A formação inicial de professores de educação física The initial formation of physical
education teachers and of pedagogy: a glance about |
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* Licenciado em Educação Física pelo Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Especialista em Educação Física Escolar CEFD/UFSM Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) do Centro de Educação (CE) da UFSM. ** Doutor em Educação e em Ciência do Movimento Humano PPGE/CE/UFSM Professor Adjunto do Departamento de Metodologia do Ensino CE/UFSM. |
Marcio Salles da Silva* Hugo Norberto Krug** |
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Resumo
Objetivamos analisar a preparação que os Cursos de Educação Física e
de Pedagogia da UFSM, proporcionam para que os futuros professores possam
ministrar aulas de Educação Física nos anos iniciais do ensino
fundamental. A metodologia caracterizou-se pelo enfoque fenomenológico
sob a forma de um estudo de caso com abordagem qualitativa. O instrumento
para coleta das informações foi a análise documental da legislação
estadual e federal e, os PPPs dos Cursos de Pedagogia e de Educação
Física. A interpretação das informações foi a análise de conteúdo.
Concluímos que, por terem uma vivência maior no Curso de formação
sobre a Cultura Corporal do Movimento que o futuro profissional de
Educação Física tem melhor preparação para ministrar aulas de
Educação Física nos anos iniciais do ensino fundamental.
Unitermos: Educação Física
escolar. Anos iniciais do ensino fundamental. Formação permanente do
profissional da educação. Ação pedagógica. Abstract
We aimed at to analyze the preparation that the physical education
Courses and of Pedagogy of UFSM, they provide so that the futures
teachers can supply physical education classes in the years you begin of
the fundamental teaching. The methodology was characterized by the focus
phenomenology under the form of a case study with qualitative approach.
The instrument for collection of the information was the documental
analysis of the state and federal legislation and, PPPs of the Courses of
Pedagogy and of physical education. The interpretation of the information
was the content analysis. We ended that, for they have a larger existence
in the formation Course on the Culture of the Human Movement that the
future physical education professional has better preparation to supply
physical education classes in the years you begin of the fundamental
teaching.
Keywords: School Physical
Education. Initial years of the fundamental teaching. The professional's
of the education permanent formation. Pedagogic action. |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - Nº 123 - Agosto de 2008 |
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O ponto de partida da investigação
A Educação Física Escolar, como disciplina pedagógica e componente curricular, possui um compromisso com a educação e formação integral do aluno, desempenhando um papel fundamental na escola com a finalidade de contribuir para a experimentação da cultura do movimento humano e suas variantes do se-movimentar, de acordo com as necessidades, possibilidades e interesses, pois a escola enquanto instituição autônoma determinará os objetivos a serem alcançados e, portanto a disciplina de Educação Física faz parte deste contexto.
Na prática educacional, ao estagiarmos nos anos finais do ensino fundamental e médio em distintas escolas públicas, nas quais constatamos dificuldades dos educandos em relação à motricidade, ao gênero, a organização, a indisciplina, a falta de atenção, a agressividade, a motivação, a afetividade a e influência da TV. Visivelmente, constatamos que as dificuldades dos educandos (citadas anteriormente) poderiam ser minimizadas com uma maior facilidade, desde que fosse contemplada a Educação Física nos anos iniciais do ensino fundamental.
Em ambas escolas que estagiamos os educandos somente tiveram aulas de Educação Física, nos anos iniciais do ensino fundamental, com os professores do currículo (com formação em Magistério ou em Pedagogia), havendo um projeto de “unidocência” nas escolas. Podemos entender que “uni” vem da palavra unir e “docência” corresponde ao ato do professor de exercer sua profissão, então, logicamente “unidocência” é a união dos conteúdos de todas as disciplinas e ministradas por um único professor.
Este profissional da educação deve buscar aperfeiçoamento constante em todas as disciplinas que compõe a sua formação e, dentre as disciplinas está a Educação Física, que em algumas vezes é deixada de lado, pois vários professores não demonstram interesse e afinidade pelas atividades físicas a serem realizadas, em sala de aula ou no pátio da escola.
Baseando-se nestas premissas surgiu o problema que estimulou esta pesquisa: Será que os professores de Educação Física e de Pedagogia estão preparados para ministrarem aulas de Educação Física para os anos iniciais do ensino fundamental?
Desta forma, esta investigação objetivou analisar a preparação que os Cursos de Educação Física e de Pedagogia, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), proporcionam para que os futuros professores possam ministrar aulas de Educação Física nos anos iniciais do ensino fundamental.
Os objetivos específicos foram: analisar a legislação do Estado do Rio Grande do Sul e Federal referente ao magistério nos anos iniciais do ensino fundamental e, analisar os Projetos Político-Pedagógicos (PPPs) dos Cursos de Educação Física e Pedagogia, da UFSM, assim como as disciplinas e conteúdos que dão embasamento para as aulas de Educação Física nos anos iniciais do ensino fundamental.
