Análise do jogo de râguebi. Identificação das variáveis de acções do jogo e de resultado que discriminam as vitórias e derrotas nos jogos IRB e Super 12 |
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Universidade de Trás - os - Montes e Alto Douro (Portugal) |
Luís Miguel Teixeira Vaz |
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Resumo No râguebi existe pouca investigação sobre a criação de perfis de performance individual ou de equipa em relação a equipas vencedoras e derrotadas. Os objectivos do presente estudo foram identificar as variáveis de acções do jogo e de resultado que melhor distinguem as equipas que vencem das equipas que perdem os jogos de râguebi. Este trabalho foi realizado por Luís Miguel Teixeira Vaz com vista á obtenção do grau de Doutor em Ciências do Desporto. Unitermos: Râguebi. Acções do jogo. Vitorias e derrotas
Abstract In rugby there has been little research into the creation of team or individual performance profiles through the comparison of winning and losing teams. The aim of the present study was identifying the variables of actions of the game and result that best discriminate between winning and losing teams in rugby games. This study was developed by Luis Miguel Teixeira Vaz from your PhD Thesis Degree in Sport Science Keywords: Rugby. Actions of the game. Winning and losing.
Tese de doutoramento em Ciências do desporto Orientador: Professor Doutor António Jaime da Eira Sampaio Co-Orientador: Professor Doutor António José Serôdio Fernandes Júri: Professor Doutor Manuel António Araújo Silva Janeira (FCDEF) - Porto Professor Doutor Fernando José da Silva Tavares (FCDEF) - Porto Professor Doutor Victor Manuel de Oliveira Maças (UTAD) - Vila Real Professor Doutor António Paulo Pereira Ferreira (FMH) - Lisboa). Data da Apresentação: Janeiro de 2009 Nota Final: Aprovado com Distinção e Louvor |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 134 - Julio de 2009 |
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Introdução
O desenvolvimento actual e o nível competitivo alcançado pelo jogo de râguebi têm exigido níveis de performance cada vez mais elevados. Neste sentido, o desempenho das equipas em situação de treino e de competição deve ser analisado pormenorizadamente. A análise do jogo (AJ) tem sido pouco explorada para caracterizar, monitorizar e avaliar a performance em jogos de râguebi. Com o presente estudo, pretendemos contribuir para que se possam dar respostas a um vasto conjunto de questões suscitadas neste domínio do conhecimento e que tenham repercussões assinaláveis no conhecimento e desenvolvimento do jogo de râguebi. Neste contexto, os objectivos do presente estudo foram identificar as variáveis de acções do jogo e de resultado que melhor distinguem as equipas que vencem das equipas que perdem os jogos. De igual modo, pretendemos identificar estas tendências para os jogos que terminam mais equilibrados, desequilibrados e muito desequilibrados no seu resultado final. Este tipo de análise será realizado independentemente para um grupo IRB e um grupo Super 12.
Metodologia
Os dados utilizados no presente estudo foram obtidos a partir de duas bases de registo: 1) Rugby Stats Fair Play Sports Analysis Systems e 2) Rugby Match Analysis and Statistics. A amostra foi constituída por 342 jogos de râguebi, divididos posteriormente em dois grupos: (i) grupo IRB constituído por 135 jogos pertencentes ao Campeonato do Mundo (RWC) de 2003; Campeonato do Mundo (RWC) de Sub 21 de 2005; Torneio das Seis Nações de 2004, 2005 e 2006 e Torneio das Três Nações de 2004 e 2005 e (ii) grupo Super 12 constituído por 207 jogos pertencentes aos Torneios dos Super 12 de 2003, 2004 e 2005. Os jogos foram agrupados em função da sua diferença pontual final, procurando indagar de que modo tendem a associar-se entre si em função da diferença no resultado final. As variáveis a serem analisadas foram subdivididas em variáveis de acções do jogo (e.g., passes realizados, penalidades concedidas, recuperação de bola) e variáveis de resultado (e.g., ensaios, conversões, pontapés de penalidade).
