efdeportes.com

Melhoria da qualidade de vida e nível 

de atividade física dos idosos

 

* Especialista em Fisiologia do Exercício

*Professora Prefeitura Municipal de Patos de Minas – MG

** Doutorando em Ciências Nutricionais UNESP- Araraquara-SP

** Docente da UNIFRAN- Franca-SP e UNIPAM- Patos de Minas-MG

*** Doutorando em Ciências Nutricionais UNESP- Araraquara-SP

*** Docente da UNIFRAN- Franca-SP e UNIPAM- Patos de Minas-MG

**** Docente da FC UNESP-Bauru-SP

****Professor credenciado no Programa de Mestrado em Promoção de Saúde – UNIFRAN

Bruna Pereira Nascimento*

David Michel de Oliveira**

davidef@unifran.br

Daniel dos Santos***

dsantos.ef@unifran.br

Cassiano Merussi Neiva****

(Brasil)

 

 

 

Resumo

          O ser humano está em constantes processos de modificações, tanto físicas quanto psicológicas e sociais. Dessa forma, existem alternativas para que o processo de envelhecimento se torne algo natural aos nossos olhos e de quem nos rodeia. O exercício físico, quando praticado de forma regular, torna-se um importante aliado na busca pela qualidade de vida e bem-estar dos indivíduos. O objetivo deste estudo foi comprovar a melhoria da qualidade de vida dos idosos através da prática regular de exercício físico e verificar o nível de atividade física da população da amostra. Como instrumentos para coleta de dados, foram aplicados dois questionários sendo um deles denominado Questionário de Identificação e Atividades Realizadas, composto de nove perguntas objetivas e o IPAQ (versão 6 adaptada – curto), composto de seis pergunta abertas. A amostra foi composta por 48 idosos do Programa Agita Patos, de ambos os sexos e que praticam exercícios físicos regulares há, no mínimo, três meses. O presente artigo nos permite concluir que grande parcela da população avaliada é suficiente ativa e conhece os benefícios da prática regular de exercícios físicos.

          Unitermos: Exercício físico. Idosos. Qualidade de vida.

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 131 - Abril de 2009

1 / 1

Introdução

    Com os avanços tecnológicos e o aumento da expectativa de vida, a população mundial está se tornando cada vez mais idosa.

    Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) é considerado idoso aquele indivíduo com idade igual ou superior a 65 anos, nos países desenvolvidos, e 60 anos ou mais, nos países em desenvolvimento, já que, nessas regiões, a expectativa de vida ainda é baixa quando comparado aos países desenvolvidos. No Brasil, o Estatuto do Idoso, Lei no 10.741, de 1º de outubro de 2003, destina-se a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.

    Atualmente, no Brasil, a população idosa segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 25 de julho de 2002, representa um contingente de aproximadamente 15 milhões com faixa etária de 60 anos ou mais, isto é, 8,6% da população total. Há uma estimativa de que, nos próximos 20 anos, a população de idosos no Brasil irá duplicar, chegando a 30 milhões de pessoas, ou seja, quase 13% da população.

    “O envelhecimento é um fenômeno biopsicosocial sendo uma dimensão existencial como todas as situações humanas.” BEAUVOIR, 1990 (apud SILVA, 1998).

    Porém, ser idoso não significa estar caminhando para o fim do ciclo vital.

    O “idoso” existe por causa de uma classificação cronológica e pela necessidade de identificação ou descrever com uma palavra o ser humano nas diferentes fases da vida. (MATSUDO, 2001).

    Hoje temos muitos recursos que contribuem fundamentalmente para o aumento da longevidade e qualidade de vida dos idosos. Assim, torna-se necessária a atenção para esses grupos que vêm se fortalecendo e multiplicando de forma bastante rápida.

    O aumento da expectativa de vida dá-se a alguns fatores que hoje estão sob controle devido aos avanços farmacológicos e mudanças no estilo de vida da população.

