Índice de massa corporal e relação perímetro da cinta /perímetro da anca em estudantes da Universidade Fernando Pessoa – Porto, Portugal |
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*Professora Auxiliar. Doutorada em Ciências da Nutrição Licenciada em Desporto e Educação Física **Estudantes do curso de Reabilitação Psicomotora Universidade Fernando Pessoa Faculdade de Ciências da Saúde, Porto |
Maria Raquel Gonçalves e Silva* Dina Carvalho** Filipa Silva** Mariana Rodrigues** (Portugal) |
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Resumo A antropometria fornece-nos uma ferramenta que quantifica objectivamente o tamanho, a forma e a composição corporal, e consequentemente para a nossa consciência corporal. As medidas do perímetro da anca e do perímetro da cinta e sua respectiva relação tornam-se importantes na avaliação antropométrica dos indivíduos adultos, tal como o peso e a estatura e sua relação, a partir do cálculo do índice de massa corporal. O objectivo geral deste trabalho foi realizar a avaliação antropométrica dos alunos do curso de Reabilitação Psicomotora e de Enfermagem da Universidade Fernando Pessoa, no pólo de Ponte de Lima, em Portugal. O IMC dos estudantes da UFP dos cursos de Reabilitação Psicomotora e de Enfermagem 2ºano estavam dentro dos valores normais. Apesar do resultado do PC e PA serem mais elevados nos alunos de RPM, a relação PA/PC obteve um valor médio superior nos alunos de Enfermagem. Unitermos: Antropometria. Composição corporal. Perímetro da cinta. Perímetro da anca. |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - Nº 129 - Febrero de 2009 |
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Introdução
A escolha deste tema incidiu no facto de as proporções corporais serem uma área de grande interesse, devido ao facto da aparência ter uma forte importância na actualidade, e também, porque a relação entre o perímetro da cinta, perímetro da anca é um indicador do estado de saúde do indivíduo.
O objectivo geral deste trabalho foi realizar a avaliação antropométrica dos alunos do curso de Reabilitação Psicomotora e de Enfermagem da Universidade Fernando Pessoa, no pólo de Ponte de Lima, em Portugal.
Metodologia
A amostra foi constituída por 39 alunos, 33 do sexo feminino e 6 do sexo masculino.
O peso foi avaliado através de uma balança digital e registado, após cada participante ter subido lentamente para a plataforma em posição antropométrica (Silva, 2007; Ulijaszek & Mascie-Taylor, 2003).
A estatura foi medida através do estadiómetro. O avaliado colocava-se em posição antropométrica, onde as costas, a cabeça, as nádegas, as pernas e os calcanhares estavam encostados à parede.
Para a medição dos perímetros da cinta e da anca utilizou-se uma fita métrica de fibra flexível e inextensível com uma escala em milímetros.
Aplicou-se a fita horizontalmente e com firmeza no ponto médio entre os pontos antropométricos (Malina et al, 2004).
A partir do peso e da estatura calculou-se o índice de massa corporal - IMC (kg/m2)= P / Est2.
A partir da avaliação do perímetro da anca e da cinta, calculou-se a relação entre eles (PA/PC).
