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Comportamento da pressão arterial e freqüência cardíaca após exercícios resistidos em adolescentes

 

*Ipatinga - Minas Gerais

**Especialistas em Exercício físico aplicado à
reabilitação cardíaca e a grupos especiais pela UGF, RJ

(Brasil)

Prof. Esp. Alexandre Henriques de Paula* | Prof. Ms. Lácio César Gomes da Silva*

Prof. Esp. Gláucio Duarte Andrade* | Daniela Duarte Galvão Alves de Lima**
Jairo José de Souza Junior** | Mileide Borges da Silva**

ahptar@hotmail.com

 

 

 

Resumo

          A promoção da atividade física na infância e na adolescência significa estabelecer uma base sólida para a redução da prevalência do sedentarismo contribuindo para uma melhor qualidade de vida. Dentre os exercícios indicados para essa faixa etária, esta os que envolvem a força muscular, como a musculação, porém, a prática deste tipo de exercício para adolescentes deve ser realizado sob supervisão profissional adequada. No entanto, como em qualquer atividade física, ocorrem respostas fisiológicas durante e após a realização de um exercício de força, como alteração da freqüência cardíaca (FC) e pressão arterial (PA) em relação aos valores de repouso, que podem perdurar por até 24-48h. Por este motivo, o objetivo deste estudo é verificar o comportamento da PA e FC após uma sessão de exercícios de força em adolescentes. O estudo foi realizado com 28 adolescentes de ambos os sexos, com idade entre 14 e 16 anos e assintomáticos. Foi realizado um circuito com os exercícios propostos (supino, cadeira extensora, pulley por trás, mesa flexora, desenvolvimento, panturrilha, rosca scott e tríceps na polia), consistindo de duas passagens de 12 repetições, com intervalos de 10 segundos entre as séries e com intervalo de aproximadamente 30seg entre as passagens. A análise estatística foi realizada pela ANOVA de duas entradas com medidas repetidas, seguida do teste post-hoc de Tukey, considerando como nível de significância p<0,05. Os resultados obtidos indicaram que, após o exercício de força, ocorreram reduções significativas na PAS (em todos os períodos de tempo mensurados), porém na PAD e FC ocorreram reduções dos valores, mas estas reduções, não se mostraram estatisticamente significativas em relação aos valores de repouso comparando os resultados do GE, no entanto quando se comparou os resultados dos grupos GC e GE, apenas os valores no final do exercício, obtiveram diferenças significativas. Contudo, a existência desse efeito hipotensor após a execução de uma sessão de exercícios resistidos ainda precisa ser investigada, os estudos existentes são em pequeno número e os resultados apresentam-se bastante controversos, demonstrando assim a necessidade de mais estudos.

          Unitermos: Pressão arterial. Freqüência cardíaca. Hipotensão pós-exercicio.

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - N° 121 - Junio de 2008

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Introdução

    A promoção da atividade física na infância e na adolescência significa estabelecer uma base sólida para a redução da prevalência do sedentarismo na idade adulta, contribuindo para uma melhor qualidade de vida.

    Dentre os exercícios indicados para essa faixa etária, podem-se citar os que envolvem a força muscular, como lutas e musculação. Porém, a prática da musculação para adolescentes deve ser realizada sob supervisão profissional adequada, em virtude do controle sobre cargas e repetições. Assim, o risco de lesões em adolescentes que realizam trabalho de sobrecarga muscular pode ser menor do que em esportes de contatos.

    No entanto, como em qualquer atividade física, ocorrem respostas fisiológicas durante e após a realização de um exercício de força, como alteração da freqüência cardíaca (FC) e pressão arterial (PA) em relação aos valores de repouso (Araújo, 2001), que podem perdurar por até 24-48h.

    Alguns estudos investigaram o comportamento dessas variáveis após a realização de uma sessão de exercícios de força. Por exemplo, Polito et al. (2003), Leite & Farinatti (2000) e Polito, Rosa e Schardong (2004).

    Em relação a adolescentes, não foi encontrada qualquer referência em relação comportamento da PA e FC após o exercício. Considerando o crescente número de pessoas nessa idade que procuram à atividade força, torna-se imprescindível o conhecimento das respostas cardiovasculares após o exercício, representando importante indicador das condições de saúde.

    Para tanto, o objetivo deste estudo é verificar o comportamento da PA e FC após uma sessão de exercícios de força em adolescentes.

Metodologia

    O estudo foi realizado com 28 adolescentes de ambos os sexos, com idade entre 14 e 16 anos e assintomáticos. Os responsáveis dos participantes foram informados sobre os procedimentos do experimento e assinaram um termo de livre consentimento. A amostra foi dividida em dois grupos aleatoriamente, sendo 15 sujeitos integrando o grupo experimental (GE) e os demais o grupo controle (GC). Todos os sujeitos foram orientados a não ingerir bebidas alcoólicas, cafeína, alimentos, ou fumo até 2h antes da coleta.