    Além do controle das doenças infecto-contagiosas, uma das principais razões para explicar o aumento da expectativa de vida na população é, pelo menos em países desenvolvidos, a diminuição, nas últimas duas décadas, da incidência de enfermidades cardiovasculares, em particular enfermidades coronarianas e acidentes vasculares cerebrais, que são as maiores causas de morbi-mortalidade do mundo. (MATSUDO, 2001, p. 15)

    A prática de atividade física na terceira idade está sendo a cada dia mais aceita como estratégia para melhoria da qualidade de vida e bem estar da população. Sua importância é incontestável já que apresenta benefícios a curto, médio e longo prazo.

    Atividades da vida diária são importantes para a prevenção da atrofia de músculos e articulações, além de fazerem bem para a mente, principalmente dos idosos. Lavar o carro, cuidar do jardim, passear com o cachorro, ir à feira a pé, limpar a casa, subir e descer escadas são atividades cotidianas e simples que devem fazer parte da rotina dessas pessoas.

    As melhorias vão desde a facilitação na execução de tarefas diárias até o aumento da atividade psicosomática.

    [...] propor a iniciar, a continuar ou a potencializar uma atividade física, o idoso poderá experimentar uma mudança substancial em sua vida interior, a qual lhe ajudará a aumentar o seu equilíbrio pessoal, a melhorar seu estado de ânimo e sua saúde, a estimular seus reflexos, estimulando-lhe uma agilidade que poderia estar estagnada ou diminuída e melhorando sua qualidade de vida.” (GEIS, 2003, p. 7).

    No entanto, chega o momento em que tais atividades não são suficientes para manter a capacidade funcional dos idosos, sendo necessário que haja o aumento progressivo de cargas de trabalho com o objetivo de não haver adaptação e diminuição de resultados.

    Tendo em vista que, na contemporaneidade, a diminuição na taxa de mortalidade e fecundidade é crescente, o perfil demográfico mundial está se tornando velho.

    Dessa forma, o presente estudo tem por objetivo analisar o nível de atividade física e satisfação do público alvo nos programas de atividades físicas específicas da cidade de Patos de Minas, Minas Gerais.

Material e métodos

    O presente estudo foi realizado com os participantes do Programa Agita Patos1 nos meses de novembro e dezembro de 2008. O Programa hoje atende 12 locais de nossa cidade e oferece exercícios físicos gratuitamente à população com idade igual ou superior a 40 (quarenta) anos e conta com a presença de aproximadamente 1300 alunos cadastrados.

    As atividades oferecidas acontecem duas vezes por semana em cada local nos horários de 7:15h, 8:30h ou 16:30h, com duração de 45 minutos. São desenvolvidas com os alunos atividades de alongamento, consciência corporal, fortalecimento muscular, flexibilidade, atenção, coordenação motora, equilíbrio e ludicidade. O controle da freqüência dos alunos é feito ao final de cada aula, através da lista de chamada obtida no cadastro realizado anualmente.

    Como forma de obtenção de dados para a elaboração deste artigo, foram aplicados dois questionários (Questionário de Identificação e Atividades Realizadas e Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) versão 6, adaptado – ver anexos) aos alunos efetivos do Programa Agita Patos com a finalidade de verificar a qualidade de vida e o nível de atividade física dos mesmos.

    A amostra constitui-se de 48 alunos do Programa Agita Patos com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos, que participam ativamente das atividades há, no mínimo, 3 (três) meses.

O Questionário de Identificação e Atividades Realizadas (anexo 1) é composto por perguntas objetivas voltadas ao tipo de exercício, duração, freqüência, objetivos e melhorias das atividades realizadas por cada participante diariamente.

    O IPAQ (anexo 2) tem como objetivo avaliar o nível de atividade física da população com referência na semana anterior ao preenchimento do questionário. Como forma de obtenção de dados foi utilizado o escore de pontuação (anexo 2) do IPAQ utilizado, classificando os indivíduos em três classes: insuficiente ativo, suficiente ativo e muito ativo.

