Estudo comparativo entre concepções metodológicas para o ensino técnico da natação |
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*Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP **Fundação Municipal de Ensino Superior de Bragança Paulista – FESB (Brasil) |
Ms. Renato Francisco Rodrigues Marques* ** Emerson Bassi Galhardo** |
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Resumo Este texto procura oferecer subsídios teóricos para o ensino técnico da natação. A premissa adotada é que o processo de ensino/treinamento desta modalidade se estrutura em três fases, sendo a primeira denominada adaptação ao meio líquido - que abrange o desenvolvimento da respiração, equilíbrio, propulsão e flutuação; a segunda denominada de treinamento fundamental - referente ao processo de ensino dos quatro estilos de nado e resistência aeróbia; e a terceira denominada de treinamento competitivo – especialização visando melhora de performance competitiva. O foco do trabalho, realizado com análise de referencial teórico, se dá na primeira e segunda fases, mais especificamente no ensino técnico de ambas, não abordando questões ligadas à performance de aptidão e condicionamento físico no Treinamento Fundamental. São apresentadas as concepções de ensino técnico Global, Analítica e Sintética, suas vantagens e desvantagens, além de exemplos de atividades e formas de aplicação das mesmas. Como conclusão tem-se que principalmente as duas últimas concepções são interessantes para o ensino sistematizado da natação. Porém ambas se completam, sendo mais interessantes em determinados momentos específicos do processo de aprendizagem desta modalidade. Unitermos: Natação. Metodologia de ensino. Treinamento técnico.
Keywords: Swimming, Teaching methodology, Technical training. |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - Nº 128 - Enero de 2009 |
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Introdução
A natação se apresenta na sociedade contemporânea como uma forma de atividade física sistematizada bastante procurada por diferentes pessoas, com objetivos diversos. Trata-se de uma área de atuação do profissional de Educação Física, na qual, para seu ensino e treinamento, se fazem presentes diferentes métodos e abordagens.
Este artigo tem como objetivo, com base em análise de referencial teórico, oferecer subsídios teóricos para essa área de atuação, através da apresentação de possibilidades de princípios metodológicos de ensino técnico. A intenção não é propor uma nova metodologia de ensino, muito menos de estabelecer uma tendência em especial, mas sim, apontar possibilidades de intervenção num processo de iniciação à natação até a preparação do nadador para a possível (se for a vontade do aluno) futura especialização no treinamento competitivo.
Para tal, é usada como premissa a afirmativa de que o processo de ensino/treinamento da natação passa por três etapas, sendo elas:
A adaptação ao meio líquido, na qual o sujeito procura se relacionar com um novo ambiente, adaptando-se a novas situações de equilíbrio, respiração e propulsão (CARVALHO, 1989);
Treinamento fundamental: fenômeno pedagógico, que compreende o aproveitamento de um conjunto de meios que assegurem a aquisição e desenvolvimento de todo o complexo humano, na busca de bases neuropsicomotoras para o exercício futuro da alta performance desportiva (ANDRIES JR; DUNDER, 2002). Consiste na aquisição de capacidade aeróbia mínima e aprendizado dos quatro estilos de nado;
Treinamento competitivo: busca por excelência na modalidade, de acordo com processo de especialização em provas e disputas nas quais o nadador melhor se adapta e apresenta melhores performances.
Neste trabalho em específico serão abordadas as duas primeiras fases de ensino, com ênfase especial aos possíveis métodos ligados aos objetivos das mesmas.
Para tal, são apresentadas num primeiro momento, possibilidades metodológicas para o ensino da natação e, posteriormente, exemplos de atividades ligadas à fase de adaptação ao meio líquido e de ensino do nado crawl, além de uma reflexão comparativa entre as concepções tratadas.
1. Metodologia de ensino
Para o ensino da natação, assim como de qualquer outra modalidade esportiva ou forma de atividade física sistematizada, é necessário o planejamento e a adequação dos processos pedagógicos a certos princípios teóricos, voltados aos objetivos que se deseja alcançar e os meios para tal.
Metodologia de ensino é um conjunto de métodos e técnicas utilizados a fim de que o processo ensino-aprendizagem se realize com êxito. Tem o objetivo de dar direção à aprendizagem ao educando e respeitar sua liberdade, para que a assimilação de diretrizes, atitudes e valores possam acontecer da melhor forma, respeitando seus aspectos pessoais (MARTINS, 1985).
