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A psicologia aplicada às categorias de base do futebol

La psicología aplicada a las categorías de fútbol base

The psychology devoted to the soccer varsty

 

*Preparador Físico das Categorias em Formação do MAC - Marília Atlético Clube, Marília - SP

Especializando em Futebol pela UFV – Universidade Federal de Viçosa, MG

Especializando em Fisiologia do Exercício pela

UFPR – Universidade Federal do Paraná, Curitiba - PR.

**Psicóloga das Categorias em Formação do MAC – Marília Atlético Clube, Marília – SP

Especialista em Psicologia Hospitalar – Conselho Federal de Psicologia – SP

Especialista em Ações em Saúde Baseada em Evidências pela

FAMEMA – Faculdade de Medicina de Marília - SP.

Daniel Pereira Coqueiro*

danicoq@yahoo.com.br

Noemi Peres Honorato**

noemiperes@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

Resumo

          Este artigo foi desenvolvido através de uma revisão de literatura com a intenção de contribuir com os profissionais da área do esporte, na compreensão da dinâmica mental dos atletas das categorias de base do futebol, diante das implicações presentes na prática do trabalho cotidiano. A escolha precoce pela carreira no esporte, a relação distorcida e inadequada com a sociedade, pais e treinadores, são fatores que podem interferir de maneira negativa no processo de amadurecimento emocional e trazer sofrimento psíquico na busca pela nova identidade. Conseqüentemente repercute em seu desempenho desportivo. Nesse processo de transformação o jovem traz valores e perspectivas morais, normas e crenças já aprendidas na família, na escola e comunidade e tenta reformulá-las. Busca novos modelos de identificação em adultos de sua nova convivência e se depara com a figura do técnico, o qual exerce grande influência em sua formação enquanto pessoa e atleta. O profissional psicólogo junto ao trabalho do técnico vem a enriquecer e clarificar a dinâmica das relações e o foco das intervenções. Ambos podem planejar desde o início da temporada uma série de intervenções integrando aspectos de segurança, apoio e motivação. Neste sentido, é de extrema importância o envolvimento e a sensibilização dos dirigentes de clubes, para as necessidades emocionais específicas emergentes do adolescente/atleta que, de maneira direta ou indireta participam do processo de construção de futuros cidadãos.

          Unitermos: Psicologia do Esporte. Adolescente. Futebol.

 

Resumen

          Este artículo fue desarrollado a través de una revisión de la literatura con la intención de contribuir con los profesionales en el área de deportes, en la comprensión de la dinámica mental de los jugadores de las categorías de fútbol base, teniendo en cuenta las implicancias de la práctica del trabajo diario. La elección precoz por la carrera en el deporte, la relación distorsionada e inadecuada en la sociedad, los padres y entrenadores, son factores que pueden interferir de modo negativo en el proceso de madurez emocional. Esto lleva a un sufrimiento mental en la búsqueda de nueva identidad lo que se refleja en su rendimiento deportivo. En este proceso de transformación, el joven trae valores y perspectivas morales, normas y creencias ya aprendidas en la familia, en la escuela y en la comunidad e intenta reformularlas. También busca nuevos tipos de identificación en los adultos de su nueva convivencia y la coexistencia con la figura del técnico, que ejerce gran influencia en su formación como persona y deportista. El profesional psicólogo junto a la labor técnica, enriquece y clarifica la dinámica de las relaciones y el enfoque de las intervenciones. Ambos pueden planificar desde el comienzo de la temporada una serie de intervenciones que incorporen aspectos de la seguridad, el apoyo y la motivación. En este sentido, es fundamental la participación y la sensibilización de los dirigentes de los clubes, en las necesidades emocionales específicas de los adolescentes/jugadores que, en forma directa o indirecta, participan de la construcción de los futuros ciudadanos.

          Palabras clave: Psicología del Deporte. Adolescente. Fútbol.

