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A percepção do processo de envelhecimento no contexto 

de trabalho dos professores de Educação Física

La percepción del proceso de envejecimiento en el contexto de trabajo de los profesores de Educación Física

The perception of the process of aging in the work of teachers of Physical Education

 

*Profª de Educação Física

Acadêmica do Curso de Pós-Graduação Lato sensu em Ciências do Movimento Humano-UNICRUZ

Mestre em Ciências do Movimento Humano; Doutoranda em Ciências Sociais – UNISINOS

Profª da UNICRUZ – Universidade de Cruz Alta

Integrante do GIEEH – Grupo Interdisciplinar de Estudos do Envelhecimento Humano

Luiza Petry*

Solange Beatriz Billig Garces**

sbgarces@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

Resumo

          Este estudo teve como objetivo analisar como é percebido o envelhecimento entre os professores de Educação Física que trabalham em escolas de um município da região Noroeste do Estado do RS. Caracterizou-se como um estudo descritivo e como instrumento de pesquisa um questionário destinado aos professores e à aplicação do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ – versão curta). Ao concluir o trabalho constatou-se que os professores buscam uma melhor qualidade de vida para assim envelhecer com saúde, autonomia e independência. Também realizam atividades físicas regularmente, com objetivos voltados principalmente à saúde. Compreendem o envelhecimento 45,45% dos professores como um processo natural e 31,81%, pelas mudanças físicas, psicológicas e fisiológicas. Os professores buscam estimular a consciência dos alunos para o processo de envelhecimento, no entanto se constatou que este tema ainda não está presente nas aulas de Educação Física como conteúdo, mas mencionado eventualmente. Significa que o papel do professor, referente a este tema, não se desenvolve como deveria. No entanto, esta pesquisa tenta despertar o pensamento dos professores sobre o seu processo de envelhecimento e a importância do papel dos mesmos na conscientização dos alunos e da sociedade para uma vida mais ativa e saudável, visando uma melhoria na qualidade de vida de toda a população e um envelhecimento bem-sucedido.

          Unitermos: Envelhecimento. Atividade física. Professor de Educação Física.

 

Abstract

          This study aimed to examine how aging is perceived among the Physical Education teachers working in schools in cities of the northwest of the state of Rio Grande do Sul. This is a descriptive study and as tool to search a questionnaire for teachers and the implementation of the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ – short version). By completing this work it was found that teachers seek a better quality of life for aging well with health, autonomy and independence. They perform regular physical activities too, with goals focused primarily on health. Aging is 45,45% of teachers perceived as a natural process and 31,81%, the physical changes, psychological and physiological. Teachers seek to stimulate the awareness of students to the aging process, however found that this issue is not present in the classes of Physical Education as content, but possibly mentioned. It means that the role of the teachers, regarding this issue, will not grow as it should do. However, this research attempts to awaken the thinking of teachers about the process of aging and the importance of their role in the awareness of students and society for a more active and healthy life, targeting an improvement in quality of life for all people and an aging successful.

          Keywords: Aging. Physical activity. Physical Education Teacher.

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 132 - Mayo de 2009

1 / 1

Introdução

    O envelhecimento humano é um processo natural e ocorre com todos. Caracteriza-se por algumas perdas das capacidades fisiológicas dos órgãos, dos sistemas e de adaptação às situações de estresse. No entanto, o envelhecimento não é igual para todos e sofre influência forte das condições de vida de cada pessoa.

    O envelhecimento é, sem dúvida, um processo biológico cujas alterações determinam mudanças estruturais no corpo e, em decorrência, modificam suas funções. Porém, se envelhecer é inerente a todo ser vivo, no caso do homem esse processo assume dimensões que ultrapassam o ‘simples’ ciclo biológico, pois pode acarretar, também, conseqüências sociais e psicológicas. (OKUMA, 2002, p. 13)

    Como a expectativa de vida da população aumentou consideravelmente em todo o mundo nas últimas décadas, em pouco tempo haverá mais idosos de que jovens. Assim traz uma preocupação considerável de como as pessoas se preparam para enfrentar seu processo de envelhecimento, com saúde e qualidade de vida.

    De fato, não se pode mais aceitar que se realizem apenas estratégias de intervenção aos idosos, mas sim as que visem à prevenção de um envelhecimento bem-sucedido, com autonomia deste para a realização de todas as atividades tanto físicas como sociais.

    No sentido de favorecer um envelhecimento bem-sucedido a todas as pessoas, Mazo, Lopes e Benedetti (2004), colocam a importância de se pensar estratégias que possibilitem minimizar os efeitos negativos do envelhecimento. Estas estratégias permitirão que todas as pessoas cheguem à velhice com autonomia e com mais saúde.

    Acredita-se que quanto mais ativa a pessoa for em seu cotidiano, menos probabilidade de surgimento de doenças e maior qualidade de vida terá. É na prática de atividade física que se fundamenta a manutenção da saúde e de qualidade de vida.

    A prática regular de atividade física deveria estar presente na vida de todas as pessoas, independente de sua idade e se utiliza como prevenção às doenças causadas pelo envelhecimento, no entanto a maioria não tem autonomia para a realização deste tipo de atividades. Por isso a importância também de que se comece já na Escola a construir estratégias que levem alunos a adquirir a autonomia para a prática de exercícios durante toda a vida, permitindo assim que as pessoas tenham consciência do seu papel no processo de envelhecimento.

    De acordo com Nahas (1989), constroem-se o estilo de vida e hábitos em grande parte quando se é jovem, ou seja, na infância ou na adolescência . Cabe então, ao professor de Educação Física também, o papel de intervir na construção destes hábitos.

    As crianças desde a mais tenra idade apresentam uma predisposição para o movimento, no entanto, à medida que envelhecem esta disposição tende a diminuir. Atingem muitas vezes a idade adulta como sedentárias, impedindo um envelhecimento saudável, já que a prática de atividades físicas, especialmente o exercício físico liga-se diretamente à manutenção da saúde e autonomia do indivíduo.

    Cabe ao profissional de Educação Física buscar estratégias que motivem esses alunos, crianças e principalmente os adolescentes a continuar a prática de atividade física como fator de aptidão física e saúde para todos os demais ciclos de sua vida. O professor deve conscientizar os alunos quanto ao processo de envelhecimento de cada um. Mostrar como a atividade física auxilia na manutenção da autonomia, saúde e do próprio corpo que envelhece e necessita da continuidade de atividades, em especial o exercício físico para sua manutenção.

Sem dúvida, Nahas (1989, p.18) concorda com essa ideia ao dizer que: “[...] deveríamos dar mais atenção a este aspecto, pois nosso estilo de vida e nossos hábitos são estabelecidos,(sic) em grande parte, enquanto somos jovens, podem influenciar grandemente nossa saúde na meia-idade e na velhice”.

    Nesse sentido, pensa-se no papel do professor de Educação Física, em quais as suas contribuições para que as pessoas, em principal os alunos, envelheçam com saúde. Foca-se no fato de como este profissional se prepara para seu próprio envelhecimento. O professor de Educação Física exerce função importante na sociedade, principalmente por ser um dos profissionais que trabalha diretamente na promoção da saúde de diferentes populações.

