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A Educação Física no ensino médio da
Universidade Federal de Santa Maria

   
*Profª Especialista de Educação Física e
Mestranda em Educação Física no CDS/UFSC.
**Profª Drª de Educação Física do CEFD/UFSM e jornalista.
(Brasil)
 
 
Paula Bianchi*
paulacbianchi@yahoo.com.br  
Marli Hatje**
marlih@smail.ufsm.br
 

 

 

 

 
Resumo
     Este trabalho expõe as atividades realizadas no projeto "A Educação Física no Ensino Médio da UFSM", que vem sendo desenvolvido, desde 2003, junto ao Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e aos três colégios da UFSM: Colégio Agrícola de Santa Maria (CASM), Colégio Agrícola de Frederico Westphalen (CAFW) e Colégio Técnico Industrial de Santa Maria (CTISM).
    Unitermos: Educação Física. Ensino Médio. UFSM.
 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 12 - N° 112 - Septiembre de 2007

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Introdução

Considerações iniciais

    As atividades do projeto iniciaram, em 2003, e a cada semestre é ampliado e aperfeiçoado com a participação de novos estagiários. Inicialmente, buscou através de observação de aulas, nos colégios de Ensino Médio da UFSM, que são: CASM, CAFW e CTISM analisar as aulas de Educação Física, considerando as diferenças existentes entre cada escola. A partir desse diagnóstico, foi elaborado, um projeto de reestruturação da Educação Física no Ensino Médio, cujo propósito era atender os alunos matriculados no Ensino Médio, justificando o resgate da Educação Física, enquanto componente curricular integrado a proposta pedagógica de cada colégio; Em 2004, conhecendo a realidade enfrentada pelos colégios, além da intervenção pedagógica nas aulas, elaborou-se uma proposta curricular permanente para o ensino da Educação Física nos três colégios, a fim de organizar e fundamentar a importância da disciplina de Educação Física. Em 2006, as atividades tiveram continuidade, sendo desenvolvidas no CTISM.


A experiência...

    O projeto atendeu os alunos matriculados no Ensino Médio da UFSM. Além de envolvê-los em ações teóricas e práticas foram propostas diversas atividades didático-pedagógicas, entre elas: proporcionar diferentes vivências da cultura de movimento humano; promover à valorização da disciplina; incentivar à prática de atividades físicas; estimular a discussão reflexiva, através da elaboração de trabalhos de pesquisa, palestras, mostra de filmes, viagens de estudos e aulas temáticas que abordassem a importância da Educação Física na escola e para a vida humana.

    Nesse período, buscou-se alternativas que minimizassem a fragmentação do conhecimento, que superasse uma Educação Física baseada na repetição de gestos e a monotonia nas aulas, considerando os objetivos do projeto, as experiências dos alunos e a realidade de cada escola, pois, estas mesmo estando vinculadas a UFSM, apresentaram peculiaridades entre si.

    Paralelamente, a realização da proposta, originou-se o grupo de estudos, com a finalidade de discutir o papel que a Educação Física cumpre na sociedade, a atuação do professor de Educação Física na escola e relatar as experiências vividas nas aulas. Para auxiliar no planejamento, no desenvolvimento e na avaliação da disicplina, cada estagiário descreveu, num diário de classe, as aulas ministradas.


Conclusões

    A realização desta proposta nos colégios possibilitou chegar a várias conclusões, especialmente, em relação à prática profissional. Ao optar pela área de atuação relacionada à Educação Física escolar, deve-se, estar ciente do compromisso e da responsabilidade que é assumida no processo de formação educacional-cultural da sociedade. Também, faz perceber o desinteresse com que isso é feito por grande parte dos profissionais e, ainda, nos instiga a promover ações no sentido de melhor definir as diretrizes curriculares da Educação Física.

    Observou-se, alguns aspectos que interferiram no andamento do projeto, entre eles: falta de infra-estrutura e de materiais; desinteresse de uma grande parte dos alunos às aulas de Educação Física, principalmente, do 3º Ano; carência de uma proposta interdisciplinar nos colégios; sub-valorização da disciplina e falta de apoio aos professores de Educação Física em um dos colégios.

    Ao confrontamo-nos com turmas, absolutamente, distintas no que concerne aos aspectos motores, afetivos, sociais e cognitivos e com uma Educação Física baseada numa prática desinteressante para os alunos, nos questionamos sobre quais estratégias deveriam ser utilizadas, a fim de promover uma educação emancipatória e evitar a supervalorização de performances, uma vez que nas aulas continua prevalecendo o corpo que corre com mais velocidade, o corpo que é capaz de pegar a bola mais vezes sem deixá-la cair e tantos outros, enfatizados durante as atividades. Acreditamos que, as experiências proporcionadas, contribuíram para ampliar as discussões a cerca da reestruturação e organização da Educação Física nos colégios, além de ampliar a atuação do professor de Educação Física na escola.


Referencias Bibliográficas

  • BONONE. G.G.C. A prática da educação física na escola privada de ensino médio em Caxias do Sul - RS - Perspectiva do professor. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade de Caxias do Sul, 2000.

  • COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo, SP: Cortez, 1992.

  • FAGGION, C.A. A prática docente dos professores de educação física no ensino médio de Caxias do Sul. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2000.

  • FREIRE, J. B. Educação do corpo inteiro. São Paulo: Sciopione, 1989.

  • FREIRE, P. Educação como prática de liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

  • KUNZ, E. Educação física, ensino e mudanças. Ijuí: editora Unijuí, 1991.

  • LIBÂNEO, J.C. Adeus, professor, Adeus, Professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. Editora Cortez, 2001.

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revista digital · Año 12 · N° 112 | Buenos Aires, Septiembre 2007  
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