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Exercício físico diminui os níveis de hemoglobina
glicada em indivíduos com Diabetes Mellitus tipo 1

 

*Professora Adjunta do Centro Universitário Feevale (FEEVALE)

Pesquisadora do Grupo de Pesquisas em Bioanálises

**Alunos de graduação do curso de Biomedicina - FEEVALE

***Laboratório de Análises Toxicológicas - FEEVALE

****Professores do Instituto de Ciências da Saúde - FEEVALE

(Brasil)

Daiane Bolzan Berlese* | Marina Carolina Moreira**

Elias Benetti** | Luana Silveira de Carvalho**

Marina Venzon Antunes*** | Rafael Linden****

Luciane Rosa Feksa**** | Gustavo Roese Sanfelice****

daianeb@feevale.br

 

 

 

Resumo

          O Diabetes Mellitus tipo1 (DM1) é uma doença crônica que resulta do ataque auto-imune das células beta das ilhotas de Langherans do pâncreas. Elas são responsáveis pela produção de insulina e a sua destruição resulta na absoluta deficiência deste hormônio. A reação auto-imune no DM1 é decorrente de uma associação entre fatores ambientais e genéticos. A dosagem de hemoglobina glicada (HbA1c) tem um papel fundamental na monitorização do controle glicêmico. Informações acerca desses índices estão diretamente relacionadas aos riscos de complicações, especialmente cardiovasculares em indivíduos com DM1. A prática de exercícios físicos está relacionada à redução de mortalidade cardiovascular em indivíduos com DM1, assim parece haver uma relação importante entre o exercício físico e o controle glicêmico destes sujeitos. Portanto, o objetivo deste estudo foi relacionar os níveis de HbA1c com a prática de exercícios físicos em indivíduos com DM1. Participaram deste estudo trinta e dois voluntários portadores de DM1, divididos em dois grupos, os que praticavam exercícios físicos (PEF) e os que não praticavam exercícios físicos (NPEF). Foi dosado o nível de HbA1c nos dois grupos voluntários. A análise estatística revelou que os voluntários do grupo PEF apresentaram níveis de HbA1c menores do que o grupo NPEF. Este estudo demonstra que a prática de exercícios físicos regulares pode auxiliar para um melhor controle glicêmico em indivíduos com DM1 e desta forma contribuir para retardar a progressão da doença, bem como a prevenção de complicações crônicas causadas pelo DM.

          Unitermos: Exercício físico. Diabetes Mellitus. Hemoglobina glicada.

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - N° 124 - Setiembre de 2008

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Introdução

    A prevalência de Diabetes Mellitus do tipo 1 (DM1) atingiu um número alarmante nos últimos anos. No mundo estima-se que haja 12 milhões de DM1, sendo que este valor tende a dobrar em 2030 (OMS, 2007). No Rio Grande do Sul existem cerca de 15 mil indivíduos atingidos pela doença e destes, 800 estão na região do Vale do Sinos (DATASUS, 2005).

    O DM1 é uma doença crônica que resulta do ataque auto-imune das células beta das ilhotas de Langherans do pâncreas. Elas são responsáveis pela produção de insulina e a sua destruição resulta na absoluta deficiência deste hormônio (ALY et al, 2006).

    A reação auto-imune no DM1 é decorrente de uma associação entre fatores ambientais e genéticos. Infecções virais, estresse psicológico e baixa atividade física são exemplos de como o ambiente pode contribuir para desencadear o processo inflamatório contra as células beta do pâncreas (TANNUS et al, 2007). Embora haja muitos estudos a respeito da etiologia do DM1, ainda não se sabe o exato mecanismo que dispara a cascata de eventos que provoca a carência da produção de insulina (MIMBACAS et al, 2003).

    O pico de incidência do DM1 ocorre entre os 10 e 14 anos de idade, havendo a seguir uma diminuição progressiva da incidência até os 35 anos, casos de DM1 de início após esta idade são poucos freqüentes. No entanto, indivíduos de qualquer idade podem desenvolver o DM1 (GROSS et al, 2002).

    Os portadores do DM1 apresentam hiperglicemia, devido inabilidade do organismo em utilizar a glicose pela ação da insulina, sendo necessária à administração exógena desse hormônio, caracterizando o indivíduo como insulino-dependente (FERNANDES et al, 2005; GROSS et al, 2002).

    Para a Associação Americana de Diabetes (ADA) o método diagnóstico recomendado é a dosagem de glicemia em jejum e o teste de tolerância à glicose (TTG) em algumas circunstâncias. Em consenso da ADA, o limite máximo da normalidade da glicemia de jejum passou a ser de 99 mg/dl, sendo que a glicemia de jejum inapropriada (pré-diabetes) está definida entre 100 e 125mg/dl (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2003).

