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Modelos epistemológicos. Algumas implicações
no planejamento de atividades com idosos

 

*Doutor em Educação pela UNIMEP

docente na Universidade de Passo Fundo

**Doutor em Educação pela UFSCar

docente na Universidade de Passo Fundo

***Psicóloga, Mestre em Educação pela UPF

Grupo de estudos CNPq Educação e Corporeidade

****Fisioterapeuta, Grupo de Estudos CNPq Educação e Corporeidade

André Baggio*

Péricles Saremba Vieira**

Maira Meneguzzi Soldatelli***

Renata Maraschim****

psvieira@upf.br

(Brasil)

 

 

 

Resumo

          Os modelos epistemológicos são modos/formas de conhecer criados em todas as áreas do conhecimento e influenciadores do planejamento e desenvolvimento de ações. Este ensaio é uma organização desses referenciais epistemológicos, em relação à semelhanças e diferenças de dois grandes modelos: o objetivista e o subjetivista bem como suas implicações para a Educação Física, em especial os pressupostos orientadores das metodologias de trabalho com idosos.

          Unitermos: Modelos epistemológicos. Educação Física. Idosos.

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - N° 124 - Setiembre de 2008

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Epistemologia

    Apesar da origem antiga da palavra episteme que no platonismo indicava conhecimento verdadeiro em oposição à opinião infundada, epistemologia apareceu no vocabulário filosófico a partir do século XIX. Atualmente a epistemologia estrutura-se em torno dos princípios, da natureza, etapas, hipóteses, limites e resultados do conhecimento humano, em especial ao conhecimento científico. Atualmente encontramos disciplinas de metodologia assumindo o espaço de análise das condições e dos limites, dos instrumentos e da linguagem da pesquisa.

    Nosso objeto é apresentar os referenciais epistemológicos em relações de semelhanças e diferenças.

    Para iniciar lembramos que todo o conhecimento acontece historicamente a partir de um paradigma. O que é paradigma? Kuhn (1995) indica algumas variáveis:

    De um lado, toda a constelação de crenças, valores, técnicas etc..., partilhadas pelos membros de uma comunidade determinada (p. 218).

    Ou as realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência (p. 13).

    No seu uso estabelecido, um paradigma é um modelo ou padrão aceitos. (p. 43)

    Ao aprender um paradigma, o cientista adquire ao mesmo tempo uma teoria, métodos e padrões científicos (p. 144).

    Quando mudam os paradigmas, muda com eles o próprio mundo (p. 145).

    Grande é a terminologia referente a modelos de conhecimento. Entendemos que eles podem ser reunidos em dois grupos a partir da relação entre o sujeito que deseja conhecer e o objeto a ser conhecido. Lembremos que sujeito e objeto não são entidades transcendentais e sim determinados pelo paradigma de seu tempo.

Objetivismo

    O que se quer dizer quando se afirma que um conhecimento é objetivo? Ainda que não se saiba bem, comumente pensamos em conhecimento preciso, que tem um foco bem estabelecido, conhecimento verdadeiro, inquestionável e, também, conhecimento científico. É qualquer teoria que afirma a supremacia dos fenômenos objetivos sobre a experiência subjetiva.

    Epistemologicamente podemos afirmar que todo o conhecimento objetivo tem em comum a supremacia do objeto sobre o sujeito na obtenção da verdade. Quer dizer que com a produção de determinado conhecimento se quer dizer exatamente o que é o objeto independentemente do sujeito. Por isso mesmo que esses modelos de conhecimento empregam importância fundamental na metodologia. É ela que vai possibilitar a averiguação da objetividade. Uma vez estabelecido o conhecimento objetivo, com o detalhamento metodológico, qualquer sujeito, seguindo os mesmos passos, chegará ao mesmo resultado.

    Relaciona-se o conhecimento objetivo à ciência justamente porque, historicamente, esse é o modo principal de acontecer, especialmente as ciências naturais ou ciências exatas (objetivo = exato). Assim, um conhecimento é objetivo quando diz exclusivamente sobre o objeto.

    Nesse primeiro bloco podemos justapor referenciais como empirismo, materialismo e positivismo.