Os procedimentos estatísticos utilizados i) análise exploratória inicial, ii) análise de clusters e iii) análise discriminante, permitiram associar jogos entre si, tendo sido definido por nós como critério de agrupamento a diferença na pontuação final dos jogos. Separámos e classificámos grupos de dados com o objectivo de encontrar uma função linear que defina a separação máxima entre grupos; isto é, evidenciar quais as variáveis mais poderosas na classificação dos sujeitos nos 3 grupos de clusters.
Resultados e conclusões
Os resultados permitiram concluir que os jogos equilibrados ocorreram em maior número e que o maior contributo para o resultado final dos jogos adveio da marcação de ensaios. As equipas que venceram os jogos equilibrados, defenderam mais (realizaram mais placagens), cometeram menos erros na utilização da posse de bola e variaram mais as suas formas de jogo (maiores frequências de jogo á mão e jogo ao pé). Em jogos desequilibrados, as equipas que venceram os jogos no grupo IRB, ganharam mais bolas no alinhamento e foram mais eficazes na defesa (menos placagens falhadas). As placagens falhadas e os alinhamentos perdidos apresentaram poder discriminatório nos dois grupos, IRB (ICCEI=-0,43) e (ICCEI= -0,42) e Super 12 (ICCEI=-0,34) e (ICCEI=-0,38). Nos jogos muito desequilibrados as equipas que venceram os jogos concederam mais penalidades, realizaram mais e falharam menos placagens. O maior contributo para diferenciar os grupos (IRB e Super 12) em relação às variáveis de resultado adveio dos valores de marcação de ensaios e conversões, IRB (ICCEI=0,53) e (ICCEI=0,46) e Super 12 (ICCEI=0,72) e (ICCEI=0,57).
Entender as razões que contribuem para o sucesso ou insucesso da equipa em jogos equilibrados, desequilibrados e muito desequilibrados, permite tornar o treino mais específico e contribui decisivamente para a melhoria das performances desportivas.
Síntese e análise exploratória dos resultados mais significativos
Para o grupo IRB foram identificados 15 outliers (11,1% da sub-amostra) e para o grupo Super 12 foram identificados 3 outliers (1,4% da sub-amostra). Tendo em conta os valores de corte para cada uma das sub-amostras, verificámos que, inicialmente, o grupo IRB apresentava uma distribuição menos homogénea para a totalidade das categorias dos jogos em relação ao grupo Super 12. A presença destes outliers contaminava as médias das variáveis da nossa amostra e, neste sentido, foram eliminados. A partir da literatura disponível, constatámos que o quadro conceptual e operativo que se nos apresenta sobre o jogo de râguebi é exíguo em estudos que categorizem tipos de jogos. Neste sentido, também não são encontradas respostas consistentes em relação aos factores que determinam as categorias dos jogos. A opção de recorrer a um estudo prévio de classificação automática (análise de clusters) para a definição das fronteiras que separam os diferentes tipos de jogos, permitiu-nos formar grupos de jogos e agrupá-los em função da sua diferença pontual final. Sampaio (2000) refere que a aplicação deste método permite prevenir decisões menos acertadas acerca da categorização dos jogos a partir de processos metodológicos insuficientemente sustentados. Tendo em consideração este tipo de questões metodológicas e operacionais cujas respostas se afiguram essenciais para traçar novas perspectivas na AJ de râguebi, foram constituídos 3 grupos de jogos: equilibrados, desequilibrados e muito desequilibrados para o IRB e o Super 12.
Este tipo de procedimento permitiu a formulação de um quadro mais válido dos jogos a serem analisados, bem como ir de encontro ao objectivo de identificar as variáveis de acções do jogo e de resultado que melhor distinguem as vitórias e as derrotas. A categoria dos jogos equilibrados foi a que maior representatividade apresentou para a totalidade da sub-amostra de cada grupo (53,3% no grupo IRB e 46,5% no grupo Super 12). Nos jogos desequilibrados, os valores obtidos permitiram facilmente constatar a proximidade de resultados entre grupos (38,3% para o grupo IRB e 38,7% para o grupo Super12). Nos jogos muito desequilibrados, obtivemos valores de 8,3% para o grupo IRB e 14,7% para o grupo Super 12 (ver Figura.1)
Figura 1. Distribuição das categorias dos jogos nos grupos IRB e Super 12 em função da totalidade da sub-amostra de cada grupo.