    No entanto, o professor de Educação Física, como todas as demais pessoas também sofre as consequências do seu processo de envelhecimento. Sabendo que a área de atuação deste profissional é bastante ampla e em diversos ambientes e condições de trabalho (escolas, academias, clubes, clínicas médicas,...), e cada local apresenta diferentes demandas de atividades laborais o que pode ser um fator contribuinte ou não para a sua saúde e para o seu processo de envelhecimento, torna-se importante analisar a sua atuação e o seu próprio envelhecimento.

    É fato que toda profissão tem sua prática implicações decorrentes da especificidade de cada uma delas. Na Educação Física não é diferente, pois está marcada por uma diversidade de atividades que exigem um envolvimento, tanto físico como mental, resultando por vezes no comprometimento da integridade (GIROTTO, 2007, p.22)

    Cabe salientar que nesse trabalho, também se analisará a intensidade da atividade física na vida diária do professor de Educação Física como fator contribuinte ao processo de prevenção a seu próprio envelhecimento, considerando que a atividade física, especialmente o exercício físico, faz parte da rotina de sua profissão. È nesta perspectiva que Pitanga (2004) explica ser a atividade física definida como qualquer movimento corporal que resulte em gasto energético como: jogos, atividades de lazer, caminhadas, atividades laborais e exercícios físicos que contribuem para a saúde do indivíduo. O mesmo autor coloca que o exercício físico é toda atividade planejada, estruturada, com repetições e séries, que apresentam como objetivo a melhoria na qualidade de vida da aptidão física e saúde.

    Torna-se assim importante o papel do professor de Educação Física, por ser um profissional da área da saúde e da educação atuante diretamente na formação de pessoas, especialmente nas questões relacionadas à saúde e qualidade de vida. Sabe-se que o professor de Educação Física demonstra preocupação com a saúde das pessoas nos seus diferentes ciclos da vida, pois desta forma contribuirá para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, bem como estará amenizando os efeitos deletérios do processo de envelhecimento nos demais ciclos da vida (adultos e idosos), orientando-os e contribuindo-os para um envelhecimento bem-sucedido.

    Para que se tenha uma velhice com melhor qualidade e autonomia é necessário que se construam estratégias de vida saudável. Portanto será esse um dos papéis do professor de Educação Física, ao oferecer aos alunos, condições para que se conscientizem do seu processo de envelhecimento e de como construir hábitos saudáveis, que gerarão um envelhecimento bem-sucedido. Para que isso aconteça é preciso que essas ações sejam pensadas e realizadas também pelos próprios professores, servindo assim como exemplos para os alunos e comunidade, apontando a preocupação e interesse por um trabalho que vise a um processo de envelhecimento saudável.

    Esta pesquisa também considerou os níveis de atividade física diária de cada professor pesquisado, suas condições de trabalho, e como isso influencia no seu processo de envelhecimento. Por isso os objetivos desta pesquisa foram analisar o contexto de trabalho dos professores de Educação Física identificando como estes profissionais se preocupam com a sua saúde, seus níveis de atividade física, e com seu processo de envelhecimento e qual a contribuição para um envelhecimento bem-sucedido de seus alunos.

Metodologia

    Esta pesquisa caracteriza-se como descritiva, com o objetivo de estudar e descrever as particularidades de um grupo. De acordo com Gil (2002), o pesquisador procura conhecer e interpretar a realidade, sem nela interferir para modificá-la. O mesmo autor salienta que este tipo de pesquisa evidencia-se por ter como objetivo levantar opiniões, atitudes, crenças de uma determinada população.

    Cervo e Bervian(2004), complementam que a pesquisa descritiva busca registrar, correlacionar fatos e fenômenos, sem manipulá-los, buscando conhecer diversas situações que ocorrem na vida social dos indivíduos, tanto em grupos como individualmente.

    Participaram deste estudo professores de Educação Física que trabalham em escolas. A população total foi de vinte e sete professores de Educação Física lotados em Escolas Municipais; trinta e nove em Escolas Estaduais, e cinco professores de Escolas Particulares. Obteve-se as informações junto à Secretaria de Educação do município pesquisado e Coordenadoria Regional de Educação. A amostra constituiu-se de nove profissionais das escolas municipais, onze das escolas estaduais, e dois de escolas particulares, perfazendo 30% do total de profissionais que atuam em escolas de um município da região Noroeste do RS, selecionados de forma aleatória.

    Dessa forma utilizou-se como instrumento de pesquisa, um questionário destinado aos professores de Educação Física atuantes nas escolas selecionadas, a fim de analisar a percepção do processo de envelhecimento de cada um. Analisou-se os dados através das categorias: a) Percepção dos profissionais da área da Educação Física em relação ao envelhecimento; b) Tipos de cuidados com a saúde que os profissionais de Educação Física tomam em relação a si mesmos; c) O cuidado com o corpo e sua relação com a estética e/ou manutenção da saúde; d) Os cuidados consigo mesmo e a relação com sua saúde como forma de proporcionar um envelhecimento bem-sucedido; e) Contribuição dos profissionais da Educação Física para um envelhecimento ativo.

    Para analisar o nível de atividade física dos professores usou-se como instrumento de pesquisa, o Questionário Internacional de Atividade Física versão curta - International Physical Activity Questionaire- IPAQ (FREITAS et al., 2006), por ser de fácil aplicação. Como não é tão extenso, reproduz-se em economia de tempo gasto na entrevista, já que se utiliza mais em grandes populações como afirma Matsudo et al. (2002).

    Por fim, quanto à classificação do nível de atividade física empregou-se o critério de classificação conforme consenso do CELAFISCS e o Center For Disease Control (CDC) de Atlanta 2002 (MATSUDO et al., 2002), critérios estes relacionados à freqüência e duração. Para a análise dos dados utilizou-se ainda a estatística descritiva: moda, média, mediana, desvio padrão e teste t.

Resultados e discussões

Perfil dos pesquisados

    Realizou-se a pesquisa com professores de um município da região Noroeste do Estado do RS. Participaram deste estudo os que atuam em escolas municipais, estaduais e particulares do município, sendo onze professores das escolas estaduais, correspondendo a 50% da amostra, nove professores das escolas municipais, correspondendo 40,9%, e dois professores de escolas particulares correspondendo a 9,1% da amostra.

    Fizeram parte do estudo professores de ambos os sexos, no entanto se dispuseram mais pessoas do sexo feminino como se observa na tabela abaixo. Cabe ressaltar que nas escolas existem mais mulheres do que homens atuando como professores de Educação Física, o que contribuiu para este resultado.

Tabela 01. Sexo dos professores da pesquisa

Sexo

f

%

Feminino

16

72,7%

Masculino

06

27,3%

Total

22

100%

    Em relação à idade dos professores, o maior percentual encontra-se na faixa de 36 a 40 anos. E na faixa etária de 26 a 30 anos, o menor número de professores, fase esta onde muitos ainda buscam sua formação. Destaca-se porém que entre os entrevistados há uma parcela significativa na fase do ciclo da vida adulto e se encaminhando para a fase do envelhecimento (46 a 55 anos).