 

Abstract

          This article was developed through a revision of literature with the intention of contributing with the sports area professionals, in the understanding of the mental dynamic from the soccer varsty athlets, facing the present implications in practice of the daily work. The precocious choice for the run in the sport, the distorted and unsuitable relation with the society, parents and trainers, are factors that can interfere in a negative way in the process of emotional maturing and bring psychological suffering in the search for the new identity. Consequently it has repercussions on his athletic performance. In this process of transformation the young person brings values and moral perspectives, standards and beliefs already learnt in the family, in the school and community and try to renovate them. Look for new models of identification in adults of his new familiarity and it comes across the figure of the technician, who practises great influence in his formation while person and athlete. The professional psychologist along the work of the technician comes to enrich and to clarify the dynamic of the relations and the focus of the interventions. Both can plan from the beginning of the season a sequence of interventions integrating security aspects, support and motivation. In this sense, it is extremely important the involvement and the good sense of all club leaders, for the emotional specific emergent necessities of the adolescent / athlete that, in straight or indirect way they participate of the process of construction of future citizens.

          Keywords: Psychology of the Sport. Adolescent. Soccer.

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - Nº 123 - Agosto de 2008

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Introdução

    A psicologia do esporte tem início em seus estudos, nos meados de 1920 na União Soviética fundamentada em pesquisas experimentais psicofisiológicas. No Brasil, o pioneiro foi João Carvalhaes em 1950 (RUBIO, 2000). Seu trabalho iniciou-se com uma proposta de colaboração na formação de um processo básico de conduta técnica junto aos árbitros de futebol, pela escola de árbitros da Federação Paulista de Futebol (CARVALHAES, 1974).

    “Meditávamos por várias vezes sobre a inter-relação do comportamento motor, expressão corporal, condições ideoplásticas, intencionalidade pessoal, e a potencialidade integrada dos atletas” (CARVALHAES, 1974, p. 15).

    João Carvalhaes, um pesquisador em psicometria teve seu primeiro convite a integrar a equipe de futebol do São Paulo Futebol Clube, onde permaneceu por 20 anos podendo compor a comissão técnica da seleção brasileira de 1958 ficando conhecido no exterior como inovador por excelência.

    O esporte no século XX é considerado um fenômeno sociocultural, onde contempla a necessidade de atuação de diversas áreas de conhecimento. O que se conhece como Ciências do Esporte: antropologia, filosofia, psicologia, fisiologia, medicina, entre outras. Embora se perceba a necessidade do trabalho entre as disciplinas, contudo não representa a prática interdisciplinar. Convivem enquanto soma, mas não enquanto relação. Passado quase meio século desde seu início a Psicologia do Esporte segue em sua evolução em várias direções (RUBIO, 2002).

    A psicologia do esporte foi regulamentada como especialidade apenas no ano de 2000, o que nos remete às reflexões sobre a busca de uma identidade pautada na realidade brasileira. Onde os instrumentos e técnicas foram se adequando as condições e as instituições esportivas com sua peculiar cultura na vida dos atletas e dos cidadãos. E nessa busca encontra-se uma diversidade de abordagens psicológicas que parte da psicanálise, do cognitivismo, do behaviorismo radical, do psicodrama, da psicologia social, da psicologia analítica ou da gestalt como referencial teórico (RUBIO, 2007).

    Muitos profissionais psicólogos trabalham nesta área, aperfeiçoando seu conhecimento e atuação junto a atletas, dirigentes e juízes, com o desenvolvimento técnico significativo. Mas o que se encontra, apesar da proximidade, é um desconhecimento do papel do psicólogo, restringindo a tarefa, a “atletas problema” e a forma da atividade resumida à palestras. Um equívoco muito sério manifestado através do desconhecimento sobre os sentimentos e emoções que envolvem este contexto (SILVA, 2005).

    A psicologia do esporte transpõe a teorias e técnicas de varias modalidades de especialização e abordagens, para o contexto do esporte. Pode referir-se a avaliação para construir perfil e também ser usadas técnicas de intervenção para a maximização do rendimento esportivo (FEIJÓ, 2000). Tem como meio e fim o estudo do ser humano envolvido com a prática de atividade física e esportiva competitiva e não competitiva. Os estudos incluem processos de avaliação, as práticas de intervenção ou a análise do comportamento social que se apresenta na situação esportiva a partir da perspectiva de quem pratica ou assiste ao espetáculo (RUBIO, 2002).