Resultados e discussões

    Os gráficos de 1 a 9 abaixo descritos, representam a análise feita a partir da obtenção dos dados do Questionário de Identificação e Atividades Realizadas (anexo 1).

    De acordo com o exposto no gráfico 1, dos participantes entrevistados, 20,8% estão na faixa etária de 60 a 65 anos, enquanto 12,5% de 66 a 70 anos, 41,7% de 71 a 75 anos e 25% com idade superior a 75. E ainda, o maior percentual dos participantes da pesquisa está nos grupos com idade acima de 71 anos, ou seja, 66,7%.

    Um estudo feito em julho de 2002 compartilha resultados similares aos obtidos neste presente trabalho. A pesquisa realizada no Programa Agita São Paulo traz resultados do nível de atividade física de homens e mulheres do Estado de São Paulo de acordo com a idade cronológica, analisada em quatro faixas etárias, dos 15 anos de idade aos maiores de 70 anos. A porcentagem de mulheres regularmente ativas atingiu 44,5% no grupo de 15-29 anos e 46% nas maiores de 70 anos, sendo que na faixa etária de 30 a 69 anos a porcentagem de mulheres ativas superou 50%.

    Dessa forma, conclui-se que a procura pela prática de exercícios físicos pelas pessoas idosas é crescente.

Gráfico 1. Representa a faixa etária dos participantes da pesquisa

    O gráfico 2 nos mostra que 75% dos participantes são do sexo feminino, enquanto apenas 25% são do sexo masculino. Assim, fica evidente que as mulheres são mais preocupadas com a saúde tanto do corpo quanto da mente.

    Embasando-se ainda no Programa Agita São Paulo podemos observar que os dados obtidos em relação ao gênero dos participantes estão em sintonia com os deste estudo. A porcentagem de sujeitos que conseguem atingir a recomendação de atividade física para a saúde no Estado de São Paulo foi de, aproximadamente, 42,5% no sexo masculino e 48,6% no feminino, em 2002. Apesar da diferença na porcentagem ser pequena, as mulheres aderem mais aos programas de exercícios físicos como Agita São Paulo e Agita Patos.

Gráfico 2. Representa o gênero dos participantes

    Dos participantes entrevistados, 4,1% praticam exercícios físicos apenas uma vez por semana, enquanto 41,7% praticam de duas a três vezes por semana, 41,7% de quatro a cinco vezes e, 12,5% o fazem diariamente, como mostra o gráfico 3. Lembrando que, esses exercícios englobam apenas as atividades sistematizadas e não incluem tarefas da vida diária. Já o gráfico 4 expressa a duração dos exercícios praticados sem intervalo. A grande maioria, 83, 3% pratica exercícios com duração de trinta a quarenta e cinco minutos/dia e 16,7% pratica mais de uma hora de exercícios. Não houve respostas no questionário (anexo 1) para exercícios com duração inferior a 30 minutos.

    Segundo o Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM) e a Associação Americana de Cardiologia (AHA) há um consenso para que os indivíduos acumulem no mínimo 30 minutos de atividade física moderada, preferencialmente, todos os dias da semana para melhoria da saúde. (Macfarlane et al, 2008)

Gráfico 3. Representa a freqüência semanal dos exercícios praticados

Gráfico 4. Representa a duração sem intervalos dos exercícios praticados diariamente

 

    O gráfico 5 representa o tipo de exercício praticado pelos entrevistados, sem levar em consideração as tarefas de casa. De acordo com o gráfico 5, 47,8% dos participantes entrevistados praticam a caminhada, 37,5% a dança, 2% praticam esportes coletivos, 4,1% fazem musculação e todos, além das atividades citadas participam regularmente das atividades do Programa Agita Patos, 100%. No caso abaixo, foi permitido assinalar mais de uma opção de exercício, o que justifica ultrapassar os 100% do total.