Tabela 02. Idade dos professores do estudo

Idade

f

%

26 a 30

1

4,5%

31 a 35

4

18,2%

36 a 40

6

27,3%

41 a 45

3

13,6%

46 a 50

5

22,7%

51 a 55

3

13,7%

Total

22

100%

    Demonstra-se o tempo de serviço dos professores na tabela abaixo. O maior percentual de professores encontra-se com tempo de serviço de 6 a 10 anos, apenas três passaram dos 26 anos. De acordo com informações obtidas com a Secretaria Municipal de Educação e Secretaria Estadual de Educação, a aposentadoria dos professores se dá aos 25 anos de exercício da profissão para mulheres e 30 anos para homens, sendo a exigência da idade de 50 e 55 anos respectivamente. No município permite-se que o professor se aposente somente com tempo de serviço, independente da idade sofrendo assim algumas perdas em sua remuneração, aposentadoria proporcional ao tempo de serviço, ou se desejar, continua na função até completar a idade exigida. Há concessão aos professores, mesmo aposentados exerçam a profissão através de contratos e convocações, como se observa na tabela acima.

Tabela 03. Tempo de Serviço dos professores

Tempo de serviço

f

%

1a 5

2

9,1%

6a 10

8

36,4%

11 a 15

2

9,1%

16 a 20

3

13,6%

21 a 25

4

18,2%

26 a 30

3

13,6%

Total

22

100%

    Os professores que atuam nas redes municipais e estaduais são concursados, isso faz com que tenham estabilidade na sua função. Já na particular, os professores são contratados, com estabilidade temporária. Talvez seja um dos fatores desencadeador da diferença no desenvolvimento do trabalho entre os profissionais com estabilidade em relação aos sem, observado durante a pesquisa, embora não sendo objetivo da pesquisa.

Tabela 04. Carga horária semanal dos professores

Carga horária

f

%

20h

7

31,9%

30h

1

4,5%

40h

13

59,1%

60h

1

4,5%

Total

22

100%

    O maior percentual de professores desempenha uma carga horária de 40 horas semanais, bastante comum na Educação. Permite-se pois aos professores acumular em horas podendo se quiser trabalhar manhã, tarde e noite tanto os concursados como os contratados, pois se sabe, também que a maioria dos professores busca dois concursos ou mais carga horária, para aumento de seus salários. No município o salário base de professores de Educação Física inicia com o mínimo de R$ 595, 00 e no estado R$ 504,00, sem as vantagens oferecidas (informação obtida junto às Secretarias de Ensino Municipal e Estadual de Educação).As escolas particulares possuem seu próprio plano de remuneração de seus professores, onde também ocorre o acúmulo de horas.

Percepção dos professores em relação ao processo de envelhecimento

    Ao analisar como é percebido o processo de envelhecimento entre os professores de Educação Física do município de Cruz Alta, obteve-se os resultados através de um questionário, assim como examinar os níveis de atividade física diária por meio do IPAC (versão curta), bem como a percepção subjetiva destes.

    Para identificar a percepção dos professores em relação ao envelhecimento questionou-se o que era envelhecer para eles. Os resultados aparecem na tabela abaixo:

Tabela 05. O conceito de envelhecimento para os professores de Educação Física

Envelhecer é...

f

%

È um processo natural da vida

10

45,45%

Mudanças físicas, psicológicas, fisiológicas.

07

31,81%

É acentuada pelos hábitos da vida

02

9,09%

É lutar contra preconceitos

01

4.55%

Fase da vida que o indivíduo não se desenvolve mais e não tem mais objetivo.

01

4,55%

Encontrar a própria existência

01

4,55%

Total

22

100%

    Com efeito o envelhecimento é irreversível e acontece para todos, entretanto sofre influência da cultura, do ambiente onde se vive, e também da educação que se recebe. Por isso o conceito de envelhecimento liga-se a esta percepção e é individual. De acordo com a tabela acima constata-se que o maior percentual de professores (45,45%) considera o envelhecimento como um processo natural, mais uma fase vital, que é também acentuado pelos hábitos de vida, estes são pontos positivos de aceitação sobre o envelhecer. No entanto, existem também alguns pontos negativos. O envelhecimento para alguns professores também se relaciona ao preconceito encontrado na sociedade, onde se considera o velho muitas vezes inútil, o que constitui um aspecto negativo. Além disso demonstra o medo destes professores de enfrentar preconceitos ou de não se sentirem mais produtivos na/para a sociedade.

    Esse conceito é referendado pela exposição de Oliveira (2002), ao explicar que a pessoa deve se considerar útil dentro do contexto onde vive, por toda a vida, não havendo diferença na velhice, pois o indivíduo ao continuar suas atividades anteriores, ou encontrar outras que a substituam, mantém a inserção na sociedade.

    Outra percepção negativa dos professores é de que envelhecer é não ter mais objetivo. Por certo o envelhecer não se associa à falta de atividades, de sonhos, de planejamento, mas sim encarado como um processo natural, igual a todos os objetivos e desejos e necessidades das outras fases da vida.

    Sem dúvida o envelhecimento cronológico é bem diferente do envelhecimento fisiológico e funcional. Pessoas com mesma idade cronológica podem apresentar envelhecimento funcional e fisiológico diferente. (CORDOVA, 2007). Ou seja, o envelhecimento físico e fisiológico, não acontece paralelo à idade (envelhecimento cronológico), pois depende muito dos hábitos/estilo de vida, dos agentes estressores, bem como de todos os fatores que podem de alguma maneira ter acelerado o processo de envelhecimento do indivíduo como bebida, cigarro, exposição ao sol, doenças, entre outros.

    Questionou-se aos professores sobre quando inicia o envelhecimento. As opiniões se dividem. Alguns acreditam que o envelhecimento inicia desde a concepção, outros na percepção dos primeiros declínios fisiológicos e morfológicos e outros alegam ser envelhecimento apenas um estado de espírito. Observa-se pois que o s professores divergem na concepção inicial do processo de envelhecimento. Essas opiniões corroboram com o referencial teórico que assim o coloca ao falar das diferentes teorias que o processo de envelhecimento suscita, como se referenda abaixo. Nesta direção, observa-se as diferentes respostas dadas pelos professores:

  • A partir do momento em que nascemos, o tempo cronológico vai passando e alterações vão acorrendo no organismo”( Prof. 1)

  • Quando não tem mais objetivo na vida e não tem mais disposição para realizar alguma coisa.(Prof. 3)

  • Físico- teoricamente aos 35 anos e mental/espiritual não tem idade.(Prof. 10)

  • A partir do momento que nosso organismo não tem as mesmas condições de execução de alguma tarefa, quando anteriormente executávamos sem problema algum.(Prof. 7)

  • Sem praticar exercícios físicos aos 30 anos .(Prof. 8)

  • Isso está muito na cabeça de cada um, mas cronologicamente, acredito que após o 60 anos de vida. (Prof. 11)

    Como se observa, os professores diferem nas concepções quanto ao início do envelhecimento. Este aspecto apresentado é natural, já que se trata de questão bastante ampla, pois existem diversas teorias para explicar o início do envelhecimento. Dentre estas teorias destaca-se a explicação de Papalia e Olds (2000, p.55), que defende a idéia de o envelhecimento iniciar na concepção porque: “desde o momento da concepção, os seres humanos passam por processos complexos de desenvolvimento”.

