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Nutrição atuando em escolas públicas

Nutrición actuando en escuelas públicas

 

*Acadêmicas do Curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano -UNIFRA

**Professora do Curso de Nutrição, supervisora de estágio de Saúde Coletiva

do Centro Universitário Franciscano - UNIFRA
Santa Maria-RS

(Brasil)

Carina Dias Wentz*

Alexandra de Abreu Pinheiro*

Raquel Recke*

Sandra Rodrigues*

Karen Mello de Mattos**

carinawentz@yahoo.com.br

kmmattos@yahoo.com.br

 

 

 

Resumo

          A expansão da educação infantil em nosso país e no mundo tem ocorrido de forma crescente nas últimas décadas. É o resultado de uma conscientização da sociedade a respeito da importância das experiências na primeira infância, o que motivou um interesse por uma educação institucional. Com isso em mente, neste período, é que o ser humano faz aquisições intelectuais e psíquicas importantes, forma valores e atitudes e fixa comportamentos e hábitos que irão se efetivar, de maneira harmônica, durante toda a vida.

          Unitermos: Escola. Infância. Alimentação saudável.

 

Abstract

          The expansion of children’s education in our country and world has occurred in a growing way in the last decades. This is the result of society awareness about the importance of experiences in the first childhood, which motivated an interest in an institutional education. With this in mind, in this period of time, it is that the human being makes important intellectual and psychological acquisitions, shaping values and attitudes, establishing behaviors and habits that will be effective, in a harmonic way, throughout their lives.

          Keywords: School. Children. Healthy food.

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 131 - Abril de 2009

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Introdução

    A nutrição é um dos fatores determinantes para garantir que a criança alcance seu crescimento e desenvolvimento ótimos, ou seja, que permita que sejam atingidos os potenciais determinados geneticamente.

    Para que aja esse desenvolvimento, são necessários estímulos, tanto da parte dos pais como da parte dos educadores do sistema de ensino. Tais estímulos são ações que provocam uma resposta na criança, fazendo parte de seu processo de aprendizagem do comportamento, e são fundamentais para a aquisição de habilidades variadas.

    A alimentação infantil, ao mesmo tempo em que constitui fator fundamental para o crescimento e desenvolvimento, pode também ser um dos principais fatores de prevenção de algumas doenças na idade adulta.

    A imunização, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, alimentação e prevenção de desnutrição e anemias carenciais costumam ser doenças prevalentes na infância. Outras temáticas são observadas como a saúde bucal e os maus-tratos contra criança. Entretanto, a integralidade desta atenção mostra-se comprometida pela descontextualização do processo saúde-doença-cuidado. As condições concretas de vida das famílias não são assimiladas na compreensão dos problemas de saúde, o que obscurece um reconhecimento quanto à possibilidade de exercício de um cuidado das famílias afetivo e efetivo com a saúde de suas crianças.

    Desenvolver hábitos nutricionais saudáveis e corretos desde a infância é a melhor forma de evitar a obesidade e a desnutrição, o que se reflete em benefícios na vida adulta. Crianças que ajudam no preparo das refeições tornam-se mais dispostas a comer e tendem a apresentar menos restrições alimentares. Para alcançar crescimento físico e desenvolvimento neurológico adequados e não aumentar as possibilidades de doenças relacionadas a erros alimentares, como diabetes, osteoporose, anemia, dislipidemias (desequilíbrios nas taxas de colesterol e triglicerídeos), é importante alimentar-se de modo equilibrado.

    No espaço escolar, o saber teórico e prático sobre saúde e doença foi sendo construído de acordo com o cenário ideológico da época e as questões sobre saúde abordadas com base no referencial teórico de cada momento. A escola é o lugar ideal para se desenvolverem programas da Promoção e Educação em Saúde de amplo alcance e repercussão, já que exerce uma grande influência sobre seus alunos nas etapas formativas e mais importantes de suas vidas.

    Em relação aos fatores comportamentais, o consumo de produtos cariogênicos em crianças é sempre mais relevante. Assim, esforços no sentido de mudança desse hábito constituem-se em importantes desafios. Políticas públicas de abrangência nacional, orientadas à redução do consumo desses produtos, respeitando-se as diferenças regionais do Brasil, contribuiriam para informar e orientar a população sobre a importância de controlar a ingestão de açúcares e para a manutenção da saúde.