    O presente estudo demonstra ser a caminhada uma das atividades físicas preferidas pelos idosos. A prática de caminha, segundo Savage e Ades (2008), constitui um elemento importante na diminuição da mortalidade por doenças cardiovasculares, fato este que justifica por uma queda dos lipídios sanguíneos, perda ou manutenção do peso corporal, diminuição da pressão arterial, aumento do nível de condicionamento físico e alteração positiva dos fatores fisiológicos.

Gráfico 5. Representa o tipo de exercício praticado pelos voluntários da pesquisa

    O gráfico 6 nos mostra que, dos participantes entrevistados, 4,1% praticam exercícios físicos regulares a apenas três meses, 6,3% há seis meses e há um ano, 25% há dois anos, enquanto 58,3% dos participantes praticam exercícios de forma regular e contínua há mais de dois anos. Os participantes da amostra relataram que já nos primeiros meses de prática de exercícios físicos regulares notaram diferenças tanto física como psicologicamente. Houve melhoria na capacidade funcional, independência na execução de tarefas diárias e aumento da auto-estima e bem-estar.

Gráfico 6. Representa há quanto tempo a população da amostra pratica exercícios físicos regulares

    O gráfico 7, representa a porcentagem de participantes com melhoria nos quadros físico, mental e social a partir da prática regular de exercícios físicos. Podemos observar que 95,8% dos mesmos tiveram melhoria física, 70,8% melhoria mental/psicológica e 66,7% notaram melhora no que diz respeito à socialização e convívio nos grupos de exercícios.

    Ruuskanen e Ruoppila, 1995 (apud Okuma, 1998) ao entrevistarem 1224 idosos finlandeses com idade entre 65 e 84 anos, chegaram à conclusão de que as satisfações com a vida e a percepção subjetiva do bem-estar físico estavam significativamente relacionadas com a prática de atividade física. E ainda, “por outro lado o bem-estar psicológico parece ser um grande preditor para que o indivíduo permaneça fisicamente ativo com o avançar da idade”.

Gráfico 7. Representa a porcentagem de participantes com melhoria física, mental e/ou social

    Observando o gráfico abaixo, podemos concluir que 29,1% dos participantes procuraram os exercícios físicos por indicação médica, 2% em busca do culto ao corpo, 20,8% para bem-estar psicosocial, 45,8% para diversão e socialização, 37,5% para bem-estar físico, 29,1% por outros motivos como incentivo de amigos e parentes, atenção recebida pelos professores.

    Estes dados podem ser relacionados com um estudo realizado em Recife com 120 usuários de dois programas de exercícios físicos da cidade. De acordo com FREITAS (2007, p. 94) os resultados apontaram os motivos mais importantes para adesão aos exercícios que são 84,2% para melhorar a saúde, 70,8% para melhorar o desempenho físico, 62,5% para adotar estilo de vida saudável, 60,8% para reduzir o estresse, 56,7% por indicação médica, 55% para auxiliar na recuperação de lesões, 50,8% melhorar a auto-imagem, 47,5% para melhorar a auto-estima e relaxar. O estudo também relata os motivos mais importantes para a permanência dos indivíduos nos grupos de exercícios físicos que são melhorar a postura 75%, promover o bem-estar 74,2%, manter-se em forma 70,8%, sentir prazer 66,7%, ficar mais forte e receber incentivos do professor 62,5%, sentir bem-estar provocado pelo ambiente 60%, sentir-se realizado e receber atenção do professor 57,5%.

Gráfico 8. Representa o que motivou os participantes na busca pelo exercício físico.

