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Avaliação de hábitos e conhecimentos sobre hidratação 

de praticantes de musculação uma academia 

da cidade de São Paulo

Evaluación de hábitos y conocimientos sobre hidratación de 

practicantes de musculación en un gimnasio de la ciudad de San Pablo

 

*Graduandas do curso de Nutrição do Centro Universitário São Camilo
**Nutricionista, Mestre em Saúde Pública pela FSP/USP

Doutoranda em Medicina Preventiva pela FMUSP

Docente e Supervisora de Estágios do Centro Universitário São Camilo

(Brasil)

Carolina Martin Furtado*

carolina.mfurtado@gmail.com

Jacqueline Medeiros Garcia*

jacqueline_medeirosg@yahoo.com.br

Juliana Paulino Gonçalves*

juliana.p.g@uol.com.br

Renata Furlan Viebig**

refurlan@terra.com.br

 

 

 

Resumo

          Introdução: O calor produzido nas atividades esportivas eleva a temperatura corporal. O estresse do exercício é acentuado pela desidratação, que prejudica as respostas fisiológicas e o desempenho físico e produz riscos para a saúde. A reposição apropriada de líquidos antes, durante e depois de exercícios é amplamente aconselhada como o primeiro passo preventivo na redução do risco de danos ao organismo durante treinamentos e competições. Objetivo: Avaliar os conhecimentos e hábitos de hidratação de adultos praticantes de atividade física de uma academia localizada na zona norte da cidade de São Paulo. Metodologia: Foi aplicado um questionário com catorze perguntas referentes a conhecimentos e hábitos de hidratação, à praticantes de atividade física de uma academia. As respostas fornecidas pelos participantes foram tabuladas e avaliadas de acordo com distribuições percentuais e medidas de tendência central. Resultados: A amostra foi composta por 77 indivíduos sadios, a maioria mulheres (68,8%), com idade média de 39,1 anos. Analisando os dados coletados, pudemos observar que 20,8% relataram que nunca ou quase nunca se hidratavam durante o treino. Um número significante de praticantes, 46,7% afirmaram ingerir líquidos somente após a sensação de sede, e desses 10,3% relataram que só ingeriam líquidos quando sentiam muita sede. Somente 9% dos indivíduos utilizavam repositores hidroeletrolíticos em algum momento do treino. Conclusão: Os praticantes avaliados possuíam conhecimentos razoáveis sobre hidratação, sendo que uma quantidade significante já teve alguma orientação sobre o assunto. Porém, mas apesar desses fatores a maioria dos entrevistados não se hidratava de forma correta.

          Unitermos: Desidratação. Reposição hídrica. Exercícios. Academia. Musculação

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 133 - Junio de 2009

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Introdução

    A água é o principal elemento de constituição do corpo humano em peso e volume. O volume hídrico corporal é dependente da composição corporal do individuo, do sexo, da idade, do estado de treinamento, do conteúdo muscular de glicogênio, ente outros fatores¹.

    Apesar de as pequenas alterações no equilíbrio hídrico corporal diário serem facilmente corrigidas para níveis normais, a imposição de exercícios e o estresse ambiental nas atividades diárias pode gravemente ameaçar a homeostase do equilíbrio hídrico, o desempenho e a saúde².

    O calor produzido nas atividades esportivas eleva a temperatura corporal, o que aumenta a demanda dos mecanismos termorregulatórios para a transferência de calor do organismo para o ambiente, especialmente quando realizadas em ambientes quentes e úmidos³.

    A perda hídrica pela sudorese durante o exercício pode levar o organismo à desidratação, com aumento da osmolaridade, da concentração de sódio no plasma e diminuição do volume plasmático. Quanto maior a desidratação, menor a capacidade de redistribuição do fluxo sanguíneo para a periferia, menor a sensibilidade hipotalâmica para a sudorese e menor a capacidade aeróbica para um dado débito cardíaco4.