    A hemoglobina glicada, também conhecida como HbA1c, embora seja utilizada desde 1958 como uma ferramenta de avaliação do controle glicêmico em indivíduos portadores de diabetes, passou a ser cada vez mais empregada e aceita pela comunidade científica após o ano de 1993, depois de ter sido validada pelos dois estudos clínicos mais importantes sobre a avaliação do impacto do controle glicêmico sobre as complicações crônicas do diabetes: o Diabetes Control and Complications Trial (DCCT), de 1993, e o United Kingdom Prospective Diabetes Study (UKPDS), de 1998. Essas pesquisas demonstraram que manter o nível de HbA1c abaixo de 7% no paciente diabético reduz significativamente o risco de desenvolvimento de complicações típicas dessa doença.

    As conseqüências do DM em longo prazo acontecem devido a alterações micro e macrovasculares que levam a disfunção, dano ou falência de vários órgãos. As complicações crônicas compreendem a nefropatia, com possível evolução para insuficiência renal, a retinopatia, com possibilidade de cegueira, e a neuropatia, com risco de úlceras nos pés, amputações e manifestações de disfunção autonômica, incluindo disfunção sexual. Indivíduos portadores de diabetes apresentam elevado risco de doença vascular aterosclerótica, como as doenças coronarianas, arterial periférica e vascular cerebral (OLIVEIRA, 2003).

    Estudos têm demonstrado que o exercício físico diminui a hipertensão arterial, contribui para a redução do colesterol e triglicerídios, colaborando na redução e evolução das doenças cardiovasculares (AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE & AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2000), além de contribuir para a redução de peso, bem como na manutenção do peso normal e da massa muscular se o exercício for associado a uma dieta equilibrada (NEUHOUSER et al, 2002).

    Diversos autores têm demonstrado que a prática de exercícios físicos aeróbicos associados ao exercício resistido tem mostrado valores satisfatórios para os níveis de HbA1c em indivíduos com DM1 (MOSHER et al,1998).

    De Angelis et al (2006) apontam como efeitos dos exercícios no metabolismo do DM1 a melhora da ação insulínica, que ocorre principalmente pela maior expressão e translocação de GLUT-4 (proteína transportadora de glicose dependente de insulina) do centro para a membrana celular.

    O benefício do exercício físico sobre a sensibilidade á insulina é demonstrado tanto no exercício aeróbico como no exercício físico resistido. O mecanismo pelos quais essas modalidades de exercício melhoram a sensibilidade à insulina parece ser diferente, portanto acredita-se que a combinação das duas modalidades pode ser benéfica na manutenção da saúde (CIOLAC & GUIMARÃES, 2004; BERLESE et al, 2007).

    Para tanto, o objetivo deste estudo foi relacionar os níveis de hemoglobina glicada com a prática de exercícios físicos em indivíduos com DM1.

Indivíduos e métodos

    Foram investigados trinta e dois indivíduos adultos com idades entre 18 e 40 anos com diagnóstico estabelecido de DM1, moradores da Região do Vale do Sinos/Rio Grande do Sul/Brasil. Os participantes concordaram e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Feevale-CEP (processo nº: 2.08.01.07.571).

    Os voluntários responderam a um questionário sobre a prática de exercícios físicos e para critérios de avaliação foram classificados em dois grupos: “Praticantes de Exercício Físico” (PEF) aqueles que praticavam exercícios físicos a pelo menos seis meses no período mínimo de trinta minutos duas vezes por semana. Os indivíduos que não praticavam exercícios físicos semanalmente ou não obedeceram ao critério acima foram classificados como “Não Praticantes de Exercícios Físicos” (NPEF).

    Os participantes compareceram ao laboratório de Biomedicina do Centro Universitário Feevale onde foi coletada uma amostra de sangue para dosagem da HbA1c no período matutino por punção de veia periférica. A HbA1c foi dosada através de um protocolo desenvolvido no laboratório de Análises Toxicológicas do Centro Universitário Feevale pelo método de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) por troca iônica, a partir de uma amostra de sangue total.

    A análise comparativa realizada entre os dois grupos PEF e NPEF foi efetuada empregando-se o teste t de Student para amostras independentes. Fixou-se em 0,05 ou 5% o nível de rejeição da hipótese de nulidade (p<0,05). Para o cálculo estatístico foi utilizado o software SPSS 13.0 for Windows.

Resultados

    A relação entre os níveis de HbA1c em indivíduos com DM1 e a prática de exercícios físicos regulares estão demonstrados na Figura 1. A análise estatística revelou uma diferença significativa (p<0,05) entre os grupos “Praticantes de Exercício Físico” (PEF) e “Não Praticantes de Exercícios Físicos” (NPEF). Dados estão expressos como média + erro padrão da média. Os valores de HbA1c encontrados para o grupo PEF foram de 8,3% + 0,4 e para o grupo NPEF foram de 9,7% + 0,5.

