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Características somáticas e motoras de jovens 

praticantes de basquetebol: estudo longitudinal

 

Docente da Universidade Estadual Paulista – UNESP

Faculdade de Ciência e Tecnologia – Presidente Prudente, SP

Faculdade de Educação Física. Técnico de Atletismo desde 1982

Preparador Físico da Equipe de Basquetebol Masculina da

FUNADA/UNIMED/SEMEPP (Bi-campeã paulista da Divisão A2)

Dino de Aguiar Cintra Filho

dino_atletismo@yahoo.com.br

(Brasil)

 

 

 

Resumo

          O jogo de basquetebol exige grande capacidade física dos atletas participantes e para isso os mesmos devem realizar sessões exaustivas de treinamento, visando atingir os níveis necessários para a competição. Competições envolvendo categorias menores são bastante comuns e refletem uma situação de realização por parte dos participantes, pais e técnicos. No entanto nesse período de vida, mudanças dramáticas estão ocorrendo, associadas ao estado de maturação biológica, como tamanho, constituição física, composição corporal, força e desempenho motor, podendo, portanto interferir no sucesso futuro dos atletas. O propósito deste estudo foi analisar a evolução de algumas características somáticas e motoras de jovens praticantes de basquetebol ao longo dos anos, comparando-as com os valores padrões populacionais, na tentativa de entender os efeitos causados pelo treinamento especializado na aquisição e melhoria da performance motora.No período de 3 anos, 10 jovens (idade média de 14 anos no início e 16 anos no final) praticantes de basquetebol foram acompanhados e avaliados em variáveis somáticas (estatura e massa corporal) e motoras (velocidade, agilidade, resistência aeróbia, força e flexibilidade). Houve acréscimos significativos nas variáveis somáticas estudas ao longo do crescimento dos atletas. Em relação as variáveis motoras analisadas foram encontradas diferenças significativas nos valores médios da velocidade e força, o mesmo não acontecendo com a flexibilidade e agilidade. Foi possível também constatar que os praticantes de basquetebol apresentaram valores nos testes motores sempre bastante superiores em relação a população referencial.

          Unitermos: Basquetebol. Aptidão motora. Treinamento.

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - Nº 129 - Febrero de 2009

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Introdução

    O jogo de basquetebol requer uma série de capacidades físicas, técnicas, mentais e táticas. A capacidade física exerce efeitos marcantes no nível de habilidade dos jogadores e também na tática da equipe porque o jogo de basquetebol demanda a repetição máxima de movimentos como as corridas e os saltos. Portanto, os jogadores devem ter a habilidade para executar movimentos rápidos e potentes, e capacidades aeróbia e anaeróbia para que possam realizar manobras ofensivas e defensivas prolongadas. Tais habilidades são importantes para que o jogador possa realizar uma boa performance e vencer a partida.

Garotos da equipe de basquetebol participantes do estudo

    Competições envolvendo categorias menores são bastante comuns e refletem uma situação de realização por parte dos participantes, pais e técnicos. No entanto nesse período de vida, mudanças dramáticas estão ocorrendo, associadas ao estado de maturação biológica, como tamanho, constituição física, composição corporal, força e desempenho motor, podendo, portanto interferir no sucesso futuro dos atletas.

    Tem-se considerado que em pessoas já adultas as alterações que eventualmente possam ocorrer se caracterizam como uma resposta ao processo de adaptação ao estresse imposto pelo esforço físico. Entretanto, em se tratando de crianças e adolescentes, as modificações que presumidamente ocorrem até que se atinja o estágio de maturidade, podem ser tão grandes ou maiores do que as próprias adaptações resultantes de um programa de atividade física.