    A percepção subjetiva do esforço é aumentada em proporção ao déficit de líquidos. Mesmo uma reposição parcial de fluidos tem um efeito significativo na percepção subjetiva do esforço durante um exercício de alta intensidade4.

    O estresse do exercício é acentuado pela desidratação, que aumenta a temperatura corporal, prejudica as respostas fisiológicas e o desempenho físico e produz riscos para a saúde. Estes efeitos podem ocorrer mesmo que a desidratação seja leve ou moderada, com até 2% de perda, agravando-se à medida que ela se acentua. Com 1 a 2% de desidratação inicia-se o aumento da temperatura corporal em até 0,4ºC para cada percentual subseqüente de desidratação. Em torno de 3%, há uma redução importante do desempenho; com 4 a 6% pode ocorrer fadiga térmica; a partir de 6% existe risco de choque térmico, coma e morte. Assim, a desidratação afeta o desempenho aeróbio, diminui o volume de ejeção ventricular pela redução no volume sanguíneo e aumenta a freqüência cardíaca5.

    É importante que sejam reconhecidos os sinais e sintomas da desidratação. Quando leve a moderada, ela se manifesta com fadiga, perda de apetite e sede, pele vermelha, intolerância ao calor, tontura, oligúria e aumento da concentração urinária. Quando grave, ocorre dificuldade para engolir, perda de equilíbrio, a pele se apresenta seca e murcha, olhos afundados e visão fosca, disúria, pele dormente, delírio e espasmos musculares5.

    A reposição apropriada de líquidos antes, durante e depois de exercícios intensos, especialmente em ambientes quentes, é amplamente aconselhada como o primeiro passo preventivo na redução do risco de danos ao organismo durante treinamentos e competições6.

    O objetivo desse estudo foi avaliar os conhecimentos hábitos de hidratação de adultos praticantes de atividade física de uma academia localizada na zona norte da cidade de São Paulo.

Metodologia

    Foram entrevistados 77 indivíduos adultos, homens e mulheres, frequentadores de uma academia localizada na zona norte de São Paulo.

    Foi aplicado um questionário, adaptado de Brito et al (2006), o qual continha catorze perguntas referentes a conhecimentos e atitudes relacionadas à hidratação, especialmente durante o treino.

    Dentre as perguntas realizadas pode-se citar “Você tem o costume de se hidratar durante o treino?”; “Você já teve alguma orientação sobre a melhor maneira de se hidratar?”; “Você tem o costume de pesar-se antes e depois dos treinos?”; dentre outras.

    As respostas fornecidas pelos participantes foram tabuladas e avaliadas de acordo com distribuições percentuais e medidas de tendência central.

    Este estudo faz parte de um projeto maior intitulado “Avaliação da perda hídrica, risco de desidratação e determinação da taxa de sudorese de atletas e desportistas” aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa do Centro Universitário São Camilo, sob o número 097/06.

Resultados

    O presente estudo entrevistou 77 indivíduos, sendo 31,2% do gênero masculino (n=24) e 68,8% do gênero feminino (n=53). A maioria dos praticantes (57%) apresentava idade entre 20 e 39 anos. Apenas 11,7% dos praticantes tinham acima de 60 anos. A média da idade dos homens foi de 38,3 anos e das mulheres foi de 39,1 anos.

    Segundo a análise, 87% dos indivíduos tinham como a principal atividade realizada na academia a musculação, sendo que desses, 29,9% também praticavam outra atividade na academia. Do total de alunos, 70% freqüentavam a academia há mais de 1 ano e 34% freqüentavam há mais de 5 anos. Os alunos novos que ingressaram na academia há menos de 6 meses representavam 23% dos participantes.

    Dos indivíduos avaliados, 20,8% (n=16) relataram que nunca ou quase nunca se hidratavam durante o treino e desses, 68,8% já freqüentavam a academia há mais de 6 meses. A maioria do alunos, 61%, relataram se hidratar sempre durante os treinos.