Procedimentos

    A coleta de dados foi composta de duas fases. Na primeira fase foram realizadas as medidas de massa corporal e estatura e determinada a carga a ser utilizada nos aparelhos supino, cadeira extensora, pulley por trás, mesa flexora, desenvolvimento, panturrilha, rosca scott e tríceps na polia. A carga foi determinada segundo a escala de Borg, considerando como adequado o nível “moderado” (13 – 14 da escala de Borg).

    Na segunda fase, ao chegarem ao local do teste, os indivíduos permaneceram 30 min em posição sentada. Nesse período, PA e FC foram medidas em dois momentos (5 min após a chegada e 30 min após a primeira medida), considerando a média como valor de repouso.

    Após essa fase, foi realizado um circuito com os exercícios propostos, consistindo de duas passagens de 12 repetições, com intervalos de 10 segundos entre as séries e com intervalo de aproximadamente 30seg entre as passagens.

    As medidas da PA e FC pós-esforço ocorreram imediatamente após o término da sessão e em intervalos de 15 min durante 1h. Utilizou-se um esfigmomanômetro Premiun® e estetoscópio Premiun® para a medida da PA e um freqüencímetro Polar® A5 para o registro da FC.

    Em todos os casos, a medida da PA seguiu as recomendações do III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial (1998). Foi utilizado o método auscultatório, realizado por um único avaliador. Os procedimentos de medida da PA foram: ajustar o manguito firmemente entre 2-3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial; manter o braço na altura do coração; palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento; proceder à deflação, com velocidade constante de 2 a 4 mmHg por segundo. A PAS foi determinada no aparecimento do primeiro som de Korotkoff e a PAD no desaparecimento do som.

    O grupo controle foi submetido aos mesmos procedimentos de medida das repostas cardiovasculares, mas sem a execução de qualquer exercício.

Tratamento dos dados

    A análise estatística foi realizada pela ANOVA de duas entradas com medidas repetidas, seguida do teste post-hoc de Tukey, considerando como nível de significância p<0,05. Os dados foram tratados no programa Statistica 5.5 (Statsoft, USA).

Resultados

    A Tabela 1 apresenta média e desvio-padrão das variáveis, idade, peso, estatura, e índice de massa corporal (IMC) segundo os grupos pesquisados. No grupo controle (GC) os resultados obtidos para essas variáveis foram, idade 15 anos ±0,9; peso 57,3kg ±12,6; estatura de 1,68 metros ±0,1 e IMC de 20,3 ±3,8, já para o grupo experimental (GE) os resultados foram, idade 16 anos ±0,6; peso 56,0 kg ±10,3; estatura 1,68 metros ±0,1 e o IMC de 19,6 ±3,0.

Tabela 1. Valores médios e desvios padrão das variáveis (idade, peso, estatura e IMC) mensuradas para a caracterização da amostra.

Grupo

Idade

Peso (kg)

Estatura (m)

IMC

GC n = 13

15 ±0,9

57,3 ±12,6

1,68 ±0,1

20,3 ±3,8

GE n = 15

16 ±0,6

56,0 ±10,3

1,68 ±0,1

19,6 ±3,0

GC, Grupo Controle; GE, Grupo Experimental; n, número de sujeitos.

    Os resultados expostos nos Gráficos 1, 2 e 3, mostram a evolução dos valores médios e desvio padrão para as variáveis, freqüência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) respectivamente, nas situações de repouso, exercício e recuperação observadas, entre os grupos estudados GC e GE.

    O gráfico 1 apresenta os valores médios para FC obtidos no repouso, inicio, final e após o circuito de exercícios. Não foram verificadas diferenças significativas entre os valores de repouso, inicio e pós-exercício entre os grupos GE e GC. Entretanto, os valores da FC ao final do exercício mostraram um aumento significativo no GE (126,6 bpm) em relação ao GC (85,9 bpm). Analisando o GE, somente após 60’ minutos de recuperação (77,3 bpm), que a FC se mostrou abaixo do valor repouso (82,4 bpm).

    A respeito da PAS do GE (gráfico 2), observou-se que ela sofreu aumento significativo no final do exercício, em relação ao repouso, o valor médio ficou em 131,6 e 118,1 mmHg respectivamente, já em comparação do valor de repouso e o pós-exercício de 60 minutos os valores foram de 118,1 mmHg e de 99,3 mmHg uma queda de 18,8 mmHg.

Gráfico 1. Valores da freqüência cardíaca (FC) do grupo controle e experimental.

Gráfico 2. Valores da pressão arterial sistólica (PAS) do grupo controle e experimental.

Gráfico 3. Valores da pressão arterial diastólica (PAD) do grupo controle e experimental.

