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O lado forte do goleiro de futebol

The goal’s keeper tough side

 

*Aluno do curso de especialização lato-sensu em futebol da Universidade Federal de Viçosa

**Professor da Universidade de Taubaté e Escola Superior de Educação Física de Cruzeiro-SP

(Brasil)

Alcides Barbosa Junior*

Mauricio Leonel Galdino**

juolimpica@uol.com.br

 

 

 

Resumo

          Todo Goleiro parece ter um lado preferido quando salta para o seu lado forte, para executar a defesa. Procuramos verificar a relação entre o lado de preferência para dormir ser o mesmo de preferência para saltar. Participaram da pesquisa 60 sujeitos masculino, da escola de futebol de Pindamonhangaba, com idade entre 13 e 16 anos, sendo 07 com posição específica de goleiro. Foram verificados a dominância Lateral, a perna forte (perna de impulso), a preferência para saltar lateralmente, o lado preferido para dormir e o parecer de goleiros profissionais. O índice estatístico foi o Indice Kappa mostrou que K=0,34 e P=0,006, sendo considerável entre o lado preferido para saltar e para dormir (68,4%). O conhecimento dessa relação ou outra, poderá elucidar as ações do goleiro, quando saltam, necessitando de investigação mais detalhada.

          Unitermos: Lateralidade. Preferência para saltar e dormir. Goleiro.

 

          Abstract

Every goal keeper seems to have a favorite side (a tough side) to exercise the defense. We tried to verify the relation between the favorite side to sleep and to jump, sixty male individuals from Pindamonhangaba’s soccer school, between the age of 13 and 16 years old, joined the survey sevenof them were in the specific position of goal keeper. The dominant back the strong lef (impulsive leg), the preference to jump sidely, the favorite side to sleep and the opinion of profissinal goal keepers . The statistical index was the Kappa Index, it showed that K=0,34 and P=0,006, being considerable, between the favorite side to jump and to sleep (68,4%). The acquaintence of this relation, may bolve the goal keepers actions wen they jump, more detailed investigation will be required.

          Keywords: The goal keepers. Preference to jump and sleep.

 

Apresentado: X Encontro de Iniciação Cientifica. VI Mostra de Pós-Graduação, 2005 - Universidade de Taubaté – SP.
II Encontro de Educação Física da ESEFIC – 2005 SP (Pôster)

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - N° 122 - Julio de 2008

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Introdução

    O Futebol por ser um esporte coletivo como tantos outros, tem as posições específicas, onde cada jogador procura se aperfeiçoar, melhorando seus fundamentos, se condicionando e buscando sempre estar perto da sua melhor técnica, sua melhor performance, e com isso se aliando ao coletivo, o jogo proporciona o espetáculo que estamos acostumados a ver 6. Uma das posições específicas é a do goleiro, que sem dúvida é uma das posições mais importantes e de grande responsabilidade. É comum ouvir dizer que uma “boa equipe começa com um bom goleiro”. A área de atuação do goleiro é diferente das demais. Este jogador é o único que pode, dentro das delimitações do campo, ou seja, a grande área e a pequena área, segurar a bola com as mãos 1.

    Ao analisarmos as ações do goleiro,podemos perceber que ele deveria desempenhar com muita competência os movimentos de defesa em várias direções. As vezes ele necessita se deslocar para frente para interceptar um cruzamento, em outras têm que saltar para o lado esquerdo ou lado direito de sua meta. Essas defesas para as laterais podem ou não ser precedidas de corrida. Cada individuo, inclusive os goleiros tem preferência para executar os movimentos com uma das mãos ou um dos pés, a chamada dominância Lateral, ou popularmente conhecida como Lateralidade. Neurofisiologistas tendem a aceitar a dominância hemisférica cerebral, definida geneticamente, como determinante da lateralidade5. Por outro lado também pode ser entendida como dominância espacial adquirida, estando relacionada apenas à habilidade da mão, do pé e do olho 7. Podemos verificar que alguns autores 9,2,7 estabelecem uma diferenciação entre lateralidade que já nasce com o indivíduo e a lateralidade socializada. A lateralidade inata diz respeito à dominância de natureza biológica e a lateralidade socializada refere-se à adquirida em função de aspectos sociais, familiares, escolares etc. Desta forma fica claro que os indivíduos possuem predominância lateral inata. Porém, ao mesmo tempo, as influências do ambiente exterior provocam mudanças essenciais na definição da lateralidade, principalmente no caso daqueles indivíduos cujo predomínio inato os tornaria sinistros 2.Isso provavelmente ocorra devido ao fato da maioria da população ser destra, ou seja, indivíduos canhotos “estariam fora” do padrão social.

