Seleção brasileira de badminton feminina: estudo referenciado das características neuromusculares e metabólicas |
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*Fisioterapeuta e acad. de Educação Física da ULBRA. **Educadora Física e professora da ULBRA, São Judas Tadeu. ***Educador Físico. ****Educador Física e professor da ULBRA. (Brasil) |
Fabiano Bartmann* Doralice Pol** | José Pippi*** Osvaldo Siqueira**** | Luiz Crescente**** fbartmann@hotmail.com |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 12 - N° 112 - Septiembre de 2007 |
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Introdução
Existem diversos estudos sobre a dispersão fisiológica nos esportes de raquete como Tênis e Squash, porém, sobre Badminton não há muitos. Os aspectos neuromusculares e metabólicos não deveriam ser desconhecidos, esses fatores interferem e muito importantes para a performance do atleta, onde podem favorecer no resultado do jogo.
O Badminton se tornou popular na Europa, com a sua inclusão oficial nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992. E desde este período, houve grande interesse nos aspectos fisiológicos, pois a sua movimentação em quadra é parecida com outros esportes (como squash, tênis e vôlei), é um jogo que demanda de muita explosão, velocidade e técnica conforme MANRIQUE & GONZÁLEZ-BADILLO (2003).
ObjetivoReferenciar o perfil das características neuromusculares e metabólicas das atletas da equipe de Badminton da Seleção Brasileira Feminina.
Matériais e métodosFoi realizado um estudo descritivo de corte transversal.
A amostra foi composta por 12 atletas femininas da Seleção Brasileira de Badminton. Com uma média de idade entre 18,2 ± 1,4 anos.
As variáveis neuromusculares avaliadas foram e seguiram os critérios de acordo com cada teste:
Força muscular de membros superiores - FMS (arremesso de medicine ball - 2 kg);
resistência abdominal (repetições máximas em 1 minuto); flexibilidade (sentar e alcançar), foi utilizado o banco de Wells para adulto; agilidade (quadrado de agilidade), foi utilizado 4 cones, numa distância de 4 m2; força de preensão manual - FPMD e FPME (dinamometria de mão direita e esquerda), foi utilizado o dinamômetro manual digital da marca Takei, com os membros superiores junto ao corpo e o cotovelo em extensão total; força muscular de membros inferiores - FMI (impulsão horizontal e vertical), a impulsão horizontal consistia em pular de um ponto fixo e parada e era usado como parâmetro de distância, o calcanhar do pé mais próximo do ponto de partida e para impulsão vertical, uma plataforma de salto Jump Test desenvolvida pelo Prof. Dr. Leszek A. Szmuchrowski e a coxo-femoral com flexão de 45º. E as variáveis metabólicas foram: Capacidade aeróbia - VO2 máx (Yo-Yo test); potência anaeróbia alática - PAA (teste de 20 m), foi delimitado uma linha reta medindo 22 metros, onde os últimos 2 metros é a zona de finalização, nos testes quadrado de agilidade, impulsão horizontal e teste de 20 metros, foi utilizado o protocolo Proesp da UFRGS.
Resultados e discussãoA análise dos dados foi realizada através da estatística descritiva utilizando-se o programa Microsoft Excel, versão XP.
E os resultados foram analisados pelo programa Sistema de Avaliação Física - Personal - Versão 1.0, desenvolvido por Lamp (2004).
Quanto aos aspectos neuromusculares encontram-se:
Os dados neuromusculares de FMS encontradas no presente estudo, e relacionadas com outros foram considerados intermediários conforme protocolo Johnson & Nelson (1979).
Para o teste de abdominais considerados excelentes comparados com protocolo Pollock & Wilmore (1993).
Teste de flexibilidade foi considerado médio segundo protocolo Nieman (1990).
Os resultados de FMPD e FMPE considerados regulares no protocolo Corbin e colaboradores (1978).
Quanto a força de membros inferiores constatou-se:
Para relacionar o resultado de agilidade, não foi encontrado estudos para referência.
Dado de FMI horizontal considerado muito bom para o protocolo de Fernandes (1998).
E para relacionar os resultados FMI SJ, CMJ e Livre não foram encontrados estudos para referência.
Quanto aos aspectos metabólicos verificou-se:
E os dados metabólicos de capacidade aeróbia encontram-se na categoria superior para o protocolo ACMS (1998).
Também não encontrou-se estudos para relacionar os achados de potencial anaeróbico alático.
ConclusõesPode-se concluir com este trabalho que as atletas da Seleção Brasileira de Badminton Feminino, estão dentro dos parâmetros estimados nas bibliografias consultadas.
E este trabalho poderá servir como referência para estudos futuros sobre o Badminton, tendo em vista a pouca produção bibliográfica sobre esse assunto.
Referências bibliográficas
ACSM's Resource Manual for Guidelines for exercise testing and prescription. 3º Ed., Linppincott Williams and Wilkins, USA, 1998.
CAMPOS, C. E., MENZEL, H-J.. Análise de Variáveis Dinâmicas de Saltos na Ginástica Aeróbica. Anais do IX Congresso Brasileiro de Biomecânica, UFRGS, 2001.
CHAMORRO, R. P. G.. Composición corporal de jugadores de badminton. Revista Digital Efdeportes.com, año 10, N° 68, 01/2004.
FANTINI, C., MENZEL, H-J.. Análise de Impactos em Aterrissagens após Saltos Máximos em diferentes Grupos de Atletas e Não-Atletas. Anais do IX Congresso Brasileiro de Biomecânica, UFRGS, 2001.
FERNANDES FILHO, J. A prática da avaliação física: testes, medidas, avaliação física em escolares, atletas e academias de ginástica. Rio de Janeiro: Shape, 1999.
MARINS, J. B., GIANNICHI, R. S. Avaliação & Prescrição de Atividade Física - Guia Prático, 2º ed., rio de janeiro: Shape Ed., 1998.
MANRIQUE, D. C., GONZÁLEZ-BADILLO, J. J.. Analysis of the characteristics of competitive badminton. Br J Sports Med 2003;37:62-66.
POLLOCK, M. L., & WILMORE, J. H. Exercícios na Saúde e na doença. 2º ed., Rio de Janeiro: Medsi, 1993.
PROESP - Projeto Esporte Brasil - Indicadores de Saúde e de Desempenho Esportivo em Crianças e Jovens. Disponível em: http://www6.ufrgs.br/proesp/. Acessado em: março de 2005.
SZMUCHROWSKI, L. A., VIDIGAL, J. M. Saltos nos Diagnósticos e Prescrição das Cargas de Treinamento. João Pessoa: UFPB, 1999.
revista
digital · Año 12
· N° 112 | Buenos Aires,
Septiembre 2007 |