Relativamente à maior representatividade da categoria de jogos equilibrados, os resultados demonstram que, de facto, se confirma a hipótese de haver diferenças que justificam o contraste de categorias de jogos. Estes jogos foram os que ocorreram em maior número, facto que sugere a grande competitividade das competições no IRB e Super 12.
Na verdade, estas diferenças podem estar associadas, por exemplo, a diferentes ritmos e estilos de jogo, com repercussões nas variáveis de acções do jogo e de resultado das equipas de cada grupo. Williams et al. (2006) referem a este propósito que o ritmo de jogo tem vindo a aumentar em consequência das alterações às regras e do maior tempo útil de bola em jogo. Por outro lado, a existência de diferentes estilos de jogo de râguebi entre equipas, como por exemplo, os das equipas do hemisfério sul que dão preponderância à utilização de jogo ao pé (grupo Super 12) permitem ajudar a entender algumas das diferenças constatadas. Os resultados do estudo permitiram diferenciar tipos de jogos e confirmar algumas evidências relativamente a variáveis de acções do jogo e de resultado, resultantes dos estudos de Jones et al. (2004), O´Donoghue & Williams (2005) e Eaves et al. (2005).
Por outro lado, foi possível identificar que variáveis permitiram discriminar as vitórias e as derrotas nos jogos IRB e Super 12. Neste domínio, as diferenças encontradas ajudaram a caracterizar e a identificar os factores que mais contribuíram para o sucesso ou insucesso das equipas. Não são conhecidos estudos que nos permitam comparar os nossos resultados em relação ao tipo de jogos (equilibrados, desequilibrados e muito desequilibrados). No entanto, argumentações de muitos analistas, investigadores e treinadores como são os casos de Nerin & Peyresblanques (1990); Villepreux (1996); Docherty et al. (1998); Laird & Lorimer (2003); Bracewell (2003) Eaves et al. (2005) e Williams et al. (2006) convergem para o reforço dos resultados encontrados, i.e., os jogos de râguebi são cada vez mais equilibrados no seu resultado final, facto que evidencia e reforça a excelência, competitividade e promoção que esta modalidade regista. Como vimos anteriormente, os resultados permitiram comprovar que os jogos não são todos iguais. Este facto poderá ser explicado, em parte, pelas diferenças que vencedores e vencidos manifestaram nos seus diferentes ritmos e estilos de jogo. Por outro lado, o número de ocorrências de variáveis de acções do jogo e de resultado em jogo tem implicações para com o desfecho final dos jogos. Por exemplo, é suposto que um jogo com maior tempo útil de jogo, com mais fases dinâmicas e com mais acções de placagem, possa ter maior ritmo de jogo. O número de jogos muito desequilibrados é maior no grupo Super 12. Este resultado torna-se curioso e coloca um problema importante para reflexão sobre as interpretações de Devaluez (2000); Villepreux (2004) e Jones et al. (2004), que consideram os Super 12 como o torneio em que há mais jogos equilibrados. Possivelmente, esta questão não foi tratada do ponto de vista científico, uma vez que não categorizam tipos de jogos e não se percebe a que tipo de “equilíbrio” se referem, i.e, (resultado, acções do jogo, perfis morfológicos, estilos de jogo…) bem como não fundamentam ou justificam as suas interpretações. A Figura 2, mostra os resultados principais do poder discriminatório das acções do jogo e de resultado nos grupos IRB e Super 12.
Figura 2. Resultados principais do poder discriminatório das acções do jogo e resultado nos grupos IRB/Super12
Os resultados principais do poder discriminatório permitiram destacar que nos jogos equilibrados, as variáveis de acções do jogo são diferentes nos grupos IRB e Super 12. Estes resultados evidenciaram diferenças significativas no contraste entre vitórias e derrotas. Parece evidente que as razões para estas diferenças possam estar associadas às diferenças de ritmo e estilo de jogo das equipas. Pelo facto das equipas derrotadas terem cometido mais erros, é provável que as equipas com melhor condição física possam cometer menos erros provocados pela fadiga (principalmente nas partes finais dos jogos). Nos jogos desequilibrados, os alinhamentos ganhos e as placagens realizadas tiveram poder discriminatório apenas no grupo IRB. Os alinhamentos perdidos e as placagens falhadas tiveram poder discriminatório nos dois grupos (IRB e Super 12).