    O termo lateralização vem do latim e quer dizer “lado”. Vários autores 9,2,7 definem a lateralização como predominância de mão, visual e pedal. Parece que tanto o fator genético (hereditariedade) como o ambiental (experiências motoras) influenciam na preferência 7. Quando uma pessoa tem a preferência, ou seja, a dominância nas três situações, olho, mão e pé, dizemos que esta pessoa é destra-homogênea; e canhota (ou sinistra) homogênea, se for o lado esquerdo. Se possuir a dominância espontânea nos dois lados do corpo; executa os mesmos movimentos em ambos os lados são chamadas de ambidestras 2. Podem ocorrer, entretanto, alguns casos em que a criança contrarie essa tendência natural e passe a utilizar a mão não dominante em detrimento da dominante 9. Neste caso ela possui lateralidade cruzada, quando usa a mão direita, o olho e o pé esquerdo ou qualquer outra combinação. Desta maneira, a pessoa pode apresentar destralidade contrariada (um destro usando a mão esquerda) e sinistralidade contrariada (um sinistro usando a mão direita).

    Todo goleiro parece ter um lado preferido e uma melhor plasticidade nos movimentos quando salta para o seu lado “forte”, não que o outro lado seja falho ou de maior dificuldade, mas uma preferência própria de cada goleiro em função de sua dominância lateral. Fatores ambientais têm demonstrado possuir um papel importante na determinação de diferenças laterais de desempenho, com particular destaque para o efeito da quantidade de pratica especifica com cada membro 11. Todos nós temos uma preferência em utilizar mais um lado do corpo em três situações: no olhar, na utilização das mãos e na utilização dos pés, também utilizamos mais um lado do nosso corpo, nas diversas atividades do dia a dia,citando uma delas a posição de dormir para um dos lados.

    Parece que este simples hábito não represente algo de tanta importância, mas estudo realizado 8 nas maternidades dos hospitais – escolas do Brasil, sobre a posição de dormir, a mesma pode influenciar nas mortes súbitas dos recém-nascidos. Acrescentando outras características em relação a lateralidade, o lado dominante apresenta maior força muscular, maior precisão e maior rapidez 9.

    É ele que inicia e executa a ação principal. O outro lado auxilia esta ação e é igualmente importante. Na realidade os dois não funcionam isoladamente, mas de forma complementar.

    Tomando como base o termo lateralidade, lado de dormir e o futebol, o nosso estudo procurou verificar se existe relação entre o lado preferido de dormir e o lado que o goleiro tem maior facilidade (preferência) para saltar lateralmente. Para isso, para cada sujeito, foram verificados a dominância lateral, a perna forte (perna de impulso) a preferência para saltar lateralmente, o lado preferido para dormir e também o parecer de goleiros profissionais de futebol, em relação ao tema.

Materiais e método

Amostra

    A Pesquisa foi realizada no período noturno das 19:00 às 21:30h no Centro Esportivo João Carlos de Oliveira (Pindamonhangaba-SP), com 60 jovens do sexo masculino sendo 42 jovens com 13 anos e 18 com 16 anos, participantes das escolinhas de Futebol da Secretaria da Juventude Esporte e Lazer da Prefeitura Municipal de Pindamonhangaba, onde 7 jovens com posições especificas de goleiro. Foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade de Taubaté sob o nº 0357/06.

Procedimentos

    A pesquisa consistiu na aplicação de questionários e de testes envolvendo a execução de habilidades motoras específicas. Os sujeitos foram chamados aleatoriamente para realização dos testes. Dois professores de Educação Física foram responsáveis pela coleta dos dados que foi dividida em 5 etapas:

1ª etapa

    Foi aplicado um questionário (Questionário 1) para que cada aluno respondesse, sendo 01 (um) aluno por vez. Em seguida ele passava à 2ª etapa.

