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O cuidado com a alimentação dos pacientes diabéticos

El cuidado de la alimentación de los pacientes diabéticos

 

*Acadêmicas do Curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano, UNIFRA

**Professora do Curso de Nutrição, supervisora de estágio de Saúde Coletiva

do Centro Universitário Franciscano- UNIFRA, Santa Maria, RS

(Brasil)

Carina Dias Wentz*

Alexandra de Abreu Pinheiro* | Raquel Recke*

rakreche@hotmail.com

Sandra Rodrigues* | Karen Mello de Mattos**

kmmattos@yahoo.com.br

 

 

 

Resumo

          O número de Diabetes Mellitus aumenta a cada ano e há uma grande preocupação com os hábitos alimentares destes pacientes. Com isso fez necessário um estudo sobre alguns hábitos, foi realizado através de uma pesquisa transversal com coleta de dados caracterizando-se em uma pesquisa quantitativa. A amostra foi com indivíduos entre 40 e 80 anos, usuários de uma Unidade Básica de Saúde da cidade de Santa Maria - RS. Pode-se concluir que há dificuldade de adesão a tratamentos que impliquem mudanças de comportamento alimentar e falta de conscientização que este comportamento errado pode acarretar a saúde.

          Unitermos: Diabetes. Saúde pública.

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - Nº 130 - Marzo de 2009

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Introdução

    O diabetes estabelece um grave problema de saúde pública por ser muito freqüente na população, suas complicações, mortalidade, altos custos financeiros e sociais envolvidos no tratamento e desgaste significativo da qualidade de vida.

    A incidência e a prevalência do Diabetes Mellitus vêm aumentando em várias populações, tendo se tornado uma das doenças crônicas mais prevalentes em todo o mundo.

    Diabetes Melllitus é uma síndrome caracterizada pela elevação da glicemia no jejum, causada por uma deficiência relativa ou absoluta de insulina, ou por redução da sensibilidade dos tecidos a este hormônio.

    Existe dois tipos de diabetes, o Tipo 1 que é caracterizado pela destruição das células beta, normalmente ocasiona à deficiência absoluta da insulina, e o Tipo 2 é caracterizado por resistência à insulina e deficiência relativa à insulina, tendo como fatores de risco a idade avançada, obesidade, história familiar de diabetes, entre outros.

    Entre os sintomas que mais aparecem podemos destacar a hiperglicemia, sede excessiva, micção freqüente e perda de peso.

    Complicações crônicas como nefropatias podem ocorrer, podendo ocasionar insuficiência renal; outra complicação é retinopatia, com possibilidade de cegueira; a neuropatia com risco de úlceras nos pés podendo levar a amputações.

Metodologia

    Foi realizada uma pesquisa transversal com coleta de dados primários caracterizando-se em uma pesquisa quantitativa. A amostra foi consecutiva, com indivíduos de ambos os gêneros com faixa etária entre 40-80 anos de idade sendo estes usuários da Unidade Básica de Saúde na cidade de Santa Maria - RS. Os dados foram coletados no mês de novembro de 2008 por meio de um questionário não validado, elaborado pelas próprias pesquisadoras. O critério de inclusão para o estudo foi a aceitação em participar da pesquisa que possui aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da UNIFRA sob número 255.2007/2. Os critérios estatísticos utilizados foram média, percentual dos dados.

Resultados e discussão

    Participaram deste estudo doze pessoas com diabetes, sendo que destes prevaleceu o gênero feminino com número de nove e do gênero masculino com três.

Perguntas

Sim

Não

Consome frutas

12

0

Usa adoçante

10

2

Usa açúcar

1

11

Come doce

8

4

Come pão branco

10

2

Come pão integral

4

8

Usa refrigerante diet

4

8

Usa refrigerante normal

3

9

Usa insulina

2

10

    Foi detectada uma prevalência de pacientes diabéticos Tipo 2, pois dez pessoas não usavam insulina e apenas duas pessoas faziam uso de insulina.

    Quanto ao uso de adoçantes dez pessoas usavam e duas pessoas relataram não usar adoçantes, sendo que uma delas fazia uso do açúcar e a outra não usava nada. Segundo Castro e Franco, 2002 o adoçante torna-se importante no plano dietético porque proporciona ao paciente um sabor doce, semelhante ao açúcar, sem acréscimo de calorias e para os diabéticos esses adoçantes tornam-se uma boa opção de consumo em substituição à sacarose.

    Em relação à ingestão de pão, dez pessoas referiram comer pão branco, duas comiam intercalado o branco e o integral e apenas duas comiam somente o integral. Segundo Silva e Mello, 2006 o controle da quantidade consumida de pães de farinha branca processada e produtos de padaria e a escolha por pães de centeio, cevada ou aveia também auxiliam na redução do Índice Glicêmico da dieta.

    Foi questionada a ingestão de doces, oito pessoas relataram comer e quatro não consomem, entre estas predominou uma a duas vezes na semana (5), duas a três vezes na semana (2) e quatro a cinco vezes (1), acarretando uma preocupação.

    Já o consumo de frutas que é essencial ao organismo, todos entrevistados relataram consumir, porém as quantidades variaram muito, duas frutas ao dia (6 pessoas), três frutas (1), uma fruta (2), 4 frutas (2) e mais de cinco frutas (1).

    Tanto a literatura clínica quanto a epidemiológica ressalta o uso da dieta e do exercício físico regular como medidas essenciais para o controle da glicemia e prevenção de complicações, mas podemos verificar em nosso estudo que os pacientes diabéticos não cuidavam corretamente da alimentação e quanto ao exercício físico não foi questionado nesta pesquisa.

Conclusão

    Pode-se concluir que há a dificuldade de adesão a tratamentos que impliquem mudanças de comportamento alimentar e falta de conscientização que este comportamento errado pode acarretar em prejuízos maiores a saúde.

Referências bibliográficas

  • ARAÚJO, Rejane. Avaliação do cuidado prestado a pacientes diabéticos em nível primário. Rev. Saúde Pública, v.33 n.1 São Paulo, 1999.

  • CASTRO, Adriana; FRANCO, Laércio. Caracterização do Consumo de Adoçantes Alternativos e Produtos Dietéticos por Indivíduos Diabéticos. Arq Bras Endocrinol Metab. v.46 no.3 São Paulo, 2002.

  • DUARTE, Cláudio Antonio et al. Síndrome Matabólica: Semiologia, bioquímica e prescrição nutricional. Axel. Rio de janeiro: 2005.

  • MAHAN, Kathleen; STUMP, Sylvia Scott. Krause alimentos, nutrição e dietoterapia. 10° ed. Roca. São Paulo: 2002.

  • PERES, Denise Siqueira; FRANCO, Laércio Joel; SANTOS, Manoel Antônio dos. Comportamento alimentar em mulheres portadoras de diabetes tipo 2. Rev. Saúde Pública, v.40 n.2 São Paulo, 2006

  • SILVA, Flávia Moraes; MELLO, Vanessa D. Ferreira. Índice Glicêmico e Carga Glicêmica no manejo do Diabetes Melito. Revista HCPA, 2006.

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