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Interfaces entre cultura do lazer e o acesso ao sedentarismo

 

* Mestre em Ciências Sociais Aplicadas – UEPG

Vinculado aos grupos de pesquisa: Esporte, Lazer e Sociedade, UEPG (pesquisador)

Gestão de recursos humanos para o ambiente produtivo, UTFPR (pesquisador)

Docente do curso de Educação Física das Faculdades Integradas de Itararé-SP.

** Doutora em Educação Física pela Faculdade de Educação Física da Unicamp

Área de pesquisa: Educação Física e Sociedade, na linha: Esporte, Lazere Sociedade

Professora do Departamento de Educação Motora da Faculdade de Educação Física da Unicamp

Pesquisadora na área de Políticas Públicas em

Educação Física, Esporte e Lazer e nos Estudos do Lazer

José Roberto Herrera Cantorani*

cantorani@cev.org.br

Sílvia Cristina Franco Amaral**

edfisica@aie.edu.br

(Brasil)

 

 

 

Resumo

          O presente estudo trata da relação entre o lazer e o sedentarismo. Sobretudo, toma como base o estilo de vida que acomete grande número de crianças na sociedade hodierna, e, por conseguinte, a qualidade de vida dessas crianças frente a tal realidade. A base deste estudo está na reflexão desses problemas frente ao processo de mobilidade social, e com ela, a mobilidade cultural. Para o alcance deste objetivo é analisada a ligação entre a mobilidade social e os problemas do sedentarismo, e de seus derivativos, assim como, a ligação da qualidade de vida com diferentes culturas de lazer e as suas relações com a mobilidade social.

          Unitermos: Lazer. Mobilidade social. Sedentarismo

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 133 - Junio de 2009

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Introdução

    O presente estudo1 preocupa-se com a qualidade de vida das crianças, e, com a relação entre esta qualidade de vida e a cultura de lazer. Para o seu desenvolvimento é abordada a mobilidade social, a qual compreende a passagem de um indivíduo, ou de um grupo, de uma posição social para outra, dentro de uma multiplicidade de grupos e de estratos sociais. E também a mobilidade cultural, que, por sua vez, compreende um deslocamento similar de significados, normas, valores e vínculos.

    A mobilidade social, quando da perspectiva vertical ascendente, é tida como sinônimo de melhora na qualidade de vida. Sob muitos aspectos essa relação é incontestável, pois, junto com esta mobilidade tem-se o aumento do poder de aquisição, maior acesso a bens e serviços, à tecnologia, ao conforto, melhores condições de moradia e de alimentação. Contudo, sob outros aspectos, esse mesmo contexto pode significar não apenas fatores positivos, mas também problemas no que diz respeito à saúde, e, portanto, à qualidade de vida. Frente a aspectos físico-culturais de lazer, ou, em outras palavras, de existência ativa e cultural, é possível enxergar alguns problemas.

    Tendo como base a mobilidade social intergeracional – sempre em observância ao princípio vertical ascendente – e, com isso, elegendo como objeto de observação as diferenças entre o estilo de vida das crianças de hoje e o estilo de vida de seus pais – quando na idade dessas crianças –, o sedentarismo, provavelmente, vai pesar negativamente – nesta análise – para o lado das crianças de hoje.

    Certamente que os resultados vão variar em função do nível social de origem e o de destino eleitos como fonte de observação. O entendimento, contudo, é de que a grande mudança – alteração em relação ao estilo de vida das crianças em um contexto de mobilidade cultural – é verificada entre as camadas sociais em que as crianças estudam em escolas públicas e as camadas em que as crianças estudam em escolas particulares. Dessa forma, a delimitação do objeto de estudo se dá em torno desses dois estratos. Ou seja, o foco de investigação está na mobilidade social intergeracional em que o pai, ou os pais, vieram de uma classe social em que as crianças estudam em escolas públicas, e passaram a uma classe em que as crianças estudam em escolas particulares.

Lazer e qualidade de vida

    A presente pesquisa tem o seu desenvolvimento sustentado no interesse pelo estudo do significado do lazer, ou da cultura do lazer, para a “qualidade de vida”. A qualidade de vida, em seus múltiplos fatores – componentes e influentes – tem despertado o interesse de diversos setores do meio acadêmico-científico, sobretudo nas ciências que se ocupam dos aspectos sociais e físicos.