    A função da psicologia do esporte, consiste na descrição, explicação e no prognóstico de ações esportivas com o fim de desenvolver e aplicar programas, cientificamente fundamentados, de intervenção, levando em consideração os princípios éticos (NITSCH, 1986, p. 189).

    Os temas como a motivação, personalidade, liderança, dinâmica de grupo, pensamentos e sentimentos dos atletas foram sendo conhecidos e atualmente fazem parte das preocupações e necessidades dos profissionais e pesquisadores. Os aspectos emocionais têm sido considerados como importante diferencial em situações que necessitem grandes decisões (BUCETA, 1998; GONZALEZ, 1997).

    A psicologia na categoria de base é de fundamental importância e deve ser estudada também por todos os profissionais da área. Dentro da prática do esporte há sempre fases a serem superadas que devem estar integrados aos pilares de desenvolvimento desportivo e uma boa evolução depende diretamente de uma boa base para se chegar ao alto rendimento. A motivação da escolha de um futuro atleta, é um aspecto importante a ser trabalhado pela psicologia, nem todos os atletas almejam como meta o desporto de alto rendimento e podem realmente não virem a ser (RAMIREZ, 1999).

    A aplicação da psicologia desde a base aumenta a qualidade de habilidades psicológicas na vida do jovem que esta se formando como pessoa e atleta (NÚÑEZ CÁRDENAS, 2005).

O adolescente, a psicanálise e o futebol

    A opção pelo esporte acontece de maneira precoce diante de diversas outras escolhas. A criança começa a participar de competições esportivas dos 5 ao 12 anos, de acordo com a modalidade. No esporte coletivo, desde os 11/12 anos, já regulamentado pelas federações esportivas. Ingressam em escolinhas, clubes ou instituições de formação de atletas, onde são separados em categorias. A formação do atleta vai acontecendo simultaneamente com outras descobertas. Acredita-se que o papel do atleta esteja diretamente relacionado com a formação de sua identidade (MARKUNAS, 2007).

    A busca pela nova identidade mais amadurecida acontece durante o processo da adolescência que compreende a faixa etária de: 10 a 19 anos. Esta fase é marcada por intensas mudanças psicobiofisiológicas que irá variar de acordo com os fatores hereditários, ambientais, nutricionais e psicológicos. Podendo também se definir de acordo com sua dimensão histórica, política, econômica, social e cultural (OMS, 1965).

    As mudanças são marcadas por lutos (perda do corpo infantil, dos pais de criança, perda da onipotência), pois o indivíduo irá aos poucos, perdendo sua identidade infantil e busca por uma nova identidade, tanto em nível consciente como inconsciente. Neste momento, ele não quer o adulto conhecido, agora busca então outros adultos, aos quais tenta idealizar. As mudanças são lentas e não pode haver pressão interna e externa que seja muito intensa, pois a expressão de emoção é necessária diante desta nova construção de identidade. O adolescente passa por transformações em sua estrutura física, provocando um sentimento de impotência frente uma realidade concreta. Essa dinâmica muitas vezes é manifestada nos pensamentos de fracasso e os desafia com atitudes de onipotência. Por esta razão é visto pelo adulto que o classifica como extremista difícil e impertinente (KNOBEL, 1990). Ele vivência as experiências emocionais num clima de alto teor emocional com carga afetiva de maior impacto do que o adulto (OSÓRIO, 1989).

    Na tentativa de integração da personalidade o adolescente enfrenta experiências do passado infantil com as exigências do meio externo (demandas sociais: vocação para o trabalho, relação com o sexo oposto, etc.). Sua conquista depende também do reconhecimento pelos outros, que o auxilia a encontrar uma maior segurança. Pois se não consegue afirmar sua identidade no final da adolescência, é porque não conseguiu integrar as diversas identificações que seu ego realizou no decorrer do desenvolvimento e infelizmente seu resultado poderá ser de um adulto em permanente crise que representa papéis difusos e contraditórios (D’ANDREA, 1982).