    Já Moraes (2008), apresenta a teoria de que o envelhecimento humano liga-se ao consumo de calorias, ou seja, quanto mais calorias, maior o metabolismo, mais rápido este indivíduo envelhece. É a chamada Teoria da Taxa de Vida.

    Este mesmo autor, apresenta também a Teoria dos Radicais Livres. Consiste na existência de moléculas e átomos altamente reagentes, capazes de promover lesões celulares, favorecendo assim o envelhecimento dos órgãos e tecidos.

    Por outro lado o autor supracitado adscreve na Teoria do Relógio Biológico que cada espécie de ser vivo apresenta uma duração máxima de vida determinada pelo seu padrão genético, sendo o núcleo da célula o responsável pelo relógio biológico do indivíduo.

    Dessa forma não se percebe o envelhecimento apenas por fatores físicos, engloba também características cognitivas, afetivas e sociais. Sem dúvida, envelhecer se acelera por uma série de fatores externos, os chamados agentes estressores, sejam eles físicos e/ou psicológicos.

    Considera-se oportuno o registro de Camarano (2002) ao ponderar que o envelhecimento pode referir-se a processos biológicos e físicos. O ato de desencadeamento de envelhecer pode também ser por eventos de desengajamento da vida social, como aposentadoria, o aparecimento de novos papéis na sociedade e na família.

    Assume relevo a constatação de que o envelhecimento populacional obriga a uma série de mudanças na sociedade, para melhor atender este segmento. Sabe-se que esta etapa da vida no entanto não é causada apenas por um processo físico, mas também vem acompanhada por diversas mudanças de ordem psicológica, social, educacional e cultural. (RODRIGUES; RAUTH, 2002).

    Nesta direção buscou-se analisar quais os sentimentos dos professores em relação ao envelhecimento, apresentados na tabela seis.

    Como se pode observar, na tabela abaixo, o maior percentual de professores (59,08%) mostram sentimentos positivos em relação ao seu processo de envelhecimento. Isto se deve ao fato de os professores considerarem o envelhecimento humano como um processo natural, normal e, consequentemente os sentimentos são de aceitação e tranquilidade.

    Alguns ressaltam a aquisição de sabedoria e conhecimento. Este item liga-se ainda a uma idéia de que serem pessoas de mais idade as detentoras do conhecimento e da sabedoria, pela sua experiência de vida.

Tabela 06. Sentimentos dos professores de Educação Física sobre envelhecer

Sentimentos sobre envelhecer

f

%

Tranquilidade e aceitação

9

40,90%

Ganhar conhecimentos, sabedoria

3

13.63%

Uma realização envelhecer bem

1

4,55%

Preocupação com amparo, solidão

3

13.63%

Apreensão por ter um vida ativa

1

4.55%

Indiferença

1

4.55%

Medo de envelhecer mentalmente

1

4.55%

Medo dos problemas causados pela velhice

2

9,09%

Não responderam

01

4,55%

Total

22

100%

    No entanto, existem também algumas preocupações quanto à assistência tanto familiar, quanto governamental em relação ao envelhecimento. De fato há a demonstração também com sentimentos de solidão e a própria negação ao processo de envelhecimento evidenciados pelos professores (40,92%).Observa-se portanto, que os sentimentos positivos realcionados ao envelhecimento se sobrepõe aos sentimentos negativos. É nesta perspectiva que Cordova (2007), ressalta a necessidade da sociedade, da família e do Estado em elaborar e implementar políticas sociais que garantam atendimento adequado aos idosos.

    Com o envelhecimento, aparecem problemas cognitivos, como a falta de memória. O surgimento de algumas doenças, muitas vezes assusta os familiares, por não terem preparo para lidar com esta realidade, causando assim o abandono de muitos idosos. Problemas afetivos então manifestam-se devido a muitos idosos passarem a viver sozinhos, ou em casas lar, asilos, sem companhia de parentes ou amigos.

    Como reconhece Neri (2000), ao prevenir que chegar à velhice causa certa insegurança quanto as principais fontes de significados para a vida do indivíduo como: trabalho, status social e empreendimentos.

    A mudança de papéis causada na velhice leva os idosos muitas vezes a sensação de excluídos, pois não desempenham mais nenhuma função no seu trabalho, aposentam-se, os filhos se tornaram independentes. Muitas vezes o idoso não administra o tempo livre fator, agravado, pelo sedentarismo. Nesta concepção ressalta-se a importância da construção do hábito da prática de exercícios físicos durante toda a vida, para que quando chegar a etapa da velhice a atividade física será a opção também de lazer, sociabilidade e saúde.

    Também se questionou aos professores como percebem o seu processo de envelhecimento e os resultados se observam na tabela abaixo:

Tabela 07. A percepção do processo de envelhecimento dos professores de Educação Física

Percepção do envelhecimento

f

%

Diminuição da capacidade de realização de tarefas

7

30,44%

Através do envelhecimento da pele e sinais físicos

7

30,44%

Inatividade, sedentarismo.

4

17,40%

Processo Natural

3

13,04%

Aquisição de mais experiência

1

4,34%

Processo Acelerado

1

4,34%

Total

23

100%

    Salienta-se que se percebe o envelhecimento de diversas maneiras: físicas, psicológicas, cognitivas. De acordo com a tabela, a maioria (82,62%) dos professores o nota a partir da diminuição das capacidades e sinais físicos. Segundo Gallahue e Ozmun (2001), com o avanço da idade acontece um declínio no desempenho motor e isto pode ser atribuído ao surgimento de doenças, ao estilo de vida do indivíduo e à combinação de todos estes fatores.

    Ainda o envelhecimento da pele também aparece nos itens citados pelos professores e este pode ser agravado pela exposição ao sol. Muitos professores desempenham suas funções laborais expostos ao sol em quadras e campos, como coloca Girotto (2007) na fundamentação de que muitos professores desempenham suas funções ao ar livre e que a exposição solar associada à atividade física, pode causar desidratação, queimaduras e câncer de pele.

    Alerta-se que a exposição solar é uma das principais causas do envelhecimento precoce da pele e do aparecimento do câncer de pele. Cabe lembrar que o uso de protetor solar ajuda a prevenir estes efeitos. No entanto, nem sempre os professores disponibilizam de tempo entre uma turma e outra para tomar estes cuidados.

    Além disso se perguntou aos professores, como imaginam a sua velhice. O resultado se observa nas respostas abaixo:

  • Espero que tranquila, serena e na medida do possível com saúde e mente boa.(Prof. 17)

  • Espero que boa, pois tento fazer o que gosto, sem muitas preocupações.(Prof. 14)

  • Ativa, muitos passeios e viagens..(Prof. 18)

  • Uma velhice rodeada de amigos, netos, participando de baile, grupo da melhor idade, sendo voluntária.(Prof. 03)

  • Mantendo-me sempre ativa com atividades de prevenção a saúde de mente e corpo. (Prof.06)

    De acordo com as respostas dos professores, percebe-se que os mesmos apresentam pensamentos positivos sobre o envelhecimento, pensam em se manterem ativos, visando mais saúde e qualidade de vida na velhice. Atividades de lazer como viagens, participação em grupos, convivência com familiares, também fazem parte dos planos dos professores para sua velhice.