Estas variáveis de acções do jogo são importantes porque permitem identificar erros nas fases estáticas de jogo relativamente à conquista da bola e conhecer níveis de eficácia dos aspectos defensivos capazes de poder explicar o que diferencia as equipas que vencem das equipas que perdem, em jogos desequilibrados. Nos jogos desequilibrados e muito desequilibrados só as placagens falhadas tiveram poder discriminatório comum nos grupos. Este resultado sugere que as placagens falhadas podem contribuir de forma decisiva para diferenciar vitórias e derrotas nesta categoria de jogos.
Em jogos equilibrados, os resultados do poder discriminatório para as variáveis de resultado destacaram para os grupos (IRB e Super 12) as variáveis: ensaios, conversões e pontapé de penalidade. Nos jogos desequilibrados e muito desequilibrados, o poder discriminatório destaca, no grupo IRB, ensaios e conversões e no grupo Super 12, ensaios, conversões e pontapé de penalidade.
O maior contributo para diferenciar os grupos (IRB e Super 12) em relação às variáveis de resultado adveio dos valores de marcação de ensaios e conversões, facto que sugere a importância destas variáveis para o resultado final dos jogos. O pontapé de penalidade, como variável de resultado, permitiu diferenciar os grupos (IRB e Super 12). A importância e contributo desta variável no resultado final dos jogos requer, da parte dos treinadores, preparação cuidada nas sessões de treino.
Os resultados, em jogos desequilibrados, permitiram discriminar a variável alinhamentos perdidos nos grupos IRB e Super 12. Os resultados sugerem que a utilização do alinhamento por parte das equipas que vencem e que perdem os jogos nem sempre tem sido bem sucedida. De facto, o número de alinhamentos tem diminuído e as equipas perdem mais bolas nos alinhamentos. Neste contexto, confirmam-se algumas das evidências em relação a esta variável de acção do jogo (alinhamento), resultantes dos estudos realizados por Laird & Lorimer (2003); Jones et al. (2004) e Eaves et al. (2005). Tal facto pode estar associado a:
alterações às regras,
menor importância dada por parte das equipas para a selecção e recrutamento de jogadores para a posição específica de saltador,
menor importância estratégica e táctica do alinhamento para a conquista de bola em jogo,
maior disputa por parte dos intervenientes, menor certeza de conquista e menor qualidade de bola para jogar.
Relativamente às placagens, os resultados do presente estudo confirmam que o número de ocorrências de acções de placagem têm vindo a aumentar significativamente. De igual modo se confirma este resultado para todas as categorias de jogos. Em jogos muito desequilibrados, as equipas que vencem e que perdem os jogos falham muitas placagens. Os resultados sugerem que a eficácia defensiva das equipas poderá ser determinante para a maior diferença no resultado final dos jogos. De facto, as equipas que venceram os jogos realizaram mais placagens e falharam menos placagens.
Bell (1980) evidenciou a importância dos perfis somáticos dos jogadores nas situações de contacto (e.g., placagem) onde são exigidos elevados níveis de estabilidade e potência. A placagem, como factor estritamente defensivo, fez emergir por parte das melhores equipas (em especial as do hemisfério sul) uma nova forma de abordagem ao jogo. Neste sentido, as razões que podem estar associadas a este resultado podem passar por:
melhor qualidade do jogo ofensivo,
menor importância dos aspectos defensivos do jogo,
menor capacidade defensiva das equipas,
maiores dificuldades na execução técnicas do gesto,
resultados intermédios do jogo e
alteração às regras.
Conclusões
Ao optarmos por formar grupos de jogos e agrupá-los em função da sua diferença pontual final, quisemos indagar de que modo os jogos podem ou tendem a associar-se entre si em função do seu maior ou menor resultado final.