    Devido ao fato do estado de crescimento e maturação exercer um impacto importante na performance de diversos esportes e no processo de seleção, um número considerável de pesquisas tem sido conduzidas no intuito de examinar o crescimento e a maturação de jovens atletas (Buenen & Malina, 1996; Malina, 1994, 2002; Malina & Buenen, 1996)

    A maioria dos estudos sobre o tamanho corporal de atletas de esportes coletivos estão focados no basquetebol, futebol Americano, hockey sobre o gelo e futebol. No basquetebol e futebol Americano, os atletas do sexo masculino tendem a ser, em media, mais altos e mais pesados que os dados de referência para as idades de 11 a 15 anos (Malina, 1994, 2002). Portanto jogadores mais altos e mais pesados são selecionados na participação do basquetebol e futebol Americano. Jovens atletas praticantes de hochey e de futebol tendem a aproximar-se dos valores médios de referência nacional durante a infância o início da adolescência (Malina, 1994, 2002). Após os 15 anos de idade, a estatura dos jogadores de hockey e futebol tendem a estar abaixo dos valores médios de referência nacional. Os jogadores de hockey e futebol de elite mais velhos são geralmente mais maduros. Os estudos com o hockey e o futebol indicam que o tamanho corporal e a maturação exercem um papel diferente através dos grupos de idade. O tamanho corporal pode tornar-se mais importante na seleção de jogadores mais velhos para uma competição futura.

    Surpreendentemente poucos estudos examinam as características motoras de jovens praticantes de esporte de elite.

    O propósito deste estudo foi analisar a evolução de algumas características somáticas e motoras de jovens praticantes de basquetebol ao longo dos anos, comparando-as com os valores padrões populacionais na tentativa de entender os efeitos causados pelo treinamento especializado na aquisição e melhoria da performance motora.

Metodologia

    A amostra foi constituída por 10 jovens atletas de basquetebol, do sexo masculino, da equipe da Secretaria Municipal de Esportes de Presidente Prudente, que foram acompanhados longitudinalmente durante três anos.

    No início do estudo, os atletas apresentaram idade média de 14 anos e ao final 16 anos. Os mesmos foram submetidos a treinamento de cerca de 15 horas semanais, sendo ele composto por sessões de preparação física, preparação técnica e preparação tática, de acordo com a programação previamente elaborada por este pesquisador e pelo técnico da equipe.

    Durante o período de estudos os atletas eram preparados para participarem de competições promovidas pelas Federação Paulista de Basquetebol.

    As variáveis mensuradas antes do início de cada temporada de treinamento foram: Estatura (mts); Massa Corporal Total (Kg); Índice de Massa Corporal (IMC); Velocidade (seg) por meio do teste de 50 metros; Agilidade (seg) pelo teste de Shuttle-Run; Resistência Aeróbia (mts) através do teste de 12 minutos e Potência de Membros Inferiores, pelos testes de Impulsão Vertical (cm) e Impulsão Horizontal (cm), seguindo os critérios proposto por Matsudo (1987)

    Para comparação dos dados obtidos junto aos atletas com os valores referenciais nacionais foi utilizado o estudo de Guedes (1997) realizado com escolares do município de Londrina (PR) e para a verificação do estado de crescimento foi utilizado as curvas de crescimento desenvolvida por Marcondes (1985)

Resultados e discussão

    A tabela 1 apresenta os resultados médios, desvio padrão, diferença absoluta em relação à coleta anterior e diferença em relação aos valores médios de referencias nacional, das variáveis somáticas dos praticantes de basquetebol.

Tabela 1. Resultados médios e desvio padrão de variáveis somáticas de jovens

praticantes de basquetebol ao longo do período de três anos de treinamentos.

Variável | Idade

14

15

16

Estatura (mts)

1,77 ±13,15

1,80 ±12,17*

1,82 ±11,81*

Aumento (mts)

+0,3 +0,2

Em relação a média (mts)

+0,18

+0,15

+0,14

Massa Corporal (Kg)

65,19 ±13,01

67,87 ±11,86*

73,29 ±12,27*

Aumento (Kg)

+2,68 +5,42

Em relação a média (Kg)

+17,1

+15,81

+17,14

IMC (Kg/mt2)

20,80

20,94

22,12

Aumento (Kg)

+0,14 +1,17

Em relação a média (Kg)

+1,4

+0,75

+1,7

    Em relação às variáveis somáticas, os dados demonstram claramente a existência de diferenças significativas (massa corporal e estatura) ao longo do crescimento dos jovens atletas, não acontecendo diferenças significativas no IMC. No entanto não é possível atribuir essa diferença apenas em função dos estímulos do treinamento, uma vez que outros fatores influentes que também podem agir no crescimento como, por exemplo, o nutricional, o endócrino, ou até mesmo os ambientais não foram controlados no presente estudo.