Tipos de cuidados com a saúde que os profissionais de Educação Física tomam em relação a si mesmos

    Para chegar na velhice com saúde, é necessário que o indivíduo tenha uma vida saudável desde jovem. Buscou-se saber na opinião dos professores, se há relação entre a prática de atividade física regular e o envelhecimento. Todos os professores concordam que existe esta relação para um envelhecimento bem-sucedido (100%). E para justificar a escolha dos professores, a prática de atividades físicas regulares e o resultado está na tabela abaixo:

Tabela 08. Prática de atividades físicas entre os professores de Educação Física

Pratica atividades físicas regulares?

f

%

Sim

21

95,45%

Não

1

4,55%

Total

22

100%

    Quase a totalidade dos professores respondeu que pratica atividades físicas, sendo um ponto positivo, já que a profissão exige que este professor permaneça ativo ministrando suas aulas. Percebe-se que há com isso uma preocupação com a própria saúde e com sua qualidade de vida.

    Como reforçam Wilmore e Costill (2001, p.611), ao colocarem que: “Benefícios adicionais à saúde podem ser obtidos por quantidades maiores de atividade física. As pessoas conseguem manter um regime regular de atividade de duração mais prolongada ou de intensidade mais vigorosa podem obter maiores benefícios.”

    Assevera-se que a prática de atividade física possibilita a manutenção da saúde, sendo responsável pelo desempenho na realização das atividades diárias, durante a velhice, por isso se faz necessária durante toda a vida.

    Assume relevância a observação de Carvalho (2006, p.71), quando ressalta a importância da prática da atividade física por toda a vida:

    Dada a sua importância sobre a saúde, condição física e funcionalidade e como tal sobre a qualidade de vida da população torna-se fundamental criar e promover a idéia em todos os escalões de um estilo de vida activo. Os programas de actividade física podem e devem surgir como um interesse especial em todas as etapas da vida.

    Para tanto se buscou saber quais os tipos de atividade física que os professores praticam fora da escola e os resultados se observam na tabela abaixo.

Tabela 09. Tipos de atividades e exercícios físicos praticados pelos professores

Tipos de atividades...

f

%

Caminhada

15

27,0%

Ginástica aeróbica

6

11,0%

Musculação

4

7,0%

Ginástica localizada

4

7,0%

alongamentos

3

5,0%

Voleibol

3

5,0%

Andar de bicicleta

3

5,0%

Futebol

2

3,0%

Jogos escolares

2

3,0%

Dançar

2

3,0%

Natação

2

3,0%

Corrida

2

3,0%

Ioga

1

3,0%

Pilates

1

3,0%

Montanhismo

1

3,0%

Pára-quedismo

1

3,0%

Futsal

1

3,0%

Cross Cuntry

1

3,0%

Total

54

100%

    Observa-se que as atividades praticadas pelos professores se mostraram bastante variadas. Reforça-se que uma atividade física deve ser prazerosa, só assim será praticada regularmente e traz também um melhor índice de bem-estar e colaborando com a melhoria da saúde do indivíduo.

    Os esportes e as atividades recreacionais são adequados para a manutenção dos níveis desejados de condicionamento físico, mas geralmente eles não são adequados para o desenvolvimento do condicionamento físico de indivíduos não condicionados. Indivíduos relativamente .....não devem utilizar atividades de condicionamento para atingir o nível de condicionamento físico desejado e, em seguida, mudar para o esporte ou para a atividade recreacional. (WILMORE; COSTILL, 2001, p. 619)

    Analisando a tabela percebe-se a prevalecia de atividades individuais, como caminhadas e corridas. As atividades em grupo também aparecem, mas menos citadas pelos professores. Vale ressaltar que os professores profissionais em escolas também desenvolvem atividades em academias da cidade e neste caso salientaram estas práticas como sendo atividades físicas fora da escola.

    Constata-se os inúmeros efeitos que a atividade física exerce sobre a saúde e no bem-estar das pessoas, proporcionando uma melhor qualidade de vida. Menciona-se ainda a contribuição das atividades recreacionais de maneira moderada e prazerosa para a saúde do indivíduo, suficiente para que tenha uma vida mais saudável.

    Buscou-se a partir disto saber com qual freqüência semanal, há esta prática de atividades físicas, já que constitui um fator para a aquisição de resultados mais satisfatórios na saúde. Os resultados da pesquisa se observam na tabela abaixo.

Tabela 10. Freqüência semanal de prática de atividades físicas

Freqüência semanal

f

%

Uma vez

0

0.00%

Duas vezes

2

9.10%

Três vezes

8

36.36%

Quatro vezes

5

22.72%

Cinco ou mais vezes

7

31.82%

Total

22

100%

    Como se dimensiona na tabela acima a maioria dos professores pratica exercícios físicos três ou mais vezes por semana, sendo indicador de professores considerados ativos.

    De fato para se manter ou buscar saúde, o indivíduo deve praticar no mínimo três vezes por semana atividades físicas, ou exercício físico. Neste contexto salienta-se que:

    Estudos que pesquisam sobre a freqüência do exercício mostram que uma freqüência ideal é de 3 a 5 dias por semana. Isso não significa que 6 ou 7 dias por semana não irão produzir benefícios adicionais, mas, para os benefícios relacionados à saúde , o ganho ideal é atingindo com um investimento de tempo de 3 a 5 dias por semana. o exercício deve, inicialmente, limitar-se a 3 a 4 dias por semana, aumentando até 5 ou mais por semana somente se a atividade for agradável e fisicamente tolerável. (WILMORE; COSTILL, 2001, p. 619)

    Há aspectos a serem observados, pois uma alta taxa de exercício físico, com grande intensidade e longa duração pode trazer problemas para a saúde do indivíduo, por isso recomenda-se um exercício moderado e agradável.

    Além do questionamento da opinião dos professores sobre considerem-se pessoas ativas, também se aplicou o Questionário Internacional de Atividade Física IPAQ- versão curta. A classificação, resultante do IPAQ foi a seguinte:

Tabela 11. Nível de atividade física

Nível

f

%

Ativo

16

72,7%

Pouco ativo

6

27,3%

Total

22

100%

    Ambos os resultados tanto do IPAQ, quanto do questionário elaborado para os professores referente ao envelhecimento, coincidem quanto ao nível de atividade física dos professores. Os professores consideram-se ativos e o IPAQ também confirma isso. A constatação pode estar relacionada à própria profissão, já que esta lhe exige um nível de atividades diárias maior, tanto na escola como em outros locais onde o profissional da área atua, como em academias ou como personal traynning.

    Procurou-se estabelecer uma relação também entre o nível de atividade física e a idade dos professores, buscando saber se com o passar dos anos tornam-se mais ou menos ativos. Os resultados aparecem no gráfico abaixo:

Gráfico 1. Correlação entre Idade e níveis de Atividade Física

    Verifica-se que os professores mais ativos estão, na faixa etária de 31 a 40 anos, atingindo maior pico maior entre 36 e 40 a quarenta anos. Após esta idade, observa-se um declínio acentuado no nível de atividade física. Com o avanço no tempo agrava-se o declínio no nível de atividade física.

