Análise dos riscos coronarianos através da relação cintura-quadril (rcq) em taxistas residentes na cidade de Caratinga - MG |
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*Pesquisadores e Professores do Programa de Mestardo em Ciências da Reabilitação do Centro Universitário de Caratinga - MG. **Bacharel e Licenciada do curso de Educação Física pelo Centro Universitário de Caratinga - MG. ***Licenciando do curso de Educação Física pelo Centro Universitário de Caratinga. ****Professores e Pesquisadores do Programa de Mestrado em Fisioterapia do Centro Universitáro do Triangulo - MG. (Brasil) |
*Marcus Vinicius de Mello Pinto, Dsc. orofacial@funec.br **Alessandra Santana Araújo, Grd. leka.ctga@ig.com.br ***Flavio Henrique Ramos Pimenta flaviohrp@gmail.com *André Luis dos Santos Silva, Dsc. | *Hélio Ricardo dos Santos, Dsc. ****Mario Antônio Baraúna, Dsc. | ****Angelo Piva Biagini, Dsc. |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 12 - N° 114 - Noviembre de 2007 |
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Introdução
Atualmente uns dos grandes fatores causadores de riscos coronarianos é a obesidade, ou o excesso de gordura, porem ela é tida como uma relação co-dependente com os outros fatores.
A população obesa vem crescendo cada vez mais, e isto é um fato muito preocupante, pois além de doenças cardíacas a pessoa que esta considerada acima do seu peso ideal pode adquirir outras doenças relacionadas à obesidade.
Segundo Costa (2001) citado por Pontes & Sousa (2005), os índices de sobrepeso e obesidade têm crescido de forma assustadora em diversos países industrializados e em desenvolvimento, o que tem tornado o controle da composição corporal, uma das principais preocupações de vários órgãos de saúde pública.
No Brasil não é diferente a população obesa ou com sobrepeso cresce muito rapidamente e o Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição - INAM, relatou que cerca de 32% da população adulta apresenta algum grau de sobrepeso. O índice de sobrepeso no homem é maior do que na mulher, isto quer dizer 30% e 18,5% respectivamente (GUEDES & GUEDES, 2003, citado por PONTES & SOUSA, 2005).
Sendo assim, muitas pessoas consideradas saudáveis, ou seja, que tem uma boa aparência, estão sofrendo com doenças coronarianas, e não sabem.
Para Mcardle, Katch e Katch (1998) doença coronariana, consiste em geral em alterações degenerativas na intima, ou no revestimento interno das artérias mais calibrosas que irrigam o músculo cardíaco.
As coronariopatias são consideradas uma epidemia na maioria das sociedades tecnologicamente avançadas. Segundo Mcardle et all (1998) a DCC é responsável por causar mais de 550.000 mortes por ano.
Varias são as causas que podem levar uma pessoa a adquiri uma doença coronariana, ou seja, estas doenças estão ligadas diretamente com as características de cada pessoa ou com fatores ambientais.
Mcardle et all (1998) nos mostra alguns desses fatores: lipídios sanguíneos elevados, hipertensão, padrões de personalidades e de comportamento, tabagismo, altos níveis de acido úrico, sedentarismo, doenças pulmonares, obesidade, estresse, idade, sexo e antecedentes étnico, entre outros.
Para Lazzoli (1997) citado por Santos Jr, Nunes e Tumelero (2005), a vida moderna, com o desenvolvimento tecnológico e de comunicações, faz com que o homem pratique menos esforço físico, facilitando a vida das pessoas e lhes oferecendo mais conforto. Sendo assim a comodidade oferecida pela tecnologia está levando cada vez mais as pessoas ao sedentarismo.
Sendo assim, a diminuição desses fatores de risco pode eventualmente diminuir uma tendência a desenvolver uma coronariopatia.
É notória a relação entre doenças coronarianas e obesidade, com isso, existem varias métodos utilizados para determinar a distribuição de gordura corporal, e elas têm origem dos recursos antropometricos de espessura de dobras cutâneas (EDC) e de circunferências corporais.
Para Malina (1996) citado por Queiróga (2001), as EDC tem como finalidade estimar a distribuição de gorduras subcutâneas enquanto a Relação Cintura-Quadril (RCQ) tem como finalidade estimar a gordura interna da pessoa.
Mediante o supra-suposto, o presente artigo tem como finalidade Analisar os riscos coronarianos através da relação cintura-quadril (RCQ) em taxistas da cidade de Caratinga - MG, sabendo que os mesmos não tem uma vida ativa, e isso leva conseqüentemente há um quadro de obesidade comprometendo assim o aparelho circulatório, ou seja, o coração.