    Para exemplificar destacamos o empirismo e o positivismo por considerá-los como os melhores representantes desse bloco.

    Na filosofia moderna o empirismo torna-se uma doutrina que afirma a precedência do mundo objetivo sobre a cognição humana, que se limita a fornecer significado ou compreensão a uma realidade autônoma e previamente existente.

    Enquanto finalidade operacional o empirismo pretende fragmentar e simplificar para conhecer o real, estabelecendo-o através de leis para dominá-lo, pois o real como um todo não pode ser conhecido e pertence ao mundo das suposições racionalistas que não permitem comprovação, algo que o empirismo se opõe. Seu objetivo é o de desvendar, descobrir o mundo real ou a realidade enquanto algo independente de quem conhece. Mundo-objeto, mundo objetivo.

    Segundo essa teoria todo o conhecimento deriva unicamente da experiência, o que permite falar posteriormente em ciência experimental (para se diferenciar da ciência mística baseada em verdades transcendentes) que é sinônimo de ciência como a temos hoje. O objetivismo limita-se ao que pode ser apreendido do mundo pelos sentidos (os instrumentos usados são para ampliar e precisar nossos sentidos), em oposição às verdades apriorísticas do racionalismo. No empirismo a verdade vem sempre a posteriori.

    É o pensamento voltado para tudo que é seguro e definitivo. Sistema criado por Auguste Comte (1798-1857), e desenvolvido por inúmeros epígonos. O Positivismo é uma escola de pensamento que se contrapõe à metafísica, ao transcendentalismo e ao idealismo. Fortaleceu o desejo da idéia do ser humano em dominar e organizar a natureza por meio da ciência. Seu aspecto mais humanista tem o objetivo de adquirir um conhecimento exato e objetivo do homem como um ser social, através da referência das ciências exatas e dos métodos das ciências experimentais. Denominado também como filosofia positiva ou, simplesmente comtismo.

    As doutrinas influenciadas pelo comtismo nos séculos XIX e XX caracterizam-se pelo cientificismo, metodologia quantitativa e hostilidade ao idealismo e a todo pensamento subjetivo.

    O positivismo influenciou outros campos do conhecimento como a filosofia, que deveria se limitar a considerar os fatos da linguagem como um conjunto de fenômenos a serem descritos, tomados independentemente dos falantes que os empregam. Exemplo disso, no Tractatus de Wittgenstein, encontra-se a afirmação de que “os limites de minha linguagem denotam os limites de meu mundo” (§ 5.6). E que “O método correto em Filosofia seria propriamente: nada dizer a não ser o que pode ser dito, isto é, proposições das ciências naturais – algo, portanto, que não tem a ver com a Filosofia” (§ 6.53).

    As implicações do modelo objetivista e suas variantes na construção de conhecimentos que orientam as ações em Educação Física, teve sua ascensão durante os anos setenta e oitenta e se faz presente ainda com bastante intensidade neste início de século. Especificamente a aprendizagem com os cuidados com o corpo1 que têm início na vida escolar, são marcados pela passagem do professor espartano e disciplinador que utiliza como método de trabalho ginásticas rígidas e repressivas com vistas a construção de uma corporeidade ascética e de valorização dos aspectos relacionados ao nacionalismo, para o perfil de professor esportivo, caçador e construtor de talentos. O novo perfil, levando em conta a necessidade de produzir bons resultados, recordes e medalhas tendo o esporte competitivo fundamentado no princípio do desempenho, exigiu outras formas de trabalho fato que implicou em construir um conhecimento confiável relativo ao objeto de atenção. Com isso surgem ferramentas de trabalho tais como as medidas, os testes e avaliações as quais tornam-se importantes instrumentos de coleta de dados. As variáveis resultantes das análises destes dados, para alcançarem o status de “científicos” precisam ser rigorosamente controladas para que em situação semelhante possam ser repetidas. Ao adotar o modo científico de conhecer as variáveis relacionadas ao comportamento humano tendem ser desprezadas.