Este procedimento permitiu-nos criar, no âmbito da AJ de râguebi, um quadro inovador na categorização dos jogos de acordo com estudos já propostos em outros JDC.
A formação de grupos de jogos equilibrados, desequilibrados e muito desequilibrados, permitiu-nos um quadro mais válido dos jogos a serem analisados, bem como ir de encontro aos nossos objectivos.
Os resultados obtidos permitem aceitar que para os grupos IRB e Super 12 existem variáveis de acções do jogo e de resultado que discriminam as equipas que vencem das equipas que perdem os jogos equilibrados, desequilibrados e muito desequilibrados.
Os resultados obtidos permitem afirmar que os jogos equilibrados são, em maior número, no grupo IRB; os desequilibrados e os muito desequilibrados, no grupo Super 12.
Jogos Equilibrados (IRB e Super 12)
Estes jogos ocorreram em maior número; facto que sugere a grande competitividade destes jogos. Por outro lado, foi possível reconhecer que foram poucas as diferenças entre variáveis de acções do jogo e de resultado entre equipas (vitória e derrota) e entre grupos.
O maior contributo para o resultado final dos jogos adveio da marcação de ensaios. Esta é a acção de resultado que os treinadores deverão preparar com mais cuidado.
As equipas que venceram os jogos defenderam mais (realizaram mais placagens), cometeram menos erros na utilização da posse de bola e variaram mais as suas formas de jogo (maiores frequências de jogo á mão e jogo ao pé). Estes resultados sugerem maior variabilidade táctica nestas equipas. Por outro lado, a concessão de um maior número de pontapés de penalidade sugere que poderão ser prejudicadas por arriscarem mais.
As vitórias foram mais fáceis de prever que as derrotas. Este facto é de difícil explicação e sugere que ainda permanecem questões por explicar nestes domínios do contraste entre vitórias e derrotas.
Jogos Desequilibrados (IRB e Super 12)
As equipas que venceram os jogos no grupo IRB ganharam mais bolas no alinhamento e foram mais eficazes na defesa (menos placagens falhadas). Por outro lado, as equipas derrotadas placaram mais e falharam mais placagens. Estes resultados sugerem uma fase defensiva cuidada no sentido de recuperarem a bola para atacar.
O pontapé de penalidade, como variável de acção de resultado, permitiu diferenciar os grupos (IRB e Super 12). A importância e contributo desta variável no resultado final dos jogos requer, da parte dos treinadores, preparação cuidada nas sessões de treino.
Jogos Muito Desequilibrados (IRB e Super 12)
As equipas que venceram os jogos concederam mais penalidades, realizaram mais e falharam menos placagens. Os resultados sugerem que a eficácia defensiva das equipas poderá ser determinante para a ocorrência da maior diferença no resultado final dos jogos.
As equipas vencedoras poderão conceder mais penalidades por arriscarem mais, o que poderá justificar a maior ocorrência de recuperações de bola por parte das equipas derrotadas. Estes resultados sugerem que são ainda necessários estudos que permitam determinar as razões da maior ocorrência de penalidades em jogo por parte das equipas vencedoras. Por outro lado, um estudo sobre a origem das recuperações de bola nas equipas derrotadas poderá permitir dar algumas respostas para explicar o contraste entre vitórias e derrotas.
O maior contributo para diferenciar os grupos (IRB e Super 12) em relação às variáveis de resultado adveio dos valores de marcação de ensaios e conversões, facto que sugere a importância destas variáveis para o resultado final dos jogos.
Referências bibliográficas
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Vaz, L. (2000). Tendência Evolutiva do Jogo de Râguebi - Análise Técnica e Táctica. Dissertação de Mestrado: Centro Olímpico de Estúdios Superiores - Madrid.
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Williams, J., Hughes, M. & O’Donoghue, P. (2006). The effect of rule changes on match and ball in play time in rugby union. Centre for Performance Analysis, University of Wales Institute Cardiff, pp.1-11.
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digital · Año 14 · N° 134 | Buenos Aires,
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