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A preparação psicológica no esporte de alto nível. 

Sua importância no desempenho competitivo 

de lutadores de Mixed Marcial Arts (MMA)

 

* Mestre em Educação Física pela Universidade de São Paulo (USP)

Docente da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)

*Bacharel em Educação Física pela

Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)

(Brasil)

Raul Alves Ferreira Filho*

raulfilho@mackenzie.br

Conrado Maccariello**

conrado_maccariello@yahoo.com.br

 

 

 

Resumo

          O MMA (Mixed Marcial Arts) é uma modalidade de luta relativamente nova que envolve vários tipos de artes marciais e lutas, devido a essa complexidade o lutador necessita de várias preparações, inclusive a psicológica. Por esses fatores o principal objetivo deste estudo foi verificar como o trabalho psicológico pode influenciar no desempenho competitivo dos lutadores de MMA, identificando o quanto a preparação psicológica está relacionada com o resultado da luta. Na tentativa desse objetivo participaram do estudo 20 atletas de MMA do Estado de São Paulo, do sexo masculino na faixa etária de 21 a 35 anos e que já tiveram participação em alguma competição de MMA. Os dados foram coletados através da utilização de um questionário contendo 5 questões fechadas verificando a importância atribuída à preparação psicológica. Pôde ser constatado que os lutadores de MMA com idade mais elevada praticam com maior intensidade a preparação psicológica em relação aos mais jovens e obtiveram maior número de vitórias. Ficou evidenciado que apenas a preparação psicológica não leva o lutador a obter exclusivamente vitórias, mas essa preparação juntamente com as preparações físicas, técnicas e táticas leva a obtenção considerável de êxitos em competições. São poucos os estudos que abordam a importância do preparo emocional em especifico de atleta de MMA, prejudicando assim uma análise mais detalhada da preparação psicológica com o desempenho de alto nível na modalidade.

          Unitermos: MMA. Preparação psicológica. Desempenho de alto nível.

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - Nº 129 - Febrero de 2009

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1.     Introdução

Raul Alves Ferreira Filho    Os termos esporte de combate e arte marcial, muitas vezes, são usados como sinônimos, mas parece não o ser. Não se encontrou na literatura uma definição e diferenciação clara para eles, sendo um tema bastante polêmico, gerador de muita discussão e confusão, pois são conceitos e fenômenos que se desenvolveram em situações culturais e históricas diferentes.

    Pode ser que seja mais fácil entender o esporte de combate quando se observa uma luta de boxe inglesa ou tailandesa, mas encontra-se dificuldade em definir arte marcial quando referimo-nos, por exemplo, ao Judô Olímpico. Dependendo assim, da cultura que arte marcial está inserida, seus significados psicológicos podem ser alterados.

    O Mixed Marcial Arts (MMA) é uma modalidade de luta cujo próprio nome já transmite sua complexidade, pois é uma mistura de artes marciais, assim o praticante necessita possuir um amplo conhecimento em artes marciais e/ou diferentes modalidades de combate como, por exemplo,: boxe, judô, muay thai, karate, jiu-jitsu e Werstling a fim de ampliar seu repertório motor, aumentando seu acervo de golpes e tornando-se um profissional mais completo.

    O atleta de MMA se depara com variadas situações no momento da luta, pois cada adversário possui uma especialidade ou adota uma estratégia de luta diferente, portanto um bom profissional tem que estar sempre muito bem preparado fisicamente, tecnicamente, taticamente e psicologicamente, para suprir qualquer tipo de necessidade.

    A prática do MMA encanta o público, pois a versatilidade que os atletas apresentam, utilizando a mistura de diversas técnicas de diferentes modalidades de luta para conseguirem surpreender seus adversários e conquistar a vitória torna o combate imprevisível e estimulante para o espectador.

    Devido essa diversidade de praticantes oriundos de modalidades diferentes, as características físicas nem sempre são semelhantes, deixando o combate ainda mais emocionante, pois nem sempre o maior fisicamente sagra-se vencedor, surpreendendo principalmente o público leigo, que se impressiona com o aspecto físico, considerando-o prioritário para se chegar à vitória.

    A luta de MMA é uma caixinha de surpresas, devido a resultados que teoricamente são considerados “zebra”, ou seja, nem sempre o favorito ganha, tudo devido à grande quantidade de fatores que podem interferir em um resultado, como a preparação física, técnica, tática e principalmente psicológica, pois é através dessa que o atleta pode reverter uma situação desfavorável quando se encontra em desvantagem física, técnica e tática.

    Autores como Jones e Hardy (1990) e Rotella e Lerner (1993) apud RUBIO (2000) ressaltam a importância de se conhecer os efeitos dos aspectos psicológicos envolvidos em atividades esportivas e chegam a afirmar que, em várias ocasiões, a capacidade de lidar com diferentes aspectos psicológicos envolvidos em uma competição é que pode determinar a diferença entre o atleta vencedor e o perdedor ou entre o atleta verdadeiramente talentoso e o comum.

    Portanto, é sobre a preparação psicológica a abordagem desse trabalho, devido sua contribuição para o rendimento do atleta de MMA, mas que ainda não é inserido nos programas de treinamentos em níveis adequados à sua importância, sendo considerado um treinamento secundário ou complementar, e não fundamental.

    Muitas vezes o lutador de MMA quando entra na área de combate se depara com um atleta mais alto, mais hipertrofiado, com um cartel maior de lutas, conseqüentemente mais experiente, com a torcida contra, tendo vários fatores que podem interferir de forma decisiva no seu desempenho. Todos esses fatores podem interferir profundamente no emocional do atleta, que prioritariamente precisa ter confiança em seu potencial independente do adversário e do contexto da luta, pois sem isso antes mesmo de iniciar a luta ele “perde” para seu inconsciente, ou melhor, para si mesmo, ficando ainda mais clara a importância da preparação psicológica.

    Segundo BOMPA (2002), o treinamento psicológico é de grande importância, pois melhora a autoconfiança dos atletas fazendo com que adquiram um melhor desempenho físico.

    O atleta estando bem preparado psicologicamente consegue absorver com mais facilidade os momentos adversos da luta como machucados, dores, desvantagem numérica de pontos, e pode reverter essa situação a seu favor. Ele tendo esse controle consegue agüentar a pressão, elaborar uma estratégia e aguardar o momento favorável de aplicar o golpe que pode ser decisivo para decidir o combate.

    O atleta que possui autoconfiança obtém uma forte “arma” a seu favor, pois lutará de igual para igual, independente do adversário. Sendo assim esse trabalho teve como objetivo central, verificar o quanto a preparação psicológica pode influenciar no desempenho competitivo dos atletas de MMA

2.     Revisão de literatura

2.1.     Origem das lutas

    A origem das lutas e das artes marciais é uma incógnita devido aos poucos registros documentados, pois os mestres passavam seus conhecimentos de forma oral. Portanto as referências divergem em suas histórias sobre uma mesma arte marcial, dificultando uma informação precisa da origem de cada modalidade (FUNACOSHI, 2000).