O processo de ensino da natação passou por muitas mudanças através do tempo, recebeu diversas influências de muitas correntes de ensino, que foram criadas até chegar a um status capaz de satisfazer as necessidades pedagógicas.
Machado (1978) traz sugestões de concepções de ensino que compõem o tripé da pedagogia da natação: Concepção global; Concepção analítica; Concepção Sintética.
1.1. Concepção Global
A concepção global é a corrente pedagógica mais velha de ensino da natação. Nela não está contida nenhuma preocupação com métodos ou qualquer forma organizada de aprendizagem. É a perspectiva que visa apenas a sobrevivência como maior objetivo do aprendizado. Nesta concepção tudo está a cargo do instinto, na qual o objetivo é resolver a sucessão de problemas ligados à sobrevivência no meio líquido (MACHADO, 1978).
Segundo Catteau e Garroff (1990), trata-se de uma concepção “primitiva” ou pré-científica do homem, bem como da natação, ilustrada por suas origens longínquas. Ou seja, uma perspectiva ligada à intuição e a pouca ou quase nenhuma atuação do professor, sendo baseada na idéia de tentativa e erro.
Aplicada à natação, consiste na tentativa de observação e realização, sem contribuições de processos fragmentados ou direcionados de ensino. Apóia-se na imitação de movimentos ou na criação de formas próprias de propulsão na água.
1.2. Concepção Analítica
Machado (1978) aponta esta concepção como a compreensão das partes para chegar ao conhecimento do todo. Apóia-se na busca por uma execução lógica, com base na fragmentação do conteúdo, obedecendo a uma série sistematizada de exercícios e tarefas para que ocorra o processo de aprendizagem. É uma perspectiva pautada na teoria Behaviorista.
Greco (1998), embora trabalhe voltado ao ensino de Jogos Esportivos Coletivos, contribui, ao apontar que esta concepção da literatura da Educação Física se baseia em séries de exercícios, regidos por princípios metodológicos: do conhecido ao desconhecido; das partes ao todo; do fácil para o difícil; do simples para o complexo; divisão do movimento em fases funcionais.
Esta perspectiva segue a linha de ensino-aprendizagem onde o todo é fracionado em partes coerentes e pedagogicamente úteis no processo de ensino-aprendizagem, instigando assim, o aluno a aprender, a entender e a usufruir deste conhecimento de forma espontânea e consciente nas situações futuras decorrentes em sua vida.
Este método segue princípios metodológicos nos quais a divisão de estímulos e atividades é feita de forma que os movimentos são ensinados seguindo uma fase funcional (GRECO, 1998).
Esta concepção é muito aplicada no ensino da natação, visto sua presença através da fragmentação do movimento e do aprendizado na busca por uma técnica tida como perfeita a ser atingida. O objetivo não é criar uma forma tecnicamente adaptada ao nadador, mas sim, buscar repetir modelos biomecanicamente mais eficientes e tidos como ponto a ser alcançado.
1.3. Concepção Sintética
Apóia-se na corrente psicológica da Gestalt, que traz uma definição contrária da analítica, porque é partindo do todo que se identificam as partes e consegue desenvolve-las da melhor forma (GRECO, 1998).
Parte do que o aluno já sabe e, através de situações problema, jogos, brincadeiras e transformações de execuções técnicas convencionais, busca alcançar uma forma eficaz de nado, pautada na capacidade de adaptação do nadador ao estilo a ser ensinado.
Essa perspectiva não desconsidera um padrão biomecanicamente estabelecido, porém, não busca a simples repetição do mesmo através de séries de exercícios, mas sim uma aproximação do que o aluno já sabe à forma tida como mais eficiente, criando uma técnica que se faça apropriada e eficaz para o nadador.