    A qualidade de vida se tornou uma preocupação mundial. E essa preocupação resultou na dinamização de estudos e, consequentemente, na formulação de conceitos. Um exemplo dessa preocupação com a conceituação da qualidade de vida e de sua avaliação vem da própria Organização Mundial da Saúde (OMS). A divisão de Saúde Mental da OMS tem um grupo especializado na qualidade de vida, o World Health Organization quality of life (WHOQOL GROUP).

    O WHOQOL GROUP, assim como outras entidades e organizações, leva em consideração os diferentes aspectos componentes de um amplo conceito de qualidade de vida: domínio físico, domínio psicológico, nível de independência, relações sociais, ambiente, aspectos espirituais, e as diferentes facetas que se encontram dentro de cada um desses aspectos. Fatores como atividade física e lazer encontram-se como componente desta avaliação, seja como um aspecto ou como uma faceta de um desses aspectos. O problema, contudo, é que a abordagem em relação a essas atividades é sucinta e pouco sistematizada.

    A atividade física regular e de lazer, apesar de ser apontada como um dos fatores para a qualidade de vida, não vem sendo estudada de uma forma contextualizada, de uma forma que a aborde em sua relação direta com a sociedade e com os problemas enfrentados por esta. Não dá para se pensar a qualidade de vida, tampouco as atividades de lazer e as mudanças no estilo de vida das sociedades, de forma desconexa, e estudá-las de forma compartimentalizada. Esse estudo tem que superar a reificação de conceitos existente no estudo desta temática, sobretudo no que diz respeito à idéia de exterioridade entre indivíduos e sociedade, como se a sociogênese não atuasse na psicogênese e esta na primeira.

    O que se verifica, por tanto, é a carência de uma atenção mais sistematizada em relação a este contexto, principalmente em relação à vida sedentária que um número bastante grande de crianças vem sendo submetido. Não é o bastante pensar a qualidade de vida como algo inerte. Alguns aspectos da qualidade de vida, entre eles o lazer e a atividade física, estão passando por mudanças que não podem ser ignoradas, e o alvo temerário dessas mudanças são as crianças.

    Os fatos mostram que os adultos, mesmo vivendo uma vida ativa fisicamente durante a infância e adolescência, enfrentam diversos problemas de saúde, resultantes de um dia-a-dia agitado, estressante e sedentário. Esses mesmos fatos provocam o pensamento interrogativo a respeito da fase adulta das crianças de hoje – com uma vida pautada em conforto e pouca atividade física.

    Talvez o problema esteja na noção do que venha a ser “qualidade de vida”. A qualidade de vida é uma noção eminentemente humana e, essencialmente, está ligada ao grau de satisfação encontrado ao longo de sua vida social. E, conforme descreve Minayo et al (2000), “pressupõe a capacidade de efetuar uma síntese cultural de todos os elementos que determinada sociedade considera seu padrão de conforto e bem-estar”.

    Cabe, neste ínterim, a análise do que traz satisfação às crianças hoje. E cabe, sobremaneira, a análise e reflexão sobre os elementos que se traduzem em fonte de satisfação para essas crianças e se esses elementos são, em verdade, geradores de qualidade de vida.

    Os estudos de Minayo et al (2000) abordam também a relatividade desta noção. O padrão de qualidade de vida, que em última instância remete ao plano individual, tem pelo menos três fóruns de referência.

    O primeiro é histórico. Ou seja, em determinado tempo de seu desenvolvimento econômico, social e tecnológico, uma sociedade específica tem um parâmetro de qualidade de vida diferente da mesma sociedade em outra etapa histórica. O segundo é cultural. Certamente, valores e necessidades são construídos e hierarquizados diferentemente pelos povos, revelando suas tradições. O terceiro aspecto se refere às estratificações ou classes sociais. Os estudiosos que analisam as sociedades em que as desigualdades e heterogeneidades são muito fortes mostram que os padrões e as concepções de bem-estar são também estratificados: a idéia de qualidade de vida está relacionada ao bem-estar das camadas superiores e à passagem de um limiar a outro. Minayo et al. (2000)

    Apesar do relativismo cultural, os autores do estudo citado acima relatam o fato de que um modelo hegemônico está a um passo de adquirir significado planetário. De acordo com os autores, trata-se daquele “preconizado pelo mundo ocidental, urbanizado, rico, polarizado por um certo número de valores” (MINAYO et al, 2000), e que poderiam ser assim resumidos: “conforto, prazer, boa mesa, moda, utilidades domésticas, viagens, carro, televisão, telefone, computador, uso de tecnologias que diminuem o trabalho manual, consumo de arte e cultura, entre outras comodidades e riquezas” (MINAYO et al, 2000).

