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A educação física e o controle do corpo durante o governo
de Juan Domingo Perón (1946-1955) na Argentina

   
Mestre em História Social pela Universidade de São Paulo
(USP/SP/Brasil). Doutora em História pela Pontifícia
Universidade Católica do RS (PUR/RS/Brasil).
 
 
Claudia Schemes
claudias@feevale.br
(Brasil)
 

 

 

 

 
Resumo
     Este artigo trata da educação física e atividades a ela relacionadas como forma de controle dos cidadãos argentinos durante o governo de Juan Domingo Perón (1946-1955) na Argentina. As atividades físico-esportivas desenvolvidas durante esse governo constituíram um poderoso meio de transmissão da idéia de unanimidade, harmonia e fraternidade a todos seus participantes e representavam um meio eficaz de cooptação das massas.
    Unitermos: Educação Física. Peronismo. Disciplinamento.
 
Abstract
     This article relates to the physical education and activities related to it as a form of control of the Argentinean citizens during the government of Juan Domingo Peron (1946/1955) in Argentina. The physical and sport activities developed during this government represented a powerful way to transmit the idea of unanimity, harmony and fraternity to all the participants and represented an efficient way to congregate the masses.
    Keywords: Physical Education. Peronismo. Discipline.
 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 12 - N° 114 - Noviembre de 2007

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Introdução

    Este artigo procura analisar o significado da educação física e de outras atividades a ela relacionadas na cooptação dos corpos e mentes dos cidadãos argentinos durante o primeiro mandato de Juan Domingos Perón como Presidente da República Argentina (1946/1955).

    Abordaremos essas questões do ponto de vista político, ou como um "micropoder" a que se refere Foucalt (1986), pois Perón e seus ideólogos construíram a idéia da unanimidade de apoio das massas ao regime, que era mostrada através da teatralização da idéia da sociedade coletiva. Nesse sentido, a utilização do esporte tinha papel importante na cooptação das massas e disciplinamento dos cidadãos, com vistas ao controle do corpo e da mente.

    As fontes utilizadas para esta pesquisa foram, principalmente, os jornais argentinos La Epoca, El Laborista, La Razon, La Prensa e Democracia e a revista Mundo Desportivo que foram microfilmados no Arquivo Nacional de Buenos Aires.


A educação física

    No primeiro governo Perón, a prática da educação física passou a ter uma importância maior que nos governos anteriores, visto que era considerada uma das responsáveis pela melhoria das qualidades físicas e morais do homem e um instrumento eficaz na cooptação das massas e disciplinamento dos cidadãos, com vistas ao controle da mente e do corpo. As atividades físicas, portanto, eram fundamentais para esse controle surtir efeito.

    No peronismo, predominou a crença de que apenas um povo "fisicamente bem dotado" poderia sentir-se livre e seguro, e isso só aconteceria com o desenvolvimento do esporte e da educação física, que preservaria o povo argentino da decadência ou da destruição dos atributos da raça. (Ganduglia,1955, p.13)

    Para operacionalizar essas práticas, o governo tinha que oferecer uma infra-estrutura condizente. Segundo Perón,

"Se é necessário preparar campos de treinamento, o faremos; construiremos barracões de madeira ou de qualquer coisa, para que possam ter treinamentos em lugares que garantam o mínimo necessário de comodidade. Construiremos tudo isso onde quiserem. É um assunto que se pode resolver nas melhores condições e, para tal, colocamos à disposição todos os meios que sejam necessários" (Perón, 1950, p.5).

    Dizia ainda:

"Nos ginásios de esportes, que complementavam a organização, dever-se-ia fortalecer e desenvolver o corpo e exercitar as virtudes viris, a coragem individual, a solidariedade e o espírito de equipe, mediante exercícios e provas apropriadas.
A antiga ginástica, aborrecida e em geral inoperante, devia ser substituída pela prática esportiva, entusiasta e ativa, semelhante às manifestações próprias do povo"
(Perón, 1956, p.98).

    Na "Nova Argentina", o esporte e os heróis desportivos eram de grande valia para a divulgação do país como modelo de sociedade saudável e vigorosa.

    Perón, em uma competição esportiva, dirigiu-se à massa com as seguintes palavras:

"Seja nossa homenagem para as glórias do esporte que nos acompanham, para os campeões, para todos os desportistas que estão construindo a Nova Argentina que desejamos, de homens sãos, robustos e fortes. Porque fazem as nações fortes, os povos sãos e vigorosos" (Perón, 1949, p.50).