    Para 46,7% dos praticantes a ingestão de líquidos só ocorria após à sensação de sede, e dentre esses, 10,3% relataram que só ingeriam líquidos quando sentiam muita sede. Somente 9% dos indivíduos relataram uso de repositores hidroeletrolíticos em algum momento do treino.

    Analisando-se os dados do Gráfico 1, observa-se que 71,4% dos indivíduos tinham preferência por líquidos a uma temperatura gelada e somente 28,6% relataram preferir líquidos em temperatura ambiente.

    Observando-se o Gráfico 2, podemos perceber que somente as mulheres afirmaram consumir como bebidas para hidratação café (5,7%), refrescos (3,8%) e chás (11,3%). O consumo de refrigerantes foi maior entre as mulheres (9,4%). Os repositores hidroeletrolíticos foram mais citados pelos homens (12,5%). O consumo de água foi proporcionalmente igual entre o gênero masculino (91,7%) e gênero feminino (90,6%).

    A maioria dos indivíduos (70,1%) acreditava que um repositor hidroeletrolítico apresenta a função de hidratar e repor eletrólitos e energia. Porém, 18,2% acreditavam que os repositores apresentam a mesma função da hidratação com água. Do total de indivíduos, 67,5% não utilizam nenhum tipo de repositor hidroeletrolítico.

    Em relação à preocupação em se hidratar, 59,7% dos praticantes relataram que sua preocupação independe da estação do ano, enquanto 33,8% se preocupavam com a hidratação somente no verão. Cerca de 5,0% dos desportistas não se preocupavam em se hidratar.

    Dos indivíduos avaliados, 50,6% possuíam o hábito de se pesar antes e depois do treino, sendo a maioria (54,2%) homens.

    Foi observado que 62,3% dos indivíduos ingeriam mais de 6 copos de água por dia, fora dos treinos. Apenas 9,1% dos desportistas consumiam menos de 2 copos de água por dia.

    Dos sintomas apresentados durante o treino, os mais citados foram sede muito intensa (20,8%), fadiga generalizada (16,9%), cãimbras (15,6%) e sensação de perda de força (15,6%), como mostra o Gráfico 3.

    A maior parte dos praticantes (79,2%) se preocupavam com a roupa utilizada nos treinos, sendo que (70,5%) levavam em consideração se a roupa era confortável e somente 21,3% se preocupavam com o tipo de tecido.

    Em relação à orientação sobre hidratação, 32,5% dos praticantes relataram que já obtiveram algum tipo de orientação sobre como e quando se hidratar. Porém, dentre eles, 36% não costumavam se hidratar frequentemente.

    Como mostra o Gráfico 4, a maior parte das orientações sobre hidratação (44%) foi feita por um nutricionista.

Discussão

    O principal público da academia, na área de musculação, eram pessoas entre 20 e 39 anos e foi percebido um número baixo de pessoas com mais de 60 anos. Na prática do dia-a-dia de clínicas, academias e clubes, percebe-se que algumas barreiras se interpõem entre o idoso e a atividade física. A idéia de entrar em um local, onde somente jovens estarão se mostrando em espelhos, assusta muito aquele indivíduo que já não tem sua forma física dentro dos padrões estéticos tão rígidos da nossa sociedade. Outro fator observado é que, em muitas das vezes, especialmente o idoso, com seu equilíbrio e coordenação debilitados, se sente impotente em uma sala com tantos aparelhos que necessitam de ajustes a todo momento para serem utilizados7.

    Uma quantidade significante de praticantes (20,8%), a maior parte destes mulheres (62,5%), relataram que nunca ou quase nunca se hidratavam antes, durante ou depois do treino. Para garantir que o indivíduo inicie o exercício bem hidratado, a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME) recomenda que o indivíduo beba cerca de 250 a 500ml de água duas horas antes do exercício. Durante o exercício recomenda-se iniciar a ingestão já nos primeiros 15 minutos e continuar bebendo a cada 15 a 20 minutos. Após o exercício, deve-se continuar ingerindo líquidos para compensar as perdas adicionais de água pela urina e sudorese5.