    Os resultados obtidos junto aos praticantes de basquetebol apresentaram-se desde a primeira avaliação valores bastante superiores em peso e estatura em relação aos valores referenciais nacionais (Percentil 97,5 com 14 e 15 anos e percentil 90 aos 16 anos na variável estatura e, percentil 90 em todas as faixas etárias estudadas na variável massa corporal total).

    Dessa forma, os dados encontrados para as medidas somáticas (peso e estatura), apontam os praticantes de basquetebol como mais altos e pesados do que a média populacional para a mesma faixa etária. Esses achados vêm de encontro à tese de Malina (2002) de que os jogadores mais altos e mais pesados são selecionados na participação do basquetebol. French (1995), estudando as características antropométricas de jovens praticantes de beisebol do sexo masculino dos 11 aos 13 anos de idade, verificou que os mesmos encontram-se ligeiramente abaixo do percentil 90 nas variáveis massa corporal e estatura, tendo sido classificados como mais altos e mais pesados em relação às amostras de referência nacional.

    Em relação às variáveis motoras, apresentadas na tabela 2, foram encontradas diferenças significativas nos valores médios em todas as coletas realizadas ao longo do estudo nos testes de velocidade e de impulsão horizontal.

    Wilmore & Costill (1999) relatam que a habilidade motora de meninos e meninas geralmente aumenta com a idade nos primeiros 17 anos, embora as meninas tendem a atingir um platô na idade da puberdade para muitos dos testes. De acordo com os autores esses aumentos na performance resultam primariamente do desenvolvimento do sistema neuromuscular e endócrino e secundariamente do aumento da atividade física da criança. Considerando que a velocidade de locomoção e a impulsão vertical dependem em grande medida da força e dos parâmetros de desempenho coordenativos, isso pode explicar a evolução dessas variáveis nos praticantes de basquetebol.

    Foi observada também a existência de diferenças significativas dos 14 para os 15 anos na variável impulsão vertical e dos 15 para os 16 anos na variável resistência aeróbia.

    O propósito das adaptações básicas pulmonares e cardiovasculares ocorridas em resposta aos vários níveis de exercício (taxa de trabalho) é para acomodar as necessidades de oxigênio do músculo exercitado. Portanto, os aumentos das funções pulmonares e cardiovasculares que acompanham o crescimento sugerem que a capacidade aeróbia (VO2max) aumenta similarmente. Os estudos relatados na revisão de literatura do presente estudo apontam melhorias na capacidade aeróbia de crianças e adolescentes, quando submetidos a um programa de treinamento específico. Portanto é possível concluir que os aumentos obtidos nessa variável junto aos praticantes de basquetebol muito provavelmente ocorreram em virtude das adaptações advindas do programa de treinamento.

    Não foram evidenciadas diferenças significativas em nenhum momento do estudo nas variáveis agilidade e flexibilidade, embora tenham sido bastante trabalhadas durante o desenvolvimento do programa de treinamento.

    Weineck (1986) explica que o desenvolvimento da flexibilidade nessa idade revela tendências contraditórias, ou seja, enquanto a capacidade de flexibilidade em algumas articulações do corpo continua a crescer, em outras acaba acontecendo uma redução. Segundo o mesmo autor (1991), o forte aumento de altura e peso, que às vezes leva a uma piora acentuada das proporções peso-força, causa geralmente uma diminuição da capacidade coordenativa, o que pode explicar a redução da agilidade ao longo do crescimento, dos atletas utilizados na amostra do presente estudo.

