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Análise do somatotipo dos atletas de futsal sub-20 

da equipe Unisul - Farol Shopping - Penalty

 

*Acadêmico do Curso de Educação Física e Esporte

*Professor do Curso de Educação Física e Esporte e Orientador do Projeto de Pesquisa

Universidade do Sul de Santa Catarina

(Brasil)

Diego Stapassoli Nunes*

stapassoli@ac.unisul.br

Juliano Alves Zeferino*

jnegao@ac.unsul.br

MSc. Richard Ferreira Sene**

richard.sene@unisul.br

 

 

 

Resumo

          O objetivo do presente estudo foi analisar o somatotipo de atletas de futsal da categoria sub-20, masculino, da equipe UNISUL/FAROL SHOPPING/PENALTY, participantes do Campeonato Catarinense de Futsal sub-20 e do Campeonato da Liga Futsal Tubaronense. Dezesseis atletas do sexo masculino (18,7 + 1,2 anos; 70,5 + 9,1 kg; 1,75 + 0,08 m) foram estudados. Medidas antropométricas de massa corporal, estatura, espessura de dobras cutâneas, perímetros e diâmetros foram coletados no dia de treino, pela manhã. Os valores da composição corporal foram os seguintes: percentual de gordura corporal, 7,5 + 3,3%. O somatotipo médio das atletas foi: endomorfia, 2,8 + 1,6; mesomorfia, 4,1 + 1,3; ectomorfia, 2,5 + 1,4. Os atletas demonstraram depósitos de gordura corporais moderadamente baixos e uma boa estrutura muscular, evidenciada pela predominância do componente mesomorfo. Os atletas que atuam na posição de goleiro apresentaram um maior acúmulo adiposo (10,8 + 4,5%), já aqueles que atuam na posição pivô apresentam um menor acúmulo adiposo (4,7 + 0,1%). Os resultados indicam que os atletas têm alcançado um elevado grau de definição muscular, semelhante ou ligeiramente inferior aos atletas da equipe principal, associado a elevados níveis de desenvolvimento muscular, proporcionalidade e simetria.

          Unitermos: Somatotipo. Antropometria. Composição corporal. Futsal sub-20.

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - N° 120 - Mayo de 2008

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Objetivos

  • O objetivo do presente estudo é analisar o somatotipo de atletas de futsal da categoria sub-20, masculino, da equipe UNISUL/FAROL SHOPPING/PENALTY.

  • Analisar as médias de idade, massa corporal, estatura, e percentual de gordura, da equipe em relação a cada posição.

Descrição e metodologia

    A população foi constituída por 16 atletas de futsal que participaram do Campeonato Catarinense de Futsal sub-20 e da Liga Futsal Tubaronense. Anteriormente ao período de avaliações, os atletas foram esclarecidos em relação aos objetivos da pesquisa e aos procedimentos aos quais seriam submetidos. As medidas necessárias para a determinação do somatotipo foram obtidas de acordo com Kevin Norton e Tim Olds1, através de orientações obtidas em seu livro.

    Para as avaliações foram utilizados, um lápis dermográfico, para a marcação dos pontos anatômicos, um plicômetro/adipômetro Slim Guide, para a mensuração das dobras cutâneas, um paquímetro WCS de pontas rombas, para a mensuração dos diâmetros ósseos, uma fita antropométrica metálica Sanny, para a mensuração dos perímetros dos segmentos corporais, um estadiômetro standart, para aferir as estaturas, ao passo que a massa corporal foi verificada mediante a utilização de uma balança mecânica de plataforma Welmy.

    Para o cálculo da gordura corporal relativa empregou-se a equação de Siri2, a partir do emprego do modelo de regressão de 7 dobras cutâneas de Jackson & Pollock3. A coleta dos dados ocorreu em uma sala reservada no próprio ginásio onde são realizados os treinos e os jogos. Os horários de avaliação foram marcados para o dia de folga das equipes, permitindo assim a avaliação de toda a equipe em um único dia. No que se refere ao tratamento estatístico das informações (médias e desvios padrões) e elaboração dos gráficos, utilizou-se Microsoft Excel.

Resultados

Gráfico 1

    A média de idades da equipe sub-20 UNISUL/FAROL SHOPPING/PENALTY é de 18,7 + 1,2 anos, os goleiros têm uma média de 18 + 1,7 anos, os fixos têm 17,7 + 0,6 anos sendo a posição com a menor média da equipe, os alas e os pivôs têm as maiores médias com 19,1 + 0,6 e 19,2 + 1,3 anos respectivamente, os atletas que atuam como pivôs têm a maior média de idade da equipe.

Gráfico 2

    A equipe sub-20 UNISUL/FAROL SHOPPING/PENALTY pode ser considerada como uma equipe de estatura baixa de acordo com DA SILVA (2000) e DANTAS et al (2000), tendo uma média geral de 1,75 + 0,08 metros, os goleiros têm uma pequena diferença, têm uma média de 1,74 + 0,05 metros, os fixos são mais baixos em relação aos goleiros, 1,73 + 0,02 metros, os alas são os mais baixos a equipe medindo 1,72 + 0,07 metros e mesmo pelo baixo número de gols marcados de cabeça no futsal, os pivôs possuem a maior média com 1,81 + 0,15 metros.