Justificou-se esta investigação, por acreditarmos que a Educação Física Escolar possa contribuir nos aspectos cognitivos, afetivos-sociais e motores dos alunos, tornando-as pessoas ativas, participativas, conscientes de seus valores éticos e sociais, capazes de organizarem-se e conviverem em grupo. Julgamos importante analisar a preparação dos professores que atuam nos anos iniciais do ensino fundamental, na disciplina de Educação Física de escolas da rede pública de Santa Maria (RS), por entender que o professor pode trabalhar não só a encenação do movimentar-se como também, trabalhar o aluno como sujeito do contexto histórico no qual está inserido, sendo capaz de pensar e agir com coerência. Para tanto, devemos almejar um educador em constante transformação para que realmente consiga contribuir na formação do educando.
Metodologia da investigação
A investigação caracterizou-se pelo enfoque fenomenológico sob a forma de um estudo de caso com abordagem qualitativa. Os instrumentos utilizados para a coleta das informações foram a análise documental da legislação do Estado do Rio Grande do Sul (leis n° 8.747, 6.672 e Ordem de Serviço 07/96), da legislação Federal (lei n° 9.394/96 e Parecer CNE/CEB 16/2001) e dos PPPs dos Cursos de Pedagogia (UFSM, 1983) e de Educação Física (UFSM, 1990) da UFSM. A interpretação das informações foi a análise de conteúdo (TRIVIÑOS, 1987).
Os achados da investigação
Primeiro momento. A legislação do Estado do Rio Grande do Sul e federal referente ao magistério nos anos iniciais do ensino fundamental
No Estado do Rio Grande do Sul está em vigor a Lei n° 8.747 (RIO GRANDE DO SUL, 1988), que no seu artigo 4° nos relata que “é fixado em 50% do vencimento básico do Quadro de Carreira do Magistério Público Estadual o valor da gratificação de que trata a alínea h, no item I do artigo 70 da Lei n° 6.672, de 22 de abril de 1974”, no qual encontramos o parágrafo único, nos relatando que “somente poderão perceber a gratificação de que trata o artigo os professores em exercício na regência de classes unidocentes do currículo por atividades e os professores que atuem nas classes de educação pré-escolar” (Ibid.).
A Lei n° 6.672 (RIO GRANDE DO SUL, 1974) revela no artigo 70 que “além da gratificação referida no artigo anterior (Art. 69 – O membro do Magistério fará jus a uma gratificação adicional, não inferior a cinco por cento, por triênio de serviço público, calculada sobre o vencimento da classe a que pertencer, incluída a parcela relativa ao seu nível de habilitação.), o membro do Magistério fará jus a: I – gratificações”:
“h) Pelo exercício em regência de classes unidocentes do currículo por atividades” (RIO GRANDE DO SUL, 1988).
De acordo com a ‘Ordem de Serviço’ número 07/96 em relação à Gratificação de Unidocência no item 4, encontramos que: “a percepção da gratificação fica condicionada a que o professor tenha, no mínimo, 20 (vinte) alunos em cada classe, na zona urbana e 15 (quinze) alunos, na zona rural” (RIO GRANDE DO SUL, 1996).
Notamos que, de acordo com a legislação estadual, na rede estadual de ensino do Estado do Rio Grande do Sul, os professores com regência de classe unidocentes do currículo por atividades, obrigatoriamente devem trabalhar também a disciplina de Educação Física. Já em relação à presença de aulas de Educação Física nos anos iniciais do ensino fundamental, recorremos à legislação federal com a Lei n° 9.394 do ano de 1996 no artigo 26 que teve seu § 3° alterada pela redação dada pela Lei nº 10.793 de 01 de dezembro de 2003, no seguinte texto: “A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno: I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas; II – maior de trinta anos de idade; III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da educação física; IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de 1969; V – (VETADO); VI – que tenha prole” (BRASIL, 1996).
Já no Parecer CNE/CEB 16/2001 (BRASIL, 2001) encontramos a Portaria Interministerial 73, de 23 de Junho de 2001, que instituiu pela primeira vez com texto adicionado à LDB, a Educação Física como componente curricular obrigatório, o que vem a reforçar os termos deste parecer, no sentido da incorporação obrigatória da Educação Física à proposta pedagógica da escola.
Entretanto, o mesmo Parecer (Ibid, 2001, p. 6) relata que “não existe vinculação direta entre componente curricular, mesmo obrigatório, e disciplina específica no currículo de ensino”.