Dietrich; Dürrwächter e Schaller (1984) descrevem (da mesma forma que Greco, pautado no ensino de jogos, mas oferecendo certa contribuição teórica) uma forma aproximada desta, o princípio global-funcional. A principal característica deste método é adequar todo o jogo através de uma seqüência de jogos recreativos, tornando acessível a todas as faixas etárias e a todas as capacidades dos alunos o desenvolvimento do jogo completo. Este autor utiliza a palavra jogo, pois se refere aos esportes coletivos. Quanto ao processo de ensino-aprendizagem, o aluno deveria passar por diversos jogos como uma formação do todo. Porém, seu conceito do princípio global-funcional, ou do método sintético, tem aplicação em qualquer modalidade esportiva, como neste caso na natação.
A grande diferença desta concepção para a analítica é a contextualização do movimento oferecida ao aluno, pois é desta forma que se explora o seu conhecimento. Por utilizar aspectos ligados à resolução de problemas ou uma perspectiva lúdica, acaba por se aproximar com a idéia de jogo.
2. Atividades relacionadas a cada concepção de ensino
Através da apresentação de atividades ligadas à natação, e adequadas a cada concepção de ensino, pode-se notar diferenças que cada método oferece e desenvolve. Sendo assim, os itens a seguir buscam demonstrar possíveis formas decorrentes de ensino em cada uma das descrições das concepções analisadas. Não há referência à perspectiva Global, visto que é pautada na intuição e não na sistematização pedagógica.
Na apresentação comparativa entre as perspectivas analítica e sintética, usar-se-á como exemplo o processo de adaptação ao meio líquido e suas fases de realização. Num segundo momento, toma-se como exemplo o ensino do nado crawl.
Nesta concepção, segundo Machado (1978), pode-se dividir o aprendizado em fases, as quais levam à realização do objetivo por completo da adaptação ao meio líquido: flutuação, respiração, propulsão e o mergulho elementar.2.1. Atividades da concepção analítica
Tem-se como exemplo, na fase de adaptação ao meio líquido, o processo de entrada na água e familiarização com o ato de respiração no meio aquático. Nessa fase, uma perspectiva analítica não busca a contextualização do movimento, mas o ato técnico em si. É importante salientar que as atividades propostas são fundamentadas na perspectiva de fragmentação dos movimentos e o ensino em fases de realizações técnicas.
Como possibilidade de ilustração tem-se o exercício “Entra e sai”, no qual o aluno parte da posição sentada na borda da piscina e entra e sai da mesma ao comando do professor, o qual deve, de forma gradativa, dar os comandos, até que os alunos tenham adquirido confiança na realização do exercício.
Outra possibilidade é o passeio aquático, na qual o aluno, através do contato com toda a área da piscina, pode criar um convívio e assim ter a noção de onde está e até onde pode ir, conhecendo todo o espaço que vai utilizar.
Quanto à respiração, pode-se apresentar a fragmentação desta ação com as mãos apoiadas na borda da piscina, o aluno emerge e submerge a cabeça, na tentativa de expirar dentro da água. As imersões completa com a apneia e completa mais prolongada são a base da educação respiratória, podendo utilizar os exercícios de flutuação no ensino desta técnica (MACHADO, 1978).
Depois de desenvolvida a fase de imersão em apneia, o aluno passará para o segundo objetivo do processo que é realizar a expiração quando submerso na água, iniciando assim, a fase da imersão completa mais prolongada, pois permanece imerso até que tenha ar para expirar.
Quanto à associação do ato de respirar com movimentos mais amplos na água, tem-se o conceito de “respiração aquática” que, segundo Machado (1978), é a adaptação feita para a respiração na água. Dividida em quatro fases: educação respiratória, respiração frontal, respiração lateral e respiração bilateral.
Quanto à flutuação, apresenta-se o exercício do “X”, no qual o sujeito se posiciona em decúbito dorsal e tenta flutuar na água, num primeiro momento com a ajuda do professor ou de aparelhos, e num posterior, sem tais auxílios.
Outra forma pode ser trabalhada executando o exercício no qual o aluno inspira profundamente, uni as pernas de forma a agrupá-las próximas ao seu corpo e mantém a sua face na água até que seu quadril esteja alinhado na superfície. A partir daí resiste até o seu limite de fôlego mantendo-se em decúbito ventral. Este exercício não deve representar uma disputa ou competição, pois assim estará caracterizando o método sintético que será citado mais adiante, o aluno deve entender que ele deve realizar este exercício até o seu limite, aumentando progressivamente sua capacidade.