    Desde a época dos gladiadores romanos já existia o uso de técnicas de lutas a dois, e os primeiros indícios de formas organizadas de combate foram encontrados na China e na Índia (REID e CROUCHER, 2000 apud FERREIRA, 2001).

    O MMA é uma modalidade de luta cujos atletas em combate, embora demonstrem preferências, nem sempre seguem um único estilo de arte marcial. Entre as diferentes modalidades de lutas podemos citar as principais e mais utilizadas pelos praticantes:

    O Jiu-Jitsu surgiu no Japão onde foi criado pelos Samurais que tinham como principal objetivo de vida defender o amo e senhor com sua própria vida (DELIBERADOR, 1996). Conhecido como a “arte suave” há relatos de que o jiu-jitsu era praticado por monges budistas que preocupados com a autodefesa desenvolveram essa técnica baseada nos princípios do equilíbrio, sistema de articulação do corpo e alavancas, evitando o uso de força e armas (GREICE, 2007).

    No jiu-jitsu são válidos os golpes que procuram neutralizar, imobilizar, estrangular, pressionar, torcer as articulações e lançar seu adversário ao solo através de quedas.

    A história do Muay-Thai caminha junto com o povo tailandês que utilizava selvagemente a técnica de luta nos campos de batalha. Posteriormente o Muay-Thai evoluiu e foram criados regras e regulamento tornando-se a favorita “brincadeira e passatempo” da população tailandesa, do exército e do Rei (BARBOSA, 2007).

    De acordo com ALMEIDA e NAVARRO, (2007) o Muay-Thai é conhecido no Brasil também como Boxe Tailandês e os golpes mais utilizados na modalidade são: os socos, chutes circulares (sempre aplicados com a canela), chutes frontais, joelhadas frontais, laterais, saltando e em clinch, cotoveladas horizontais, diagonais e no ar, e o clinch que é aplicado prendendo o oponente em torno do pescoço ou em torno do corpo, para poder aplicar os golpes.

    O Boxe é uma arte de ataque e defesa pelo uso dos punhos que eram utilizados nos primórdios como “armas” em brigas de rua, segundo documentos encontrados na Suméria e Egito.

    Existiram vários estilos de pugilismo, mas o mais conhecido é o inglês, que foi centrado nos Estados Unidos e difundido para o mundo inteiro. No Boxe os golpes utilizados são os socos: direto (golpe frontal), jab (golpe normalmente preparatório, mas que pode se tornar perigoso), cruzado (o alvo é a lateral da cabeça do adversário), upper ou gancho (desferido de baixo para cima no queixo do oponente), e o hook um golpe desferido na linha da cintura do oponente. (FLOYD & SUGAR, 1974).

    De acordo com CHAPMAN (2005) o Wrestling ou Luta Olímpica é uma das modalidades mais antigas que se tem conhecimento, retratados em desenhos de lutadores em cavernas no Egito. Os principais estilos são:

    Greco-Romano que tem como características limites nas pegadas, ou seja, somente é permitido pegar acima da linha de cintura do adversário.

Estilo-Livre onde as pegadas não têm tantos limites podendo ser aplicadas em qualquer parte do corpo, contanto que não sejam perigosas.

    Sambo que é uma combinação do Estilo-Livre, com o Judô.

    Em todos os estilos do wrestling o atleta tem como objetivo derrubar seu oponente sem o uso de socos, chutes ou golpes traumáticos e será declarado vencedor o atleta que imobilizar o oponente no solo enquanto o juiz conta até três, nocauteá-lo para fora do ringue enquanto o juiz conta até vinte ou fazê-lo se render.

    A palavra Karatê significa em japonês “mãos vazias”, sendo assim os praticantes utilizam como armas os braços, as mãos, as pernas, e os pés, ou seja, qualquer parte do corpo.

    Segundo as lendas históricas o Karatê surgiu da mistura do boxe chinês com um estilo de luta de Okinawa no Japão.

    No Karatê existe o Kumitê que seria a luta propriamente dita, onde os karatecas devem focalizar fortemente os golpes, mas antes do contato é necessário um controle preciso e o Kata que são exercícios predeterminados que devem ser executados com muita concentração e harmonia em uma espécie de apresentação com um adversário imaginário (FUNAKOSHI, 2000).

    O Judô segundo MONTEIRO (1998), foi criado pelo japonês JIGORO KANO, com a preocupação de acentuar o lado moral e utilizar melhor a energia humana. Através dessa arte marcial, era transmitido o conhecimento das técnicas e dos valores baseados nos ensinamentos das tradições nipônicas, influenciando os jovens em seus futuros procedimentos.

    No aspecto técnico do judô são utilizados projeções, quedas, rolamentos, chaves, estrangulamentos e imobilizações.

    BARRETO (2003) considera todas as lutas uma ciência, pois prevê ocorrências dentro de uma situação de competição, por exemplo, quando um atleta aplica um golpe prevendo antecipadamente a resposta do outro.

2.2.     O MMA

    A história do MMA está intimamente ligada com a família GRACIE. O patriarca da família CARLOS GRACIE, aprendeu os princípios do jiu-jítsu com um professor japonês chamado Mitsuyo Maeda que chegou ao Brasil com o objetivo de ajudar uma colônia de imigrantes no Norte do país. Carlos Gracie era o mais velho dos cinco irmãos meninos e passou seus conhecimentos da arte para eles que foram adaptando as regras e golpes, criando assim o Gracie Jiu-Jitsu (GRACIE, 2007).

    Os integrantes da família Gracie, para promoverem e comprovarem que seu estilo de luta era superior e mais eficaz que as outras modalidades de combate, criaram em 1993 um evento de artes marciais chamado The Ultimate Fighting Championship (UFC).

    Os primeiros UFCs chocaram o mundo devido às poucas regras existentes, os atletas não utilizavam luvas, não havia limite de tempo, não havia divisão de peso e a luta ocorria numa arena octagonal parecida com uma jaula (GRACIE, 2007).

    Apesar da sua denominação, MMA ou Vale-Tudo não significa que o combate seja desprovido de regras, ou seja, vale qualquer coisa, mas sim que todos os estilos de lutas são permitidos. De acordo com a preferência, domínio ou situação de combate, o atleta poderá utilizar-se do boxe, jiu-jitsu, muay-thai, judô, karatê e werstling (FREITAS, 2002).

    O MMA é a modalidade de luta mais completa e complexa do mundo, pois o lutador tem que reunir e integrar todas as especialidades de esporte de combate e artes marciais (BARRETO, 2003).

    Segundo ALVES (2001, apud FERREIRA, 2001) as atividades físicas das lutas realizadas em qualquer local tornam-se aquilo que os próprios praticantes dela utilizam, ou seja, não são nem nocivas nem virtuosas em si, ela transforma-se segundo o contexto.

    Assim, a modalidade MMA vem evoluindo e profissionalizando-se, adotando regras mais rígidas a fim de preservar a integridade física dos atletas e tornar cada vez mais atrativa a prática da modalidade (FREITAS, 2002).