No entanto, dada à generalidade e flexibilidade da LDB, e enquanto os Conselhos Estaduais e Municipais de Educação não a interpretarem, oferecendo orientações normativas no que se refere a sua inserção nos respectivos sistemas de ensino, a Educação Física também pode ver diminuída sua presença no Ensino Fundamental e Médio diurnos. Problemas de exegese legislativa têm dado margem à não contratação de professores, pelos Estados e municípios, para as séries iniciais. Se na escola houver um professor efetivo de Educação Física, ele pode assumir o trabalho com esse segmento; caso contrário, essa disciplina fica a cargo do chamado professor regente. Portanto, embora a legislação educacional brasileira ainda obrigue a inclusão da Educação Física, seu caráter mais flexível permite aos sistemas de ensino reduzirem em muito sua presença nos currículos escolares (BRACHT; CAPARROZ; FONTE; FRADE; PAIVA; PIRES, 2003, p. 51).
O Parecer CNE/CEB 16/2001 (BRASIL, 2001, p. 3) coloca que “não assiste razão a quem evoca a lei para restringir o direito ao exercício profissional do professor de atuação multidisciplinar em qualquer um dos conteúdos curriculares dos anos iniciais do ensino fundamental ou da educação infantil”.
A celeuma criada em torno da legislação e equivocadamente dada como ‘vencida’ pelo Conselho Federal de Educação Física com a inclusão da palavra ‘obrigatória’ no artigo 26, parágrafo 3° da LDB, continua a perpetuar uma questão nevrálgica para a Educação Física e, como vimos, colocada desde o século XIX: a da legitimidade (BRACHT; CAPARROZ; FONTE; FRADE; PAIVA; PIRES, 2003, p. 51).
Em contrapartida, o referido Parecer (BRASIL, 2001, p. 2) não obriga os cursos de formação sobre a inclusão de componentes curriculares, “espera-se que os cursos de formação inicial e continuada de professores incluam, dentre seus temas de estudo e de prática de ensino, os diversos componentes curriculares, inclusive Educação Física”.
A legislação estadual (RS) e federal estão em comum acordo e não fornecem subsídios para outra interpretação, mas sim a de que o professor regente de classe deve assumir os componentes curriculares destinados para os anos iniciais do ensino fundamental e a Educação Física inclui-se dentro da proposta pedagógica das escolas, contudo pressupõe-se que os cursos de formação inicial em Pedagogia contemplam os saberes/conhecimentos da Educação Física?
Segundo momento. Os projetos político-pedagógicos dos cursos de pedagogia e de Educação Física da UFSM
1. O projeto político-pedagógico do curso de pedagogia
Realizamos a busca, no PPP do Curso de “Pedagogia com Habilitação Magistério para as Séries Iniciais” construído no ano de 1983, de saberes ligados ao tratamento da Educação Física nos anos iniciais do ensino fundamental, encontramos:
A disciplina “MEN 345” (Metodologia do Ensino da Educação Física no CA) do “Departamento de Metodologia do Ensino”, com carga horária de 60 horas semestral, obrigatória do currículo no referido Curso, realizada no 5° semestre, tendo como pré-requisitos para sua matrícula as disciplinas de: ADE 206 (Estrutura e Funcionamento do Ensino de 1° Grau), EDE 210 (Bases Psicopedagógicas da Aprendizagem) e MEN 231 (Didática I) (UFSM, 1983).
A disciplina “MEN 345” é pré-requisito para a disciplina MEN 421 (Prática de Ensino na Escola de 1° Grau).
Sendo a principal disciplina do Curso de Pedagogia que se reporta às aulas de Educação Física, a “MEN 345” tem como objetivos “planejar, executar e avaliar atividades que contribuam para a educação psicomotora nos alunos das séries iniciais de 1° grau”, e tendo como ementa: “fundamentos da educação psicomotora; e, desenvolvimento de habilidades em crianças no Currículo por Atividades. A educação psicomotora e o Currículo por Atividades. Atividades psicomotoras” (UFSM, 1983).
Entendemos o educando como um Ser-Histórico do Mundo e, a psicomotricidade por não considerar o contexto social, político, econômico e cultural deixa de interpretar o Mundo que se encontra em constante movimento, entretanto o contexto escolar também deve ser levado em consideração e todos os professores que estão em escolas possuem a necessidade de trabalharem o PPP, que tem uma demanda específica para o local onde está inserido.