    A maioria dos praticantes relatou que somente fazia o consumo de algum líquido quando ocorria a sensação de sede. De acordo com Wilmore et al. (2001)8, o mecanismo de sede do organismo não mensura precisamente o seu estado de desidratação. Somente se sente sede bem após a desidratação haver começado. O mecanismo de sede é sensível às concentrações plasmáticas de sódio, à osmolalidade e ao volume sanguíneo. O aumento da concentração de sódio e diminuição do volume sanguíneo resulta na maior percepção da sede. Se a ingestão for somente de água, rapidamente desaparece a vontade de beber devido a alterações na pressão osmótica, além da redução do volume total a ser ingerido. Como resultado, ocorre um decréscimo prematuro na ingestão de líquidos, devido ao desaparecimento da sensação de sede, antes mesmo da reposição adequada. O atleta não pode depender da sede para iniciar a reposição hídrica durante o exercício vigoroso e prolongado. A ingestão abundante antes do exercício pode levar a um estado de hiperidratação, protegendo contra o estresse térmico, por retardar a desidratação, aumentar a transpiração durante o exercício e minimizar a elevação da temperatura central, contribuindo para um melhor desempenho9.

    Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME) é recomendada a ingestão de bebidas à uma temperatura em torno de 15 a 22 ºC, o que difere do que pudemos observar na prática dos praticantes do presente estudo, já que um total de 71,4% dos indivíduos analisados preferiam ingerir líquidos gelados5.

    Foi observado que a maior parte dos indivíduos preferiam se hidratar com água. Além disso, 67,5% relataram que não faziam o uso de nenhum tipo de repositor hidroeletrolítico, apesar de temos observado que a maioria das pessoas entrevistadas sabia qual é a função dessa bebida esportiva, a qual segundo Amaral, et al. (2004)10, apresenta a função de hidratar, fornecer energia e eletrólitos. Por outro lado, um número considerável de desportistas (18,2%) ainda acreditava que o repositor apresenta a mesma função da água.

    O consumo de repositores ainda causa algumas controvérsias. Perrella et al. (2005)9 defende que os atletas devem ser orientados no sentido de que o consumo de repositores hidroeletrolíticos, muitas vezes, não é uma alternativa adequada para substituir a ingestão de líquidos e alimentos e que pode não ter relação alguma com a sensação de vigor.

    As bebidas esportivas ou repositores hidroeletrolíticos não devem ser utilizados em substituição à água na hidratação em períodos curtos de exercícios. Porém, embora a água seja uma boa opção de reidratação durante e após o exercício, pois é facilmente disponível, de baixo custo e com esvaziamento gástrico relativamente rápido, as soluções esportivas apresentam melhor sabor e podem encorajar os praticantes a aumentar o consumo voluntário de líquidos7. Além disso, essas bebidas contêm cloreto de sódio e carboidratos como a sacarose e glicose. Comparadas com a água pura, maior quantidade de água é absorvida mais rapidamente do intestino para o sangue quando o sódio e carboidratos estão presentes no intestino. As bebidas esportivas também possuem sal em sua composição, que atua no cérebro estimulando a sede e a ingestão, e nos rins, minimizando a formação de urina, dessa forma melhorando a capacidade de retenção de água do organismo11.

    Em nosso estudo, observamos que 34% dos desportistas se preocupavam com a hidratação somente no verão. Em temperaturas quentes, a evaporação da transpiração são os meios de dissipação do calor. Assim, essa preocupação se justifica, apesar de que os atletas devem se manter hidratados independente do clima em que estejam, o que pode variar é a estratégia de hidratação, além disso, o calor e a desidratação são os piores adversários de um atleta12.