    Como decorrência deste tipo de conhecimento toma lugar de destaque nos cursos de formação profissional em educação física, disciplinas como Fisiologia, Treinamento, Biomecânica, Antropometria, Bioquímica, Informática vinculados ao alto treinamento/rendimento de atletas. Encontrar um aluno/atleta com características apropriadas para cada modalidade esportiva e construir sua corporeidade conforme o necessário, exige rigorosos testes laboratoriais, treinamentos, repetições, automatizações. Os dados obtidos por meio destes procedimentos, analisadas e estudados estatisticamente possibilitam “conhecer” o objeto e a partir daí treinar os corpos para aceitar a dor, o estresse... Santin (2002) sobre as implicações desta tendência no processo de desenvolvimento humano assim se manifesta:

    “não penso levar aos tribunais de uma nova Inquisição os cientistas modernos... muito menos negar os benefícios do conhecimento científico e da técnica. Luto, isto sim, pelo direito de poder rebelar-me contra as imposições de suposta neutralidade e objetividade da verdade científica e dos cientistas; de não me sentir obrigado a adotar uma metodologia única para tratar dos ser vivo, em geral, e do ser humano em particular; de sustentar a tese de que a natureza tem muito mais ordens e racionalidades do que a ordem e a racionalidade lógico-matemática da cientificidade moderna” (p 10)

    Nesta perspectiva da formação profissional em educação física, os fundamentos dificilmente se voltavam para pessoas com características diferenciadas do perfil de atleta. O talvez seja por esta razão que o idoso passou a ser visto/identificado/atendido/avaliado pelos mesmos referencias metodológicos, padronizados....Nesse sentido é possível entender porque somente em períodos recentes foi contemplado nos currículos destes cursos conhecimentos vinculados ao ciclo de vida dos idosos.

Subjetivismo

    O que se quer dizer quando se afirma que um conhecimento é subjetivo? Ainda que não se saiba bem, comumente pensamos em conhecimento impreciso, que não tem um foco bem estabelecido, conhecimento que não pode ser comprovado, questionável e, também, conhecimento não científico. É qualquer teoria que afirma a supremacia dos pensamentos do sujeito sobre a experiência objetiva.

    Nos modelos subjetivistas a relação sujeito-objeto acontece priorizando as capacidades do sujeito. O resultado do conhecimento deve dizer mais da criação do sujeito do que do objeto. O conhecimento é sempre a priori à relação sujeito-objeto. A ênfase está na percepção interna, na intuição. Os símbolos são instrumentos para analisar a realidade.

    Epistemologicamente podemos afirmar que todo o conhecimento subjetivo tem em comum a supremacia do autor, sobre o objeto na obtenção da verdade. Quer dizer que com a produção de determinado conhecimento se diz exatamente o que o sujeito elaborou com supremacia na relação o objeto. Por isso mesmo que esses modelos de conhecimento subjetivistas não atribuem importância fundamental à metodologia. Não é a metodologia e sim as condições do sujeito que vão possibilitar a obtenção do conhecimento. Por conseguinte, a produção do conhecimento subjetivo é sempre única. Outro sujeito estudando os mesmos objetos condições semelhantes poderá obter outras respostas. Não há detalhamento rígido a ser seguido para obtenção dos mesmos resultados. Nesse caso todo trabalho de pesquisa é único e, de certo modo, original. Assim, todo conhecimento é subjetivo quando tem o seu suporte no sujeito conhecedor.

    Nesse segundo bloco podemos justapor referenciais como inatismo, apriorismo, idealismo e racionalismo.

    O primeiro afirma o caráter inato das idéias no homem, sustentando que independem daquilo que ele experimenta e percebe após o seu nascimento, ou numa aplicação mais ampla, as bases do conhecimento antecedem as deduções advindas na relação com o objeto. As possibilidades do conhecimento pertencem ao sujeito.

    A elaboração mais conhecida do inatismo é encontrada em Sócrates, nos diálogos de Platão, especialmente no Mênon. Nesse diálogo temos a “teoria da reminiscência” onde Sócrates afirma

    A alma é, pois, imortal; renasceu repetidas vezes na existência e contemplou todas as coisas existentes tanto na terra como no Hades e por isso não há nada que ela não conheça! Não há de espantar que ela seja capaz de evocar à memória a lembrança de objetos que viu anteriormente, e que se relacionam tanto com a virtude como com outras coisas existentes. [...] Pois, sempre, toda investigação e ciência são apenas simples recordação. [...] não há ensino, mas apenas reminisciência (PLATÃO, s/d, p. 55-56).