    O jovem se encontra numa etapa de reformulação de valores e perspectivas morais, trazendo consigo uma série de normas e crenças aprendidas na família, na escola e na comunidade (CARRAVETTA, 1997). Importante salientar que toda manifestação esportiva esta intimamente relacionada à estrutura da sociedade a qual esta inserida. Pois o esporte através de sua organização, no processo de ensino-aprendizagem e na prática, expressa valores subjacentes desta (RUBIO, 2002). Esses fatores externos, juntamente com a disposição e talento individuais mais as políticas institucionais, o papel dos formadores, sejam eles professores de educação física ou técnicos, podem influenciar a até determinar a transformação de um aspirante em atleta (MARKUNAS, 2007). A mídia interfere também muitas vezes na escolha. Produz no imaginário, a pratica esportiva como o desfruto de prazeres, alegrias e diversões ilimitados (MARKUNAS, 2007).

    Considera-se que o jovem se constitui pela busca do prazer e/ou fuga ao desprazer, resultado de lembranças associadas às experiências agradáveis ou desagradáveis, positivas ou negativas que inconscientemente estão presentes nas mais diversas ações esportivas (RAMIREZ, 1999).

    A psicanálise pode integrar e complementar o trabalho desportivo principalmente nas categorias menores ou preparação física de muitos anos. Por não ser imediatista, se encontra no privilégio diante da possibilidade da repetição do inconsciente, em relação ao desejo e ao prazer como princípio do sujeito e suas influencias na pratica desportiva (LAPIERRE, 1984). Ou seja, o atleta irá lidar ou expressar emoções diante da pressão da torcida da mesma forma como sempre lidou com as pressões exercidas oriundas de seus pais ou figuras semelhantes. O fato é que as repetições sempre acontecem de forma involuntária (RAMIREZ, 1999).

Relação treinador e atleta amador

    O adolescente é cobrado pela sociedade quanto à escolha profissional, e o papel que irá representar com determinado valor no grupo social, para ser valorizado e respeitado. O treinamento para ações concretas e voltadas para vida profissional é de fundamental importância para as necessidades do adolescente. O aprendizado do futebol pode não consistir na precisão de números de tarefas, mas na espontaneidade de todo organismo do jogador e a coordenação das interações que une todos os jogadores ao grupo, ao time. Essa busca primeiramente deve ser estimulada pelo educador, dada a importância de liberar a criatividade e plasticidade (ELMOR, 2002).

    Os treinadores podem expressar e apresentar vários tipos de comportamento, de acordo com sua personalidade. Por exemplo: disciplinadores, pontuais, autoritários ou exigentes; organizados, dando ênfase aos aspectos pedagógicos e metodológicos, respeitando as regras morais e éticas. E no extremo temos os treinadores liberais, exclusivistas e intuitivos, mas são vaidosos não aceitam opiniões (CARRAVETTA, 2002). No entanto para se trabalhar em categorias de base ele precisa ter algumas características, como por exemplo: ser alegre e bom transmissor de conhecimentos e valores para que possa promover no atleta uma participação motivadora nos diferentes treinos (DOSIL, 2001). Sendo muito próximo dos atletas, exerce influencia no comportamento dos mesmos. Pode ser técnico, educador, conselheiro e líder (CARRAVETTA, 2001). A maneira como um técnico se comporta frente à equipe, este intimamente associado aos comportamentos de seus atletas refletindo na relação social e execução das tarefas (CARVALHO; RODRIGUES; SIMÕES, 1998). Para o treinador que trabalha com jovens atletas é necessário que tenha uma teoria de treinamento que também atenda as necessidades e interesses dos mesmos (HAHN, 1998). É preciso esclarecer quais são os objetivos trabalhados e compreender que os modelos do esporte são diferentes nos atletas infantis em relação ao profissional. O fundamental é o desenvolvimento como pessoa, que saiba ganhar e perder (NUÑES CARDENAS, 2005).

    O técnico influencia muito na educação dos atletas, não se limita apenas a transmissão dos conhecimentos para um melhor rendimento destes, ele é o facilitador da realização do atleta como ser humano (MARQUES; KURODA, 2000). O educador poderá ser um pai (mãe), orientador(a) ou treinador(a), que procura integrar a transmissão de conhecimento com a necessidade do aluno reconhecer sua realidade para que possa desenvolver um senso crítico para transformá-la (ELMOR, 2002).

    A função de treinador é difícil, mas também poderá ser gratificante no que se refere a vencer as competições e também proporcionar um clima de crescimento individual e grupal para seus atletas (BECKER JUNIOR, 2000).