    Na Argentina peronista, os ídolos desportivos deveriam ter as melhores qualidades humanas, ser modelos para serem seguidos por todos os argentinos e as práticas esportivas deveriam ser iniciadas nas escolas infantis.

    A utilização pedagógica do esporte seria completada pelos clubes da União dos Estudantes Secundários, organizados em todo o território da República, onde as moças e os moços podiam dedicar as tardes e as manhãs ao culto dos esportes de sua preferência, completando, assim, a sua educação integral.

    Para os estudantes havia clubes mantidos pela Fundação Eva Perón e, para os adultos, o esporte era dirigido e governado pela Confederação Geral dos Esportes.

    O apoio dado ao esporte era tão grande que nos Jogos Panamericanos realizados em Buenos Aires durante o governo Perón, a Argentina conseguiu o maior número de medalhas (150 no total, sendo que 68 de ouro), ficando na frente, inclusive, dos Estados Unidos que obteve 95 medalhas (44 de ouro).

    Perón costumava freqüentar competições esportivas de todos os gêneros, demonstrando seu amor ao esporte.

    Segundo ele,

"[...] para que o esporte seja de utilidade integral para a Nação é necessário estabelecê-lo também como atividade permanente de toda a população: deve ser a juventude estudiosa argentina a futura condutora dos destinos da nacionalidade a que primeiro deve colocar-se de pé e organizar-se sem demoras para aprender o caminho que lhe assinala o líder da Nova Argentina" (Perón, apud Confalonieri, 1946, p.168).

    O jornal La Prensa em maio de 1954 fez uma reportagem sobre a cidade estudantil inaugurada por Perón, destacando a importância dada pelo governo para o desenvolvimento de uma juventude "sã, forte e culta". O jornal dizia que isso mostrava a constante e crescente preocupação do líder com o desenvolvimento da juventude, imbuída do sentido patriótico e humano, essência da doutrina justicialista. O regime procurava proporcionar os meios necessários para sua formação, criando novas orientações educacionais, que iriam desde o ensino das humanidades até seu aperfeiçoamento na aprendizagem dos ofícios e das profissões mais úteis ao futuro do país.

    O governo de Perón organizava, anualmente, os "Campeonatos Infantis de Futebol Evita", em que todas as crianças poderiam participar. Todo o equipamento necessário era fornecido pelo governo e as finais aconteciam em grandes estádios com a presença de Perón e Evita que entregavam os prêmios aos ganhadores. Esses eventos contaram com a participação de 100 mil crianças.

    Segundo Perón, "só um indivíduo com uma boa alma, com um corpo são e vigoroso e uma mente desenvolvida e inteligente pode sintetizar uma educação completa e integral." (Perón,1956, p.97)

    A preocupação do governo argentino com a prática desportiva também ficou explícita na publicação da Secretaria de Imprensa e Difusão de 1955, intitulada "O Novo Espírito do Esporte Argentino". Segundo esse documento, o Estado deveria "favorecer o desenvolvimento da cultura física do povo em harmonia com sua formação moral e intelectual mediante o exercício do esporte, [...]" e pregava que os fins do esporte deveriam ser a "elevação do bem-estar e da cultura geral do povo, o desenvolvimento de seus sentimentos de patriotismo, o estímulo saudável e a solidariedade social; [...]" . A publicação normatizava, também, a organização dos esportes, a educação física em entidades desportivas, os certames desportivos, a assistência técnica, econômica e a fiscalização médica dos desportistas e a formação de técnicos. (Ganduglia,1955, p.3,4)

    O apoio do governo ao esporte e aos esportistas que se destacavam era uma prática de fundamental importância, pois a difusão política daí decorrente ocorria, não só no próprio país, como também no exterior. O esporte era "razão de Estado", pois promovia a "elevação do espírito" e, principalmente, porque era capaz de comover e mobilizar as massas.

    Perón era considerado o "Primeiro Desportista" argentino, e também o "Primeiro Trabalhador", o que completava sua imagem pública com um ângulo informal, competitivo, mas simpático.