    Segundo ALONSO (2002) as principais regras do MMA são:

  1. Divisão de categorias por peso

  2. Obrigatoriedade em utilizar as luvas de dedos abertos fornecidas pelo evento

  3. Protetor bucal e genital (coquilha)

  4. Os lutadores não podem aplicar na pele produtos como óleo e vaselina

  5. Há possibilidade de o árbitro interromper o combate caso o atleta não consiga responder mais aos golpes

  6. Não são permitidos golpes baixos, cabeçadas, morder, nem golpes que tenham a intenção de furar os olhos do adversário, são proibidos acertar golpes na nuca, agarrar as cordas do ringue, jogar o oponente para fora do ringue, se os dois lutadores estiverem no solo a ponto de sair do ringue, o juiz deve parar a luta e colocar os dois na mesma posição no centro do ringue.

    As regras para o término do combate são:

  1. A luta termina quando um dos combatentes não consegue mais se defender dos golpes desferidos contra ele.

  2. Quando o lutador bate no tatame, indicando que não suporta mais o golpe, o treinador joga a toalha no ringue, o lutador desmaia ou o juiz decide que ele não pode mais continuar, o lutador sangra, e o ferimento não é estancado pelo médico no tempo estabelecido, o lutador viola as regras listadas acima, o tempo de luta se esgota.

2.2.1.     Características do lutador de MMA

    Os atletas possuem maior estabilidade emocional, são mais introvertidos, autoconfiantes e possuem maior resistência mental que não-atletas (BARA, 2005).

    Um atleta de alto nível que realiza treinamentos para competições necessita de quatro preparações fundamentais, técnico, tático, físico e psicológico (TUBINO, 1979).

    A integração entre os elementos técnico-tático, físico e psicológico são responsáveis pelo êxito, mas a falta de um deles pode comprometer os resultados, não sendo possível saber determinar o maior responsável (MOLLET, 1972).

    Cada lutador possui uma área emocional com uma respectiva percepção do ambiente que o rodeia de acordo com a sua personalidade, assim podendo apresentar diferentes reações a uma mesma realidade (BECKER, 2000).

    No esporte individual como no MMA, o atleta assume de forma solitária e integral o estresse da sua performance, sendo obrigado vencer evitando a derrota.

    O MMA caracteriza-se pelo contato e confronto direto, possuindo agressão física, exigindo do praticante determinado nível de tolerância à dor. Sendo essa modalidade reconhecida como técnica aberta, que envolve antecipação de movimentos pode ocasionar morte ou ferimentos, assim, o atleta necessita de traços básicos de personalidade essenciais para a prática da modalidade (BARRETO, 2003).

    O MMA pode ser considerado uma modalidade que exige alto nível de resistência, alta mobilização de energia corporal, grande coordenação mão – olho, pé – olho, nível permanente de atenção e concentração (BECKER, 2000).

    De acordo com BARRETO (2003), o atleta de MMA tem como característica personalidade introvertida, inteligência acima da média, tolerância a dor, alto nível de atenção e concentração, forte ajustamento ao controle emocional, alta resistência ao estresse, nível de ansiedade moderada e baixa, alto nível de controle de agressividade, alta dose de coragem e confiança em correr riscos, fair-play, alto nível de resistência ás frustrações, maturidade e dominação.

    Durante um combate o atleta tem que detectar e processar ações conforme as situações se apresentam, e no mesmo instante, tem que escolher entre uma variedade de ações ofensivas e defensivas àquelas que sejam apropriadas para solucionar as estratégias de ataque do adversário e tomar iniciativas para anular o mesmo. Toda a dinâmica de um combate evidencia a grande exigência dos processos psíquicos para um melhor rendimento dos lutadores (RODRIGUEZ, 2001).

    Para BARRETO (2003) as técnicas psicológicas para modalidade como o MMA são: treinamento de adaptação ao estresse, treinamento psicotônico, auto-hipnose, concentração e atenção, ativação, afirmatividade, ideo-motor, respiração abdominal e tolerância à dor.

    No MMA quando surgem problemas entre os atletas de alto nível eles são geralmente ocasionados pelos sintomas psicológicos, e não necessariamente pelo excesso de treinamento físico, técnico e tático (BECKER, 1995). Portanto, a preparação psicológica tem um papel fundamental para aperfeiçoar o rendimento do atleta.

2.3.     Psicologia do Esporte

    O Esporte e a psicologia começaram a ter uma relação mais profunda no final do século XIX, quando os pesquisadores começaram a se aprofundar nos aspectos psicofisiológicos sobre as atividades físicas e esportistas (GOULARD, 2003).

    A partir dessa rápida evolução com o surgimento dos novos pesquisadores e instituições, deram à psicologia do esporte o suporte necessário para atuar no cenário esportivo competitivo tendo como objetivo auxiliar técnicos e atletas nas dificuldades psicológicas e sociais, a fim de encontrar segurança e autoconfiança trazendo melhor rendimento nas competições (RUBIO, 2000).

    Segundo MOSQUEIRA (1984) o objetivo e meta do treinamento psicológico é a modificação dos processos e estados psíquicos, portanto estão ligados à obtenção do mais alto nível de preparação psicológica para as atividades.

    A psicologia do esporte é uma ciência que estuda as condutas e os processos psíquicos de atletas, ela persiste em conhecer e melhorar as condições internas do praticante esportivo, com propósito de otimizar o potencial físico, técnico e tático, adquiridos durante processo de preparação (CARBALLIDO, 2001).

    A importância da preparação psicológica está em acelerar os processos naturais de desenvolvimento das qualidades psíquicas e propriedades da personalidade mais relevantes aos esportistas (BURIT, 2001).

    Para poder desenvolver um trabalho psicológico adequado e com qualidade existem vários fatores que estão relacionados ao rendimento do atleta:

Concentração

    Constitui na melhoria da capacidade de focar a atenção em um ponto fixo. Capacidade de dirigir a consciência a um determinado objeto ou uma ação, ou seja, capacidade de atenção a um ponto específico. (SAMULSKI, 2002; RUBIO, 2000).

    A concentração pode ser considerada como a habilidade de focalizar em estímulos relevantes do ambiente e de manter esse foco ao longo do evento esportivo (WEINBERG & GOULD, 2001).

    Segundo ACHCAR (1994) ter concentração é ser capaz de analisar uma situação para saber o que fazer e possivelmente antecipar o que seu adversário está para fazer, é a chave da habilidade de atenção.

Motivação

    Refere-se a fatores e processos que levam as pessoas à ação ou inércia em determinadas situações (VOSER, 2003).

    SAMULSKI (2002) considera a motivação como um processo ativo, intencional e dirigido a uma meta.

    A literatura discute a motivação com dois conceitos:

    A Motivação intrínseca que se define pela participação de um atleta em uma determinada atividade sem recompensa externa, apenas pelo prazer natural.

    A Motivação extrínseca se refere a recompensas externas, como dinheiro ou prêmios que os atletas recebem após suas conquistas (WEINBERG & GOULD, 2001).