    Dentre os elementos que estão presentes na atividade cotidiana esportiva do jovem, os pais e o técnico são os mais importantes, formando a tríade, treinador-atleta-pais com inter-relações que será decisivo na construção de um ambiente adequado para a formação esportiva (SAMULSKI; VILANI, 2002).

    Durante todo esse processo, o atleta tem a necessidade de se aproximar do técnico para poder entender o que este espera dele. E o treinador precisa estar consciente dos objetivos de cada atleta que trabalha (DIAS; TEIXEIRA, 2006).

Relação treinador e o psicólogo

    O psicólogo auxilia o técnico a perceber, entender e avaliar suas observações, ou seja, busca trabalhar com a identificação dos fatores que afetem as interações do grupo facilitando a padronização de atitudes e de linguagem entre os membros da equipe técnica e também a capacitar a observação para identificar situações problema, para a escolha do procedimento mais adequado. É através da interlocução da psicologia que os treinadores poderão compreender os comportamentos dos atletas (MACHADO, 1997). O educador físico também troca impressões com o psicólogo sobre as condições físicas (rendimento) dos atletas e programa seu trabalho de acordo com as sugestões dadas para a solução dos problemas que comprometem o rendimento geral (CARVALHAES, 1974).

    É de fundamental importância que o atleta adquira o esporte como um hábito. E o psicólogo e o treinador promovem este estímulo através de todo o planejamento da temporada. Procuram agregar aspectos de segurança, confiança e motivação (DOSIL, 1999). O ideal é iniciar a preparação física com a psicológica que promove aos atletas um enfrentamento mais estruturado diante das competições e os treinamentos. Melhorando assim suas habilidades físicas e psicológicas (DOSIL, 2001). Uma das dificuldades encontradas pelo treinador é a preparação psicológica. É preciso fazê-la com certa freqüência para ter um melhor controle de si mesmo, pois enfrenta uma tensão psíquica ao ver seus atletas na competição. Neste sentido o psicólogo lhe mostrará as técnicas oportunas (NUÑES CARDENAS, 2005).

    A aplicação de algumas técnicas de preparo psicológico aos atletas, não será realizado especificamente pelo psicólogo. Este irá capacitar e supervisionar o técnico ou o preparador físico, visto que estes estão mais em contato com os atletas do que o próprio psicólogo (BECKER JUNIOR; SAMULSKI, 2002).

    O técnico, centro de decisões de uma comissão técnica, deve enxergar o psicólogo como um aliado e não como concorrente. Se ele não entender ou não reconhecer o trabalho, não confiará nesse profissional, vislumbrando-o como uma ameaça ao seu poder. O trabalho integral é fundamental. Os objetivos devem ser comuns (DE ROSE JUNIOR, 2000 apud MORETTI, 2004, p. 99).

Relação pais e filhos atletas

    Dentre os elementos que estão presentes na atividade cotidiana esportiva do jovem, os pais e o técnico são os mais importantes, formando a tríade, treinador-atleta-pais com inter-relações que será decisivo na construção de um ambiente adequado para a formação esportiva (SAMULSKI; VILANI, 2002).

    Nas diversas influências que o jovem recebe em sua formação de atleta, é importante ressaltar a necessidade de um ambiente com condições favoráveis para esse processo, sendo que a família representa um grupo social primário para que possa desenvolver sua identidade e motivação para um sucesso futuro. Receberá neste núcleo toda a segurança, incentivo e amor como suporte para a carreira. Mas se for um ambiente desestruturado, com dificuldades nas inter-relações, na aceitação ao treinador e influência excessiva e ineficaz, pode interferir negativamente (HELLSTEDT, 1995).