A noção de propulsão começa a ser trabalhada com exercícios simples como o escorregador, no qual o aluno posicionado perto da parede pega impulso com os pés e pernas para realizar a flutuação em decúbito ventral, e de acordo com a sua propulsão é que se determina a distância que irá percorrer.
Pode-se ter esse processo de propulsão no meio líquido, sob a concepção analítica da seguinte forma (MACHADO, 1978): o aluno segurando a borda da piscina, com a cabeça fora da água, começa a realizar a batida das pernas de forma alternada, tentando mantê-las estendidas e os pés em flexão plantar. Posteriormente, podem ser adicionados mais objetivos, como realizar a respiração frontal, a respiração lateral, a respiração bilateral, começar a soltar as mãos da borda, iniciar o deslocamento com objetos de apoio, como o apoio do professor, o apoio de prancha e de flutuadores até que o aluno possa ganhar confiança e começar a se deslocar sozinho.
Quanto ao mergulho elementar, após o aluno ter confiança no salto inicial, pode-se incentivá-lo a realizar o salto com pequenas distâncias para pegar impulsão, partindo com um passo de distância. Posteriormente, a distância pode ser aumentada gradativamente. Outra possibilidade é, partindo da posição ajoelhada, o aluno projeta os seus membros superiores em direção à água, até que encoste suas mãos na mesma e assim inicia o processo do mergulho.
Trabalhando o processo de ensino da pernada no nado estilo crawl, por exemplo, pode-se utilizar séries de exercícios fragmentados, com ou sem auxílio de apoios como de pranchas ou flutuadores. O processo se dá na racionalização de exercícios separados em grupos: membros inferiores, membros superiores, respiração e, num momento seguinte, a junção de tais técnicas.
É nesse grupo de atividades que se apresentam os exercícios corretivos ou educativos, que visam aprimorar movimentos e ações técnicas com base em movimentos adaptados às necessidades do nadador.
É importante destacar o caráter fragmentado dos exercícios, nos quais cada etapa a ser realizada ocorre em separado da realização final, sendo esta concretizada com a junção das diferentes fases aprendidas pelo aluno.
2.2. Atividades da Concepção Sintética
Essa perspectiva segue uma linha de aprendizagem distinta do método analítico, pois fundamenta-se na afirmação de que é a partir do todo que se aprende com êxito o objetivo final. Como exemplificação do processo de contextualização do processo de ensino não fragmentando movimentos técnicos, mas sim, especificando objetivos através de jogos e atividades com situações-problema, tem-se o método proposto por Andries Jr, Pereira e Wassal no livro “Natação Animal: Aprendendo a nadar com os animais” (2002). Seu conteúdo apresenta atividades que fundamentam-se na ludicidade, criatividade e desenvolvimento de técnicas de nado de acordo com o que o aluno já sabe, através de histórias que envolvem animais e as ações técnicas necessárias para a adaptação ao meio líquido e aprendizagem dos quatro nados.
Da mesma forma adotada no item anterior, relacionado à exemplificação da concepção analítica, tomar-se-á como exemplo o processo de adaptação ao meio líquido.
Os primeiros contatos com a água podem ser trabalhados, segundo este método, utilizando-se da imagem de um rato, o qual é dado o nome de “conratos n'água”. Dessa forma, utiliza-se da contextualização lúdica para facilitar o processo de familiarização do aluno com um novo ambiente. O processo citado trata-se de uma história contada pelo professor, na qual, em determinados momentos, os alunos, envolvidos pela fantasia da história, se vêem realizando ações de entrada e equilíbrio na água sem a realização analítica de tarefas, mas sim, brincando de acordo com as ordens do condutor da atividade.
A respiração, nessa concepção, pode ser trabalhada com a história de um elefante, o que já ressalta a presença de um ser grande, um pouco desajeitado e com uma enorme tromba, que pode ser fantasiada pelos alunos como o seu próprio nariz. Este personagem é chamado de “respirefante”. Por seu peso elevado, a primeira reação ao entrar na água será a imersão, na qual o professor antes de iniciar a contextualização deve proporcionar as devidas explicações relevantes ao processo respiratório (ANDRIES JR; PEREIRA; WASSALL, 2002).