Ao realizarmos a pesquisa intitulada “O entendimento de futuros professores de Pedagogia sobre as aulas de Educação Física nos anos iniciais do ensino fundamental” (SILVA; BACCIN; MASCHIO; BOTH; KRUG, 2005a), com a participação de nove acadêmicas do Curso de “Pedagogia com Habilitação Magistério para as Séries Iniciais” da UFSM, constatamos que: ao longo dos tempos, o Curso de Pedagogia, assim como as demais áreas de conhecimento de cunho pedagógico, sofreram críticas e como produtos destas, reformas. As mesmas buscavam através das propostas construir a identidade dos Cursos. Todavia parece-nos que a busca através de reformulação continua. Nas falas das acadêmicas, estas revelam, em sua maioria, que o Curso apesar das reformulações anteriores, ‘não’ prepara para o ensino da Educação Física Escolar nos anos iniciais do ensino fundamental (Ibid, 2005a).
Também encontramos a disciplina DEI 305 (Educação Psicomotora), do “Departamento de Desportos Individuais” do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD), sendo implementada a partir do segundo semestre do ano de 1986 com 4 horas-aulas/semana, não tendo obrigatoriedade e os “encargos didáticos por departamento” (UFSM, 1983).
A partir do material encontrado no PPP do Curso de “Pedagogia com Habilitação Magistério para as Séries Iniciais”, buscamos algumas evidências históricas que encaminham o desenvolvimento da psicomotricidade na Educação Física Escolar.
A crítica se dirige, especialmente ao processo de aprendizagem dos esportes no âmbito escolar, quando questiona a precocidade do ensino de modalidades esportivas para crianças das séries iniciais. Essa crítica coincide, naturalmente, com as discussões em torno da implantação da obrigatoriedade da Educação Física em todos os níveis e com profissionais qualificados, ou seja, professores de Educação Física. Este último aspecto, dos profissionais qualificados, não era exigência para as séries iniciais (de primeira a quarta séries). Quando essas séries eram de fato atendidas por um profissional da Educação Física este, por sua formação profissional excessivamente concentrada no ensino dos esportes no modelo de competição, não tinha condições de ensinar outra coisa além do esporte nesse modelo. Com a própria legislação da Educação Física Escolar emitida pelo MEC (1980) proibia a introdução do aluno no aprendizado dos esportes na forma de iniciação à competição antes da quinta série ou antes dos dez anos de idade, estava formada a polêmica. E para solucionar essa polêmica se descobriu, mais uma vez no exterior, um modelo de Educação Física adequado ao que se estava procurando, ou seja, que atende à formação das habilidades básicas nas crianças sem envolvê-las demasiadamente no processo de treinamento de uma modalidade esportiva. Foi assim que, por alguns anos, a psicomotricidade conseguiu atrair o interesse de muitos professores de Educação Física (KUNZ, 2001b, p. 16-17).
Kunz (2001b) ainda comenta sobre a diferença entre essas duas formas de crítica, pois a primeira questionava, criticava e dava a entender que tudo estava errado na Educação Física e nos esportes sem, no entanto, fornecer elementos para mudança prática e a segunda se preocupou justamente com a apresentação de um modelo alternativo sem questionamentos profundos, especialmente, sobre a relevância sócio-política e educacional dessa alternativa.
Notamos que, no âmbito educacional e mais precisamente na Educação Física para os anos iniciais o ensino da psicomotricidade é entendido como reducionista do sentido e significado da disciplina de Educação Física em escolas, essas tendo o interesse na promoção de um aluno crítico e emancipado.
O Grupo de Estudos Ampliados de Educação Física (1996, p. 70) descreve alguns pontos levantados para entender melhor o que a proposta prático-metodológica psicomotricidade preconiza, no entendimento, como levantamentos críticos amparados nos pressupostos do Materialismo Histórico Dialético: vê no movimento humano um instrumento de correção para possíveis problemas motores; enfatiza o trabalho individual (situação problemática para o contexto escolar – aula, interação coletiva e intenção pedagógica); visa a resolução de problemas cognitivos em vistas às outras áreas de ensino; Secundariza a transmissão/apropriação dos conhecimentos próprios da Educação Física Escolar; e, preconiza que a criança só assimila através das compreensões imediatas, não levando em conta os condicionamentos sócio-históricos, desprezando as experiências sociais.
Acreditamos que o Curso de “Pedagogia com Habilitação Magistério para as Séries Iniciais” deveria proporcionar para seus acadêmicos uma melhor instrumentalização na disciplina MEN 345, de caráter obrigatório, sobre a Educação Física nos anos iniciais, entretanto a carga horária de 60 horas torna-se insuficiente para tal.
Em pesquisa realizada com acadêmicas do Curso de Pedagogia da UFSM (SILVA; BACCIN; MASCHIO; BOTH; KRUG, 2005a) constatamos que: as acadêmicas estão certas, quando afirmam que apenas uma disciplina durante toda a graduação não é suficiente, para o trabalho da Educação Física nos anos iniciais do ensino fundamental, pois são várias propostas metodológicas existentes que possuem concepções de sujeito e mundo diferenciadas.