Questionário 1

Nome____________________________Idade_________________Série__________

Qual mão você prefere para escrever?_________________________

Qual perna você prefere para chutar? _________________________

Qual lado você prefere para dormir? ______________________

Se sua preferência é dormir de lado você normalmente se posiciona:

  1. Virado para parede (cama encostada na parede)

  2. Virado para o lado sem ser o da parede (cama encostada na parede)

  3. Minha cama não fica encostada na parede em nenhum dos lados

  4. Não importa se a cama esta ou não encostada na parede.

2ª etapa

    Nesta etapa os sujeitos realizaram uma tarefa na qual foi avaliada a preferência para dormir. Foi colocado 01 (um) colchonete (100 X 60 cm, densidade de 0,03 cm) no gramado do Campo de Futebol.. Sobre este colchonete era colocado outro colchonete enrolado, simulando um travesseiro. O professor nº 2 ficava sentado em uma cadeira próximo ao colchonete de frente para o mesmo. Um aluno por vez sentava-se em uma cadeira próxima da cadeira do professor e recebia 01 (uma) folha do questionário 2 para respondê-lo.

Questionário 2

Você prefere dormir:

  1. do Lado Direito (o ouvido direito encostado no “Travesseiro”)

  2. do Lado Esquerdo (o ouvido esquerdo encostado no travesseiro)

  3. em Decúbito Ventral (com o ouvido direito encostado no travesseiro).

  4. em Decúbito Ventral (com o ouvido esquerdo encostado no travesseiro)

    Em seguida o professor pedia ao aluno que demonstrasse como prefere dormir deitando no colchonete, e anotava em uma folha (questionário 3) qual foi a postura do aluno.

Questionário 3

A posição de dormir demonstrada pelo sujeito foi:

  1. Lado direito (o ouvido direito encostado no “travesseiro”)

  2. Lado esquerdo (o ouvido esquerdo encostado no travesseiro)

  3. Em decúbito ventral (com o ouvido direito encostado no travesseiro).

  4. Em decúbito ventral (com o ouvido esquerdo encostado no travesseiro)

3ª etapa

    Nesta etapa foram colocados no gramado do campo de Futebol 02 colchões (220 cm X 100 cm, com a densidade de 6 cm) na extensão da trave de Futebol (7,32 mts), com a finalidade de amortecer a queda do sujeito.

    Um aluno de cada vez posicionava-se como se fosse um goleiro, em um dos lados da trave de Futebol, ou seja, junto ao poste direito ou poste esquerdo. O professor ficava do lado contrário do aluno, em outra extremidade da trave, se posicionando na marca da área do goleiro, ou seja, do poste (Trave) contar cinco passos e meio para frente, ficando o professor na marca da “ Área pequena”, do lado contrário ao escolhido pelo aluno para fazer o arremesso da bola, o aluno executa a defesa. (Ex. O aluno prefere iniciar saltando para a direita, se posicionará próximo ao poste esquerdo da trave de futebol, executando o salto para o lado direito, e vice-versa) Após a realização do salto foi anotado o lado preferido para iniciar o salto:

  1. iniciar saltando para a direita

  2. iniciar saltando para a esquerda

    Na seqüência, após o aluno já ter escolhido o lado de sua preferência para saltar, o professor posicionado lado contrário escolhido pelo aluno e na devida distância (05 passos e meio) e de posse de 05 bolas de borracha ( marca Penalty nº 12), segurando uma delas na mão, avisa que irá arremessar a bola na parte baixa para que o aluno salte e execute a defesa, era registrado se o sujeito teve:

  1. facilidade para saltar

  2. dificuldade para saltar

    Realizado o primeiro salto, o professor solicitava que o sujeito executasse mais 04 (quatro) saltos sendo 02 (dois) saltos para o lado direito e 02 (dois) saltos para o lado esquerdo. Para cada salto era registrado:

    Ao saltar para o lado direito, o sujeito tem:

  1. facilidade para cair (Saltar)

  2. dificuldade para cair (Saltar)

  3. não caiu (saltou) para executar a defesa

    O mesmo procedimento foi repetido para o lado esquerdo e foi anotado:

4ª etapa

    Nesta etapa, os sujeitos realizaram um teste para identificar a perna forte (perna de impulsão). O teste consistiu em executar uma corrida de 5 mts e saltar em uma perna, sobre uma corda elevada a 30 cm do solo. Cada sujeito realizava três vezes este procedimento, uma tentativa seguida da outra. A perna de impulso (perna forte) era registrada3:

  • 1º Salto Direita ( ) Esquerda ( )

  • 2º Salto Direita ( ) Esquerda ( )

  • 3º Salto Direita ( ) Esquerda ( )

5ª etapa

    Após realizadas todas as medidas com o grupo de jovens, para fins de comparação, 2 goleiros em atividade (1 profissional e 1 junior) e 5 ex-goleiros foram entrevistados em relação ao lado preferido de dormir e de saltar para defender, inclusive um treinador de goleiros, com passagem em diversas equipes de nosso País e Seleção Brasileira, responderam a uma questão:

    O lado que você tem preferência para dormir é o mesmo que você tem facilidade para saltar?