    Esse processo de aprendizagem é denominado “maiêutica socrática”, ou o ato de parir idéias. Com essa metodologia Sócrates pretende mostrar a falsidade de algumas idéias, aceitas como verdades, ao mesmo tempo em que evidencia no espírito e novos caminhos ao raciocínio, levando seus interlocutores a conhecerem a verdade que não pode ser ensinada, pois está dentro de cada um, na sua alma. O verdadeiro conhecimento não está no que alguém pode ensinar e sim o autoconhecimento. O que o “professor” pode fazer é ajudar ao “aluno” a trazer à luz as idéias que ele já possui, ajudá-lo a se conhecer melhor. Seu princípio pedagógico é o de fazer perguntas para criar a dúvida e, com isso, resolver o problema básico para que alguém aprenda algo: ele precisa querer aprender. Normalmente o professore sabe o conteúdo de sua disciplina. Mas, nem sempre, os alunos gostariam de aprender e o professor tem condições de fazer com que o aluno queira aprender. Sócrates pergunta a Mênon: “Despertando-lhe dúvidas [...] acaso lhe causamos prejuízo?” E ele mesmo responde: “Agora, porém, está em dúvida, sabe que não sabe e deseja muito saber!” (PLATÃO, s/d, p. 59).

    Os modelos epistemológicos aprioristas fundamentam-se na convicção da existência de conhecimentos, princípios idéias etc. que antecedem a relação do sujeito com o objeto de conhecimento. Isto é, conhecimentos que não advém de nossa experiência com a realidade externa. Conseqüentemente a ênfase é colocada nos conceitos e na capacidade de raciocínio que o sujeito possui em detrimento de metodologias, normalmente criadas pelo próprio pesquisador. Talvez, melhor que metodologia, o sujeito cria um estilo.

    Há de se diferenciar entre apriorismo e inatismo. A semelhança é a de que ambos são modelos subjetivistas, que remetem as condições prévias do sujeito às possibilidades do conhecimento. Mas, no inatismo, essas condições não são elaboradas na convivência cultural. Elas pertencem à alma, no caso de Sócrates, ou a genética na transmissão hereditária, nas posições cientificistas. Já no modelo apriorista, essas condições do sujeito, não são exclusivamente inatas, pois o próprio sujeito vai se fazendo na relação cultural. Nessa relação o determinante é o que o sujeito já sabe. Isso não significa que ele não aprenda, não amplie seu conhecimento, mas isso acontece sempre com a prevalência do sujeito. As possibilidades de conhecimento, resultante da relação do sujeito com o objeto, encontram-se a priori no sujeito.

    Inicialmente podemos entender o idealismo em oposição ao realismo. A ontologia clássica, no interesse de estabelecer a verdade do ser, apresenta duas vertentes. O realismo de Aristóteles e a doutrina filosófica de Platão. Tamanha é a expressão do idealismo de Platão, que o ganhou a denominação conhecida como platonismo. Semelhantemente, a Aristóteles, Platão também queria dizer sobre o que é a realidade, mas essa realidade apresenta uma natureza essencialmente espiritual, sendo a matéria uma manifestação ilusória, aparente, incompleta, ou mera imitação imperfeita de uma matriz original constituída de formas ideais. Na teorização mais conhecida de Platão encontra-se em seu diálogo A República, no livro VII. Esse texto traduzido como “a alegoria da caverna”, ou “mito da caverna” está em consonância com a “teoria das reminiscências” do Mênon. Na “caverna” temos a teorização de onde está o verdadeiro conhecimento, enquanto que nas “reminiscências” encontramos uma proposta pedagógica, a aplicação da teoria, de como se possui o conhecimento. Observação: para Platão o real é a idéia.

    Todo o modo de pensar que atribui valor ao conhecimento produzido pela razão, atribuindo destaque para o pensamento lógico. A razão é o meio para explicar a realidade.