Logo, o tema desvelado da pesquisa (Ibid.), citada anteriormente, foi que: o Curso de Pedagogia da UFSM, possui seu currículo pouco estruturado para que as alunas enfrentem a prática pedagógica, do ensino da Educação Física para os anos iniciais do ensino fundamental, sendo que possuem somente uma disciplina voltada para este conteúdo e, como as próprias acadêmicas relatam, esta não é suficiente.
2. O projeto político-pedagógico do curso de Educação Física
Realizamos a busca, no PPP do Curso de “Educação Física – Licenciatura Plena” construído no ano de 1990, de saberes ligados ao tratamento da Educação Física nos anos iniciais do ensino fundamental, encontramos que:
O Curso de Educação Física do CEFD/UFSM, tem como objetivo geral “formar profissionais capazes de contribuir para o desenvolvimento harmônico do indivíduo, com uma concepção transformadora-inovadora, fundamentado em áreas de conhecimento técnico, conhecimento do homem, conhecimento filosófico e conhecimento da sociedade” (UFSM, 1990). E, dentre os objetivos específicos “planejar e implementar programas de Educação Física no ensino de primeiro grau” (UFSM, 1990).
Especificamente, para o tratamento dos anos iniciais do ensino fundamental, encontramos a disciplina DEI-306 (Ginástica III-A), do Departamento de Desportos Individuais, com carga horária de 75 horas semestral, obrigatória do currículo no referido Curso, realizada no 5° semestre, tendo como objetivos “relacionar a ginástica com as diferentes faixas etárias; e, propor uma ação pedagógica que atenda as necessidades da população-alvo”(UFSM, 1990) e tendo no seu programa de ensino, nos seguintes itens: “Unidade 2 – A ginástica e seu papel no ensino escolar da Educação Física; e, 2.1 – A ginástica no ensino escolar da primeira à quarta série” (UFSM, 1990).
Bracht (1992, p. 35) ao acreditar estar respaldado pela história, entende que na “Educação Física é a prática pedagógica que tem tematizado elementos da esfera da cultura corporal/movimento”.
Entendemos que as escolas na diversidade de seus PPPs, irão objetivar os anos iniciais do ensino fundamental de acordo com as necessidades dos educandos, portanto um Curso de formação de professores para atuação na disciplina de Educação Física para os anos iniciais deve necessariamente evidenciar os saberes relacionados a “cultura do movimento humano”, desta maneira deixa-se de restringir o atendimento para esta população.
Recorrendo a bibliografia existente encontramos em duas obras, de distintas percepções didático-metodológicas***, considerando a Educação Física Escolar como “cultura corporal”, são elas:
A concepção crítico-superadora, no qual:
A Educação Física é uma disciplina que trata, pedagogicamente, na escola, do conhecimento de uma área denominada aqui de cultura corporal. Ela está configurada com temas e formas de atividades, particularmente corporais, como as nomeadas anteriormente: jogo, esporte, ginástica, dança ou outras, que constituirão seu conteúdo. O estudo desse conhecimento visa apreender a expressão corporal como linguagem (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p. 61-62).
Os Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Física, trata que:
A concepção de cultura corporal amplia a contribuição da Educação Física escolar para o pleno exercício da cidadania, na medida em que, tomando seus conteúdos e as capacidades que se propõe a desenvolver como produtos socioculturais, afirma como direito de todos o acesso a eles. (...) A Educação Física permite que se vivenciem diferentes práticas corporais advindas das mais diversas manifestações culturais e se enxergue como essa variada combinação de influências está presente na vida cotidiana. As danças, esportes, lutas, jogos e ginásticas compõem um vasto patrimônio cultural que deve ser valorizado, conhecido e desfrutado (BRASIL, 1997, p. 28-29).
No momento em que a Educação Física for direcionada para contemplar as necessidades dos educandos (nos anos inicias não seria diferente), tem-se o entendimento enquanto “cultura corporal”, que deverá tratar, entre outras práticas, o jogo, o esporte, a ginástica, a luta e a dança. Porém, Kunz (2001b) nos lembra que ao utilizar-se do conceito de “Cultura Corporal” para definir uma “área de conhecimentos” específica da Educação Física, pode significar que esses autores estejam reforçando o velho dualismo de corpo e mente, e com certeza esses autores sabem que, pela concepção dualista de homem, se existe uma cultura humana que é apenas corporal, devem existir outras que não o são, que devem ser então mentais ou espirituais e, certamente, não incluiriam a cultura corporal do jogo, do esporte, da ginástica e da dança como cultura “corporal” na concepção dualista. E assim complementa, parece-me destinado apenas a reforçar uma cultura desenvolvida pela via do movimento humano.