  • ( ) Sim ( ) Não

Tratamento e análise dos dados

    A partir do levantamento de dados obtidos por meio dos questionamentos procurou-se relacionar as informações de forma a permitir compreender as relações entre as variáveis em estudo (lado preferido para dormir e lado preferido para saltar e defender). Para analise foi utilizado o Software SPSS versão 13, o indice estatístico foi o Indice Kappa (K).

Resultados e discussão

    Os resultados a seguir são expressos de forma absoluta (tabela 1) e de forma relativa (tabela 2).

Tabela 1. Freqüência Absoluta dos sujeitos com relação ao lado de preferência. Sujeitos destros e perna de impulsão esquerda (DE), sujeitos destros e perna de impulsão direita (DD), sujeitos com lateralidade cruzada e perna de impulsão esquerda (CzE), sujeitos com lateralidade cruzada e perna de impulsão direita (CzD), e sujeitos canhotos com perna de impulsão esquerda (CE).

Tabela 2. Freqüência Relativa (%) dos sujeitos com relação ao lado de preferência. Sujeitos destros e perna de impulsão esquerda (DE), sujeitos destros e perna de impulsão direita (DD), sujeitos com lateralidade cruzada e perna de impulsão esquerda (CzE), sujeitos com lateralidade cruzada e perna de impulsão direita (CzD), e sujeitos canhotos com perna de impulsão esquerda (CE).

    Os resultados mostram que o Indice Kappa, K=0,34 e P=0,006, onde 41 indivíduos tem relação direta entre o lado preferido de dormir e o lado preferido para saltar e executar a defesa. Dos 50 destros participantes não ocorreu influência, da perna de impulso na relação do lado preferido para saltar e dormir.Isto parece normal, pois, a dominância lateral pode sofrer influências das experiências motoras o que em certos casos conduz o destro a realizar movimentos com a mão esquerda, e vice-versa. O mesmo pode ocorrer em relação aos pés. Em relação a entrevista realizada com goleiros em atividade e ex-goleiros profissionais, os mesmos confirmaram dormir e saltar para o mesmo lado, e disseram que até então não possuíam qualquer tipo de explicação ou suposição do porque da preferência para saltar para um dos lados.

    Para um melhor entendimento, e como proceder ao avaliar o lado forte para defender (saltar), a sugestão para perceber a facilidade ou dificuldade para saltar, situa-se na observação do posicionamento da perna que toca o chão primeiro, a qual fica estendida ou semi-flexionada lateralmente.

    Por outro lado, quando sentem dificuldade, após o salto normalmente o joelho toca primeiro o chão, servindo assim de apoio, ou então o goleiro aterrisa em decúbito ventral para fazer a simulação de defesa. Também quando se tem a dificuldade o salto é mais brusco, sendo de grande impacto e sem estilo 9.

    A lateralidade corporal relaciona-se ao esquema do espaço interno do indivíduo, que o capacita a utilizar um lado do corpo com maior facilidade que o outro em atividades que exijam habilidade, caracterizando-se por uma assimetria funcional 2. Parece não existir uma idade exata onde ocorre a definição da lateralidade. A idade em que a lateralidade se define ainda é um fator a ser investigado. Podem ocorrer casos em algumas crianças possuir a lateralidade definida antes dos 06 anos de idade, mas normalmente ocorre entre os 6 e os 8 anos. enquanto o ápice da preferência ocorre por volta dos 10 /11 anos, principalmente à dominância visual 9. A lateralização como o resultado da integração bilateral postural do corpo é peculiar no ser humano e está implicitamente relacionada com a evolução e utilização dos instrumentos (motricidade instrumental-psicomotricidade), isto é, com integrações sensoriais complexas e com aquisições motoras unilaterais muito especializadas, dinâmicas e de origem social 4. Até então foram elucidadas as características da dominância por um determinado lado do corpo. Poderíamos supor que a dominância lateral representa uma preferência do individuo para agir nas mais diversas situações. Escrever com a mão direita pode estar relacionado ao ato de girar pelo lado direito quando se deseja olhar para trás.Escovar os dentes com a mão esquerda pode estar diretamente relacionado ao ato de sempre iniciar a subida de uma escada com a perna esquerda. Jogadores de voleibol em geral têm maior facilidade para se deslocar para um dos lados quando realizam um bloqueio e isto pode estar associado à sua dominância lateral. Algumas destas situações citadas anteriormente podem estar relacionadas às experiências de vida, como a posição de dormir, pois de acordo com o estudo 8, a posição de dormir são modificadas pelos pais e influenciada por profissionais da área de saúde, recomendando a posição de decúbito lateral. Entretanto, poderia haver alta correlação entre hábitos diários e ações esportivas preferidas.