Revisão bibliográficaObesidade
Hoje em dia se fala muito em obesidade e nos riscos que ela pode trazer para as pessoas que são consideradas estar com sobrepeso ou ate mesmo obesas. Para Costa (2003), uma pessoa é considerada obesa quando o seu IMC for maior ou igual a 30,0 Kg/m2. Já para Wilmore (2000) citado por Bernardes, Pimenta & Caputo (2003), sobrepeso é definido como peso corporal que excede o peso normal ou padrão de uma determinada pessoa, baseando-se na altura e peso. Já a obesidade esta ligada à condição em que o individuo apresenta uma quantidade excessiva de gordura corporal.
Para Pereira, Francischi & Lancha Jr. (2003), a obesidade é considerada como uma epidemia mundial, sendo que no Brasil, as mudanças demográficas, sócio-seconomicas e epidemiológicas, permitiram que houvesse a uma mudança nos padrões nutricionais, como a diminuição progressiva da desnutrição e o aumento da obesidade.
Um dos maiores causadores de risco coronariano é a obesidade, ou o excesso de gordura corporal.
Para Parizotto (2002), a obesidade ou o sobrepeso, predispõe uma serie de doenças que são chamadas de patologias modernas, e que são acompanhadas de sintomas como o cansaço, a sudorese excessiva, as dores nas pernas e coluna etc.
Com isso, para Machado & Sichieri (2002), a distribuição de gordura corporal tem forte determinação genética, mas fatores como sexo, idade e outros comportamentais, como tabagismo e falta de atividade física, podem ser determinantes.
Sendo assim, quando uma pessoa começa a perder peso, ou ter uma redução na composição corporal, independentemente se foi por uma dieta ou até mesmo por um programa de exercício físico, o nível de colesterol e de triglicéridios se normalizam e isto causa um efeito benéfico sobre a pressão arterial e os diabetes. A obesidade não pode ser um fator primário, mas seu papel como risco coronariano secundário é evidente, ou seja, ela contribui muito na DCC com vários processos patológicos (MCARDLE, 1998).
Segundo Queiróga (2001), as complicações negativas associadas ao excesso de gordura corporal depende de que forma o tecido adiposo esta depositada no corpo. Com isso, a obesidade central aumenta e muito o risco de doenças cardíacas independente do IMC.
Uma das formas pra que possa diminuir o excesso de gordura é a pratica de exercício físico. De acordo com Goldberg & Elliot (2001) citado por Santos & Coelho (2003), a atividade física é uma alternativa saudável para a redução do peso corporal, principalmente na redução da gordura corporal. Entres os exercícios mais recomendados estão as caminhadas, o ciclismo a passeio, o trote e a ginástica aeróbia proporcional a capacidade física do indivíduo.
Doenças coronarianasAs doenças relacionadas ao coração estão sendo muito estudadas nos últimos tempos, pois, deve se ter um cuidado muito especial no que se diz a respeito do aparelho circulatório, e mais ainda com o coração, pois ele é a bomba do nosso corpo, ou seja, se há um comprometimento desta bomba o nosso organismo não funciona como deveria.
Segundo Costa (2004), doenças como a diabetes, coronariopatia,, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, males hepáticos, apoplexia, dificuldades biomecânicas, entre outras, representam gastos diretos e indiretos de atenção a saúde.
São diversos os fatores de riscos primários que levam uma pessoa a adquirir doenças cardiovasculares, tipo hipertensão, tabagismo, e há também os fatores de riscos secundários que são, o sexo, a idade, a falta de atividade física, excesso de gordura, o diabetes mellitus, o estresse e histórico familiar.
Sendo assim, muitos pesquisadores tentam elaborar anamneses e tabelas cientificas, buscando com isso qualificar o desenvolvimento ou favorecimento de alguma doença coronariana. (PITANGA, 2004).
Atualmente sabe-se que o acumulo de gordura no corpo é um risco para a saúde, mas um outro fator que se deve considerar é a distribuição desta gordura pelo corpo. As pessoas com gordura excessiva no tronco em comparação com a parte inferior do corpo tem alto risco de vir a desenvolver a doença cardíaca coronariana (DCC). A DCC é um componente (junto com o acidente vascular cerebral) de doença cardiovascular (DCV).
Uma das formas de se tentar prever se o individuo está propenso a desenvolver uma coronariopatia é utilização da Relação Cintura-Quadril (RCQ). A RCQ é fortemente associada a gordura visceral e parece ser um índice aceitável de gordura intra-abdominal (MATSUDO, 2002).
