de que devemos abandonar estes 3 fatores, mas sim prestar atenção na grande diversidade de alunos. Uma sala de aula regular apresenta alunos com diferentes anseios e desejos, com caraterísticas físicas, psicológicas e até mesmo sociais diferentes, o que leva o professor a uma maior diversidade de abordagem com os alunos, para que todos possam ser contemplados. Se observarmos atentamente a essas 3 categorias, vimos que temos uma quantidade considerável de alunos espalhados entre os 5 graus de importância.

    O contexto da educação física, e as características específicas do grupo de alunos deve ser levada em consideração no planejamento da escolar. Não se pode confundir aula de Educação Física com treinamento, pois os próprios estudos mostram que sendo a finalidade diferente, o público também o é e sua motivação conseqüentemente se difere.

    Olhando para esse quadro, percebemos que as novas tendências em Educação Física escolar está de acordo com as necessidades dos alunos, pois muitos dos pontos aqui apresentados se fazem presentes nos seus conceitos. O que falta ao professor é ficar atento às especificidades de seu grupo, e da faixa-etária com a qual trabalha.

Referencias bibliográficas

  • BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: educação física. Brasília: Secretaria de Educação Fundamental, – Brasília : MEC/SEF, 1997.

  • BIDUTTE L.C. Motivação nas aulas de educação física em uma escola particular. In. Psicologia Escolar e Educacional, Campinas v.5, n.2, 2001

  • CANO, M.A.T.; FERRIANI, M.G.C.; MEDEIROS, M.; GOMES, R. Auto-imagem na adolescência. In: Revista Eletrônica de Enfermagem (online), Goiânia, v.1, n.1, out-dez. 1999.

  • GÁSPARI, J.C.; SCHWARTZ G.M. Adolescência, Esporte e Qualidade de Vida. In: Revista Motriz, Rio Claro, v.7, n.2, 2001.

  • KALINA, E. Psicoterapia de adolescentes. 3.ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999;

  • KNIJNIK, J. D.; GREGUOL, M.; SANTOS, S. S. Motivação no esporte infanto-juvenil: uma discussão sobre razões de busca e abandono da prática esportiva entre crianças e adolescentes. Efartigos. v. 03, n. 02, 2005.

  • MACHADO. A. A. Educação Física no Ensino Superior: Psicologia do Esporte. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

  • MARZINEK,A. A Motivação de Adolescentes nas Aulas de Educação Física. Dissertação (Mestrado em Educação Física), Brasília, Universidade Católica de Brasilia, 2004.

  • NETTO, S. P. Psicologia da Adolescência 5 ed. São Paulo : Editora da Universidade de São Paulo, 1976.

  • ORTIZ, M. et. al. Atividade Física e Aderência: considerações preliminares. In. Revista Brasileira de Ciências do Esporte – XI Congresso Brasileiro de Ciências do esporte. v. 21, nº1, 1999;

  • SCANLAN, T. K. et al. Sources of enjoyment for youth sport athletes. In Pediatric Exercise Science, v. 5, 275 – 285, 1993 ;

  • SILVA, L. S. et. al. Motivação e Adesão no Esporte Infanto-Juvenil. In Coleção Pesquisa em Educação Física, Jundiaí, v.5, n.1, 2007;

  • SINGER, R. Psicologia dos desportos: Mitos e Verdades. 2 ed. São Paulo: 1977;

  • WEINBERG, R. S.; GOULD, D. Fundamentos da Psicologia do esporte e do exercício. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001

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