    Sem dúvida com o aumento da idade, as pessoas se tornam menos ativas. Observa-se que a diminuição da atividade física, geralmente é acompanhada de alterações psicológicas e de redução da capacidade fisiológica do indivíduo resultando em diversas doenças.O ideal é que mesmo com o avanço da idade as pessoas mantenham-se ativas, por isso a importância de se realizar atividade prazerosa, com regularidade. (MATSUDO, 2001).

    Procurou-se saber também quem é mais ativo se homens ou mulheres.Os resultados visualizam-se no gráfico dois.

    De acordo com o gráfico abaixo, o sexo feminino é mais ativo em relação ao sexo masculino. Cabe salientar no entanto serem participantes do estudo mais mulheres mostrando-se mais ativas de que os homens.

Gráfico 02. Correlação nível de atividade feminino/masculino

    Também se buscou estabelecer relação entre tempo de serviço e o nível de atividade física. Observa-se no gráfico abaixo:

Gráfico 03. Correlação entre tempo de serviço e nível de atividade física

    Percebe-se então quanto maior o tempo de serviço, mais reduz o nível de atividade física, considerando também, haver uma relação direta entre ser maior o tempo de serviço, também será maior a idade. Como apresentado no gráfico 1, os professores com o avanço da idade vem se tornando mais inativos na verdade, deveria ser ao contrário. É fundamental que o indivíduo permaneça ativo por toda a vida, para assim se manter saudável na velhice.

    Ainda, estabeleceu-se parâmetros relacionais entre a carga horária semanal e o nível de atividade física.

Gráfico 04. Correlação entre carga horária semanal e atividade física

    Constatou-se que os professores com maior carga horária (60h), apresentam menor nível de atividade física. O ponto positivo centraliza-se nos professores com 40 horas semanais, pois apresentam um maior índice de atividade física.

O cuidado com o corpo e sua relação com a estética e/ou manutenção da saúde

    Procurou-se saber se os professores têm algum cuidado especial com o corpo e com qual objetivo. Dos pesquisados 77,77% afirmam que possuem cuidados especiais com o corpo e 22,23%, alegam que não possuem nenhum cuidado. Justifica-se esses cuidados especiais com o corpo com objetivo da manutenção da saúde, estética, qualidade de vida, bem-estar, auto-estima, ser exemplo para os alunos e retardar o envelhecimento.

    No quesito quais os objetivo dos cuidados com o corpo, os resultados se observam na tabela abaixo. De acordo com a tabela 12 o maior percentual dos professores apresenta como objetivo os cuidados com a saúde, mantendo-se saudáveis, ter qualidade de vida, visando envelhecer com saúde. Por todos os objetivos serem positivos e visarem uma melhor qualidade de vida e saúde, percebe-se que todos os professores buscam envelhecer bem. Nenhum professor coloca que seus cuidados com o corpo estão relacionados à estética, ou seja, apenas a aparência física. Constatou-se a plena visão da busca à saúde e ao bem-estar geral.

    Neste sentido, aduzem Viana e Madruga (2008, p. 224):

    Qualidade de vida está diretamente relacionada à satisfação das necessidades, carências e desejos dos indivíduos, fatores esses, que só podem ser avaliados subjetivamente. Os valores culturais e sociais são construídos diferentemente por povos de culturas distintas. Portanto, seria equivocado afirmar que a qualidade de vida tem pressupostos universais. Mas a avaliação subjetiva que o indivíduo tem de sua qualidade de vida tem tendências universalizadas. (VIANA; MADRUGA)

Tabela 12. Objetivos de cuidar do corpo

Cuidados com o corpo

f

%

Manter-se saudável

10

35,72%

Qualidade de vida

8

28,57%

Ter um envelhecimento saudável

5

17,85%

Melhorar o condicionamento físico

3

10,71%

Auto-estima

2

7,15%

Total

28

100%

    Dos professores questionados, 88,88% acreditam que a prática regular de atividade física além da manutenção da saúde também contribui no desenvolvimento de contatos sociais e de saúde, e 11,12% alegam que o exercício físico não contribui para que isto aconteça.

    Os professores também responderam sobre o que faz o idoso ser saudável deve-se principalmente pela manutenção de uma vida ativa, com hábitos saudáveis (conforme tabela 13).

Tabela 13. O que faz o idoso ser saudável

O que faz o idoso ser saudável

f

%

Praticar exercícios e atividades físicas

12

36,36%

Ter hábitos de vida saudável

9

27,27%

Ter uma alimentação adequada

7

21,21%

Atividades de lazer e convívio social

3

9,10%

Ter fé em Deus

1

3,03%

Ser feliz

1

3,03%

Total

33

100%

    Dimensiona-se que a prática de atividades e exercícios físicos possibilita que as pessoas envelheçam com mais saúde, além de ser um fator importante no desempenho das atividades da vida diária, pelo grau de independência e autonomia. (FACHINETO; FRIEDRICH; REZER; 2004).Por isso é certo que a manutenção da qualidade de vida está diretamente relacionada à manutenção da autonomia e independência (PAPALÉO NETTO; PONTE, 2002).

    Além disso, para que as pessoas atinjam a velhice com saúde, é necessário que se comece a prevenir o surgimento de doenças desde a juventude, com a construção de um estilo de vida saudável, mais ativo. Este deve ser o fator bastante incentivado pelos professores de Educação Física, já que trabalham com o movimento, e atuam junto a pessoas de todas as idades, com crianças, jovens adultos e idosos.

    Para uma pessoa atingir a velhice com saúde deve, envelhecer com qualidade:“Envelhecer bem significaria estar satisfeito com a vida atual e satisfação na velhice dependeria da capacidade de manter ou restaurar o bem-estar subjetivo, justamente numa fase da vida em que a pessoa está mais exposta a crises de natureza biológica, psicológica e social.”(NERI, 1993 apud VIANA; MADRUGA, 2008, p. 225)

    Como reforçam Fachineto, Friedrich e Rezer (2004 p.135), quando colocam que “[...]o envelhecimento deve ser encarado como um a arte de viver alegre e feliz, traçando constantes objetivos de vida”.

    Portanto, houve a percepção de que os professores pesquisados mostram-se conscientes de seu papel como incentivadores da prática da atividade física para uma vida saudável, sem a preocupação apenas de manter a estética, tanto para aqueles com quem eles trabalham como para si mesmo.

Cuidados que os professores têm consigo mesmo e a relação com sua saúde como forma de proporcionar um envelhecimento bem-sucedido

    Pautou-se a pesquisa para saber se os professores desenvolvem alguma ação que os levem a um envelhecimento bem-sucedido. Nesta direção, o professor centraliza na sua saúde, em como as suas atividades diárias, tanto profissionais, quanto pessoais contribuirão para a sua vida, bem como para um envelhecimento saudável. De acordo com as respostas dos professores, percebe-se que todos tomam alguns cuidados em relação a sua saúde, como manter-se ativo, alimentar-se bem e outros itens observados na tabela abaixo.