    O gráfico 9 representa a opinião dos participantes a respeito da melhoria da qualidade de vida através do exercício físico, 100% dos participantes afirmaram que suas vidas mudaram para melhor desde o início das práticas de exercícios, sejam eles na água, no solo, no chão. LEITE, CAPPELLARI e SONEGO (2002) afirmam em seu estudo que uma das razões para inserir-se nos grupos de convivência mencionada pelos idosos é a necessidade de conviver socialmente, característica de todo ser humano. Outro aspecto manifestado diz respeito à possibilidade de realizar atividades físicas, objetivando melhoria de sua saúde. Mencionam que houve mudanças significativas, uma vez que, para muitos deles, algumas manifestações clínicas - características de patologias crônicas - desapareceram ou amenizaram.

Gráfico 9. Representa a porcentagem de participantes que acreditam nos benefícios trazidos pela prática regular de exercício físico.

    Abaixo segue a análise feita a partir da obtenção dos dados do questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ- versão 6 modificada, curto) – anexo 2.

    As atividades descritas no questionário estavam relacionadas apenas com as atividades realizadas na última semana de cada indivíduo. Dessa forma, o gráfico 10 representa os resultados encontrados a partir dos itens 1 e 2 do questionário que envolvem as atividades de caminhada por, pelo menos, 10 (dez) minutos contínuos. 22,9% dos participantes praticaram exercícios duas vezes por semana, 52% três vezes por semana, 16,7% quatro vezes por semana e 8,4% cinco vezes por semana.

    A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo acaba de finalizar estudo que indica que 75% dos paulistas praticam rotineiramente atividade física. Ou seja, 30 milhões dos 40 milhões de habitantes do Estado realizam movimento corporal constante por no mínimo 10 minutos em pelo menos cinco dias da semana. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Saúde, 2008).

Gráfico 10. Representa o nível de atividade física dos participantes

    Os gráficos 11 e 12 representam, respectivamente, as atividades moderadas e vigorosas por pelo menos 10 (dez) minutos contínuos realizadas na última semana. Observa-se que 62,5% dos participantes praticaram exercícios moderados três dias na semana, 22,9% cinco dias, 8,4% dois dias e 6,2% diariamente. Já os exercícios vigorosos foram praticados três vezes na semana por 27% dos participantes, quatro vezes por 46%, sete vezes por 2% e 25% dos participantes não praticaram nenhuma atividade vigorosa na semana que antecedeu a pesquisa por recomendação médica ou por indisposição e limitação fisiológica.

Gráfico 11. Representa a porcentagem de participantes 

que praticaram atividades moderadas

Gráfico 12. Representa a porcentagem de participantes 

que praticaram atividades vigorosas

    O gráfico 13 representa uma análise do IPAQ e classifica os indivíduos da amostra como insuficiente ativo, suficiente ativo e muito ativo. 91,6% da população foi classificada como suficiente ativa já que cumpriu as recomendações propostas pelo IPAQ (anexo 2) e 8,3% da população foi classificada como insuficiente ativa, por não se enquadrar como suficiente ativa ou muito ativa e não houve indivíduos classificados como muito ativos.

Gráfico 13. Representa o nível de atividade física dos indivíduos

    O Programa Agita São Paulo, em parceria com o Celafiscs, entidade especializada em atividade física, entrevistou, em 2006, 2.582 pessoas com mais de 14 anos de idade, em todas as regiões paulistas_ Grande São Paulo, litoral e interior. Do total, 62,1% realizam atividade física (varrer, caminhar, limpar, pular etc) por 10 minutos. (Fonte: Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Saúde, 2008).

Conclusão

    A partir da análise do presente estudo, podemos concluir que o exercício físico regular apresenta um papel muito importante na manutenção da saúde física e mental do indivíduo em qualquer fase da vida, principalmente na terceira idade que é a fase em que há declínio nas capacidades morfofisiológicas. O estudo feito para a elaboração deste artigo comprova que o exercício físico, independente de qual seja, traz benefícios para os idosos em todos os aspectos.