    Com base nas argumentações referenciadas acima firma-se a noção de que a qualidade de vida, independentemente de qual fórum se estabelece o debate, está ligada à satisfação de necessidades, à aquisição de comodidades e de bem-estar e à noção de que a passagem às camadas superiores predispõe essa condição. A qualidade de vida, conceitualmente, está ligada à mobilidade social ascendente.

    É fato que a satisfação das necessidades tem um papel bastante significativo neste processo, é em busca desta satisfação que a humanidade se move, foi esse movimento que permitiu à humanidade chegar ao grau de desenvolvimento a que chegou.

    Estudos e dados permitem tal entendimento. Conforme Berger e Luckmann (1976, p. 70), o homem, ao contrário dos outros mamíferos, não possui um ambiente específico da espécie, um ambiente firmemente estruturado por sua própria organização instintiva e no qual se adapte sem ter que transformá-lo. Assim, “a inerente instabilidade do organismo humano obriga o homem a fornecer a si mesmo um ambiente estável para sua conduta” (BERGER; LUCKMANN, 1976, p. 77). É em função dessa necessidade que o homem encontra-se em constante inquietação, buscando ao longo de sua história, mudar, sofisticar, civilizar o meio que o rodeia.

    Contudo, merece atenção o grau de insatisfação que atinge a humanidade e, principalmente, o nível de transformação que essa insatisfação impôs à vida em sociedade. Nesse sentido, há de se lembrar o termo “sociedade insatisfeita” que, como observado por Agnes Heller (1998), foi cunhado para destacar um traço conspícuo da identidade ocidental. De acordo com a autora, “a idéia de ‘sociedade insatisfeita’ busca captar a especificidade de nossa época mundial da perspectiva das necessidades ou, mais particularmente, da criação, percepção, distribuição e satisfação das necessidades” (HELLER, 1998, p. 29).

    As observações feitas pela autora sugerem que a forma moderna de criação, percepção e distribuição de necessidades reforça a insatisfação, independente – e este é um dado que particularmente merece destaque – de alguma necessidade concreta ser ou não de fato satisfeita.

    A necessidade e a insatisfação, de acordo com essas formulações, foram motivos para o homem, ao longo de sua história, produzir profundas transformações na sociedade e no meio que o rodeia. O modo de vida contemporâneo, em conseqüência, atinge padrões de sofisticação e de civilização extremos. Nesse sentido, o contato do homem com muito daquilo que por muito tempo foi natural, hoje é um passado que parece muito distante, sobretudo o contato com a natureza e com um ambiente mais tranqüilo, mais sereno.

    É com amparo neste contexto que questionamentos são feitos em relação as condições reais e universais de manutenção de um padrão de qualidade de vida, que para Minayo (et al., 2000), fundado no consumismo e na exploração da natureza que, pelo seu elevado grau predatório, desdenha a situação das gerações futuras, desconhece a cumplicidade de toda a biosfera e não é replicável”.

    Com amparo neste contexto ergue-se a indagação sobre os elementos culturais em que se apóiam as crianças e adolescentes na sociedade hodierna, sobre os elementos culturais que perfazem o estilo de vida das crianças e dos adolescentes e sobre a relação desses elementos com a qualidade de vida.

Qualidade de vida, lazer e saúde

    No campo da saúde está a chave para a discussão que se propõe este estudo. Em verdade, em grande parte dos estudos sobre este tema o termo de referência não é qualidade de vida, mas condições de vida. Esse termo propicia, em seu campo semântico, um entendimento mais aproximado do contexto que objetiva este estudo.