O Movimento Humano, do ponto de vista antropológico, deve ser interpretado como um ‘diálogo entre o Homem e Mundo’. ‘O Se-movimentar do Homem é sempre um diálogo com o Mundo’ (TAMBOER apud KUNZ, 2001a, p. 174), onde o Ser Humano que Se-movimenta deve ser analisado de forma integral, como Ser Humano. (...) O Se-movimentar, entendido como diálogo entre Homem e Mundo, envolve o Sujeito deste acontecimento, sempre na sua Intencionalidade. E é através desta intencionalidade que se constitui o Sentido/significado do Se-movimentar. Sentido/significado e Intencionalidade têm assim uma relação muito estreita na concepção dialógica do Movimento (KUNZ, 2001a, loc.cit.).
Evidenciamos até este momento a busca em referenciais teóricos para outras possibilidades de saberes relacionados à Educação Física Escolar, também para os anos iniciais do ensino fundamental, em contrapartida percebemos que a psicomotricidade enquanto proposta prático-metodológica pode demonstrar-se restrita para os educandos que fazem parte de um contexto sócio-econômico-cultural-político.
Compreendemos que o Curso de Licenciatura em Educação Física contempla, para as escolas, o ensino da disciplina de Educação Física para os educandos dos anos iniciais do ensino fundamental, pois encontramos no PPP as disciplinas ([horas semestrais] e seus objetivos) obrigatórias (UFSM, 1990):
1° semestre: DEI 106 (Ginástica I-A [60] - Reconhecer a ginástica como uma forma constitutiva da Educação Física; e, Identificar os elementos específicos da ginástica);
2° semestre: DEC 105 (Esporte coletivo I [75] - Conhecer e identificar diferentes modalidades de esporte coletivo; Analisar os aspectos gerais do esporte coletivo em relação as suas características comuns e específicas; identificar e analisar a situação de diferentes esportes coletivos no contexto histórico e atual; Identificar as manifestações do esporte coletivo conforme os fins e serem alcançados; e, Conhecer as regras básicas oficiais que norteiam cada modalidade de esporte coletivo), DEC 107 (Esporte individual I [45] - Conhecer e identificar diferentes modalidades de esporte individual; e, Analisar os aspectos gerais do esporte individual em relação as suas características comuns e específicas);
3° semestre: DEC 206 (Esporte coletivo II [75] - Conhecer as estruturas perceptivo-motoras básicas do esporte coletivo, aplicando-as no processo de prática esportiva.) e a DEI 208 (Ginástica II-A [60] - Analisar a ginástica em suas diferentes funções, bem como aplicar os resultados desta análise em diferentes formas de trabalho);
4° semestre: DEC 208 (Esporte coletivo III [75] - Conhecer e analisar os princípios táticos básicos e identificar diferentes sistemas de jogo no esporte coletivo), DEI 209 (Esporte individual II [60] - Conhecer, compreender e aplicar os fundamentos metodológicos da técnica e da tática das provas básicas de pista e campo; e, Conhecer e compreender os fundamentos metodológicos da tática das provas básicas de pista e campo);
5° semestre: DEC 304 (Esporte coletivo IV [75] - Analisar as diferentes modalidades de esporte coletivo, interpretando-as como componentes curriculares da Educação Física no ensino de primeiro e segundo graus) e DEI 306 (Ginástica III-A - já citada anteriormente); e,
6° semestre: DEI 308 (Dança [75] - Conhecer os fundamentos da dança como parte integrante da Educação Física; e, Identificar e executar os elementos básicos da dança escolar), DEI 309 (Esporte individual III [60] - Aplicar os fundamentos metodológicos da técnica de provas básicas ao estudo da técnica de provas atléticas complexas; e, Aplicar os fundamentos metodológicos da tática de provas básicas ao estudo da tática de provas atléticas complexas) e DEI 310 (Lutas [75] - Compreender os fundamentos básicos das lutas ocidentais e orientais, identificando seus elementos comuns, com vistas a sua aplicação no ensino da Educação Física; Interpretar as regras internacionais que disciplinam as lutas ocidentais e orientais e explicar as funções de árbitros e juízes; e, Analisar, tecnicamente, eventos e competições esportivas envolvendo lutas ocidentais e orientais, bem como, encarregar-se de suas organizações e direções).
Os esportes coletivos mais praticados e difundidos em nosso país são o futsal, o voleibol, o basquetebol e o handebol, onde cada um apresenta características próprias e desenvolve suas capacidades de forma diferente (SILVA; KRUG; ZANINI; KRÜGER; SANTOS JÚNIOR; CONCEIÇÃO, 2004). Lembramos que na disciplina de Educação Física os esportes coletivos são utilizados como conteúdos didáticos pela escola, mas entendemos que existem outros esportes da cultura brasileira, evidentemente as escolas estão inseridas numa determinada região de um determinado município, portanto devemos levar em consideração o contexto social-histórico dos educandos.