Figura 1. Relação entre os níveis de HbA1c em indivíduos com DM1 e a prática de exercícios físicos regulares. Dados expressos como média e erro padrão da média.

* p<0,05.

Discussão

    O exercício físico tem sido cada vez mais preconizado como conduta importante para a prevenção e promoção da saúde. No entanto, em alguns estados patológicos, como no Diabetes Mellitus, essa prática precisa ser bem conduzida para que os riscos sejam os menores possíveis e os benefícios sejam aumentados buscando promover uma melhor qualidade de vida.

    Atualmente, o exercício físico regular, juntamente com a insulinoterapia e o planejamento alimentar tem sido considerado como uma das três principais abordagens no tratamento do DM1 (DE ANGELIS et al, 2006).

    A execução de exercícios regulares provoca adaptações metabólicas e endócrinas. Assim, em indivíduos com DM1 alguns fatores como o estado insulinêmico e glicêmico, bem como as características do exercício físico, podem alterar as respostas metabólicas e endócrinas agudas e crônicas, fazendo com que o exercício possa ser benéfico ou não ao indivíduo dependendo de como ele é conduzido (RAMALHO, SOARES, 2008).

    Os indivíduos com DM1 em geral são jovens e freqüentemente costumam praticar exercícios físicos. Deste modo, o exercício é bem recomendado, no entanto, pode haver o risco de hipoglicemia e/ou hiperglicemia. É fundamental combinar a dose de insulina, ingestão de carboidratos e exercícios físicos para um adequado controle do diabetes (STEPPEL, HORTON, 2003).

    Em indivíduos com elevado tempo da doença, associado a complicações resultantes, o exercício pode piorar os sintomas, por exemplo, em indivíduos com retinopatia proliferativa, o exercício vigoroso pode aumentar a probabilidade de deslocamento da retina ou hemorragia retinal e vítrea (ZINMAN et al, 2004).

    Por outro lado, a atividade física tem a propriedade de aumentar a captação de glicose pelas células musculares, e o exercício físico induz aumento na sensibilidade à insulina (KOIVISTO et al, 1986, FERREIRA, et al 2008). Assim como para a população sem DM, o exercício físico exerce efeitos favoráveis sobre fatores de risco cardiovasculares comumente associados ao DM. Desse modo, atribui-se ao exercício físico benefícios hemodinâmicos e metabólicos decorrentes da melhora da resistência à insulina, também presente no DM1.

    Resultados contraditórios têm sido relatados sobre os benefícios do exercício físico no controle metabólicos em indivíduos com DM1, assim como o tipo de exercício mais adequado. Existem poucos trabalhos na literatura sobre o efeito do exercício resistido no controle metabólico do DM1, contudo, nossos resultados mostraram um papel benéfico do exercício físico em relação aos níveis de HbA1c em indivíduos com DM1, embora o controle glicêmico destes indivíduos ainda não tenha alcançado níveis desejáveis, ficou evidenciado que os indivíduos que praticavam exercícios físicos regularmente apresentaram um melhor controle glicêmico quando comparados com aqueles que não praticavam exercícios físicos regulamente.

    Outros estudos, envolvendo modificações no estilo de vida foram efetivos em melhorar o controle glicêmico e modificar favoravelmente vários fatores de risco cardiovascular no DM1 (PERRY et al, 1997; MC CARGAR et al, 1991)

    Alterações no estilo de vida de indivíduos com DM1, dieta com menores conteúdos de gordura saturada e aumento da atividade física, mostraram-se eficazes em melhorar o controle glicêmico e o perfil lipídico, em longo prazo (PERRY et al, 1997).

    Nosso estudo corrobora com outros resultados descritos na literatura que demonstram que a prática de exercícios físicos regulares e orientados podem auxiliar para um melhor controle glicêmico em indivíduos com DM1 e desta forma contribuir para retardar a progressão da doença, bem como a prevenção de complicações crônicas causadas pelo DM.

Referências

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  • BERLESE, D. B. et al. A importância do exercício físico e sua relação com Diabetes Mellitus tipo 2. EFDeportes.com, Revista Digital, Buenos Aires. Ano 12, n.115, 2007. Disponível em http://www.efdeportes.com/efd115/exercicio-fisico-e-diabetes-mellitus-tipo-2.htm. Acesso em julho de 2008.

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  • STEPPEL, J. H., HORTON, E. S. Exercise in the management of type 1 diabetes mellitus. Reviews in Endocrine & Metabolic Disorders, V.4, p.355-360, 2003.

  • TAUNNUS, L. R. M. et al. Diabete Mellito tipo 1 em Gêmeos Dizigóticos. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, v.51, n.1, p.142-145, 2007.

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  • ZINMAN, B. et al. Physical activity/exercise and diabetes. Diabetes Care, v.27, p.S58-62, 2004.

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