    Se em classes mais baixas a preocupação, em relação à saúde, é com o acesso a um ambiente físico e social mais saudável, e também o acesso à serviços de saúde, isso caracterizaria, por conseguinte, que nas classes sociais mais elevadas esses problemas estariam bastante minimizados, ou até mesmo resolvidos.

    Contudo, é preciso não esquecer que o conceito de saúde, antes de qualquer ampliação ao contexto social, está relacionado – em sua base – à ausência de doenças. Também é preciso potencializar a ciência de que as conseqüências negativas do excesso de peso e da inatividade física é uma realidade com resultados severos, como vêm sendo demonstrada incansavelmente pelas referências que vêm da área da saúde. Dessas referências tem-se que a obesidade é fator de risco para hipertensão arterial, hipercolesterolemia, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares e algumas formas de câncer. E que a inatividade física é um estado que predispõe a obesidade, e também, por si só, a muitas dessas doenças.

    Assim, considerando que estilos de vida sustentados por excesso de conforto, acesso à tecnologia e diversos níveis de comodidade constituem-se em uma ponte para o sedentarismo, o pensamento de que em classes sociais mais elevadas os problemas em relação à saúde estariam resolvidos perde sustentabilidade.

    É claro que o patamar material mínimo e universal para se falar em qualidade de vida diz respeito à satisfação das necessidades mais elementares da vida humana: alimentação, acesso à água potável, habitação, trabalho, educação e saúde. No entanto, o lazer e, principalmente, a atividade física de lazer, constituem-se em uma condição básica para a saúde. Primeiro pela condição física explorada acima e depois pela condição emocional envolvida neste contexto. Pois, de acordo com Norbert Elias e Eric Dunning, ao tratarem da relação do lazer com certas necessidades sociais:

    Na nossa sociedade, como em muitas outras, faz-se sentir uma necessidade corrente de motivação de fortes emoções que aparecem e, se encontram satisfação, desaparecem, para só voltarem a manifestar-se algum tempo depois. Seja qual for a relação que esta necessidade possa ter com outras necessidades mais elementares como a fome, a sede e o sexo – todos os dados acentuam o fato de que esta representa um fenômeno muito mais complexo, um fenômeno muito menos puramente biológico –, pode bem considerar-se que o desprezo quanto à atenção dedicada a esta necessidade constitui uma das maiores lacunas na abordagem dos problemas da saúde mental. (ELIAS; DUNNING, 1992, p. 136-137)

    As atividades de lazer, de uma maneira simples ou complexa, a um nível baixo ou a nível elevado, proporcionam ao homem, ainda que por um breve tempo, “[...] a erupção de sentimentos agradáveis fortes que, com freqüência, estão ausentes nas suas rotinas habituais da vida” (ELIAS; Dunning, 1992, p. 137).

    A função do lazer, por conseguinte, não é simplesmente, como muitas vezes se pensa, “uma libertação das tensões, mas a renovação dessa medida de tensão, que é um ingrediente essencial da saúde mental” (ELIAS; Dunning, 1992, p. 137). Por essa razão é que Elias e Dunning fazem menção sobre a complexidade do estudo do lazer, fenômeno em que não estão dissociados fatores ligados ao nível social e os que se encontram nos níveis psicológico e fisiológico.

    Com base neste contexto torna-se factível a interpretação de que a maioria das sociedades humanas desenvolve algumas contramedidas em oposição às tensões do stress que elas próprias criam. As sociedades, ao atingirem um nível relativamente avançado de civilização – com relativa estabilidade e com forte necessidade de sublimação – vêem as restrições harmoniosas e moderadas abrangerem toda uma multiplicidade de atividades. As atividades de lazer vão, dessa forma, ter a função, não apenas de libertação das tensões derivadas das pressões sociais rotineiras, mas de sua renovação.

    O problema, mais uma vez, recai sobre as crianças hodiernas. Os adultos, mais cedo ou mais tarde, se dão conta do sentimento de “necessidade” frente à falta de atividades físicas e de lazer que lhe proporcionem renovação física e emocional, e têm a opção de ir à busca de algo que lhes satisfaça essa necessidade. Um exemplo dessa busca por atividades que satisfaçam necessidades geradas pela vida complexa, civilizada e urbana nas sociedades modernas é o surgimento das atividades físicas de aventura na natureza (Cantorani, 2006), atividades que proporcionam alto grau de excitação emocional e contato com atividades que exigem destreza física.