Com isso deve-se levar em conta que um alto índice é indicio de obesidade na parte superior do corpo, e esta obesidade esta associada a um risco de doenças como adiabetes, hipertensão, e principalmente a doenças coronariana.
Para Mcardle, Katch e Katch (1998) doença coronariana, consiste em geral em alterações degenerativas na intima, ou no revestimento interno das artérias mais calibrosas que irrigam o músculo cardíaco.
As coronariopatias são consideradas uma epidemia na maioria das sociedades tecnologicamente avançadas. Segundo Mcardle et all (1998) a DCC é responsável por causar mais de 550.000 mortes por ano.
Para Bray (1990) citado por Salve (2006), há uma forte associação entre a obesidade e as doenças cardíacas, diabetes mellitus,etc.
MetodologiaPopulação / Amostra
Na Associação de Taxista de Caratinga estão cadastrados 68 taxistas. Para a realização deste artigo foi escolhida uma amostra de 22% das pessoas cadastradas que correspondem a 15 pessoas, obedecendo aos critérios de inclusão e exclusão.
Critério de exclusãoPara compor a amostra foram excluídos os taxistas que praticam algum tipo de exercícios físico, e aqueles que não são cadastrados na Associação de Caratinga.
Critérios de inclusãoForam incluídos na amostra da pesquisas aqueles taxistas que ao serem convidados resolveram participar da pesquisa por livre e espontânea vontade.
Materiais e métodosForam aferidas as circunferências da cintura e do quadril de 15 taxistas de ambos os sexos e com idade que variam de 25 a 70 anos, com media de idade igual a 43 anos de idade. Para analisar a classificação do RCQ, foi utilizada a tabela de classificação do programa Physical Test 5.0 citada por Bispo (2004) relacionada abaixo e uma fita métrica Sany Medical.
Discussão de resultadosApós ter feita a coletado os dados, foi feito um gráfico para melhor compreensão dos dados.
Nota-se que 40% da amostra, tem um comprometimento coronariano, moderado, ou seja, eles podem desenvolver doenças relacionadas ao coração.ou não isso vai depender do estilo de vida que eles adotarem a partir de agora. Isso se deve por eles ser taxistas e não ter o habito de praticar algum tipo de exercício físico, ou seja, a maioria deles tem uma vida sedentária, alem deste fator pode ser que outros fatores que aqui não foi abordado tenha contribuído para isso.
Para Lazzoli (1997) citado por Santos Jr, Nunes e Tumelero (2005), a vida moderna, com o desenvolvimento tecnológico e de comunicações, faz com que o homem pratique menos esforço físico, facilitando a vida das pessoas e lhes oferecendo mais conforto. Sendo assim a comodidade oferecida pela tecnologia está levando cada vez mais as pessoas ao sedentarismo.
Apenas 20% dos entrevistados, tem uma chance muito remota de contrair doenças cardíacas, mas ao contrario de 40% da população que tem grande probabilidade de adquirir esse tipo de doença. Sendo 20% tem um alto risco e os outros 20% tem um risco muito alto.
Segundo Costa (2004), doenças como a diabetes, coronariopatia,, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, males hepáticos, apoplexia, dificuldades biomecânicas, entre outras, representam gastos diretos e indiretos de atenção a saúde.
São diversos os fatores de riscos primários que levam uma pessoa a adquirir doenças cardiovasculares, tipo hipertensão, tabagismo, e há também os fatores de riscos secundários que são, o sexo, a idade, a falta de atividade física, excesso de gordura, o diabetes mellitus, o estresse e histórico familiar.
ConclusãoA partir deste estudo pode-se concluir 80% dos taxistas participantes da pesquisa correm um risco de desenvolver problemas cardíacos, sendo que ele estão divididos em um risco moderado, alto e muito alto. As pessoas apresentam este quadro devido a sua profissão e estilo de vida adotado, pois essas não se exercitam, sendo que um estilo de vida saudável diminui muito o quadro de obesidade que é uns dos principais fatores que levam o aparecimento de doenças coronarianas. Sugerimos que estudos ramdomizados e com um N. maior , seguido de uma amostragem regional nas cidades mineiras sejam feitas para que possamos constatar maior fidedignidade para esta estudo.
Referencias bibliográficas
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MCARDLE, William D.; KATCH, Frank I.; KATCH, Vitor L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desenvolvimento humano. 4ª ed, editora Guanabara Koogan, 1998.
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