    Os dados referentes às variáveis flexibilidade e agilidade, obtidos ao longo do estudo, demonstram claramente a pequena contribuição do treinamento específico no desenvolvimento da performance nessas variáveis, podendo também ter havido a contribuição de fatores somáticos ou maturacionais, não analisados neste estudo, como um dos fatores que interferiram na não existência de diferenças significativas nessas variáveis ao longo do crescimento.

    É possível constatar também que, em relação a média populacional, os dados apresentados pelos atletas do basquetebol, estão sempre bastante superiores na maioria das variáveis estudadas, com exceção da agilidade e da flexibilidade.

    De acordo com Bergamo (2004), estudos demonstram que pouca melhora ocorre após a maturação na agilidade e o treinamento pouca influência produz, justificando haver uma maior participação do fenômeno crescimento do que do fenômeno treinamento. Já a variável força (impulsão vertical e horizontal) apresenta um processo de maturação mais atrasado, influindo diretamente no comportamento dos jovens atletas com o passar do anos.

    É possível constatar crescente diferença em relação a população de referencia na variável impulsão vertical, ou seja, não só os resultados dessa variável aumentam ao longo do crescimento nos atletas do basquetebol, assim como também aumenta a diferença entre esses atletas e a população referencial conforme aumenta a idade.

    Esses achados comprovam a grande influencia do treinamento específico na melhoria da impulsão vertical dos jovens atletas, sendo que esse aumento pode ser justificado não somente em função do aumento da força e potência muscular, como também na melhoria da coordenação e técnica para realizar esse movimento.

    Petko e Hunter (1997) descreveram aumento importante na impulsão vertical (8 a 12%) em atletas iniciantes, sendo que ao se tornarem experientes, os ganhos com o treinamento são menores.

    Estudo realizado por Bergamo (2004) observou que os valores de correlação para jovens atletas nas variáveis estatura, massa corporal, velocidade e potência anaeróbia tenderam a se estabilizar na transição da infância para a adolescência, ao passo que a agilidade, potência muscular e potência aeróbia apresentaram estabilidade no período da adolescência.

    Para Oliveira e Araújo (1990) a força muscular possui longo período de quase estabilidade. Com a proximidade do período pubertário, inicia-se o seu desenvolvimento, que se estende durante toda essa fase e atinge a sua maturação com o estado adulto.

    De acordo com Barbanti (1989) entre os 10 e 16 anos há um crescimento do nível de força de salto entre os rapazes. Não há em nenhum momento o retrocesso do desenvolvimento dessa capacidade. O desenvolvimento de outras manifestações da força motora apresenta semelhança com a conclusão anterior sobre a força de salto, tornando claro que não se pode falar de uma diminuição de rendimento antes dos 16 anos.

    Marques (2005) analisou os efeitos de um programa de condicionamento físico nos testes de squat jump (SJ) e contra movimento jump (CMJ) em praticantes de basquetebol na faixa etária entre 10 e 13 anos do sexo masculino. Os resultados apontaram aumentos de 9% e 11,4% no SJ e CMJ respectivamente, tendo o autor atribuído as adaptações neurais como o fator fundamentalmente determinante para a melhoria da capacidade de salto.

    Neto e colaboradores (2006) estudando os efeitos do treinamento sobre o consumo de oxigênio e salto vertical de em jovens do sexo feminino na faixa etária entre 14 e 15 anos, praticantes de voleibol, verificou crescentes aumentos significativos no salto vertical ao longo do programa, o mesmo não ocorrendo com o consumo de oxigênio. O autor atribuiu os ganhos no salto vertical ao programa de treinamento e justificou a pequena melhoria no consumo de oxigênio à falta de experiência das atletas para a realização do teste.

    Em nosso estudo os dados referentes a essas variáveis citadas corroboram aqueles obtidos por Neto e colaboradores (2006).

Tabela 2. Resultados médios e desvio padrão das variáveis motoras de jovens

praticantes de basquetebol ao longo do período de três anos de treinamentos.