Ativação

    É uma mistura de atividades fisiológicas e psicológicas em uma pessoa e refere-se às dimensões de intensidade e motivação em um determinado momento (WEINBERG & GOULD, 2001).

    Segundo Fleury (1998) o nível de ativação é ter a consciência das situações no esporte competitivo que lhe causam ansiedade e descobrir como você responde a esses eventos.

Liderança

    É a força vital de organização de sucesso, podendo ajudar a desenvolver novas direções e objetivos (CALABRASI, 2000).

    Portanto a psicologia do esporte é um campo ainda muito estudado, tendo várias definições por autores diferentes, além de outros fatores relacionados ao rendimento dos atletas, mas todos fazem parte de um treinamento e trabalho de preparação física, técnica e tática.

2.3.1.     Autoconfiança

    Dentre todos esses fatores que englobam a psicologia do esporte a autoconfiança de acordo com SAMULSKI (2002) é a principal base para o sucesso, pois gera maior concentração de forças nas buscas por uma meta.

    A autoconfiança do atleta é um alto nível de competência técnica-psicológica nos treinamentos pré-competitivos. O resultado positivo do treinamento físico- técnico-tático fortalece a autoconfiança, dando segurança e motivação para o desportista nas competições em direção à vitória (BARRETO, 2003).

    A autoconfiança pode ser desenvolvida e melhorada por parte dos atletas que têm como objetivo modificar sua auto-imagem, que não pode ser avaliada apenas com base nas ações do passado, mas também considerando os resultados positivos dos treinamentos. O alcance dos objetivos devem vir através de realizações de treinamentos mentais, que consistem em trabalhar o que se pretende executar na competição:

  1. Atuação confiante seria exibir uma imagem de confiança, por exemplo, manter a cabeça levantada mesmo após um erro.

  2. Pensamentos confiantes são pensamentos e diálogos interiores instrutivos e motivadores.

  3. Mentalização é uma forma de se imaginar atuando bem, obtendo sucesso.

  4. Condicionamento físico é estar em sua melhor forma física.

  5. Preparação seria a estratégia para a competição com objetivo de atingir o sucesso (GOULD, Eklund e Jackson, 1992; Orlik, 1986 apud Weinberg & GOULD, 2001).

    Durante o processo de combate, ao concluir que estão próximos de alcançar os objetivos propostos, os atletas se acomodam psicologicamente em termos adequados, isto é, criam em si uma segurança e confiança, o que permite que enfrentem as disputas em melhores condições.

    O atleta confiante tem como característica principal nunca desistir e considera as situações adversas como desafios, e reage com muita determinação para conseguir superá-las, isso não quer dizer que o atleta seja arrogante, mas que se sente forte e seguro na direção das suas metas, acredita em seu potencial e nos seus objetivos, não tendo dificuldades em admitir seus próprios erros, em função da grande confiança em suas habilidades (SAMULSKI, 2002).

    Machado (2006), afirma que a autoconfiança, quando apresentada em um grau elevado atua positivamente no combate superando sentimentos de medo e de vergonha. Mas tanto o excesso quanto a falta de autoconfiança podem prejudicar o lutador na hora da luta, pois no primeiro caso o atleta acredita que não precisa fazer esforço para superar seu adversário, ou seja, a confiança pode ser maior que suas capacidades, mas não supera a incompetência, e no segundo caso prejudica a efetividade do desempenho, pois o atleta fica inseguro na hora de realizar a tarefa (WEINBERG & GOULD, 2001).

    Portanto, o treinamento físico como os treinamentos mentais são de extrema importância, pois sabendo que está em sua melhor forma física o atleta possuirá a confiança de que necessita, ou seja, percebendo que domina as técnicas e que seus adversários só conseguem atingi-lo com dificuldade, aumentará ainda mais sua confiança (FLOYD & SUGAR, 1974).

2.3.2.     Treinamento Mental

    Para que todas as estratégias sejam eficientes, antes tudo os atletas têm que mentalizar e buscar através da imaginação os fatores que irão facilitar as experiências de aprendizagem, criando ou recriando ações de uma experiência na mente.

    A aprendizagem e o rendimento motor podem ser facilitados pela imaginação através de pensamentos da habilidade, antes, durante e depois da tentativa na prática (Richardson, 1967; Corbin, 1972; Weinberg, 1982; Feltz e Landers, 1983; Silva, 1983; Suinn, 1983; Oxendini, 1984; Groulos, 1987; Eberspacher, 1995 apud BECKER, 2000).

    A estratégia ideal de imaginação consiste em realizar condutas positivas com sucesso acima do rendimento habitual, proporcionando ao atleta vivenciar emoções do ambiente competitivo e de situações que podem ocorrer durante a luta, possibilitando uma auto-regulação, diminuição ou aumento de sua ativação, conseguindo um nível ideal de rendimento psicofísico ssibilitando uma auto-regulaçaçao es a, a manutençao do a(NIDEFFER, 1985 apud BECKER, 2000).

    A imaginação antes utilizada apenas para melhorar o rendimento do atleta, nos últimos tempos vem sendo trabalhada para recuperá-los da falta de motivação, energia e dos quadros de estresse e a reação positiva na redução dos níveis de ansiedade dos lutadores. Esses fatores são observados através da freqüência, persistência e eficiência na prática real do comportamento (PAIVIO, 1985).

    Com essas habilidades de mentalizações os atletas podem melhorar seu desempenho facilitando a aprendizagem de novas técnicas e estratégias. Assim os atletas adquirem uma ampla área de intervenções capazes de desencadear um estado de espírito como, cognitivas, afetivas, emocionais, motoras, responsáveis pelo êxito nas competições. Tornando o programa de preparação psicológica mais eficiente (WEINBERG & GOULD, 2001).

    Para UNESTHAL (1979, apud BARRETO, 2003) a preparação psicológica do atleta se constitui do principio de Estado Alternativo de Consciência (ASC), por exemplo, concentração, desconexão com a dor, poder e controle. Desta forma, tem como meta central levar o atleta ao Estado Ideal de Desempenho (IPS).

    O programa de preparação psicológica consiste em diferentes técnicas que proporcionam ao atleta a aprendizagem, a manutenção e o aperfeiçoamento psicofísico.

    Segundo UNESTAHAL (1986, pág. 258) a metodologia de preparação psicológica do atleta através do Treinamento Mental Integrado (IMT), que se refere ao “caminho do treinamento técnico - psicológico” é dividido em três fases:

IMT I

    Aquisição de habilidades, exemplo, treinamento psicotônico (relaxamento muscular), auto-hipnose (relaxamento mental), ativação (excitação do córtex cerebral) e concentração (atenção, neutralização, ideo-motor).

IMT II

    Treinamento de motivação, exemplo, estabelecimento, seleção e análise dos objetivos e programação de objetivos (o caminho dos objetivos).

IMT III

    Treinamento mental aplicado, exemplo, solução de problemas (recondicionamento e parada de pensamentos) e treinamento de atitudes (reestruturação cognitiva e treinamento de autoconfiança).