    Cada evento esportivo era uma festa de aclamação ao líder e ao regime, razão pela qual Perón se interessava em proporcionar o maior número de competições e apresentações esportivas na Argentina, bem como patrocinar atletas e times de todas as modalidades, pois cada vez que um deles se tornava campeão, a comemoração se transformava em festa de apoio ao regime.

    Segundo Ganduglia (1955), foi necessária uma obra de governo e de doutrinação incessante como a realizada por Perón, para que o esporte pudesse desenvolver-se até seus fins superiores de extensão popular e de enaltecimento dos humildes. (p.6)

    Perón pretendia "unificar espiritualmente" o povo argentino, conquistando a juventude através dos cinco milhões de desportistas que ele queria formar.

    Segundo o líder, a harmonia social também poderia ser atingida pelas atividades físicas.

"[...] é no ambiente desportivo que as diferenças desaparecem, nasce uma camaradagem superior a todas as outras e se forma o espírito superior e uma grandeza de alma que é a única coisa que os homens devem conquistar. Os clubes desportivos são a escola primária dessa grandeza espiritual, por isso o governo e a Nação estão na obrigação de proporcionar essas atividades, ajudá-las como uma obra de governo. Nesse espírito está a grandeza da Pátria, que é inútil buscar em outras direções" (Perón, 1973, p.63).

    Esse ordenamento físico do cidadão nos remete ao ordenamento do seu próprio cotidiano como uma forma de manipulação social, que permitiu acentuar os valores de uma moral rígida e repressora.

    Nesse sentido, percebemos semelhanças entre as concepções educacionais peronistas com as de alguns países da América Latina, como o Brasil sob o governo de Getúlio Vargas, por exemplo, e até da Alemanha nazista, pois Hitler também colocava a formação intelectual em segundo plano, dando primazia à cultura física e moral.

"O Estado não acreditará que sua tarefa em matéria de educação se limite a fazer a ciência penetrar os cérebros. Procurará obter, por meio de educação apropriada, corpos absolutamente sadios. O cultivo das faculdades intelectuais virá somente em segundo plano. Mas, ainda aqui, o objetivo primordial será a formação do caráter, especialmente o desenvolvimento da força de vontade e a capacidade de decisão [...] A instrução propriamente dita se situará apenas em último plano" (Hitler,apud Dupeux,1992, p.233).

    Nesse contexto, esclarece-se bem a intenção do regime com a obrigatoriedade dessa prática, já que os ideólogos do peronismo criaram uma imagem de sociedade em festa, onde o "povo era feliz", ocultando a outra face do regime expressa através das formas de controle social. Tal controle implicava no disciplinamento do corpo e da mente dos cidadãos.

    O apoio dado à educação física e aos esportes em geral por Perón teve, sem dúvida, seu aspecto positivo. Não podemos, entretanto, deixar de desvincular esse apoio da tentativa de manipulação política, já que o esporte era um instrumento de fácil repercussão social, pois era amplamente praticado e difundido. Os ídolos desportivos, disciplinados e ordeiros, também serviam de exemplo para a massa.

    Qualquer competição esportiva poderia se tornar uma manifestação política de apoio ao regime, como ocorreu em diversas ocasiões da história argentina, pois era mais fácil chamar a atenção da massa com um apelo popular como o esporte do que chamá-la para uma manifestação política de apoio ao regime.

    A propaganda peronista levava em conta esse aspecto, o que explica o interesse pelos mecanismos de controle do corpo através da educação física que se baseavam fortemente nos ideais militares, já que as Forças Armadas sempre tiveram influência no governo, haja vista a formação militar do próprio presidente Perón, o que explica a ênfase na ordem, na disciplina e na hierarquia impressas nas comemorações esportivas.

    Aqui ressaltamos, mais uma vez, a inspiração nazi-fascista, principalmente na questão da rígida hierarquia, organização e disciplina.


Espaço público e atividade física

    Os ideólogos do regime peronista consideravam que, para manter a sociedade controlada, havia a necessidade da participação popular e da aceitação integral das idéias veiculadas a respeito do que seria melhor para o todo.

    A maneira encontrada para efetivar esse projeto foi, primeiramente, o controle e a organização do espaço público. A moral e o civismo foram acionados para forjar a idéia da sociedade unida e harmônica.

    O instrumento utilizado por esses governantes para conseguir esse tipo de controle foi, como já vimos, a prática da educação física e suas derivações, o escotismo, os clubes de menores, os parques infantis e as colônias de férias, entre outros, e todas essas formas de controle social através do corpo fechavam seu ciclo nas festas esportivas.

