Ginástica Rítmica: aspectos direcionadores do processo de elaboração de séries

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Ginástica Rítmica: aspectos direcionadores do processo 

de elaboração de séries

 

Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Faculdade de Educação.

Especialista em Ginástica pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Faculdade de Educação Física.

Licenciada em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Faculdade de Educação Física.

Licenciada em Pedagogia pelo Centro Universitário de Araras - UNAR
 

 
Michelle Guidi Gargantini Presta mipresta@hotmail.com
(Brasil)

 

 

 
Resumo

Esse trabalho foi elaborado com o objetivo de orientar a elaboração das séries de Ginástica Rítmica, contendo dados relevantes a tal prática que podem ser usados no trabalho de treinamento dessa modalidade ou também na área escolar.

Unitermos: Ginástica Rítmica. Esporte. Treinamento. 

 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 12 - N° 116 - Enero de 2008

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    A Ginástica Rítmica (GR) é uma modalidade esportiva que segundo GAIO (1996), apareceu em meados do século XX, na Europa Central, sendo influenciada pelas seguintes áreas: Dança, Arte Cênica, Música e Pedagogia. Esse esporte tem como característica principal a utilização de aparelhos portáteis, especificamente: arco, bola, corda, maças e fita., combinados com elementos corporais, acrobáticos e rítmicos, com acompanhamento musical, acoplados numa seqüência de movimentos que chamamos de série. Podendo ser individual ou em grupo (5 ginastas).

    Muitas perguntas fazem parte deste processo de elaboração dessas séries e serão abordadas nesse trabalho, como: seleção da música, escolha dos elementos obrigatórios e livres, regulamento, a intensidade da participação da ginasta no processo, combinação mais adequada dos movimentos etc.

    Foram entrevistadas quatro técnicas de GR que atuam ou já atuaram na cidade de Campinas, devido ao fato de terem ginastas de projeção na região. De acordo com LAKATOS e MARCONDES (1991) podemos chamar esse tipo de entrevista de despadronizada ou não estruturada. O entrevistador pode direcionar a conversa da forma que julgar necessário de acordo com cada entrevistado.

    Pergunta direcionadora: Como se dá o processo de elaboração de uma série de GR no seu trabalho?

1. Escolha da Música

    A escolha da música é feita pela ginasta com o auxílio da técnica, devendo respeitar a faixa etária, o aparelho e as características de cada uma. A música pode ser escolhida anteriormente a escolha dos elementos corporais. Conforme VIEIRA (1982) “a música valoriza o movimento através de maior expressão, emoção e capacidade de transmitir beleza e técnica, proporcionando segurança e amplitude de movimentos”.(p. 13). O trabalho com música não deve se restringir apenas ao período de elaboração das séries, mas sim estar presente em todas as aulas. Ao colocar diferentes estilos musicais, a técnica começará a observar o estilo de cada ginasta, através de suas preferências e afinidades.

2. Escolha dos elementos

    E feita conjuntamente com a ginasta, dentro do que ela consegue executar. Num primeiro momento esses elementos podem ser escolhidos de forma livre pela ginasta para que ela possa ir tendo contato com as regras da modalidade. Os melhores movimentos vão gerar a estrutura básica da série. A partir do momento que a ginasta tem a oportunidade de criar e participar ativamente da elaboração da série, começará a ter contato com as regras que compõe a GR.

3. Início da montagem das séries e exigências técnicas 

    A série começa a ser montada juntamente com cada ginasta, sendo que com as menores a técnica interfere de forma mais constante. Ou criação pode-se fazer presente somente no momento da elaboração das séries, sendo específico ao campeonato e as exigências da série. As ginastas podem anotar a série para que assimilem melhor a movimentação e o dinamismo da mesma. Para VIEIRA (1982) a série é um trabalho coletivo da música, do movimento, dos ritmos, das formas, das direções e da dinâmica.

    Nesse momento da criação a técnica precisa dar o maior número de informações e incentivo (motivação) à ginasta para que ela possa criar sua série, respeitando as características e exigências do Código de Pontuação.

    Numa análise geral do trabalho, o processo de elaboração das séries deve começar bem antes do último mês que antecede a competição, sendo um dos conteúdos a ser estruturado no planejamento.

    Para a ginasta é muito importante a segurança em sentir que faz parte da série, vivenciar o máximo possível a sua música durante os treinos, o papel que vai interpretar no momento da competição e também estar ciente da responsabilidade de executar os movimentos da forma correta, pois são esses os erros que causam maior despontuação.


Bibliografia

  • GAIO, Roberta. Ginástica Rítmica Desportiva “Popular” uma proposta educacional. São Paulo: Robe Editorial, 1996.

  • LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. 3 ed. Ver. E Ampl. São Paulo: Atlas, 1991.

  • VIEIRA, Ester de Azevedo. Ginástica Rítmica Desportiva. São Paulo: Ibrasa, 1982.

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revista digital · Año 12 · N° 116 | Buenos Aires, Enero 2008  
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