    Todos estes treinamentos psicológicos de base IMT são realizados em bloco com a preparação técnica e física do atleta no treinamento e no desenvolvimento das habilidades esportivas.

2.4.     Lutas e os aspectos psicológicos

    Toda preparação de um atleta é composta por fatores físicos, técnicos, táticos e psicológicos (BECKER, 2000).

    Segundo BRASIL (1998, apud FERREIRA, 2001) as lutas são disputas entre dois atletas que através de técnicas, estratégias de quedas, imobilizações, excluem o adversário com suas combinações das ações de ataque e defesa.

    Como as outras modalidades de lutas o MMA, tem por objetivo derrotar o adversário fisicamente, ou seja, em contato direto e individual, dessa forma é necessário que o autocontrole e a agressividade estejam combinados e em harmonia (FRANCHINI, 1999).

    O esporte competitivo é um evento causador de “estresse”, com o atleta desempenhando suas habilidades em níveis elevados e sob circunstâncias nas quais há um oponente tentando dificultar a ação, ambos sempre perseguindo a performance (SANTOS, 2004).

    Cada esporte tem características únicas que exigem uma preparação técnica, física e psicológica por parte dos participantes (TAYLOR, 1993 apud BECKER, 2000). Portanto, para tratar da parte psicológica do atleta, é necessário saber as especificidades de atuação da Psicologia do Esporte.

    A preparação psicológica possui estratégias e técnicas que preparam o atleta para enfrentar pressões e render o máximo do seu potencial psicofísico durante a luta.

    Segundo JUDADOV (1974, apud RUBIO, 2000), a preparação psicológica é um desenvolvimento do conjunto de qualidade e propriedades psíquicas do esportista nas condições extremas de treinamentos e competições.

3.     Metodologia

    Esta pesquisa foi desenvolvida com o suporte da pesquisa qualitativa. Segundo THOMAS e NELSON (2002) a Pesquisa Qualitativa é realizada em ambientes do dia-a dia, como ginásios e instalações esportivas, esse tipo de pesquisa possui conteúdo interpretativo e geralmente incluem observações de campo, estudos de caso e relatos narrativos.

    Nesse método de pesquisa o pesquisador foi o principal instrumento para coleta e análise de dados, se interessa mais pelo processo do que pelo produto, enfatizando a indução e desenvolvendo hipóteses a partir das observações.

    Em pesquisa qualitativa o investigador está freqüentemente no local, ouvindo, assistindo, codificando e filmando. A análise dos dados é feita durante e após a coleta de dados que são apresentados por meio de palavras, descrições e imagens.

    Após a organização e classificação dos dados, o pesquisador realiza uma reconstrução vívida do que aconteceu durante o trabalho de campo, por meio de uma narrativa analítica, escrevendo um trecho “vinheta narrativa” que ajuda o pesquisador dizer o que queria e captura a atenção do leitor (THOMAS & NELSON, 2002).

3.1.     População e amostra

    Participaram desta pesquisa 20 atletas de MMA do Estado de São Paulo- Brasil, do sexo masculino na faixa etária de 21 a 35 anos de idade, que já tiveram participação em alguma competição oficial de MMA.

    A amostra para esse tipo de pesquisa foi selecionada corroborando os autores GOETZ e LÊ COMPTE (1984, apud THOMAS & NELSON, 2002) que utilizam o termo amostragem baseada no critério, ou seja, o sujeito para ser incluído na investigação precisa se encaixar em certos padrões estabelecidos pelo pesquisador.

3.2.     Procedimento

    Conforme o combinado com os sujeitos da pesquisa, o questionário foi entregue no dia da luta, momentos antes do combate, com uma breve explicação sobre a importância da pesquisa realizada e o atleta teve a liberdade de responder as perguntas sem influência do pesquisador.

    Os sujeitos foram informados do objetivo do trabalho e de sua importância ao ler e assinar a carta de informação ao sujeito da pesquisa.

3.3.     Instrumentação

    Os dados foram coletados através da utilização de um questionário com questões fechadas, para verificar a importância atribuída à preparação psicológica de lutadores de MMA relacionado com os resultados das lutas.

3.4.     Coleta de dados

    Os questionários foram respondidos individualmente pelos sujeitos antes do início das lutas. Foi explicado a cada atleta como responder as perguntas e também a importância deste trabalho para o melhor desempenho dos lutadores e a elaboração futura de melhores formas de treinamento.

    Os questionários foram recolhidos imediatamente após serem respondidos pelos sujeitos da pesquisa.

3.5.     Tratamento dos dados

    Os dados e os resultados foram tabulados, analisados e demonstrados através de tabelas e gráficos ilustrando cada pergunta do questionário com a resposta obtida.

3.6.     Limitações do Método

    O método desta pesquisa ficou limitado à desistência por parte do atleta de responder o questionário, ao não comparecimento do atleta no dia da luta e a incapacidade de controlar a veracidade das respostas.

4.     Resultados

    Quando foram analisados os dados gerais dos lutadores, observou-se que quanto menor a idade, tempo de prática e cartel de lutas, menor o número de vitórias e que quanto maior a idade, tempo de prática e cartel de lutas, maior foi o número de vitórias. Por esses motivos, para melhor análise das 5 perguntas realizadas foram divididos os lutadores participantes em dois grupos: com idade de 21 a 25 anos (correspondendo a 9 lutadores) e de 26 a 35 anos (correspondendo a 11 lutadores) devido sua semelhança na relação idade e tempo de prática com o total de lutas.

    É importante destacar que, devido à possibilidade dos lutadores poderem escolher mais de uma alternativa dentro de uma mesma pergunta, os resultados foram destacados em porcentagens (%).

  • Na pergunta 1 que questionava o respectivo estado emocional antes da luta, os lutadores de 21 a 25 anos (5) 66% se consideraram agitados e ansiosos antes da luta. Já o estado emocional dos lutadores de 26 a 35 anos (8) 47% se julgaram calmos.

  • Na pergunta 2 que questionava os lutadores sobre o que provocava alguma experiência de medo ou de ansiedade em competições, foi observado que os lutadores de 21 a 25 anos (12) 86% mencionaram como responsável por provocar experiência de medo ou ansiedade o porte físico do adversário e maior cartel de lutas. Entre os lutadores de 26 a 35 anos (8) 58% consideram que provoca uma experiência de medo ou ansiedade nas competições o fato do adversário possuir maior cartel de lutas.

  • Na pergunta 3 que questionava se o lutador realizava treinamentos psicológicos específicos para o combate no MMA, notou-se que entre os lutadores de 21 a 25 anos (6), ou seja, 67% da amostra não realizavam treinamentos psicológicos específicos para as competições de MMA. Já para os lutadores com idade de 26 a 35 anos, constatou-se que (7) 64% da amostra contavam com treinamentos psicológicos específicos na sua rotina de preparação para o combate no MMA.

  • Na pergunta 4 que questionava o que proporciona maior confiança para luta ,entre os lutadores de 21 a 25 anos, (5) 56% da amostra consideraram proporcionar maior confiança na luta o fato de possuir um amplo conhecimento de certa modalidade. E para (7) 64% da amostra dos lutadores de 26 a 35 anos, o que mais transmite confiança é o maior cartel de lutas.