Gráfico 4. Valores da pressão arterial média (PAM) do grupo controle e experimental.

Discussão

    O presente estudo visou analisar o comportamento da pressão arterial e da freqüência cardíaca após uma sessão de exercícios de força em adolescentes. A literatura se mostra rica em estudos sobre o comportamento destas variáveis em exercícios físicos, porém não foram encontrados estudos sobre essas respostas ao exercício de força em adolescentes.

    Em nosso estudo a freqüência cardíaca de repouso (30’ minutos antes do inicio do exercício) tanto do GC - 87,2 bpm quanto do GE – 82,4 bpm apresentaram valores acima dos ditos normais pela literatura, que é em torno de 60 a 80 bpm (Wilmore & Costill, 1999), ver gráfico 1.

    Já ao final do exercício a FC alcançou um valor médio no GE - 126,6 bpm (62,1% da FCmáx estimada 204 bpm) segundo Polito & Farinatti (2003), Effron, (1989) usualmente, os valores de FC em exercícios contra-resistidos não costumam ultrapassar os 70% da freqüência cardíaca máxima, contudo, deve-se notar que a FCmáx estimada pode induzir a erros de até 20 batimentos, tanto para baixo como para cima (Monteiro, 1997).

    A freqüência cardíaca aumenta substancialmente durante uma sessão de treinamento de força, isto acontece tanto em exercícios com aparelhos quanto com pesos livres (Fleck & Dean, 1987). Segundo Nóbrega (2000), a FC aumenta durante o exercício devido aos os mecanismos autonômicos, são eles o aumento da atividade adrenérgica (mais evidente em intensidades maiores de esforço) e redução da modulação parassimpática (aumenta a FC em frações de segundos).

    De acordo com Farinatti & Assis (2000), os valores máximos de FC ocorrem, normalmente, durante as últimas repetições de uma série até à falha concêntrica voluntária, sendo mais elevados durante séries com cargas submáximas até à fadiga, em comparação com trabalhos cujas cargas se aproximem da força máxima, estudos anteriores, parecem indicar que tanto a FC quanto a PAS tendem a ser maiores em exercícios de força associados a cargas menores e muitas repetições.

    Polito & Farinatti (2003), os exercícios com pesos tendem a produzir um aumento equivalente, ou até significativamente maior, da PA em relação aos exercícios contínuos, mas um aumento de FC menor. De fato, os intervalos para descanso muscular entre as séries fazem com que a FC volte quase aos níveis de pré-exercício antes de um novo esforço.

    Por outro lado, MacDougall et al. (1985) citam que o aumento total da freqüência cardíaca pode ser grande durante o treinamento de força, chegando a níveis de 170 bpm em situações controladas, como relatados em um estudo onde foi realizado com exercício de Leg Press com as duas pernas a 95% de 1RM onde foi realizada uma manobra de valsalva. Essas respostas de pico durante o exercício de força ocorrem tanto na freqüência cardíaca quanto na pressão arterial durante as últimas repetições de uma série até a falha concêntrica voluntária.

    Após o exercício a FC foi reduzindo gradativamente até alcançar o valor de 77,3 bpm após 60 minutos de recuperação.

    Os gráficos 2, 3 e 4 apresentam os valores médios para PAS, PAD e PAM obtidos no repouso, início, final e após o circuito de exercícios (15’, 30’, 45’ e 60’ de recuperação).

    Não foram verificadas diferenças significativas entre os grupos quanto aos valores da PAS em repouso, no início e após o exercício, porém, entre os valores do final do exercício houve diferenças significativas entre os grupos. Já em relação à PAD não houve diferenças significativas em nenhum dos momentos mensurados. No entanto, no GE evidências mostram diferenças significativas na PAS em todas as medidas quando se comparado ao repouso.

    Alguns estudos que investigaram o comportamento das respostas cardiovasculares após o exercício de força, relatam resultados discordantes, como aumento, manutenção e redução da PA.

    Porém é sabido que, durante o exercício de força, tanto PAS quanto PAD tendem a se elevar, ocasionando um aumento também expressivo na pressão arterial média, mesmo que por um período curto de tempo (MacDougall et al. 1985).

    Como acima foi descrito, em nosso estudo, quando comparado os valores PAS entre os grupos, somente na variável PASfinal houve diferença significativa GC – 105,0 mmHG e GE – 131,6 mmHg, ver gráficos 2.