    A consciência do idoso a respeito dos benefícios da prática de exercício físico vem crescendo a cada dia. Muito se fala em redução da mortalidade e aumento da expectativa de vida, fato este que estimula a busca por tais benefícios.

    O idoso, na contemporaneidade, está mais disposto a viver com saúde, em busca da qualidade de vida e bem-estar. Assim, sua adesão aos grupos de exercícios físicos é cada vez mais consolidada.

    Podemos concluir que uma parcela significativa da população avaliada é suficiente ativa, o que comprova ser o Programa Agita Patos um elemento fundamental para o estímulo da prática regular de atividades físicas.

Nota

  1. Agita Patos: Programa criado em maio de 2004 através da iniciativa da Prefeitura de Patos de Minas e Secretaria Municipal de Saúde. Tem como objetivo principal levar à população idosa qualidade de vida e bem-estar por maio da prática regular de exercícios físicos.

Referências

  • Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Saúde. Agita São Paulo – 75% dos paulistas praticam atividade física diariamente. Disponível em: http://www.cqh.org.br/?q=node/343. Acesso em dez de 2008.

  • CASTRO, Odair Perugini de et al. Velhice que idade é esta? Uma construção psicossocial do envelhecimento. Porto Alegre: Síntese, 1998.

  • FREITAS, Clara Maria S. M. de., et al. Aspectos motivacionais que influenciam a adesão e manutenção de idosos a programas de exercícios físicos. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, v. 9, n. 1 p. 92-100, 2007.

  • GONÇALVES, Alexandre, GOMES, Simone Rodrigues, SILVA, Marise Siqueira. Tópicos em Atividade Física e Saúde. Atividade Física e longevidade: uma breve revisão. Uberlândia, 2007.

  • LEITE, M. T.; CAPPELLARI, V. T.; SONEGO, J. Mudou, mudou tudo na minha vida: experiências de idosos em grupos de convivência no município de Ijuí/RS. Revista Eletrônica de Enfermagem (on-line), v. 4, n. 1, p. 18 – 25, 2002.

  • MACFARLANE, D.J, et al. Using three objective criteria to examine pedometer guidelines for free living individuals. European Journal of Applied Physiology, v. 104, n. 3, p. 435-444. Springer Berlin, 2008.

  • MATSUDO, S. M., MATSUDO, VICTOR K. R. Prescrição de exercícios e benefícios da atividade física na terceira idade. Revista Brasileira de Ciências e Movimento. São Caetano do Sul, v. 05, n. 04, p. 19-30, 1992.

  • MATSUDO, Sandra M, et al. Nível de atividade física da população do Estado de São Paulo: análise de acordo com o gênero, idade, nível socioeconômico, distribuição geográfica e de conhecimento. Revista Brasileira ciência e Movimento, v. 10, n. 4. p 41-50. Brasília, 2002.

  • MATSUDO, Sandra Marcela Mahecha. Envelhecimento e atividade física. Londrina: Midiograf, 2001.

  • MAZZEO, Robert S et al. Colégio Americano de Medicina Esportiva: Posicionamento Oficial Exercício e Atividade Física para pessoas idosas. Disponível em http://www.celafiscs.org.br/downloads/Pos_Envelhecimento-AF-1998.pdf . Acesso em nov de 2008.

  • OKUMA, S. S. O idoso e a atividade física: fundamentos e pesquisa. Papirus, 1998

  • PONT GEIS, Pilar. Atividade Física e Saúde na Terceira Idade: teoria e prática. Trad. Magda Schwartzhaupt Chaves. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.

  • SAVAGE, P. D., ADES, P. A. Pedometer step counts predict cardiac risk factors at entry to cardiac rehabilitation. Journal of Cardiopulmonary Rehabilitation & Prevention, v. 28, n. 6, p. 370-377, 2008.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/

revista digital · Año 14 · N° 131 | Buenos Aires, Abril de 2009  
© 1997-2009 Derechos reservados