  • Na pergunta 5 na qual questionava-se dentre os quatro aspectos de treinamento, em qual o lutador se sente menos preparado, os lutadores de 21 a 25 anos, (5) 56% da amostra consideraram que o aspecto psicológico é o fator com menor nível de preparação, já para (8) 73% dos lutadores de 26 a 35 anos, a preparação física foi o aspecto do treinamento no qual se sentiam menos preparado.

4.1.     Tabelas e gráficos

    Para facilitar a interpretação dos resultados elaboramos tabelas e gráficos relacionando a idade do atleta com o tempo de prática e cartel de lutas.

    Essas informações foram muito importantes para verificar se realmente os resultados das lutas após aplicação do questionário corroboravam os dados coletados.

Tabela 1. Relação de idade, tempo de prática e total de lutas.

Atletas

Idade

Tempo de prática

Vitórias

Derrotas

Empates

Total de lutas

1

21

1 ano

2

3

0

5

2

21

2 anos

2

4

0

6

3

21

2 anos

4

1

1

6

4

21

3 anos

9

0

0

9

5

23

1 ano

0

4

0

4

6

24

3 anos

5

6

0

11

7

24

3 anos

4

8

0

12

8

25

3 anos

6

4

0

10

9

25

4 anos

9

7

0

16

10

26

5 anos

12

8

0

20

11

26

5 anos

12

11

0

23

12

27

4 anos

15

4

1

20

13

27

4 anos

8

10

1

19

14

28

6 anos

17

4

0

21

15

28

7 anos

19

9

0

28

16

30

6 anos

14

10

0

24

17

32

8 anos

13

3

2

18

18

33

10 anos

17

7

0

24

19

34

10 anos

6

14

0

20

20

35

8 anos

20

10

3

33

Fonte: O autor (2008).

 

Tabela 2. Estado emocional dos lutadores de 21 a 25 anos

Lutadores

Calmo

Tenso

Irritado

Agressivo

Agitado

Ansioso

Tímido

Inseguro

1

 

 

 

 

X

X

 

 

2

 

 

 

 

X

X

 

 

3

 

X

 

 

 

 

 

 

4

 

 

 

X

 

 

 

 

5

 

 

 

 

X

X

 

 

6

 

X

 

 

X

 

 

 

7

 

 

 

 

X

X

 

 

8

X

 

 

 

 

 

 

 

9

 

X

 

 

 

X

 

 

Gráfico 1. Estado emocional dos lutadores de 21 a 25 anos

Comentário: Observa-se na tabela 2 e no gráfico 1 que o estado emocional de 10 lutadores de 21 a 25 anos, correspondente a 66% da amostra foram classificados como agitados e ansiosos antes da luta, possivelmente esses fatores podem levar a um mal desempenho ao se defrontarem com os seus adversários.

Tabela 3. Estado emocional dos atletas de 26 a 35 anos

Lutadores

Calmo

Tenso

Irritado

Agressivo

Agitado

Ansioso

Tímido

Inseguro

10

X

 

 

 

 

 

 

 

11

X

 

 

 

 

X

 

 

12

X

 

 

 

 

 

 

 

13

 

X

 

 

 

X

 

 

14

X

 

 

 

 

X

 

 

15

 

 

 

X

 

X

 

 

16

X

 

 

 

 

 

 

 

17

X

 

 

 

 

 

 

 

18

X

 

 

 

 

 

 

 

19

 

 

 

 

X

X

 

 

20

X

 

 

 

 

X

 

 

 

Gráfico 2. Estado emocional dos lutadores de 26 a 35 anos

Comentário: Observa-se na tabela 3 e no gráfico 2 que o estado emocional de 08 lutadores de 26 a 35 anos, correspondente a 47% da amostra se consideraram calmos, sabendo que esses fatores é uma integração entre o seu sistema psíquico, fisiológico e social determinado por cada lutador.

Tabela 4. Experiência de medo ou ansiedade dos lutadores de 21 a 25 anos

Lutadores

Porte físico do adversário

Maior cartel de lutas do adversário

Torcida

contra

Local da competição

Falta de

Auto-confiança

Nunca teve medo

1

X

X

 

 

 

 

2

X

X

 

 

 

 

3

X

 

X

 

 

 

4

 

X

 

 

 

 

5

X

X

 

 

 

 

6

X

 

X

 

 

 

7

X

 

 

 

 

 

8

 

X

 

 

 

 

9

 

X

  

 

 

 

 

Gráfico 3. Experiência de medo ou ansiedade dos lutadores de 21 a 25 anos

Comentário: Levando-se em conta que a ansiedade e o medo são emoções que envolvem padrões fisiológicos e psicológicos e que são percebidas em momentos de decisões ou situações inusitadas, observa-se na tabela 4 e no gráfico 3 que os lutadores de 21 a 26 anos, que correspondem a 86% da amostra relatam como experiência de medo ou ansiedade o porte físico do adversário e maior cartel de lutas.

Tabela 5. Experiência de medo ou ansiedade dos lutadores de 26 a 35 anos

Lutadores

Porte físico do adversário

Maior cartel de lutas do adversário

Torcida

contra

Local da competição

Falta de

Auto-confiança

Nunca teve medo

10

 

X

 

 

 

 

11

 

X

 

 

 

X

12

 

X

 

 

 

 

13

X

 

 

 

 

 

14

 

X

 

 

 

 

15

 

X

 

 

 

 

16

X

 

 

 

 

 

17

 

X

 

 

 

X

18

 

X

 

 

 

 

19

X

 

 

 

 

 

20

 

X

 

 

 

X

 

Gráfico 4. Experiência de medo ou ansiedade dos lutadores de 26 a 35 anos

Comentário: A tabela 5 e o gráfico 4 mostram que (8) 57% dos lutadores de 26 a 35 anos, consideram 

provocar uma experiência de medo ou ansiedade nas competições o fato do adversário ostentar maior cartel de lutas.

Tabela 6. Treinamento psicológico para MMA de 21 a 25 anos

Lutadores

Sim

Não

1

 

X

2

 

X

3

X

 

4

X

 

5

 

X

6

 

X

7

 

X

8

 

X

9

X

 

 

Gráfico 5. Treinamento psicológico para MMA de 21 a 25 anos

Comentário: Na tabela 6 e no gráfico 5 nota-se que os lutadores de 21 a 25 anos, (6) 67% não fazem treinamentos psicológicos específicos para as competições de MMA, mesmo sabendo que o mesmo proporcionaria ao atleta a aprendizagem, manutenção e aperfeiçoamento psicofísico.