    Alguns pais projetam nos filhos seus desejos, sonhos que não foram satisfeitos em sua juventude, deixando de atendê-los nas vivências alegres e seguras. Este comportamento dos pais, de forma inconsciente pode levar a diferentes condutas que poderá representar tanto aspectos positivos quanto negativos (HANLON, 1994). Ao observar as condutas dos pais de jovens atletas, encontram-se aqueles que se dedicam a apoiar com sobriedade, outros que sempre estão ausentes e aqueles que perturbam por sua atitude desequilibrada (BECKER JUNIOR; TELOKEN, 2000). Os pais desinteressados são os que transferem as responsabilidades ao treinador. Seu filho não apresenta motivação intrínseca para a modalidade esportiva que o leve a querer praticar; pais mal informados são aqueles que permitem a prática esportiva, mas não se envolvem no processo nem nas competições. Não é falta de interesse, mas uma incompreensão sobre sua importância na formação do filho; pais excitados são os se envolvem no processo de maneira adequada, vão aos treinamentos. Mas em jogos mais empolgantes, se excitam de maneira exacerbada se dirigindo aos árbitros com ofensas, prejudicando o ambiente competitivo e dando mau exemplo. Não percebem este comportamento nem o constrangimento que causam aos filhos e os pais fanáticos que são os mais problemáticos têm expectativas exageradas, desejam que seu filho seja um herói no esporte. Interferem no processo de preparação, cobram muito do filho chegando quase ao extremo, onde este pode perder o prazer de jogar. Exaltam-se facilmente com o treinador, árbitro, causando um ambiente hostil (HELLSTEDT, 1987).

    As pessoas que estão envolvidas nos esportes juvenis precisam identificar como os pais podem influenciar positivamente em seus filhos para a pratica desportiva e encorajá-los a continuarem com essa conduta. Da mesma forma estarem atentos na identificação de fatores negativos e se mobilizarem a eliminá-los (GOULD; WEINBERG, 2001).

Programa de atuação do psicólogo junto aos atletas

    O preparo psicológico ao atleta deve voltar-se para o equacionamento de seus interesses e os interesses do complexo meio do esporte onde esta inserido e que este precisa lidar. Às vezes esses interesses se encontram como o desejo de vitórias e aperfeiçoamento. Entretanto se divergem também no que diz respeito ao desgaste do atleta ou a relação treinamento / lazer. O psicólogo diante deste universo acaba centralizando sua função como mediador das situações de comunicação dos diferentes desejos (FEIJÓ, 1992).

Grupo

    Na modalidade do esporte coletivo, o foco de intervenção psicológica esta sobre as relações grupais, colabora com o estabelecimento dos vínculos, organização de liderança, autoconhecimento, etc.; utilizando técnicas de senso-percepção e procedimentos verbais advindos da abordagem psicanalítica de grupo (RUBIO, 2002).

    Em busca da identidade é natural que o adolescente possa se identificar com pessoas semelhantes. Surgindo deste modo o interesse pelo grupo, onde encontra o reforço necessário para seus aspectos mutáveis. O grupo vem a solucionar grande parte de seus conflitos (KNOBEL, 1990).

    O trabalho em grupo é a modalidade psicoterapêutica que melhor se adequa às características do púbere, por corresponder a inclinação espontânea à continência para suas ansiedades. É durante as identificações projetivas que o adolescente pode ter o insight (compreensão interna) desta etapa evolutiva de sua vida. Os grupos de adolescentes se formam com a necessidade de desvincular-se do grupo familiar. Os fenômenos grupais são inerentes ao homem e a mentalidade grupal significa que todo o grupo funciona usualmente como uma unidade, mesmo que seus membros não têm a consciência disso. Os grupos operativos são tão abrangentes que muitos preferem considerá-los como um continente de todas as demais modalidades, incluindo os terapêuticos. Existe uma série de fatores que regem a dinâmica de qualquer campo grupal. Manifestam-se de maneira inconscientes e conscientes através da mente, corpo e mundo externo (OSÓRIO, 1989).

    O trabalho grupal propicia um melhor rendimento desportivo da equipe ou habilidade em interagir-se para comunicação entre seus membros e superação de problemas comuns (BECKER JUNIOR; SAMULSKI, 2002).

Individual

    O objetivo do atendimento individual também é de melhorar o rendimento esportivo, bem como habilidade global do atleta como ser humano. O psicólogo em sua avaliação observa a questão da ansiedade, depressão, agressividade, motivação, personalidade e a relação do atleta com suas próprias percepções quanto ao treinamento, competições e tudo que o envolve (BECKER JUNIOR; SAMULSKI, 2002).