Tabela 14. Cuidados que os professores têm para ter um envelhecimento saudável

Cuidados para um envelhecimento saudável

f

%

Prática de atividades físicas

18

54,55%

Cuidados alimentares

9

27,27%

Nenhum cuidado

2

6,06%

Dormir bem

1

3,03%

Manter um estilo de vida saudável

1

3,03%

Trabalhos sociais

1

3,03%

Exames de rotina

1

3,03%

Total

33

100%

    Considera-se importante que é papel do professor ter consciência de que se encontra em um processo de desenvolvimento rumo à velhice. Por outro lado também necessita tomar cuidado para que isso aconteça de maneira favorável ao seu bem-estar, bem como o faz quando da suas orientações às pessoas que atende.

    A maioria dos professores (54,55%), realiza uma atividade física com regularidade, o que contribui significativamente para seu envelhecimento com saúde. De acordo com Fachineto, Friedrich e Rezer (2004) a atividade física diminui a probabilidade de se desenvolverem doenças, melhorando os níveis de aptidão física e disposição mental, permitindo assim que o indivíduo viva mais saudável.

    Outros fatores também contribuem para o processo de qualidade de vida salutar, os quais envolve uma rotina com hábitos de alimentação saudável, horas adequadas de sono, convivência social e lazer, espiritualidade, além de exames médicos de rotina e cuidados com fatores estressores, como o excesso de trabalho e preocupações. Cabe a cada profissional saber dosar os limites necessários a sua prática. Da mesma forma assim o fará o profissional da área da Educação Física, sobretudo os que atuam na escola e fora dela, como ressalta Girotto(2007, p. 22):

    Dentre os cursos de Educação Física no Brasil são muitos os que apresentam disciplinas em sua grade curricular que visam promover a saúde dos praticantes de atividade física. No entanto, muito do que o graduado aprende sobre intensidade, freqüência de exercício aplica-se única e exclusivamente aos seus alunos, pois em decorrência de sua pratica profissional estes próprios limites não são respeitados, ou seja, o aluno faz o prescrito pelo professor, mas ele mesmo ultrapassa as dosagens adequadas de sua atividade profissional.

Contribuição do professores para um envelhecimento ativo

    O professor no desenvolvimento de suas aulas despertará a consciência de seus alunos quanto ao processo de envelhecimento de cada um, capacitando-os de maneira autônoma para uma vida ativa, com hábitos saudáveis, visando assim um envelhecimento populacional bem-sucedido. Isso seria interessante se fosse realizado por todos os professores, assim a sociedade no geral teria melhor qualidade de vida, e a Educação Física maior valorização.

    Neste sentido procurou-se saber dos professores como contribuem para a prevenção de doenças no processo de envelhecimento de seus alunos e as respostas aparecem descritas abaixo:

  • “Trabalhando a conscientização não só da necessidade, como da importância do movimento na melhora como um todo na vida do individuo.” (Prof. 22)

  • “Dando dicas de como cuidar da saúde (corpo e mente) .” (Prof. 08)

  • “Orientando-os a praticarem o bem para seu corpo e sua mente.” (Prof. 14)

  • “Conscientizar da importância de praticas de exercícios físicos e desenvolver o gosto e o prazer pela prática.” (Prof.18)

    Como se observa, os professores são conscientes da importância do seu papel no processo de envelhecimento dos alunos, bem como a prevenção a doenças. No entanto, mesmo os professores colocando que abordam este tema em suas aulas, nenhum expõem que este conteúdo faça parte do currículo trabalhado com os aluno e de seu planejamento. Torna-se mister enfatizar quão significativo seria incorporá-lo ao currículo, para que seja trabalhado sempre e continuamente nas aulas.

    A atuação do professor de Educação Física será de fundamental importância no despertar da necessidade de cuidados com o corpo e construir com seus alunos desde a infância o hábito de praticar atividades físicas regularmente. Reporta-se à importância das aulas serem prazerosas e criativas, para que os alunos despertem o gosto e o interesse pela prática regular de atividades físicas que contribuam para o seu desenvolvimento de forma integral e sedimentam hábitos de vida saudável, no futuro.

    A Educação Física deve promover a saúde, através da aptidão física, onde o papel do professor neste processo é bastante importante, comprometendo-se com uma educação em busca da saúde. Como reforçam Farinatti e Ferreira (2002, p.82), ao explicitar que “[...] a educação não pode negligenciar sua função informativa. Uma compreensão ampla e aberta da realidade deve associar a formação de uma consciência crítica à aquisição de conhecimentos”.

    Sabe-se que uma das finalidades da educação física relaciona-se à saúde, pois todos os seres humanos necessitam do movimento e da prática de atividades e exercícios físicos, para se sustentar orgânica e psicologicamente sadios. (OLIVEIRA 1990)

    Assim, a partir disto indagou-se aos professores se acreditavam serem os alunos conscientes do próprio processo de envelhecimento: os resultados constam na tabela abaixo.

Tabela 15. Você acredita que os alunos são conscientes do próprio processo de envelhecimento

Os alunos são conscientes do seu próprio envelhecimento

f

%

Alguns

09

40.90%

Não

10

45.45%

Sim

02

9.10%

Não respondeu

01

4.55%

Total

22

100%

    Nota-se que, os professores acreditam que os alunos não são conscientes, ou que alguns o sejam. No entanto, esta consciência precisa ser trabalhada, construída em abordagens do tema em aula e o necessário despertar dessa consciência nos alunos.

    Partindo disto foi questionado o porquê de sua resposta, e se os mesmos contribuíam de alguma maneira para esta conscientização. Seguem as colocações dos profissionais:

  • Em partes, por que muitos acreditam que o envelhecimento só ocorre após determinada fase, ou aparência. Procuro fazer com que compreendam que é um processo continuo. (Prof. 19)

  • Não ainda são muito jovens e não percebem esta possibilidade como real. (Prof. 10)

  • Não acredito, porque os adolescentes não se preocupam com o envelhecimento, eles vivem o presente. (Prof.9)

  • Acredito que sim, pelo fato de muitos praticarem exercício físico desde cedo buscando qualidade de vida.(Prof.17)

    Partindo-se da observação das respostas de alguns professores que alegam serem os alunos muito jovens, desligados do futuro. Justamente neste contexto que entra o professor, no papel de despertar o aluno a pensar estas questões desde a infância.

    Cabe ao professor ser um incentivador, instigador do pensamento crítico em seus alunos. A abordarem temas novos com enfoque no envelhecimento humano só irá enriquecer suas aulas, não atrapalhando o desenvolvimento de outros conteúdos, mas sim sendo mais um incentivo à prática de atividades físicas, com a certeza de resultados a longo prazo.

    Como bem coloca Shigunov (1997) ao prevenir que o aluno bem orientado, estimulado e amparado pelo professor passa a ser construtor da sua própria aprendizagem.