Os alunos se transformam no personagem para realizar as atividades, por isso a necessidade de saber respirar corretamente. Nessa história o personagem aprende a expirar assoprando uma vela de bolo, desenvolvendo a técnica correta da respiração no meio líquido. Esse processo pode ser realizado em imersão, realizando por completo o ato da respiração.
Na perspectiva desse método citado, a flutuação pode ser trabalhada com outra contextualização. Uma história em que um tatu vê sua caverna alagada e necessita flutuar para não morrer afogado. Nesse momento, o professor orienta os alunos para envolverem seus joelhos com os braços, em flexão de quadris e joelhos, tentando flutuar com a cabeça em imersão. É possível ainda ensinar a “Lei do empuxo”, na qual o corpo dentro do meio líquido sofre uma força de baixo para cima facilitando assim a sua flutuação (ANDRIES; PEREIRA; WASSAL, 2002).
A propulsão é contextualizada através da história do “Propulgão”, uma pulga que realiza impulsos nas bordas da piscina (ANDRIES; PEREIRA;WASSAL, 2002).
Para exemplificar este método no ensino de um nado específico, pode-se utilizar uma brincadeira na qual os alunos imitam o “crawlchorrinho”, personagem criado para a facilitação do nado “cachorrinho”, que pode servir como parte de um processo de construção do nado crawl.
Considerações finais
Apresentadas tais concepções de ensino técnico da natação, pode-se dividi-las em dois grupos. O primeiro formado pela perspectiva Global, a qual não sistematiza um método de ensino e possibilita a aprendizagem através da intuição e da experimentação, baseada na regra de tentativa e erro. Já o segundo grupo, formado pelas concepções Analítica e Sintética, já direciona o processo pedagógico desta modalidade num sentido de racionalizar os passos a serem tomados, porém de acordo com princípios diferentes.
Ambas as perspectivas abordadas nesse segundo grupo se mostram positivas num processo de ensino técnico da natação, se usadas nos momentos mais adequados. Seria um risco determinar num artigo teórico, com seus limites de aplicação, quais seriam esses momentos, porém, é possível especular que uma tendência mais ligada à idéia analítica se faz útil para alunos já adaptados ao meio líquido, com idade mais madura e com desejo de aprender a nadar de forma mais eficiente, visto que permite a racionalização e fragmentação da técnica do nado e aproximação da mesma de um modelo biomecanicamente tido como ideal. Já a perspectiva Sintética se mostra mais adequada no processo de ambientação do aluno no meio líquido e na iniciação do mesmo a conceitos de adaptação e aprendizado dos estilos de nado, visto que contextualiza a prática, atraindo a atenção para a resolução de problemas e adaptação ao meio líquido, questões que facilitarão sua aprendizagem e aumentarão sua capacidade de aprendizagem técnica na água.
De toda forma, nada impede a utilização conjunta dessas concepções. Inclusive, é possível afirmar que essa escolha se faz de grande valia, visto que aumenta a variedade de tarefas e problemas a serem resolvidos pelos alunos, aumentando sua capacidade de desenvolvimento técnico e compreensão de conceitos importantes para a realização do ato de nadar.
Referências bibliográficas
ANDRIES JR, O.; PEREIRA, M. D.; WASSAL, R. de C. Natação animal: Aprendendo a nadar com os animais. São Paulo: Manole, 2002.
ANDRIES JR, O.; DUNDER, L H. Treinamento Fundamental. São Paulo: Manole, 2002
CARVALHO, C. de. Introdução à didática da natação: adaptação ao meio aquático. Lisboa: Compendium, 1989.
CATTEAU, R.; GARROFF, G. O ensino da natação. 3 ed. São Paulo: Manole, 1990.
DIETRICH, K.; DÜRRWÄCHTER, G.; SCHALLER, H-J. Os grandes jogos: metodologia e prática. Rio de Janeior: Ao Livro Técnico, 1984.
GRECO, P. J. Iniciação esportiva universal: Metodologia da iniciação na escola e no clube. Belo Horizonte: UFMG, 1998.
MACHADO, D. C. Metodologia da natação. São Paulo: E.P.U., 1978.
MARTINS, J. do P. Didática geral: fundamentos, planejamento, metodologia e avaliação. São Paulo: Atlas, 1985.
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digital · Año 13 · N° 128 | Buenos Aires,
Enero de 2009 |