    A psicoterapia de orientação analítica baseia-se nos princípios teóricos e técnicas da psicanálise, e a estratégia principal é a promoção de mudanças, insights. Mas é preciso que a pessoa tenha indicação para tal, ou seja, certo nível de inteligência, capacidade para insight, verbalizar sentimentos e suportar angustias (CORDIOLI, 1989).

    No que diz respeito ao atendimento psicológico do atleta infanto-juvenil, a psicoterapia breve de orientação psicanalítica pode ter um papel importante junto a estes. Auxilia nos conflitos emocionais e a busca de sua identidade. Nesta técnica é possível viabilizar e possibilitar ao atleta infanto-juvenil, aprender a lidar com suas dificuldades e conseqüentemente melhorar seu desempenho e promover um amadurecimento emocional. Permite ao psicólogo ser mais dinâmico em seu trabalho e mais diretivo também. E o estabelecimento do vínculo entre o atleta e o psicólogo é um dos pontos principais dentro da psicoterapia dinâmica breve (RODRIGUES, 1998).

Atendimento familiar

    Os pais exercem influencia sobre os filhos e é importante compreender que não seja necessariamente influência negativa. Na realidade do esporte é importante o processo de orientação e intervenção junto aos mesmos para propiciar relações e ambiente adequado para o desenvolvimento da carreira esportiva. Estas intervenções poderão ser realizadas individualmente ou em grupo (GORDILLO, 2000). De acordo com a temática citada anteriormente. É preciso ressaltar que de acordo com os objetivos do trabalho do treinador e do clube na formação de atletas, busque alternativas para intervir e aperfeiçoar esse processo (SAMULSKI; VILANI, 2002).

Atividades motivacionais

    O conhecimento sobre o estado emocional dos atletas nos treinos e competições é de grande auxilio no que se destina à preparação do jogador independente de seu nível técnico e idade (RODRIGUES, 1998).

Motivação

    A motivação pode ser definida como a totalidade daqueles fatores que determinam a atualização de formas de comportamento dirigido a um determinado objetivo (SAMULSKI, 2002).

    O fator principal visto pelo treinador é a motivação de seus atletas em competições e também nos treinamentos. A motivação é elemento essencial para o atleta seguir as orientações do treinador (BECKER JUNIOR, 2000).

Alguns recursos utilizados:

  • Técnica de visualização: Motiva o atleta para a conduta motora. Não só para o aperfeiçoamento da habilidade de atletas de elite, mas também nas crianças e adolescentes que possuem pouca habilidade. Esta técnica bloqueia o impacto negativo de um rendimento de baixa habilidade e oferece suporte na convicção de que poderá melhorar (BECKER JUNIOR; SAMULSKI, 2002).

  • Técnicas Somáticas ou de relaxamento: Concentram-se nas reações corporais: tensão muscular, freqüência cardíaca e respiratória etc. Oportuniza um controle sobre o estresse, ansiedade e o aperfeiçoamento motor. Essas técnicas podem ser associadas a mensagens, sentimentos ou sugestões (BECKER JUNIOR; SAMULSKI, 2002).

  • Filmes e Vídeos Motivacionais: a utilização da televisão/vídeo na educação física entra como recurso de ensino, na perspectiva do conhecimento, vivência e reflexão: motivam debates, reflexões de temas atuais; linguagem atraente, sintética e com imagens e recursos gráficos; a imagem atinge primeira pelo impacto da emoção (BETTI, 2001).

  • Dinâmicas de grupo (exercícios): cada exercício tem um objetivo como, por exemplo: eliminar barreiras de comunicação; promover a colaboração efetiva; identificar a agressividade, indiferença, liderança e dominação. Ou seja, habilidades e limitações dos componentes (FRITZEN, 1988).

  • Contação de histórias: o potencial terapêutico de contar histórias é incontestável, tanto para crianças como para adultos. Elas representam uma contribuição para estrutura emocional (GUTFREIND, 2004).

    O conto é o espelho, onde podemos identificar problemas e propostas para soluções que pode ser elaborada na imaginação (BETTELHEIM, 1995).