    Ainda se questionou os professores sobre o papel do professor de Educação Física no processo de envelhecimento das populações, com as seguintes colocações (tabela abaixo):

Tabela 16. Papel do professor de Educação Física no processo de envelhecimento das populações

Papel do professor de Educação Física

f

%

Conscientizar para a pratica de atividade física

17

58,63%

Prestar esclarecimentos e informações

9

31,03%

Como exemplos para os outros

2

6,89%

Conscientizar para hábitos saudáveis

1

3,45%

Total

29

100%

    Oportuno mencionar Delors (2003), quando previne que promover um ensino de qualidade e assegurar a todos o mais alto nível de saúde física e mental, empenharia, sobretudo em trabalho conjunto entre diversos setores da sociedade, e caberia ao professor o papel de mediador. A educação consiste antes de qualquer coisa, em dotar a humanidade da capacidade de dominar o seu próprio desenvolvimento e o progresso da sociedade em que vive, buscando de forma consciente a melhoria da qualidade de vida de toda essa sociedade.

    Como exposto na tabela acima observa-se que os professores acreditam na sua contribuição significativa para o desenvolvimento da consciência dos alunos e da sociedade sobre o envelhecimento. Cabe questionar, a efetiva realização desse papel nas aulas. Ou os professores se limitam a incentivar uma prática regular de atividades, sem objetivos para a vida de seus alunos.

    O papel do professor de Educação Física torna-se de fundamental importância para a aquisição de hábitos na prática regular de exercícios. O trabalho deve ser diretamente na promoção da saúde dos alunos, para que tenham uma melhor qualidade de vida e consequentemente um envelhecimento bem-sucedido. Para tanto Pohl (2003), ressalta a importância de se enfatizar ações de promoção e educação para a saúde, levando as pessoas a adoção de um estilo de vida saudável.

    Buscou-se saber como os professores realizam este papel com os resultados nas respostas abaixo:

  • Procuro ser o exemplo. É a melhor forma. (Prof. 19)

  • Procuro sempre conscientizar meus alunos sobre o quanto é fundamental para nossa vida praticarmos alguma atividade física, seja ela qual for, pois é preciso sentir prazer e gostar daquilo que fazemos. (Prof. 17)

    Os professores explicitam ser o seu trabalho desenvolvido através de orientações e conscientização durante as aulas e no buscar incentivo dos alunos a uma vida ativa. No entanto, percebe-se que o tema “Envelhecimento Humano”, não faz parte das aulas, nem dos conteúdos a serem desenvolvidos durante o ano letivo, mencionado esporadicamente, ou, sem nem mesmo ser citado durante as aulas. Torna-se um aspecto a se lamentar, pois a conscientização dos alunos serviria como objetivo maior para sua prática.

    De fato cabe aos professores a busca e o desenvolvimento nos alunos da consciência frente ao envelhecimento saudável, onde a prática regular de exercícios exerce função importante. O professor deve exercê-lo de maneira ativa e consciente educando e capacitando os alunos a praticarem atividades e exercícios físicos com autonomia durante toda a vida, proporcionando assim um envelhecimento saudável a seus alunos e por extensão, o seu próprio.

    No âmbito contextual reporta-se a Darido (2004, p.61) quando reforça que: “A educação Física na escola deveria proporcionar condições para que os alunos obtivessem autonomia em relação à prática da atividade física, ou seja, após o período formal de aulas os alunos deveriam manter um prática de atividade regular, sem o auxilio de especialista, se assim desejarem.”

    Neste parâmetro comprovadamente se sabe que a maioria dos alunos ao concluírem o Ensino Médio não continua realizando nenhuma atividade física. O autor supracitado constata que uma das possíveis hipóteses para o abandono da prática da atividade física na vida adulta pode ser reflexo de experiência desenvolvida no período escolar. Sem esta autonomia possivelmente estes alunos não terão um envelhecimento saudável.

    O papel do professor, referente ao envelhecimento humano ainda não está sendo desenvolve como deveria. Torna-se necessário que o tema Envelhecimento Humano faça parte da grade de conteúdos. Aos professores se lance o desafio de que passem a pensar e refletir sobre o processo de envelhecimento, para que assim se construa um pensamento crítico sobre este enfoque. A extensão dos anos de vida da população mundial passa a ser uma questão social e como tal deve ser trabalhada na escola, desenvolvida como um tema transversal bastante oportuno em aulas de Educação Física de forma crítica e consciente.

Conclusão

    Ao concluir a pesquisa, constata-se a plena consciência dos professores no que se refere ao seu processo de envelhecimento. Sempre na busca de melhor qualidade de vida, realizando atividades físicas regularmente, cuidando da alimentação para assim envelhecer com saúde, autonomia e independência.

    Os professores encaram o envelhecimento como um processo natural. Demonstram pensamentos positivos e de aceitação sobre o envelhecer, deixam transparecer em muitas de suas respostas negativas a demonstração de medo em relação a esta fase da vida, relacionado-o a preconceitos e incapacidade de realização de tarefas, ou mesmo ignorando esse processo.

    É pelos aspetos físicos, sinais da pele e incapacidade de realização de algumas tarefas que os professores ratificam a percepção do declínio vital de seus corpos. Enfatizam os cuidados em relação a sua saúde, estabelecendo uma relação positiva e direta entre ter uma vida ativa e envelhecer. A prática de atividade física relaciona-se a preocupação e ao cuidado com o corpo e à saúde, sobrepondo-se aos cuidados com a estética que aparecem como um fator de bem-estar e auto-estima.

    Para tanto focam e buscam realizar atividades que mais lhes proporcionem satisfação, alívio de estresse. Destacam as atividades individuais, preferencialmente as caminhadas e corridas.

    Comprovadamente os professores se mostram ativos através da avaliação do Questionário Internacional de Atividade Física IPAQ (versão curta), com suas respostas ao questionário subjetivo, onde todos praticam alguma atividade física, com o mínimo de dois dias semanais e o máximo de cinco ou mais vezes.

    Torna-se importante destacar que o papel do professor, referente ao envelhecimento humano ainda recebe a atenção devida para que se desenvolva como deveria. Salienta-se como bastante significativo o fato de as aulas de Educação Física serem trabalhadas e percebidas como um cuidado com a saúde, já que esta disciplina também está voltada à área da saúde e à formação de hábitos saudáveis como a prática de exercícios físicos, despertando o necessário cuidado com o seu estilo de vida, para enfrentar o declínio corporal com saúde e vitalidade.

    Torna-se necessário que o tema envelhecimento humano passe a fazer parte da grade de conteúdos, que os professores pensem e reflitam sobre o processo de envelhecimento, seu e de seus alunos. A partir dessa toada de decisão se construa um pensamento crítico deste aspecto. Ao ser visto como questão social deve fazer parte dos conteúdos escolares, em abordagem através de temas transversais.

    Esta pesquisa buscou despertar o pensamento dos professores sobre o seu processo de envelhecimento e a importância do papel dos mesmos na conscientização dos alunos e sociedade para uma vida mais ativa e saudável. Visou a tomada de posição e parâmetros na melhoria da qualidade de vida de toda a população e, principalmente em uma fase da vida que cresce cada vez mais extensa entre diferentes populações do mundo.

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revista digital · Año 14 · N° 132 | Buenos Aires, Mayo de 2009  
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