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Considerações sobre a influência da música na intensidade 

dos exercícios realizados em aulas de hidroginástica

 

*Pós-Graduada em Natação e Hidroginástica - Universo

**Pós-Graduada em Natação e Hidroginástica

Mestre em Cognição e Linguagem - UENF

***Pós-Graduada em Natação e Hidroginástica - Universo

****Doutor em Comunicação – UFRJ

(Brasil)

Gabriela dos Reis Siqueira*

Fernanda Castro Manhães**

Chrystine Paula de Carvalho***

Carlos Henrique Medeiros de Souza****

castromanhaes@gmail.com

 

 

 

Resumo

          A hidroginástica é considerada por diversos pesquisadores e professores, uma atividade física agradável e estimulante, através da qual, podemos adquirir benefícios físicos e psicológicos proporcionando socialização e integração entre os participantes. O presente artigo tem por objetivo através de uma revisão bibliográfica apresentar estudos sobre hidroginástica e a influência da música na intensidade dos exercícios, buscando relações com a motivação e qualidade de vida dos praticantes. As leituras nos permitiram vislumbrar que a hidroginástica favorece o desenvolvimento de algumas importantes qualidades físicas como resistência, capacidade cardiorrespiratória, força, flexibilidade e condicionamento físico geral. As relações da prática da hidroginástica com a música favorecem para o ritmo dos movimentos e conseqüentemente na intensidade dos mesmos desenvolvimento e estímulos para tal atividade. Pode-se observar na prática a grande influência destes fatores na auto-estima e nas relações interpessoais. A música por sua vez, proporciona além do relaxamento, sensações agradáveis e até mesmo desagradáveis. Sendo assim, este estudo pretende mostrar que a música está diretamente relacionada à motivação na execução dos movimentos, aumentando a intensidade dos exercícios propostos em uma aula de hidroginástica.

          Unitermos: Hidroginástica. Intensidade. Motivação. Música.

 

Abstract
          The Hidro is considered by many researchers and teachers, a physical activity enjoyable and stimulating, through which we can acquire physical and psychological benefits by providing socialization and integration among the participants. This article aims at through a literature review present studies on Hidro and influence of music in the intensity of the exercises, seeking relationships with the motivation and quality of life of practitioners. The readings have enabled us to glimpse the Hidro favors the development of some important physical qualities as strength, cardiorespiratory capacity, strength, flexibility and general physical conditioning. The practice of Hidro's relations with the pace music conducive to the movement and consequently the same intensity of development and incentives for such activity. It can be observed in practice the great influence of these factors on self-esteem and interpersonal relationships. The music in turn, provides beyond relaxation, pleasant sensations and even unpleasant. Thus, this study aims to show that music is directly related to motivation in the execution of movements, increasing the intensity of the exercises offered in a class of Hidro.
          Keywords: Hidro. Intensity. Motivation. Music.

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - Nº 128 - Enero de 2009

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Introdução

    Muitos são os questionamentos e inquietudes sobre a prática da hidroginástica e sua relação com a música. A hidroginástica é uma atividade física prazerosa, e motivante e, conseqüentemente, incrementadora das capacidades físicas, psíquicas e sociais. Ao utilizar a resistência do meio líquido, tal atividade oferece adaptações cardiovasculares e neuromusculares promovendo mudanças na composição corporal, tonificando os músculos e, desta forma proporcionando aumento da auto-estima e das relações interpessoais. Estes objetivos poderão ser alcançados por meio de exercícios realizados com ou sem auxilio de materiais e acessórios. Na qual o profissional habilitado e competente diversifique e amplie a gama de possibilidades para tornar a prática segura, divertida e eficiente.

Hidroginástica

    O prazer de estar praticando uma atividade na água pode relacionar-se à superação dos limites impostos pelos exercícios. Esta possibilidade está diretamente ligada à condição de facilitação dos movimentos, tendo em vista, que o meio líquido, favorece por meio das propriedades físicas da água diminuição do peso corporal e minimização do impacto articular, tornando o risco de lesões menor, o que não caracteriza sua inexistência. Sendo assim, a hidroginástica pode ser considerada segura e indicada a todos os indivíduos independente de sexo, idade e condicionamento geral.