Considerações finais

    Diante do que foi explanado, fica evidente que a psicologia nas categorias de base do futebol pode ser estudada por todos os profissionais que estão envolvidos neste processo de formação de atletas. É primordial compreender a fase da adolescência e suas implicações com diversos fatores que estejam agindo sobre esse jovem. Esta compreensão dará maior segurança ao profissional que optou por desenvolver seu trabalho nesta categoria ou então proporcionará um reconhecimento de suas limitações na atuação profissional e convivência pessoal com os atletas desta categoria. O jovem não poderá sofrer uma pressão muito intensa, seja ela externa ou interna para poder superar esta fase sem maiores problemas, alem do esperado. É um período de transformação e “turbulências” onde emerge conflitos infantis, que tenta se libertar e busca a identidade adulta. Este conflito resulta em comportamentos ambivalentes e atitudes de onipotência devido ao sentimento de fracasso e frustração. Por esta razão é visto pelo adulto com difícil e impertinente (KNOBEL, 1990). O adolescente quer limites, mas também quer compreensão e colo para suas aflições, pois suas transformações são rápidas e sofridas. Têm pouco tempo para administrá-la (RODRIGUES, 1998).

    Cabe ao psicólogo ser o facilitador do conhecimento e compreensão da dinâmica do adolescente aos profissionais da área. Mas terá uma atenção em especial ao técnico que nesse momento passa a ser o modelo referencial do atleta e que deverá atendê-lo.

    O técnico por sua vez, precisa ser alegre e um bom transmissor de conhecimentos e valores para motivar seu atleta em diferentes treinos (DOSIL, 2001). O técnico e o psicólogo planejam estratégias juntos no inicio da programação do trabalho com objetivos estruturados e previamente estabelecidos a fim de melhorar as habilidades físicas, emocionais e de inter-relacionamentos.

    É preciso propiciar um ambiente favorável para seu desenvolvimento e os pais têm grande contribuição neste sentido. Sua influência é direta e pressupõe-se que é no núcleo familiar que este jovem terá primeiramente apoio, segurança e amor diante de sua escolha. Contudo, observa-se que alguns pais apresentam algumas posturas inadequadas que vai desde ao desinteresse ao fanatismo. Diante de tantas variáveis de interferência neste processo de formação, o psicólogo também contribui em intervenções especificas de atuação junto ao atleta e seus pais.

    A psicanálise como referencial teórico na categoria de base, promove a melhor compreensão do desenvolvimento psicossexual do jovem e suas necessidades. Por não ser imediatista possibilita a repetição do inconsciente, em relação ao desejo e ao prazer como princípio do sujeito e suas influencias na prática desportiva (LAPIERRE, 1984).

    Acreditamos que para desenvolver um trabalho de formação ao jovem atleta, é necessário que os profissionais sejam capacitados não apenas tecnicamente, mas na interação afetiva com este.

    Sugerimos aos dirigentes de clubes e comissões técnicas, uma reflexão mais apurada sobre a subjetividade das situações com as quais o adolescente esta envolvido. Permitindo desta forma uma diferenciação nas estratégias de ação e organização específicas pertinentes às categorias de base do futebol.

Referências

  • BECKER JUNIOR, B.; TELOKEN, E. A criança no esporte. In: BECKER JUNIOR, B. Psicologia aplicada a criança no esporte. Novo Hamburgo: Edelbra, 2000. p. 15-30.

  • BECKER JUNIOR, B. Manual de psicologia do esporte e do exercício. Porto Alegre: Nova Prova, 2000.

  • BECKER JUNIOR, B.; SAMULSKI, D. Manual de treinamento psicológico para o esporte: aplicação das técnicas de preparação psicológica. 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2002.

  • BETTELHEIM, B. A psicanálise dos contos de fada. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995. 

  • BETTI, M. Mídias: aliadas ou inimigas da educação física escolar? Motriz, São Paulo, v. 7, n. 2, p. 125-29, jul./dez. 2001.

  • BUCETA, J. M. Psicologia del entrenamiento desportivo. Madrid: Dykinson, 1998.

  • CARRAVETTA, E. S. O esporte olímpico: um novo paradigma de suas relações sociais e pedagógicas. Poá: UFRGS, 1997.

  • CARRAVETTA, E. S. O jogador de futebol: técnicas, rendimento e treinamento. Porto Alegre: Mercado Aberto, 2002.

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revista digital · Año 13 · N° 123 | Buenos Aires, Agosto de 2008  
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