    Dos indivíduos avaliados, 50,6% possuíam o hábito de se pesar antes e depois do treino. As modificações na massa corporal na atividade física são causadas praticamente pela perda de fluido. A perda de peso indica a presença da desidratação e a necessidade da ingestão de líquidos durante as próximas sessões. O ganho de peso indica que a ingestão deveria ser menor12.

    Alguns sintomas característicos de desidratação foram apresentados pelos praticantes durante o treino, podendo ser um sinal direto de hidratação inadequada. O sintoma mais citado pelos praticantes foi a sede muito intensa (20,8%). Esta manifestação é muito importante pois, provavelmente, se apresenta um quadro de desidratação superior a 2% de perda hídrica no exercício. Quando se ultrapassa 2% o desempenho físico fica comprometido, a temperatura corpoal e a frequência cardíaca aumentam. A sensação de perda de força também foi citada significantemente pelos praticantes (15,6%), sendo que esse sintoma está ligado provavelmente a redução da glicemia sanguínea, o que pode significar que a hidratação feita somente com água não é suficiente para hidratar adequadamente13. O aparecimento de cãimbras pode estar relacionado à perda excessiva do mineral sódio, assim o consumo de repositores hidroeletrolíticos seria uma saída para esse tipo de problema, já que este mineral é reposto neste tipo de bebida; 15,6% dos entrevistados afirmaram que apresentaram esse sintoma14. Alguns indivíduos relataram também apresentar fadiga generalizada (16,9%). A fadiga é simplesmente uma incapacidade de manutenção da produção de potência ou força durante contrações musculares repetidas15.

    Sobre a preocupação com a roupa durante o treino, 70,5% dos praticantes levava em consideração se a roupa é confortável e somente 21,3% se preocupava com o tipo de tecido. As roupas isolantes reduzem a área superficial do corpo que transfere o calor. É importante diminuir as vestimentas e assim ter uma maior área superficial de pele pela qual a evaporação pode acontecer. Essa preocupação é de grande importância para o bem estar durante a atividade, uma vez que a forma de dissipação de calor predominante durante o exercício é a evaporação, sendo que de acordo com a vestimenta utilizada a dissipação do calor pode ser facilitada ou dificultada12.

    Em relação à orientação sobre hidratação, uma parte grande parte de indivíduos (44%) relataram que já tiveram orientações feitas por um nutricionista. Este comportamento demonstra a preocupação dos atletas em se manterem informados sobre nutrição. Além disso, na academia estudada conta com a atuação de um nutricionista há pelo menos 11 anos. Dessa forma, essa fonte de informação que foi a mais escolhida pelos atletas é considerada confiável, pois não se sabe a qualidade das informações que chegam por outros meios, como por exemplo através dos meios de comunicação. Não é raro encontrar treinadores e atletas com idéias completamente equivocadas sobre o tema. Existem relatos onde foram encontrados efeitos positivos nos hábitos nutricionais após a intervenção de um profissional13,14.

Considerações finais

    A participação de praticantes de atividade física em academias é uma tendência que cresce a cada dia. Seja para exercícios aeróbios ou musculação, todos sabem os benefícios que o exercício traz para saúde e, conseqüentemente para o corpo. Mas se o exercício não for corretamente planejado pode trazer danos à saúde. Um fator muito importante na elaboração de qualquer exercício é o plano de hidratação, que deve ser elaborado cuidadosamente, de preferência por um nutricionista, pois a prática de exercícios aumenta a produção de calor corporal e uma ingestão insuficiente de líquidos pode diminuir o desempenho do praticante e acarretar a uma desidratação e em casos mais graves até a um choque térmico. O ideal é que se utilizem roupas leves e confortáveis para auxiliar a perda de calor para o ambiente.

    Os praticantes avaliados possuem um nível de conhecimento sobre hidratação razoável, porém não suficiente, sendo que uma quantidade significante já teve alguma orientação sobre o assunto. Entretanto, a maioria dos desportistas avaliados não se hidratava de uma maneira totalmente correta.

Referências Bibliográficas

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