    Por ser uma aula divertida, a hidroginástica conta com um fator relevante que é a música. Através do ritmo que a música oferece é possível observar o estímulo e o prazer de executar os movimentos propostos. Estes estão relacionados diretamente a intensidade no qual o praticante de hidroginástica executa seus movimentos, sendo visível perceber como a música está relacionada ao exercício físico. Pois em qualquer lugar onde existem pessoas se exercitando, pode-se verificar o grande número de adeptos ao uso de aparelhos sonoros para ritmizar seus exercícios ou na maioria das vezes apenas fazer o tempo passar mais rápido.

    Ter a presença da música durante uma aula de Hidroginástica não é o único fator importante. Neste caso, a seleção musical deverá ser adequada e selecionada, pois ela influência na execução dos exercícios, proporcionando agradáveis situações e muitos benefícios do ponto de vista emocional, e social, prevenindo ou atenuando possíveis depressões entre outros sintomas. Nesse sentido, um exemplo claro se resulta na sociabilização e aumento do círculo de amizades, que poderão promover o autoconhecimento, o desejo de superação, e conseqüentemente a melhora da auto-estima. Estes por sua vez, estão diretamente ligados à motivação do indivíduo na relação da hidroginástica como atividade física e o prazer de um ambiente sonoramente agradável.

Hidroginástica: uma prática motivante e benéfica

    A hidroginástica é uma atividade que proporciona o condicionamento físico, e constitui-se de exercícios aquáticos específicos, utilizando a resistência da água como sobrecarga, aborda Bonachela, (2001) apud Assis e Rabelo, (2006). Neste mesmo estudo Assis e Rabelo, (2006) descrevem o conceito de White, (1998) em relação aos exercícios realizados na água, pois oferecem segurança, melhoram o condicionamento físico, a resistência, a força, a capacidade Pulmonar e freqüência cardíaca, a postura, reduz o Percentual de gordura, desenvolve um grau de amizade com outros participantes. De acordo com tal teoria, Ramaldes (2002) afirma que “a água oferece grandes opções de treinamentos suaves e ou intensos, proporcionando uma melhora significativa no condicionamento físico”. Tal contexto é por ele justificado porque na água, em função da diminuição da sobrecarga sobre as estruturas corporais, há diminuição de risco de lesão sobre as mesmas. Desta forma, os indivíduos têm a possibilidade de manterem-se ativos por mais tempo.

    Boutcher (1993) espera que o exercício físico aquático possa reagir de forma diferenciada no aspecto fisiológico, daqueles ao ar livre, devido à presença dos efeitos hidrostáticos da água nos sistemas cardio-respiratórios com a sua capacidade de intensificar a perda de calor comparada ao ar. Sobre isso, Caromano e Candeloro (2001) explicam através de Denison et al, 1972; a relação direta destes componentes com a pressão hidrostática, baseada na teoria de que quando o corpo do indivíduo está submerso o coração funciona com maior eficiência, pois ele precisará bombear 32% mais sangue. Esta é a relação direta com a pressão hidrostática, pois nesta imersão o sangue é acumulado ao redor do coração. Sendo assim o coração é capaz de exercer suas funções com uma quantidade maior de sangue a cada batimento, tendo como conseqüência a eficiência do seu trabalho, promovendo o condicionamento cardíaco.

    Pesquisas realizadas na água comprovam que a pressão hidrostática tem grande relevância, contribuindo para o exercício, pois com a resistência da água sobre a caixa torácica, a circulação será imediatamente estimulada. Isto facilita o retorno venoso que neste caso beneficia os indivíduos com tendência a varizes. Caromano e Candeloro (2001) ainda ressaltam o componente da regulação da temperatura corporal durante o exercício na água. Pois tem diferenças importantes dos exercícios realizados no ar, porque a evaporação do suor, que é o principal meio de dissipar o calor durante exercício no ar, não ocorre na água, e a perda ou ganho de calor por convecção e condução é muito maior na água. Acrescenta (CRAIG & DVORAK, 1969 apud CAROMANO e CANDELORO, 2001).