Metodologia

    O presente estudo com cunho educativo por meio de atividades lúdico-pedagógicas foi realizada em um município da região central do Rio Grande do Sul, junto á uma escola pública, com três turmas de quarta série, composta por alunos de ambos os gêneros, com faixa etária entre oito e nove anos de idade. O local de estudo foi determinado em virtude da realização das atividades do estágio.

    A amostra foi consecutiva, totalizando noventa alunos, que atendem uma população com iguais características. A coleta de dados foi realizada pelas pesquisadoras, por meio de observação e participação dos estudantes através da atividade de colagem de figuras de alimentos recomendados e não-recomendados para uma alimentação saudável em cartazes, sendo divididos em alimentos saudáveis e não saudáveis e produtos de higiene, no mês de outubro de 2008.

Resultados e discussão

    Pode-se observar que a maior parte das crianças não tinham o conceito de uma alimentação saudável, pois ao serem solicitados para participarem, a escolha dos alimentos de origem saudável ia para o lugar do não saudável, como salgadinhos e bolachas, e assim vice e versa.

    Em relação aos produtos de higiene todos colocaram no lugar certo no cartaz.

    Segundo Cano et al., (2005), em estudo realizado em escolas públicas e particular em Franca –SP, com relação ao hábitos alimentares, observou-se que estes se mostraram em todas as escolas pesquisadas, havendo baixo consumo de alimentos básicos e importantes para a formação das crianças, como legumes, frutas e cereais e um alto consumo de alimentos hipercalóricos e inadequados a essa faixa etária ( salgadinhos, refrigerantes, chocolates, bolachas doces, bolo). É muito importante que se ensine aos filhos, com idade entre dois e doze anos, a importância de se cultivar hábitos alimentares saudáveis.

    O profissional Nutricionista e os profissionais de saúde têm papel relevante na orientação de escolas, junto ás famílias na prevenção de doenças.

Conclusão

    Pode-se verificar que a maior parte dos alunos tinham conceitos errados sobre alimentação saudável, uns por não terem mesmo o conhecimento deste e outros porque os únicos alimentos que têm em casa são de origem calóricas e sem nenhum valor nutricional, não sendo possível a obtenção de uma alimentação que traga benefícios a sua saúde.

    A presença de um profissional de nutrição é de extrema importância, tanto em escolas públicas como em escolas particulares, pois é através deste profissional, que se obtém um maior conhecimento de uma alimentação saudável e adequar esta de acordo com a realidade de cada pessoa.

Referências bibliográficas

  • CANO, Maria Aparecida T.; et al. Estudo do estado nutricional de crianças na idade escolar na cidade de franca-sp: uma introdução ao problema. Revista eletrônica de Enfermagem, v.7, n.02, p.179-184, 2005.

  • GONÇALVES, Fernanda Denardin; et al.A promoção da saúde na educação infantil. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, Jan./Mar., v.12, n. 24, 2008.

  • LIMA, Isabel Maria Sampaio Oliveira, ALVES, Vânia Sampaio e FRANCO, Anamélia Lins e Silva. A consulta médica no contexto do programa saúde da família e direito da criança. Rev. bras. crescimento desenvolv. hum., dez., v.17, n.3, p.84-94, 2007.

  • PERES, Karen Glazer de Anselmo; BASTOS, José Roberto de Magalhães; LATORRE, Maria do Rosário Dias de Oliveira. Severidade de cárie em crianças e relação com aspectos sociais e comportamentais. Rev. Saúde Pública,  São Paulo,  v. 34,  n. 4, Aug.  2000.  

  • SILVA, Luis Santos; SILVA, Ruth Maurer. Saúde na família e na escola. São Paulo, ed. Paulinas, p. 12-17, 2005.

  • VIEIRA, Marta Neves Campanelli Marçal; SANTOS, Graziela Vieira Bassan; RESENDE, Cristina Maria Mendes. Nutrição da Criança Pré-escolar e Escolar. In: MONTEIRO, Jacqueline Pontes; JÚNIOR, José Simon Camelo. Nutrição e Metabolismo-Caminhos da nutrição e terapia nutricional da concepção á adolescência. Rio de Janeiro, ed. Guanabara Koogan S. A., p. 278-300, 2006.

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