    A organização do espaço podia ser percebida visualmente nas próprias formas arquitetônicas utilizadas pelo regime.

    Hitler, segundo Canetti (1990), também tinha uma preocupação com relação ao espaço relacionado ao comportamento das massas. Esse comportamento dependia do "recipiente" que continha as massas e do modo pelo qual se delimitava o seu espaço, ou seja, nos espaços abertos, as massas poderiam crescer e se desenvolver, enquanto nos espaços fechados, nas edificações culturais, onde predominava a regularidade, a repetição de comportamentos, o comportamento das massas tinha limites bem estabelecidos.( p.177)

    A Argentina peronista apresentava preocupações semelhantes com relação ao espaço público. Percebemos isso, principalmente, na construção de grandes estádios esportivos que serviam não só para as competições como também para manifestações políticas.

    A revista Mundo Desportivo de março de 1951 falava do avanço que representou o governo peronista nesse aspecto.

"O Estádio do Clube Atlético Independente estabelece a diferença de duas épocas: a anterior, com um só estádio de cimento; agora, na Nova Argentina poderosa e fecunda, uma série de notáveis realizações que colocaram nosso país na vanguarda do mundo ocidental em número e capacidade de estádios desportivos".

    A importância da arquitetura no controle do espaço público parece evidente. O regime tentava mostrar sua força através da grandiosidade das construções, não só nos prédios públicos, mas também nos estádios e praças. Tudo era planejado de maneira que a massa participasse das festas e comemorações esportivas de forma controlada e ordenada.

    O disciplinamento do cidadão era conseguido através da coerção física e moral exercidas sobre a sociedade, mas que ficavam ocultadas pela propaganda organizada pelo governo do "povo feliz", que poderia expressar essa alegria nas festas esportivas e nos estádios.


Considerações finais

    As atividades físico-esportivas desenvolvidas durante o governo peronista constituíram um poderoso meio de transmissão da idéia de unanimidade, harmonia e fraternidade a todos seus participantes.

    A maneira de se conseguir isso era "adestrando o corpo dos cidadãos", principalmente através da prática da educação física e das outras formas decorrentes dela como o escotismo, os clubes de menores, entre outros, que controlavam a vida do cidadão desde a mais tenra idade.

    Para isso, o governo peronista traçou as diretrizes da educação nacional, não permitindo contestações. Cabia ao líder Perón determinar e conduzir o destino das massas - ela era o seu guia.

    Toda essa disciplina obtida através da educação era expressa nas festas esportivas organizadas e ordenadas onde o "mito da unidade" encontrava o cenário mais propício para sua teatralização. (Balandier, 1980, p.8)

    O civismo e a moral também encontravam nesses espaços terreno propício para sua consolidação; a devoção ao interesse público era evidente, tudo já estava predeterminado pelos organizadores oficiais: os desfiles, as apresentações, as músicas. Conseqüentemente, os "bons costumes" vinham à tona sem a menor possibilidade de algum tipo de contestação.

    Qualquer forma de liberdade (do espaço, do corpo, da mente) representaria uma ameaça, pois estaria fora do controle oficial, portanto, livre para se expressar, até contra o regime.

    Entretanto, não consideramos as massas que apoiavam Perón passivas, completamente manipuláveis ou inconscientes de seus atos: elas influíram decisivamente no processo político da Argentina. Entendemos que a proposta oficial coincidia com os anseios dos setores populares, ou melhor, de parcelas significativas deles, o que explica o forte apoio ao regime e também as reações às medidas de controle social.

    A realidade teatralizada podia ser mascarada, mas a sociedade era complexa e permeada por conflitos, e a história não deixava de atuar sob a máscara da harmonia e unidade.

    A manipulação das massas constitui um mecanismo complexo. Ela resulta em controle social, mas esse controle tem os seus limites - o da resistência por diferentes maneiras. O projeto homogeneizador de Perón não atingiu o objetivo de controle total da sociedade justamente por isso.

    Nesse sentido, podemos concluir que na experiência das atividades e eventos esportivos, os sujeitos foram alvo de manipulação e controle eficazes, mas eles não se anularam enquanto produtores de uma história permeada por conflitos, contradições e ambigüidades.


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