Ao realizarmos a pesquisa intitulada “o entendimento de futuros professores de Educação Física sobre as aulas de Educação Física nas séries iniciais do ensino fundamental”, com a participação de doze acadêmicos do Curso de Licenciatura em Educação Física da UFSM (SILVA; BACCIN; MASCHIO; BOTH; KRUG, 2005b), perguntamos quantas disciplinas embasam conteúdos para o trabalho de conteúdos nos anos iniciais do ensino fundamental, foram várias as respostas obtidas: Nenhuma (EF I); Pouquíssimas (EF F, G, O); 3 disciplinas (EF A, L); 4 disciplinas (EF J); 5 disciplinas (EF C); 8 disciplinas (EF B); Tem várias aqui no Curso (EF M); Sei lá, umas vinte (EF N).
Percebemos que não há muita concordância entre os acadêmicos, já que existem concepções diferenciadas em relação à educação e ao aprendizado de saberes e também em relação ao que vem a ser a Educação Física Escolar (Ibid, 2005b).
Assim como também encontramos a fala do acadêmico EF I que “até agora nenhuma disciplina falou em séries iniciais” (Ibid.), logo “podemos notar uma falta de atenção, ou mesmo o desinteresse pela área escolar, pois, apesar de o currículo ter problemas, é difícil acreditar que nenhuma disciplina tenha tratado de conteúdos relacionados com a Educação Física para as séries iniciais do ensino fundamental” (Ibid.).
Segundo Pérez Gómez (apud KRUG, 2001), a maioria dos Cursos de Licenciatura em Educação Física tem seus currículos e ensinamentos fragmentados, não havendo relação entre as disciplinas teóricas e práticas, também são presos a concepções de ensino tradicional, com conteúdos fechados, sobretudo vinculados ao esporte, limitando a conscientização e a criatividade dos futuros professores. Existem cursos que impedem a reflexão, descuidando da compreensão do processo histórico que envolve o homem em movimento nas suas diversas intencionalidades.
Em pesquisa, evidenciada anteriormente, o acadêmico EF H trás um entendimento diferenciado ao relatar que “quase todas as disciplinas aqui, que tem no Curso, preparam não especificamente para os anos iniciais, mas elas dão a base para você ter um estudo, para você atuar nas series iniciais” (SILVA; BACCIN; MASCHIO; BOTH; KRUG, 2005b).
Nesta pesquisa com os acadêmicos, também perguntamos quais seriam estas disciplinas que embasam os conteúdos para o trabalho de Educação Física nos anos iniciais do ensino fundamental, as mais citadas foram: “Didática Geral (EF C, F, J, L, M, N, O); Didática Especial (EF C, D, E, F, G, M) e Prática de Ensino (EF A, D, E, P)” (Ibid, 2005b).
Os resultados do estudo citado anteriormente vão ao encontro de outra pesquisa realizada com outros acadêmicos de Educação Física, em situação de Estágio Curricular Supervisionado (SILVA; KRUG, 2005), pois “Didática Geral” e “Didática Especial” foram citadas como as disciplinas que mais contribuíram para dar embasamento na realização do estágio.
No PPP do Curso de Licenciatura em Educação Física da UFSM encontramos os seguintes objetivos das disciplinas obrigatórias acima citadas, realizadas respectivamente no 5°, 6° e 7° semestres (UFSM, 1990):
MEN 201 (Didática [60 horas semestrais] - Analisar concepções pedagógicas relativas a prática escolar brasileira; e, Analisar os elementos constitutivos do processo de planejamento do ensino);
MEN 361 (Didática Especial de Educação Física “A” [75 horas semestrais] - Realizar estudos e experiências que proporcionem a ligação da fundamentação do ensino da Educação Física com a prática pedagógica desenvolvida na realidade escolar); e,
MEN 433 (Prática de ensino de Educação Física “A” [60 horas semestrais] - Oportunizar ao estagiário situações de ensino no primeiro e segundo graus que possibilitem a aplicação de conhecimentos, a formação de atitudes e o desenvolvimento de habilidades necessárias à prática profissional).
Oliveira (1996) salienta que o papel da Didática é o de possibilitar ao futuro professor, a capacidade de sintetizar em uma prática pedagógica, todos os conhecimentos adquiridos em sua formação acadêmica, no cotidiano de suas experiências na leitura do mundo, na vivência do fazer e do refazer e, com isso ser capaz de explicar os viézes ideológicos, analisar o que revelam e o que ocultam os discursos.