    Não obstante, se o olhar é estendido para a realidade do ritmo e estilo de vida das crianças e adolescentes a preocupação é aumentada. É fato que a cultura do lazer entre esta população vem sofrendo alterações. O lazer entre as crianças e adolescentes é cada vez mais mediado pela tecnologia; os espaços – físicos e de tempo – para muitas das brincadeiras que eram comuns entre as crianças são cada vez mais reduzidos. E também é fato que um número crescente de crianças vem sendo acometido de doenças, que até a pouco tempo, espantava o seu crescimento entre os adultos.

    A Revista ISTOÉ, de março de 2006, sob o título: “A explosão da obesidade infantil”, apresentou o alerta trazido pelo relatório divulgado pela International Obesity Task Force (IOTF), uma força tarefa montada por especialistas de diversas nações para estudar meios de combater a obesidade. A entidade informa que o número de crianças obesas no mundo, na época em torno de 155 milhões, se expandirá de modo dramático até 2010. De acordo com a entidade, a porcentagem de jovens com excesso de peso irá praticamente dobrar em quatro anos.

    De acordo com o endocrinologista Alfredo Halpern, de São Paulo, “isso significa uma geração condenada a ter problemas cardiovasculares e diabete”. Segundo seu depoimento, “é comum crianças de sete anos, obesas, terem essas doenças” (ISTOÉ, 2006).

    Evidente que a obesidade não acomete apenas crianças de classes mais elevadas, contudo, há subsídios para se pensar em uma pré-disposição bastante acentuada devido o ritmo de vida de grande parte das crianças que aí se encontram.

Considerações

    O debate a respeito da qualidade de vida das crianças e a sua relativização às formas de lazer presentes em suas vidas é algo necessário. O objetivo deste estudo é abordar o significado da qualidade de vida e de lazer frente a um processo de desenvolvimento social, urbano e tecnológico que direciona a humanidade a um estado cada vez mais envolto em conforto e comodidade. E, frente a esta perspectiva, analisar o tipo de vida a que as crianças envolvidas neste contexto vêm sendo submetidas. É preciso pensar os problemas que provavelmente surgirão dessa realidade, e possíveis alternativas para este processo.

    Para isso, a idéia é:

    Aprofundar os estudos sobre a ligação entre a qualidade de vida e as atividades físicas de lazer; sobre a ligação entre a mobilidade social e a qualidade de vida; e sobre a ligação entre a mobilidade social e os problemas do sedentarismo e de seus derivativos que acometem as crianças de determinadas classes da sociedade hodierna.

Nota

  1. Sob orientação da Profª Drª Sílvia Cristina Franco Amaral, este estudo é um trabalho que se desenvolve alicerçado no Grupo de Estudo e Pesquisa em Políticas Públicas e Lazer da FEF-UNICAMP.

Bibliografia

  • A explosão da obesidade infantil. ISTOÉ Online, São Paulo, mar. 2006. Seção Medicina & Bem-Estar. Disponível em: http://www.terra.com.br/istoe/1899/medicina/1899_exploracao_da_obesidade_infantil.htm. Acesso em: 25 jun. 2006.

  • BERGER, P.; LUCKMANN, T. A Construção Social da Realidade. Trad. Floriano de Souza Fernandes. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1976.

  • CANTORANI, J. R. H. Indivíduos em busca de excitação e prazer: análise sociológica da expansão as atividades físicas de aventura na natureza. Ponta Grossa, 2006. Originalmente apresentada como dissertação de mestrado, Universidade Estadual de Ponta Grossa, 2006.

  • ELIAS, N. Introdução à sociologia. Tradução Maria Luiza Ribeiro Ferreira. Lisboa: Edições 70, 1980.

  • ELIAS, N., DUNNING, E. A Busca da Excitação. Tradução Maria Manuela Almeida e Silva. Lisboa: DIFEL, 1992.

  • HELLER, A; FEHÉR, F. A condição política pós-moderna. Tradução Marcos Santarrita. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

  • MINAYO, M. C. de S.; HARTZ, Z. M. de A.; BUSS, P. M. Qualidade de vida e saúde: um debate necessário. Ciência & Saúde Coletiva, 2000.

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