Gráfico 3

    De acordo com DA SILVA (2000) e DANTAS et al (2000), a equipe sub-20 UNISUL/FAROL SHOPPING/PENALTY mantém uma média de peso corporal abaixo das médias de outras equipes nacionais e de alto nível da mesma modalidade que possuem 72,2 + 6,4 kg e 76,99 + 11,55 kg. Os goleiros têm a maior média de peso corporal, 81,350 + 8,756 kg, as outras posições têm uma grande diferença dessa média, os fixos têm 68,200 + 10,182 kg, os alas, 66,342 + 6,864 kg e são os mais leves da equipe, e os pivôs com 67,366 + 3,134 kg.

Gráfico 4

    Essa tabela mostra a média do percentual de gordura da equipe sub-20 UNISUL/FAROL SHOPPING/PENALTY, que é de 7,52 + 3,30 %, que considerado um % baixo para Jackson&Pollock, os goleiros têm a maior média, 10,88 + 4,50 %, os fixos 9,82 + 0,29 %, os alas e os pivôs te as menores médias, 6,14 + 1,29 % e 4,72 + 1,50 %.

Gráfico 5

    Essa tabela analisa o perfil da equipe e dos atletas divididos em suas posições. A equipe sub-20 UNISUL/FAROL SHOPPING/PENALTY tem um somatotipo mesomorfo equilibrado por ter uma média de 2,86 + 1,65 de endomorfia, 4,16 + 1,33 de mesomorfia e 2,56 + 1,41 de ectomorfia, os goleiros têm uma característica mesomorfo endomórfico por terem uma média de 4,70 + 1,94 de endomorfia, 5,56 + 0,77 de mesomorfia e 1,20 + 0,85 de ectomorfia, os atletas que atuam como fixos na equipe têm médias de 3,60 + 2,20 de endomorfia, 4,61 + 0,81 de mesomorfia e 2,47 + 1,04 de ectomorfia e são considerados mesomórficos-endonfórficos, os alas são considerados mesomórficos-ectomórficos por terem 2,08 + 0,29 de endomorfia, 3,88 + 0,82 de mesomorfia e 2,70 + 0,48 de ectomorfia, e os pivôs têm um perfil diferente das demais posições da equipe, são ectomórficos-endomórficos por terem 1,61 + 0,46 de endomorfia, 2,63 + 1,48 de mesomorfia e 4,09 + 2,32 de ectomorfia.

Considerações finais

    De acordo com os resultados apresentados, pode-se concluir que, no que se referem às variáveis antropométricas, os atletas que atuam na posição de goleiro possuem maior peso corporal (81,3 + 8,7Kg) quando comparadas aqueles que atuam na posição de ala (68,2 + 10,1Kg), os fixos (66,3 + 6,8Kg) e aos pivôs (67,3 + 3,1Kg), principalmente devido a um maior acúmulo de gordura corporal. Por outro lado, percebe-se que as atletas de linha parecem ter características antropométricas semelhantes, o que sugere que, ou a função tática desempenhada em jogo não parece ser um fator decisivo para causar modificações morfológicas nesses atletas, ou que o treinamento não está sendo realizado dentro do princípio da especificidade para cada posição.

    Quanto às características somatotipológicas, os atletas de futsal apresentam um padrão classificado como mesomorfo equilibrado, onde os goleiros apresentam um somatotipo mesomorfo endomórfico, iguais aos resultados encontrados nas posições dos fixos, os alas apresentam um somatotipo mesomorfo ectomórfico, já na posição de pivô, encontramos um somatotipo diferenciado, ectomorfo endomórfico.

    De uma forma geral, os resultados do presente estudo podem contribuir para a caracterização do perfil morfológico dos atletas de futsal masculinos, sub-20 competitivo, bem como no fornecimento de subsídios para uma melhor adequação do treinamento físico destas atletas, a fim de que o desempenho possa ser otimizado através de um perfil morfológico mais favorável.

Referencias

  1. NORTON, Kevin; OLDS, Tim. ANTROPOMÉTRICA. Artmed. Porto Alegre, 1996.

  2. ROCHA, Paulo Eduardo Carnaval da. MEDIDAS E AVALIAÇÃO EM CIÊNCIAS DO ESPORTE. Sprint. Rio de Janeiro. 6a ed, 2004.

  3. MARINS, João Bouzas; GIANNICHI, Ronaldo. AVALIAÇÃO E PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA: guia prático. Shape. Rio de Janeiro. 3a ed, 2003.

  4. GRANELL, José Campos; CERVERA, Victor Ramón. TEORIA E PLANEJAMENTO DO TREINAMENTO DESPORTIVO. Artmed. Porto Alegre, 2003.

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