São disciplinas que auxiliam o planejamento do ensino em Educação Física Escolar, mas Pimenta (1995) salienta que existe uma falta de comprometimento de todos os professores do curso com o estágio, sendo que a responsabilidade pelo estágio é exclusivamente do professor de Didática e, isto é uma distorção do estágio.
Em pesquisa realizada por SILVA; BACCIN; MASCHIO; BOTH; KRUG (2005b), os acadêmicos de Educação Física revelaram, na sua maioria, que o Curso apesar das reformulações anteriores, “satisfatoriamente não” (EF F) prepara para o ensino da Educação Física Escolar, mas os próprios acadêmicos apontam a necessidade de uma formação continuada, pois, “depende de cada profissional se aperfeiçoar” (EF G).
O Curso de Licenciatura em Educação Física, em seu PPP, oferece uma visão mais ampla para o trabalho da disciplina de Educação Física nos anos iniciais do ensino fundamental, pois tem o conhecimento direcionado para a “cultura de movimento” do educando, possibilitando relações entre o movimento humano e o cenário sócio-econômico-cultural-político atual. Diferenciando-se do tratamento dado pelo Curso de “Pedagogia com Habilitação Magistério para os Anos Iniciais”, que, em seu PPP, apenas trabalha a “psicomotricidade” nos anos iniciais do ensino fundamental.
O ponto de chegada da investigação
A partir dos achados da investigação, podemos realizar diversas considerações.
As legislações nacional e estadual, isto é do Estado do Rio Grande do Sul, deixam claro que compete ao profissional legalmente licenciado para o exercício docente nos quatro primeiros anos do ensino fundamental a atuação multidisciplinar em qualquer um dos conteúdos curriculares. Mas, desobrigam os cursos de formação inicial e continuada de oferecerem a formação específica.
Os cursos de formação continuada podem vir a ser “formas eficazes de caminhar em direção à práticas satisfatórias de Educação Física nas escolas” (BRASIL, 2001, p. 3) desde que sejam buscados pelos professores regentes de classes unidocentes, e no nosso estudo vimos que a formação inicial não proporcionou.
Para que o Curso de Pedagogia da UFSM, possa contemplar o sentido/significado da disciplina de Educação Física nos anos iniciais do ensino fundamental faz-se necessário outro direcionamento organizacional, pois a psicomotricidade não irá suprir as carências das escolas em relação a esta disciplina, devendo assim proporcionar um melhor encaminhamento com oferecimento de disciplinas com cargas horárias maiores e objetivos mais amplos para a compreensão/entendimento dos acadêmicos de Pedagogia, pois relataram que o Curso “não” prepara para o ensino da Educação Física Escolar nas séries iniciais do ensino fundamental.
O Curso de Licenciatura em Educação Física, da UFSM, possibilita um melhor encaminhamento para que o futuro profissional consiga nos quatro primeiros anos do ensino fundamental, evidenciar outras possibilidades para encenação do se-movimentar, na cultura corporal/movimento, entendendo o educando como sujeito-histórico, pois a partir do mundo vivido do educando, poderemos contemplar as necessidades das escolas, nos mais diversos contextos. Mas, para que isso ocorra se faz necessário um comprometimento dos professores, do Curso de Educação Física da UFSM, também com os estágios, pois assim ocorrerá a ligação Universidade-Escola, do contrário teremos os conhecimentos fragmentados, dificultando as compreensões, apreensões e associações dos saberes pelos acadêmicos.
Que profissional estará mais bem preparado/capacitado para ministrar aulas de Educação Física para os anos iniciais do ensino fundamental? Com formação na Licenciatura em Educação Física? Com formação em Pedagogia com Habilitação Magistério para os Anos Iniciais?
Ao compreendermos que a “Cultura do Movimento Humano” enquanto área de conhecimento da Educação Física Escolar em toda a Educação Básica deve ser levada em consideração, mas não esquecendo de sua inclusão no projeto da escola, portanto o futuro profissional de Educação Física terá melhor capacitação para ministrar as aulas de Educação Física nos anos iniciais do ensino fundamental, mas, em contrapartida, os professores de regência de classe (unidocentes) estão amparados legalmente para contemplar esses saberes nos anos iniciais, mas revelam, em pesquisa citada anteriormente, que não estão preparados para tal competência.
Lembramos que há profissionais, tanto de Pedagogia quanto de Educação Física, formados pelos currículos estudados e que trabalham com os quatro primeiros anos do ensino fundamental em escolas públicas.
Nota
1. Para este momento procuramos direcionar a discussão para outras possibilidades de conhecimentos do ensino no que tange a Educação Física Escolar para as séries iniciais do ensino fundamental, não sendo palco da desmistificação de abordagens, teorias, tendências e concepções de ensino.
Referências
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digital · Año 13 · N° 123 | Buenos Aires,
Agosto de 2008 |