    Oliveira (2005) concorda ainda com Bonachela (1994), quando menciona que os fatores mais importantes para planejar aulas aquáticas eficazes são promoção e manutenção do equilíbrio muscular adequado, evitando lesões crônicas e má postura. Um dos motivos que provocam estes desalinhamentos corporais é o desempenho prejudicial das atividades diárias.

    Os movimentos humanos realizados no meio líquido estão sujeitos a ações de forças de resistência – que dificultam os deslocamentos, bem como de forças de sustentação – que favorecem a flutuação e diminuem a ação da gravidade. Por ser uma modalidade excelente para diversos aspectos contamos com a motivação proporcionada pela música, sendo ela um fator muito importante dentro de uma aula de hidroginástica. “Pode-se dizer que ela age como um dopping natural – ritmando os exercícios da aula”, explica Ramaldes (2002). Dentro deste aspecto, Martins (1996) cita Pavlovic (1987), quando aponta que a música oferece amplitude e leveza ao corpo, dando ritmo ao movimento. A música além de libertar da timidez e das frustrações, provoca extraordinárias sensações corporais. Sobretudo tonifica, exalta e alivia esquecendo um pouco o corpo e as suas fraquezas.

    Um dos fatores de extrema importância na hidroginástica é o tempo necessário no qual o indivíduo executa os movimentos diretamente relacionado com os objetivos que a hidroginástica oferece. Um desses objetivos é a intensidade que se refere ao vigor com que o seu corpo está se exercitando. Tempo e intensidade trabalham juntos quando falamos sobre condicionamento aquático. Onde o indivíduo deverá manter sua freqüência cardíaca elevada por no mínimo de 15 minutos, para alcançar este objetivo (RAMALDES, 2002). Contudo, pode-se relacionar a intensidade dos movimentos na aula de hidroginástica ao estímulo musical, onde Martins (1996) vem confirmar esta tese, quando pesquisou Anshel e Marisi (1979) eles estudaram o "Efeito da música e ritmo na performance física" e chegaram a resposta que a resistência física de um indivíduo pode ser aumentada se o movimento exercido for ritmicamente coordenado com um estímulo musical. Observaram também que a ausência do sincronismo musical, ou seja, se ela não for sincronizada com o movimento, será desfavorável tanto quanto a ausência de música.

A música como fator de influência na intensidade do exercício

    É preciso esclarecer alguns fatores relevantes quando a música e o movimento precisam estar presentes ao mesmo tempo: Como a música exerce efeito estimulante sobre a motricidade, o caráter melódico pode retardar ou ativar este estímulo. Não basta apenas inserir música nas aulas de hidroginástica é necessário escolher a música certa para o objetivo da aula e mais precisamente para o movimento proposto, pois assim a atividade muscular reproduzirá a intensidade desejada. “Da qualidade da música depende a qualidade do movimento" (MARTINS, 1996). Acompanhando esta linha, pode-se constatar que da mesma forma que a música tem caráter estimulante na intensidade dos exercícios de hidroginástica, a não aplicabilidade do ritmo certo, poderá ir além de não alcançar os objetivos desejados, causando desconforto, desânimo, estado de mau humor, estresse e outros (MARTINS, 1996).

    Quando Anshel e Marisi (1979), apud Martins, (1996), esclarecem os efeitos vantajosos do acompanhamento musical na atividade física em sua pesquisa, citando o autor da Teoria da Percepção Seletiva e autores da Teoria da Atenção Restrita, os autores: Broadbent (1958), Hernandez-Peon (1961). Eles afirmam que o sistema nervoso pode somente atender a estímulos ambientais limitados – a qualquer momento, enquanto omite outro estímulo desagradável e extrínseco. Assim, precisa-se de um estímulo auditivo agradável para bloquear uma transmissão sensorial, aumentando assim a habilidade de um indivíduo de suportar uma atividade física intensa por mais tempo. Nesse sentido a música nas aulas de hidroginástica estaria sendo útil no que se refere ao trabalho de intensidade, afinal este objetivo conciliado a resistência que a água oferece, causa exaustão muscular e a música neste caso estaria atuando no indivíduo de forma anestésica. Porém é necessário esclarecer ao indivíduo os pontos negativos deste estímulo, sendo necessário conhecer os limites do corpo, tendo em vista que o excesso pode gerar lesões, alertando assim para o principio da individualização que tem como característica a condição biológica do indivíduo. O qual determinará o grau de esforço que será capaz de suportar (MARTINS 1996).