Resultados
Quadro 1. Caracterização da amostra
Variáveis |
Idade (anos) |
Peso (Kg) |
Estatura (m) |
Perímetro anca (cm) |
Perímetro cinta (cm) |
PA/PC |
IMC (Kg/m2) |
Média (dp) |
20,8 (2,6) |
60,9 (11,9) |
1,7 (0,1) |
92,5 (9,3) |
74,2 (9,8) |
1,3 (0,1) |
21,6 (3,1) |
Mín |
19 |
46,9 |
1,5 |
63 |
57 |
0,7 |
16,2 |
Máx |
31,0 |
89,5 |
1,9 |
111 |
98 |
1,5 |
30,4 |
Quadro 2. Caracterização dos estudantes de Reabilitação Psicomotora
Variáveis |
Idade (anos) |
Peso (Kg) |
Estatura (m) |
Perímetro anca (cm) |
Perímetro cinta (cm) |
PA/PC |
IMC (Kg/m2) |
Média (dp) |
20,7 (2,6) |
64,1 (11,1) |
1,6 (0,1) |
96,2 (12,0) |
86,3 (10,3) |
1,1 (0,2) |
23,9 (4,3) |
Mín |
18 |
45 |
1,5 |
67 |
70 |
0,7 |
17,6 |
Máx |
27,0 |
87,7 |
1,8 |
121 |
102 |
1,3 |
33,8 |
Quadro 3. Caracterização dos estudantes de Enfermagem
Variáveis |
Idade (anos) |
Peso (Kg) |
Estatura (m) |
Perímetro anca(cm) |
Perímetro cinta (cm) |
PA/PC |
IMC (Kg/m2) |
Média (dp) |
20,8 (2,6) |
62 (11,6) |
1,7 (0,1) |
93,8 (10,3) |
78,6 (11,5) |
1,2 (0,2) |
22,4 (3,7) |
Mín |
18 |
45 |
1,5 |
63 |
57 |
0,7 |
16,2 |
Máx |
31,0 |
89,5 |
1,9 |
121 |
102 |
1,5 |
33,8 |
Discussão dos resultados
Podemos afirmar que com os resultados conseguidos na população estudada em idades muito semelhantes os seus pesos e estaturas não variam muito, por estarem sensivelmente dentro do mesmo grau de maturidade (Heyward & Stolarczyk, 1996; Lohman, 1992).
É na amostra dos estudantes de RPM que verificamos maior P.A e P.C, através do cálculo do máximo.
Apesar do resultado do P.C e P.A serem mais elevados nos alunos de RPM a relação P.A/P.C tem um valor médio maior nos alunos de enfermagem.
A média do IMC é superior aproximadamente dois valores nos alunos de RPM.
Os IMC dos estudantes da UFP dos cursos de RPM e Enfermagem 2ºano estão dentro dos valores normais como podemos comprovar com os dados recolhidos da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Norton & Olds, 2005 – Quadro 4).
Quadro 4. Categorias de IMC (adaptado de Norton & Olds, 2005)
Categoria |
IMC |
Peso
Saudável equivale |
Abaixo do peso |
Abaixo de 18,5 |
|
Peso normal |
18,5 - 24,9 |
|
Sobrepeso |
25,0 - 29,9 |
|
Obesidade Grau I |
30,0 - 34,9 |
|
Obesidade Grau II |
35,0 - 39,9 |
|
Obesidade Grau III |
40,0 e acima |
Conclusões
Os valores de IMC dos estudantes da UFP dos cursos de RPM e Enfermagem 2ºano estavam dentro dos valores normais.
Apesar do resultado do PC e PA serem mais elevados nos alunos de RPM, a relação PA/PC obteve um valor médio superior nos alunos de Enfermagem.
Cada pessoa é uma unidade singular e que apesar das relações estabelecidas são seres incomparáveis.
Referências bibliográficas
Heyward VH, Stolarczyk LM (1996). Applied body composition assessment. Human Kinetics. Champaign IL.
Lohman TG (1992). Advances in body composition assessment. Human Kinetics. Champaign, IL.
Malina RM, Bouchard C, Bar-Or (2004). Growth, maturation, and physical activity. 2nd edition. Human Kinetics. Champaign, IL.
Norton K, Olds T (2005). Antropométrica. ARTMED. Porto Alegre.
Silva, M.R.G. (2007). “Avaliação nutricional e avaliação corporal”. Edições Fernando Pessoa. Porto
Ulijaszek SJ, Mascie-Taylor CGN (2003). Anthropometry: the individual and the population. Cambridge University Press. Cambridge.
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digital · Año 13 · N° 129 | Buenos Aires,
Febrero de 2009 |