Tabela 7. Treinamento psicológico específico para MMA de 26 a 35 anos

Lutadores

Sim

Não

10

X

 

11

 

X

12

X

 

13

 

X

14

X

 

15

X

 

16

X

 

17

 

X

18

X

 

19

 

X

20

X

 

Gráfico 6. Treinamento psicológico específico para MMA de 26 a 35 anos

Comentário: Na tabela 7 e no gráfico 6 observa-se que 07 sujeitos com idade de 26 a 35 anos, que corresponde a 64% da amostra utilizam o treinamento psicológico específico para os lutadores de MMA. Sendo esta uma variável importante para verificar se realmente o treinamento psicológico está relacionado ao seu rendimento esportivo, à aprendizagem, manutenção e aperfeiçoamento das suas habilidades psicofísicas.

Tabela 8. Confiança dos lutadores de 21 a 25 anos.

Lutadores

Noções básicas de todas as modalidades

Amplo conhecimento de certa modalidade

Saber o ponto fraco do adversário

Maior cartel

de lutas

Ter fama

1

 

X

 

 

 

2

 

X

 

 

 

3

 

 

X

 

 

4

 

 

X

 

 

5

 

X

 

 

 

6

 

X

 

 

 

7

X

 

 

 

 

8

X

 

 

 

 

9

 

X

 

 

 

 

Gráfico 7. Confiança dos lutadores de 21 a 25 anos

Comentario: observa-se na tabela 8 e gráfico 7, que entre os lutadores de 21 a 25 anos, (5) 56% consideram transmitir maior confiança na luta o fato de possuir um amplo conhecimento de determinada modalidade, talvez pela idade ou por ter pouco tempo de prática.

Tabela 9. Confiança dos lutadores de 26 a 35 anos

Lutadores

Noções básicas de todas as modalidades

Amplo conhecimento de certa modalidade

Saber o ponto fraco do adversário

Maior cartel de lutas

Ter fama

10

 

 

 

X

 

11

 

 

 

X

 

12

 

 

 

 

X

13

X

 

 

 

 

14

 

 

 

X

 

15

 

 

 

X

 

16

 

 

X

 

 

17

 

 

 

X

 

18

 

 

 

X

 

19

X

 

 

 

 

20

 

 

 

X

 

 

Gráfico 8. Confiança dos lutadores de 26 a 35 anos

Comentario: Observa-se na tabela 9 e no gráfico 8 que para os lutadores de 26 a 35 anos, (7) 64% o que mais transmite confiança para o combate é o maior cartel de lutas, podendo significar maior experiência e tempo de prática de MMA.

Tabela 10. Aspectos do treinamento com menor ênfase de 21 a 25 anos.

Lutadores

Tático

Técnico

Físico

Psicológico

1

 

 

 

X

2

 

 

 

X

3

X

 

 

 

4

 

 

X

 

5

 

 

 

X

6

 

 

 

X

7

 

 

 

X

8

X

 

 

 

9

 

X

 

 

 

Gráfico 9. Aspectos do treinamento com menor ênfase de 21 a 25 anos

Comentário: Observa-se na tabela 10 e gráfico 9 que entre os lutadores de 21 a 25 anos (5) 56% o aspecto do treinamento com menor ênfase é o psicológico, provavelmente, devido à falta de conhecimento da sua importância para o desempenho.

Tabela 11. Aspectos do treinamento com menor ênfase de 26 a 35 anos

Lutadores

Tático

Técnico

Físico

Psicológico

10

 

 

X

 

11

 

 

X

 

12

X

 

 

 

13

 

 

X

 

14

 

 

X

 

15

 

 

X

 

16

 

 

X

 

17

 

 

 

X

18

 

 

X

 

19

 

 

 

X

20

 

 

X

 

 

Gráfico 10. Aspectos do treinamento com menor preparação de 26 a 35 anos

Comentário: Observa-se na tabela 11 e gráfico 10 que os lutadores de 26 a 35 anos, 73% (8) consideram que o aspecto de treinamento com menor ênfase é o físico, podendo significar a priorização dos outros aspectos.

5.     Discussão

    Após a realização das 5 perguntas feitas para os 20 lutadores que participaram do estudo, o principal enfoque foi verificar se realmente os resultados “teóricos”, obtidos com as respostas se refletiram na performance das lutas, ressaltando que, após o questionário foram acompanhados e analisados detalhadamente todos os comportamentos dos lutadores minutos antes do início da luta até sua finalização.

    Com a confirmação desses dados podemos discutir algumas probabilidades em relação ao atleta e o resultado obtido. Para isso foi montada uma tabela comparativa confrontando todas as perguntas realizadas com o resultado da luta.

Tabela 12. Comparação simplificada dos dados das perguntas com os resultados obtidos nas lutas de cada lutador de 21 a 25 anos.

Lutadores

1

Estado emocional

2

Experiência de medo ou ansiedade

Treinamento psicológico especifico MMA

4

Maior confiança para a luta

5

Treinamento menos preparado

 

Resultados das lutas

1

Agitado e tenso

Porte físico e maior cartel

Não

Amplo conhecimento

Psicológico

Derrota

2

Agitado e ansioso

Porte físico e maior cartel

Não

Amplo conhecimento

Psicológico

Vitória

3

Tenso

Porte físico e torcida contra

Sim

Saber o ponto fraco

Tático

Vitória

4

Agressivo

Maior cartel

Sim

Saber o ponto fraco

Físico

Derrota

5

Agitado e ansioso

Porte físico e maior cartel

Não

Amplo conhecimento

Psicológico

Vitória

6

Tenso e agitado

Porte físico e torcida contra

Não

Amplo conhecimento

Psicológico

Derrota

7

Agitado e ansioso

Porte físico

Não

Noções básicas

Psicológico

Derrota

8

Calmo

Maior cartel

Não

Noções básicas

Tático

Derrota

9

Tenso e ansioso

Maior cartel

Sim

Amplo conhecimento

Técnico

Derrota

 

 

Tabela 13. Comparação simplificada dos dados das perguntas com os resultados obtidos nas lutas de cada lutador de 26 a 35 anos.

Lutadores

1

Estado emocional

2

Experiência de medo ou ansiedade

 

3

Treinamento psicológico específico MMA

 

4

Maior confiança para a luta

5

Treinamento menos preparado

 

Resulta-dos das lutas

10

Calmo

Maior cartel

Sim

Maior cartel

Físico

Vitória

11

Calmo a ansioso

Maior cartel e nunca teve medo

Não

Maior cartel

Físico

Vitória

12

Calmo

Maior cartel

Sim

Ter fama

Tático

Vitória

13

Tenso e ansioso

Porte físico

Não

Noções básicas

Físico

Vitória

14

Calmo e ansioso

Maior cartel

Sim

Maior cartel

Físico

Vitória

15

Agressivo e ansioso

Maior cartel

Sim

Maior cartel

Físico

Derrota

16

Calmo

Porte físico

Sim

Saber o ponto fraco

Físico

Vitória

17

Calmo

Maior cartel e nunca teve medo

Não

Maior cartel

Psicológico

Derrota

18

Calmo

Maior cartel

Sim

Maior cartel

Físico

Vitória

19

Agitado e ansioso

Porte físico

Não

Noções básicas

Psicológico

Derrota

20

Calmo e ansioso

Maior cartel e nunca teve medo

Sim

Maior cartel

Físico

Vitória

 

    Podemos observar através das respostas que nem sempre o lutador que se apresenta aparentemente em condições “perfeitas” no que se refere aos aspectos físicos, técnicos, táticos e psicológicos para o combate, obtém um resultado positivo, ou vice versa.