    Já com relação ao pós-exercício (recuperação), em nosso estudo podemos observar que, apenas na PAS do GE houve diferença significativa em relação aos valores de repouso (118,1 mmHg) do mesmo grupo, os valores foram reduzindo gradativamente alcançando aos 15 min – 106,2 mmHg; aos 30 min – 104,6 mmHg; 45 min – 101,6 mmHg; e 60 min – 99,3 mmHg. Alguns estudos realizados mostram reduções significativas da PA logo após o término do exercício de força, o que fortalecem nossos resultados, como por exemplo, Fisher (2001), que estudou mulheres normotensas e hipertensas após a conclusão de 15 repetições de cinco exercícios realizados em circuito a 50% da carga de 1RM, com um período de registro da PA pós-exercício de 60 minutos, verificou redução significativa somente na PAS. Hardy e Tucker (1999), por exemplo, verificaram redução da PAS e PAD por, no mínimo, 1h após uma sessão de treinamento de força em 24 homens sedentários e hipertensos.

    Polito et al 2003, em um estudo onde se verificou o efeito hipotensivo do exercício de força realizado em intensidades diferentes e mesmo volume de trabalho, realizado com 16 voluntários, verificaram que o treinamento de força, causa um o efeito hipotensivo na PAS, e está ligado à intensidade do treinamento, e esta intensidade pode influenciar a duração do efeito hipotensivo após o término da atividade. Este estudo mostrou que sessões mais intensas (6 repetições a 100% de 6RM) promoveriam um período maior de redução da PAS, onde após 60 minutos de recuperação a PAS (100,3 ±7,5) se mostrou significativamente mais baixa do que em relação ao repouso (108,8 ±10,6) e sessões menos intensas (12 repetições a 50% de 6RM) reduziriam a PAD por um período relativamente curto, enquanto o trabalho mais forte não alteraria suas respostas agudas.

    Essa queda da pressão arterial ocorrida pós-exercício resistido é devido a fatores hemodinâmicos, como redução do débito cardíaco (FC x VS) que está associada ao decréscimo da freqüência cardíaca por diminuição do volume sistólico (Rezk, 2004 citado por Brum et al, 2004), outro mecanismo proposto para explicar a queda na pressão arterial pós-exercício é a redução da resistência vascular periférica, além de fatores neurais como diminuição da atividade nervosa simpática e humorais, produção de substâncias vasodilatadoras (Negrão et al, 2003, e Nami et al, 2000, citados por Monteiro & Filho, 2004).

    A condição de redução da PA em relação aos valores de repouso após o exercício de força, segundo Polito, Rosa e Schardong (2004), é denominada hipotensão pós-exercício e de acordo com MacDonald (2002), essa condição é muito bem-vinda em indivíduos hipertensos, pois consiste em procedimento não farmacológico de intervenção.

    Teixeira (2000), ainda afirma que esta redução pode ocorrer em média por uma a duas horas, caracterizando uma resposta subaguda ao exercício. Esta resposta inicia-se logo após o término da atividade física e pode perdurar por 3 a 4 horas, sendo observada após atividade dinâmica ou estática.

    Outros estudos que investigaram o comportamento das respostas cardiovasculares após o exercício de força, também mostraram redução da PA.

    Porém, alguns estudos não conseguiram demonstrar efeito hipotensivo conseqüente desse tipo de atividade (força), independentemente do estado de treinamento e do gênero dos participantes. O’Connor et al. (1993), verificaram aumento na PAS até 15 minutos após uma seqüência exercício realizada por mulheres a 80% da carga de 1RM. Hill et al. (1989), observaram redução importante na PA de homens treinados imediatamente após o exercício de força, mas em poucos minutos os valores pressóricos atingiram os níveis pré-exercício e se mantiveram durante os 60 minutos de monitorização.

    Toda essa contradição de informações, sobre as respostas cardiovasculares agudas no treinamento de força pode estar associada aos diferentes grupos estudados (hipertensos, normotensos, adultos, idosos, etc.), volume e intensidade do treinamento de força, duração do período de medida pós-exercício e outras variáveis intervenientes, como estado de ansiedade e etc.

Conclusão

    Concluindo, no presente estudo optou-se por verificar o comportamento da FC e PA em adolescentes durante 60 minutos após o exercício, assumindo assim tempo suficiente para alguma alteração na FC e PA manifestar-se.

    Os resultados obtidos indicaram que, após o exercício de força, ocorreram reduções significativas na PAS (em todos os períodos de tempo mensurados), porém na PAD e FC ocorreram reduções dos valores, mas estas reduções, não se mostraram estatisticamente significativas em relação aos valores de repouso comparando os resultados do GE, porém quando se compara os resultados dos grupos GC e GE, apenas os valores no final do exercício, obtiveram diferenças significativas.

    Pelo fato de não encontrar dados na literatura sobre as respostas cardiovasculares agudas após o exercício de força em adolescentes, maiores especulações seriam comprometedoras.

    Porém, a existência desse efeito hipotensor após a execução de uma sessão de exercícios resistidos ainda precisa ser investigada, os estudos existentes são em pequeno número e os resultados apresentam-se bastante controversos, o que demonstra a necessidade de mais estudos.

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