Hidroginástica

    Sobretudo é importante enfatizar o que, Martins (1996) em seus estudos afirma que escutamos na verdade com o cérebro, pois o ouvido apenas atua como um microfone, transmitindo e amplificando o som. Neste mesmo estudo, Nepomuceno (1994) apud Martins (1996) acredita que mesmo sendo a visão o primeiro sistema utilizado pelo indivíduo para se tornar parte do mundo, a audição pode ser muito mais vantajosa, pois temos a capacidade de identificar vários tons ao mesmo tempo. Enquanto a visão não é capaz de distinguir várias cores superpostas. Pode-se neste contexto observar a importância do estímulo sonoro nas aulas de hidroginástica, visto que temos a capacidade de ouvir todos os instrumentos em uma mesma música, dando ritmo ao movimento e ignorando qualquer sensação de cansaço e fadiga.

    Considera-se o ritmo parte da nossa existência, pois é através dele que nosso corpo funciona. Todo nosso organismo trabalha sob ritmos específicos e assim o sincronismo do ritmo musical durante as aulas será claramente bem correspondido pelo organismo. Neste caso a execução do movimento será facilitada. Santos (2008) esclarece que outros objetivos, além da intensidade dos movimentos, são também relevantes no que se refere à música e atividade física. Ressalta-se, neste contexto, a capacidade que a música tem de diminuir os níveis de estresse. Fazendo uma associação ao estilo da música, há a necessidade de conhecer bem o objetivo proposto, para a escolha da seleção musical, sabendo que a música influenciará cada momento da aula, pois a pessoa pode acelerar ou diminuir sua movimentação a depender do ritmo musical nos aponta Todres (2007), apud Santos (2008).

    Gurgacz e Orben, (2006), em seus estudos tiveram como tema Proposta para utilização de uma escala com desenhos adaptada à Escala de Borg para o esforço percebido, fala sobre o objetivo da escala de Borg, como forma de avaliação da intensidade dos movimentos na atividade física, neste caso, pode-se relacionar tal escala como proposta para identificação da influência da música na intensidade dos movimentos de hidroginástica. Esta escala classifica subjetivamente, testando o esforço físico, no que se refere ao cansaço e a fadiga do indivíduo. Dondis, (1997) apud Gurgacz e Orben, (2006) aborda a conduta do indivíduo no momento de sua avaliação, pois o mesmo deverá relacionar suas sensações, com as imagens e com o item da escala, podendo assim identificar o seu nível de esforço. Relata também a importância desta opção de avaliação para indivíduos não escolarizados, conclui. A Escala de Borg para o esforço percebido, leva em consideração, a aptidão física e outras condições, como ambientais e níveis gerais de fadiga para avaliar o esforço do indivíduo, define Mahler, (2000) apud Gurgacz e Orben, (2006).

Relação entre música, motivação e hidroginástica

    É de grande relevância relacionar a ausência do estresse na atividade física com a motivação. Afinal, é através deste efeito que o indivíduo, se compromete com algo para alcançar algum objetivo, (neste caso, a aula de hidroginástica). Objetivos esses, que podem ser inúmeros, como: estética, recomendação médica ou até mesmo qualidade de vida. Porém alguns indivíduos não possuem o hábito da prática esportiva ou não se identificam com a mesma, neste caso é necessário apresentar alternativas para haver a motivação destes indivíduos. É possível que este bem estar geral e a elevação da auto-estima sejam generalizados a outros setores da vida, conseqüentemente, ampliando os efeitos psicológicos da prática esportiva para toda a qualidade de vida. Acrescenta, Mori e Deutsch (2005).

    Garrido (2000), apud Mori e Deutsch, (2005) diz que as motivações produzem nas pessoas um estado sentimental positivo ou negativo de forma generalizada, baseados em situações agradáveis ou desagradáveis. Ainda sobre estresse, Mori e Deutsch, (2005), afirma que uma das alternativas mais indicadas para ajudar indivíduos estressados é por meio de atividade física. Pois através desta, o desequilíbrio causado por fatores fisiológicos ou psicológicos, poderá estabelecer-se nas condições normais do organismo.