    Segundo DE ROSE JR (2002) esses resultados mostram que todos os processos competitivos são identificados como geradores de estresse independentemente do nível de habilidade do atleta ou do seu esporte praticado.

    Modalidades como o MMA têm suas particularidades e exigem diferentes métodos de preparação, mas todas têm como referencial a competição.

    O estresse é um dos fatores psicológicos mais freqüentes no esporte competitivo, sendo importante ressaltar que os seus efeitos exigem a consideração simultânea de outras variáveis psicológicas como a autoconfiança e motivação que interferem diretamente no potencial que determinadas situações tendem a provocar o estresse e a maneira que os indivíduos lidam com o mesmo.

    Em determinadas situações o estresse pode ser positivo quando associado a uma ativação ótima antes e durante o evento, ou negativo quando derivado de pressões internas e externas do próprio individuo (DE ROSE JR, 1997).

    Portanto serão citados alguns dos sujeitos da pesquisa que se destacaram pelo seu histórico esportivo, suas respectivas respostas e os resultados das lutas.

    Observa-se no sujeito 4 um atleta que apresenta apenas vitórias no seu histórico esportivo, realiza treinamento psicológico, mas saiu derrotado da luta, nota-se no questionário que no treinamento do atleta o aspecto com menor empenho foi a parte física, podendo ser o principal motivo de sua derrota. Sem dúvida, a preparação física é fundamental para um bom desempenho durante o combate, pois é através dela que o atleta desenvolve sua capacidade anaeróbia que é o sistema mais utilizado durante a luta. A capacidade aeróbia é fundamental para a recuperação durante os intervalos entre os rounds, dentro dessa mesma preparação entra o treinamento de força específico dos atletas, o de resistência muscular localizada, de hipertrofia, potência, flexibilidade, agilidade, entre outros métodos de treinamento de lutadores (FRANCHINI, 2001).

    Mas o simples fato de executar exercícios de treinamento físico nem sempre garante um bom resultado, pois a efetividade de qualquer programa de treinamento físico está na aplicação correta de princípios científicos na sua organização, necessitando de um bom controle de variáveis como a intensidade, volume, intervalo de recuperação e freqüência de treinamento (BARBANTI, 2004).

    Apesar da importância da preparação física citada anteriormente, observa-se no sujeito 16 que também relatou como treinamento de menor ênfase o físico, porém, saiu-se vitorioso do combate, pode ser explicado provavelmente pela sua maior experiência, ou seja, maior tempo de prática e número de lutas que conseqüentemente facilitam um estado emocional mais equilibrado para o lutador, proporcionando segundo WEINBERG e GOULD (2001), melhor concentração, níveis mais elevados de autoconfiança, pensamentos orientados à tarefa, níveis mais baixos de ansiedade, mais pensamentos positivos e mentalização positiva.

    A preparação psicológica proporciona vários fatores benéficos para o lutador como, passar segurança em si mesmo, concentrar-se em sua atuação, sentir entusiasmo por competir, dominar seus temores, ter controle de seus comportamentos e obter a maior satisfação possível da prática esportiva

    Existem lutadores que não dão a devida importância à preparação psicológica, por exemplo, o sujeito 5 que apresenta no seu histórico esportivo apenas derrotas e conseguiu sair vitorioso do combate. Isso pode ser entendido como uma pequena parcela de lutadores que conseguem suprir as necessidades da preparação psicológica, através da sua preparação física, técnica e tática e utilização de uma estratégia de luta ideal.

    Por outro lado existem lutadores que não fazem o treinamento psicológico e não conseguem suprir essa lacuna com outros treinamentos, podendo influenciar negativamente no seu rendimento, isso pôde ser observado no sujeito 19 que apresentou maior número de derrotas e perdeu a luta.

    Os dados citados acima são apenas algumas das variáveis que podem explicar a característica do lutador com os resultados obtidos.

    Nesse estudo pôde ser observado que a diferença de idade interferiu no desempenho dos atletas nas lutas, eles possuem objetivos diferentes conforme a fase que se encontram, por exemplo, os atletas mais jovens dão mais importância para a preparação física, ou seja, querem se apresentar para a luta cada vez mais com maior volume muscular e menor índice de gordura, com objetivo de intimidar seu adversário através de seu porte físico e também pela importância que dão a sua estética. No entanto, muitos deles esquecem que dentro do ringue é importante saber administrar sua disposição física para conseguir render a luta inteira, o que normalmente não ocorre com os lutadores jovens que iniciam a luta com sua máxima potência, mas não conseguem terminar o combate ou acabam perdendo facilmente pelo seu excesso de cansaço.

    Os lutadores mais velhos, que se encontram em outra fase de sua carreira e possuem outros objetivos, “intimidam” seu adversário pelo seu grande número de lutas já realizadas, ou seja, pela sua experiência e sua fama. Eles buscam seu diferencial para a luta nos outros aspectos do treinamento como o técnico, tático e principalmente o psicológico, pois devido à idade o treinamento físico serve como uma manutenção já que seu metabolismo não reage da mesma maneira que os atletas mais jovens, e um treinamento muito intenso poderia acarretar em lesões. Nessa fase os lutadores possuem a experiência para manter a calma, administrar e suportar a pressão dos atletas que iniciam o combate com sua potência máxima, até que cansem se tornando uma presa fácil de derrotar.

6.     Conclusão

    O MMA é relativamente novo, e naturalmente existem poucos estudos direcionados à modalidade, principalmente abordando a área de preparação psicológica, provocando uma lacuna a ser preenchida por um número maior de pesquisas que abordem o tema com a dedicação e o rigor científico que o mesmo requer.

    De acordo com o estudo foi possível constatar que os lutadores mais “experientes”, praticam em maior quantidade a preparação psicológica quando comparados com lutadores mais jovens, pois necessitam do suporte psicológico para suprir sua relativa perda do condicionamento físico, natural com o avanço da idade.

    Embora reflita de forma positiva nos resultados dos combates de MMA, é importante ressaltar que apenas a preparação psicológica não leva o lutador a obter exclusivamente vitórias, mas essa preparação aliada às preparações físicas, técnicas e táticas leva a obtenção considerável de êxitos em competições.

    Em decorrência da adesão cada vez maior à modalidade, principalmente movidos por fatores como prazer pelo esporte e retorno financeiro, os praticantes de MMA estão cada vez mais preparados, e conseqüentemente muito nivelados na parte técnica, tática e física.

    Assim conclui-se que, provavelmente no MMA, o aspecto psicológico se torne cada vez mais determinante, ou seja, passe a desempenhar um papel decisivo no universo de preparação geral para o momento principal da modalidade, o combate de alto nível, exigindo assim, uma atenção especial por parte dos profissionais que vivem o dia a dia do MMA.

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revista digital · Año 13 · N° 129 | Buenos Aires, Febrero de 2009  
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