Variável | Idade

14

15

16

Velocidade (seg)

7,19 ±0,47

6,85 ±0,56*

6,71 ±0,43*

Aumento (seg)

-0,34 -0,14

Em relação a média (seg)

-0,73

-0,84

- 0,63

 

Agilidade (seg)

9,80 ±0,63

9,88 ±0,64

9,91 ±0,38

Aumento (seg)

+0,08 +0,02

Em relação a média (seg)

-0,3

-0,02

+0,01

Flexibilidade (cm)

27,80 ±6,99

29,75 ±7,63

30,00 ±7,24

Aumento (cm)

+1,95 +0,25

Em relação a média (cm)

+1,45

+2,00

+0,71

 

Resistência (mts)

2373 ±151,37

2410 ±211,34

2682 ±175,42*

Aumento (mts)

+37,00 +272,00

Em relação a média (mts)

+64,32

+25,12

+184,56

 

I.Horizontal (mts)

2,38 ±0,21

2,53 ±0,24*

2,68 ±0,23*

 

Aumento (mts)

+0,15 +0,15

 

Em relação a média (mts)

+0,58

+0,64

+0,58

 

I. Vertical (cm)

52,00 ±6,13

58,80 ±8,24*

61,10 ±6,95

 

Aumento (cm)

+6,80 +2,30

 

Em relação a média (cm)

+13,63 +16,27 +17,57

 

*p<0,05

Conclusão

    Houve incrementos na estatura e peso corporal dos jovens praticantes de basquetebol durante o período do estudo, entretanto os dados não podem ser atribuídos ao programa de treinamento, uma vez que os jovens praticantes apresentaram-se sempre mais altos e mais pesados em relação aos valores de referência. A literatura sobre o tema relata que o treinamento tem pouco efeito sobre o crescimento da massa corporal e nenhum efeito sobre a estatura.

    A literatura aponta também que as equipes com jogadores mais altos e cronologicamente mais velhos levam vantagem em jogos e competições envolvendo crianças e jovens.

    Embora ocorressem diferenças significativas ao longo do crescimento nos testes de velocidade e de impulsão horizontal, não é possível atribuir com certeza ao treinamento realizado durante esse período, uma vez que houve também um crescimento significativo das variáveis somáticas. No entanto, os achados da literatura sobre o tema apontam significativa influência do treinamento, especialmente nas variáveis relacionadas à força muscular, na performance motora de crianças e jovens praticantes de treinamento especializado.

    Embora os achados deste estudo destaquem a contribuição dos fatores biológicos na performance precoce de uma equipe ou de um indivíduo na modalidade de basquetebol, professores e treinadores devem ser cautelosos na utilização do tamanho corporal e da idade cronológica como fatores primários na seleção de jovens jogadores. A motivação para a prática e para a melhoria da performance ao longo do período de crescimento é provavelmente mais importante para o desenvolvimento das habilidades do que desenvolve-las precocemente, talvez obter uma vantagem temporária que uma pequena diferença no tamanho corporal e maturação fornece durante a participação precoce. A vantagem individual recebida durante a maturação precoce pode ser uma desvantagem no futuro. Os indivíduos que maturam precocemente tendem a atingir o pico de crescimento estatural em idades prematuras e tendem a ser, em média, mais baixos quando adultos (Haywood & Getchell, 2001; Payne & Isaacs, 2005). Se um tamanho corporal superior é uma vantagem significante em relação à performance no basquetebol na fase adulta, os indivíduos que se maturam tardiamente provavelmente ultrapassarão os que maturam precocemente obtendo uma vantagem biológica na idade adulta.

    São necessárias mais pesquisas para determinar os processos e critérios que os treinadores utilizam na seleção de jogadores de basquetebol para a competição durante a transição nas categorias menores para as competições mais avançadas durante a juventude, e a transição das competições do período da juventude para as competições adultas.

Referências bibliográficas

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  • Oliveira ACC, Araújo CGS. (1990). Avaliação da idade biológica e sua aplicabilidade na educação física. In: Fundamentos biológicos medicina desportiva. Coord. Araújo CGS. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico.

  • Payne, G. V., Isaacs, L. D. (2005). Human motor development: A lifespan approach. New York: McGraw Hill.

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