    Pode-se perceber através de Valim, Bergamaschi, Volp e Deutsch, (2002), quando estudou Willems (1969), Tame (1984), Csikszentmihalyi (1992), Gfeller, (1988), que todos possuem a mesma linha de raciocínio quando citam a música como fator motivacional na atividade física. Pois apreciam a música como fator relevante para diferentes funções. Afinal, os indivíduos reagem aos efeitos da música conscientemente ou não, utilizando-a em vários ambientes e aplicando-a em suas atividades diárias. Ainda sobre isso, afirmam que a música altera os batimentos cardíacos, além de alterar a energia muscular e que muitas funções a música tem sobre o indivíduo, como direcionar a atenção do indivíduo para um determinado estado de ânimo, além de afastar o tédio e a ansiedade. E nas atividades físicas, motiva a duração do exercício e distrai os estímulos não prazerosos como cansaço, dor ou até tensão psicológica, esclarece Valim, Bergamaschi, Volp e Deutsch, (2002).

    Thales (2003) apud Oliveira, (2005) fala sobre as formas e maneiras que se pode realizar a motivação e sociabilização, afinal estas são de extrema importância para os indivíduos se sentirem motivados não só durante a aula, mas para atraí-los para a atividade e fazê-los fiéis a prática. Quando o assunto é aulas, Oliveira, (2005), afirma que a motivação favorece ao indivíduo o desempenho máximo, alcançando assim resultados satisfatórios com a atividade. Ainda sobre isso, Oliveira, (2005) esclarece que a presença da motivação tem o objetivo de encorajar os indivíduos a desempenhar com eficiência o seu papel além de descontrair e fazer amigos. A socialização para o autor nada mais é que a doação mútua de comportamentos esperados pela sociedade. Especificando mais, a socialização será evolvida pela capacidade individual da aquisição de certos valores, atitudes, normas, entre outros, aprendidos na sociedade. Finaliza.

    Nahas (2001), apud Tahara, Santiago (2006) nos aponta sobre o atual contexto das sociedades contemporâneas no que se refere ao estilo de vida ativo, hábitos saudáveis e a atividade física, podendo assim, representar fatores decisivos de qualidade de vida, experimentando sensações de bem-estar. Sendo possível entender a presença de muitos fatores intervenientes que são determinantes na qualidade de vida da população, tais como satisfação no trabalho, prazer, relações familiares, entre outros.

    "Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social". (OMS - Organização Mundial de Saúde). Concordando com essa afirmativa Bouchard (1990), apud Tahara, Santiago, Tahara, (2006) fala sobre as condições humanas com dimensões física, social e psicológica, podendo ser caracterizadas por situações positivas e negativas. A saúde positiva associa-se à capacidade que o indivíduo tem de apreciar a vida e de resistir aos desafios. A saúde negativa ao inverso tem ligação com a morbidade e no extremo a mortalidade.

Conclusão

    De acordo com evidências teóricas, podemos observar que se a música estabelece o ritmo do exercício físico, conseqüentemente, ela vai influenciar no rendimento do indivíduo, pois quanto mais estimulado, pela música, mais o praticante tenderá a ter um melhor desempenho. Além disso, ele terá sua percepção de dor e cansaço desvinculada, o que o ajudará também a ter um melhor desenvolvimento de forma geral. Baseado na concepção de que a música altera o estado de ânimo, pode-se dizer que a presença de músicas agradáveis durante a execução de exercícios físicos, serve para estimular o desenvolvimento físico, psicológico e afetivo. Ainda no aspecto psicológico a hidroginástica conciliada a uma perfeita trilha sonora, proporcionará à elevação da auto-estima, a diminuição de stress, maior disposição para as atividades diárias, entre outros. No que tange ao aspecto social, é fundamental ressaltar o favorecimento das relações interpessoais e conseqüentemente um aumento dos laços fraternos, havendo o interesse em dividir as experiências, os ideais, o estilo de vida e o prazer de viver.

Referências

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