    O pensador racionalista mais conhecido é Descartes, com suas teorias filosóficas fundamentadas na suposição de que a investigação da verdade, conduzida pelo pensamento puro, ultrapassa em grande medida os dados imediatos oferecidos pelos sentidos e pela experiência.

    E, tenho notado que nada há no eu penso, logo existo, que me assegure a verdade, exceto que vejo muito claramente que, para pensar, é preciso existir, julguei poder tomar por regra geral que as coisas que concebemos mui clara e mui distintamente são todas verdadeiras (DESCARTES, 1983, p. 47).

    Kant é outro pensador moderno que pode ser relacionado ao racionalismo, mas é possível, também, identificá-lo com o idealismo, devido à proximidade dessas posturas filosóficas. Sua teoria considera que o sentido e a inteligibilidade de um objeto de conhecimento dependente do sujeito que o compreende, o que torna a realidade cognoscível carente de auto-suficiência, e necessariamente redutível aos termos ou formas ideais que caracterizam a subjetividade humana. “A razão só compreende o que ela mesma produz segundo seu projeto, que ela teria que ir à frente com princípios dos seus juízos segundo leis constantes e obrigar a natureza a responder às suas perguntas, mas sem se deixar conduzir por ela como se estivesse presa a um laço” (KANT, 1983, p. 11).

    O subjetivismo visa conhecer a partir uma lógica sobre o real. Criar, racionalizar o mundo real. A verdade é construção resultante dos sistemas conceituais que o razão cria para criar a realidade.

    As implicações desse modelo nas atividades de Educação Física com idosos tende enfatizar as condições e necessidades individuais dos alunos levando em conta suas histórias de vida, interesses pessoais, sua auto-imagem, modo de vida e perspectivas. Nesse sentido parece clara a diferença das práticas objetivas que visam e partem da padronização das atividades.

Atividades com idosos

    Na perspectiva objetivista as atividades privilegiam a quantificação através de metodologias e estatísticas. Nesse aspecto há padronização das atividades a todos os alunos. O objetivo é criar um padrão de grupo na realização das atividades.

    Na perspectiva subjetivista ganham destaque atividades individualizadas, primando pelas necessidades individuais e pela espontaneidade. O objetivo é criar sensações de bem-estar nas pessoas com respeito a suas indiossincrasias, não como entidades isoladas, mas inseridas em um contexto social. Nesse sentido cabe lembrar a

    Biologia do Conhecimento de Maturana e Varela com a tese que a vida é um processo de conhecimento influenciado e modificado pelo que experenciamos. Baseado nestes pressupostos teóricos, a proposta parte da perspectiva que o terapêutico e o pedagógico são dimensões de uma única ação e que as relações entre agentes educativos e alunos devem ser de aprendizagem que possibilitem a inserção e interação social assegurando as individualidades (MATURANA, 2003 p. 9 – 10)

    No modelo objetivista encontramos uma pré-determinação das metodologias sobre os alunos. A metodologia é escolhida a priori ao conhecimento sobre a individualidade dos alunos.

    No modelo subjetivista é a individualidade de cada aluno que pré-determina as práticas. A metodologia é organizada a posteriori ao encontro e sondagem sobre as individualidades dos alunos.

Nota

  1. A Educação Física tornou-se obrigatória nos currículos escolares, por força da legislação, a partir de década cinqüenta.

Referências

  • DESCARTES, R. O discurso do método. Os pensadores – Descartes. Abril Cultural, 1983.

  • KANT. I. Crítica a razão pura. Os pensadores – Kant (I). São Paulo: Abril Cultural, 1983.

  • KUHN, Thomas, S. A Estrutura das Revoluções Científicas. Trad. Beatriz Vianna Boeira e Nelson Boeira. São Paulo: Perspectiva, 1982.

  • MATURANA, H. e VARELA, F . A árvore do conhecimento. São Paulo: Palas Athena, 2003, 3ª. Ed.

  • PLATÃO. DiálogosMênon, Banquete, Fedro. Rio de Janeiro: Ediouro, s/d.

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revista digital · Año 13 · N° 124 | Buenos Aires, Setiembre de 2008  
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