    Os resultados do presente estudo indicaram uma adversidade de comportamentos motores onde pode-se observar uma relação direta entre dominância lateral e lado preferido para dormir, em 68,4% dos sujeitos, o que não ocorreu em 31,6% deles. O teste mostrou que á relação entre o lado preferido para saltar e dormir (41 sujeitos) é considerável de acordo com a concordância do Indice Kappa, o que sujere que fatores que desencadeiam estes dois comportamentos provavelmente são os mesmos. Isto necessita de investigação mais detalhada.

Conclusão

    Este estudo procurou relacionar duas variáveis de natureza distintas: o lado preferido para dormir e o lado com melhor desempenho para saltar e realizar defesas na função de goleiro. Os resultados mostraram não haver um comportamento homogêneo entre os participantes deste estudo. Entretanto, 41 indivíduos (68%) mostraram relação direta entre o lado preferido de dormir e o lado preferido para saltar e executar a defesa, o Índice estatístico o Indice Kappa, mostra K=0,34 e P=0,006. Não sabemos se esta relação ocorre devido a fatores ambientais, tal como a experiência de cada indivíduo, ou a fatores biológicos. O conhecimento dessa relação ou outra, será de suma importância e um melhor entendimento do porque pela preferência de saltar para um dos lados, auxiliando nos treinamentos.

Referências bibliográficas

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  2. FARIA, Alcídia Magalhães. Lateralidade: Implicações no desenvolvimento infantil. Rio de Janeiro: Sprint, 2001.

  3. FERNANDES, José Luis. Atletismo: os saltos. 2. ed. São Paulo: EDU, 1984.

  4. FONSECA, Vitor. Manual de Observação Psicomotora: significação psiconeurologica dos fatores psicomotores. Porto Alegre - Artes Medicas-1995

  5. GOBBI, L. T. SECCO, C. R. MARINS, F. H. P. Influências da lateralidade na locomoção sobre obstáculos. In: A. A. F. Quevedo; J. R. de Oliveira; M.T.E. Mantoan (Eds.) Mobilidade e Comunicação: desafios à tecnologia e à inclusão social. 1 ed. Campinas: Universidade de Campinas, 199 v.1, p. 11-15.

  6. HELAL, Ronaldo George, O que é Sociologia do Esporte. São Paulo: Editora Brasiliense-1990.

  7. NEGRINE, Airton, A Educação Física e a Educação Psicomotriz. Revista Brasileira de Educação Física e Desportos. Brasília, v. 2, n. 42, 1979.

  8. Nunes Magda Lahorgue, Martins Maurer Pereira, Nelson Edmund Anthony Severn, Cowan Stephanie, Cafferata Maria Luisa, Costa Jaderson Costa da. Orientações adotadas nas maternidades dos hospitais-escolas do Brasil, sobre posição de dormir. Cad. Saúde Pública; 18(3): 883-886.

  9. OLIVEIRA, Gisele de Campos, Psicomotricidade: Educação e Reeducação num enfoque Psicopedagógico. 6 ed. Rio de Janeiro: Vozes-1997.

  10. PEREIRA, M.S., Futebol para Juvenis, Tradução: Editora Tecnoprint Ltda, 1984.

  11. TEIXEIRA, L. A., Paroli R., Assimetrias Laterais em Ações Motoras: Preferência Versus Desempenho. Revista Motriz, Jan–Jun 2000. Vol.6, n 1 pp1-8.

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