A Educação Física no ensino médio da Universidade Federal de Santa Maria |
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*Profª Especialista de Educação Física e Mestranda em Educação Física no CDS/UFSC. **Profª Drª de Educação Física do CEFD/UFSM e jornalista. (Brasil) |
Paula Bianchi* paulacbianchi@yahoo.com.br Marli Hatje** marlih@smail.ufsm.br |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 12 - N° 112 - Septiembre de 2007 |
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Introdução
Considerações iniciais
As atividades do projeto iniciaram, em 2003, e a cada semestre é ampliado e aperfeiçoado com a participação de novos estagiários. Inicialmente, buscou através de observação de aulas, nos colégios de Ensino Médio da UFSM, que são: CASM, CAFW e CTISM analisar as aulas de Educação Física, considerando as diferenças existentes entre cada escola. A partir desse diagnóstico, foi elaborado, um projeto de reestruturação da Educação Física no Ensino Médio, cujo propósito era atender os alunos matriculados no Ensino Médio, justificando o resgate da Educação Física, enquanto componente curricular integrado a proposta pedagógica de cada colégio; Em 2004, conhecendo a realidade enfrentada pelos colégios, além da intervenção pedagógica nas aulas, elaborou-se uma proposta curricular permanente para o ensino da Educação Física nos três colégios, a fim de organizar e fundamentar a importância da disciplina de Educação Física. Em 2006, as atividades tiveram continuidade, sendo desenvolvidas no CTISM.
A experiência...O projeto atendeu os alunos matriculados no Ensino Médio da UFSM. Além de envolvê-los em ações teóricas e práticas foram propostas diversas atividades didático-pedagógicas, entre elas: proporcionar diferentes vivências da cultura de movimento humano; promover à valorização da disciplina; incentivar à prática de atividades físicas; estimular a discussão reflexiva, através da elaboração de trabalhos de pesquisa, palestras, mostra de filmes, viagens de estudos e aulas temáticas que abordassem a importância da Educação Física na escola e para a vida humana.
Nesse período, buscou-se alternativas que minimizassem a fragmentação do conhecimento, que superasse uma Educação Física baseada na repetição de gestos e a monotonia nas aulas, considerando os objetivos do projeto, as experiências dos alunos e a realidade de cada escola, pois, estas mesmo estando vinculadas a UFSM, apresentaram peculiaridades entre si.
Paralelamente, a realização da proposta, originou-se o grupo de estudos, com a finalidade de discutir o papel que a Educação Física cumpre na sociedade, a atuação do professor de Educação Física na escola e relatar as experiências vividas nas aulas. Para auxiliar no planejamento, no desenvolvimento e na avaliação da disicplina, cada estagiário descreveu, num diário de classe, as aulas ministradas.
ConclusõesA realização desta proposta nos colégios possibilitou chegar a várias conclusões, especialmente, em relação à prática profissional. Ao optar pela área de atuação relacionada à Educação Física escolar, deve-se, estar ciente do compromisso e da responsabilidade que é assumida no processo de formação educacional-cultural da sociedade. Também, faz perceber o desinteresse com que isso é feito por grande parte dos profissionais e, ainda, nos instiga a promover ações no sentido de melhor definir as diretrizes curriculares da Educação Física.
Observou-se, alguns aspectos que interferiram no andamento do projeto, entre eles: falta de infra-estrutura e de materiais; desinteresse de uma grande parte dos alunos às aulas de Educação Física, principalmente, do 3º Ano; carência de uma proposta interdisciplinar nos colégios; sub-valorização da disciplina e falta de apoio aos professores de Educação Física em um dos colégios.
Ao confrontamo-nos com turmas, absolutamente, distintas no que concerne aos aspectos motores, afetivos, sociais e cognitivos e com uma Educação Física baseada numa prática desinteressante para os alunos, nos questionamos sobre quais estratégias deveriam ser utilizadas, a fim de promover uma educação emancipatória e evitar a supervalorização de performances, uma vez que nas aulas continua prevalecendo o corpo que corre com mais velocidade, o corpo que é capaz de pegar a bola mais vezes sem deixá-la cair e tantos outros, enfatizados durante as atividades. Acreditamos que, as experiências proporcionadas, contribuíram para ampliar as discussões a cerca da reestruturação e organização da Educação Física nos colégios, além de ampliar a atuação do professor de Educação Física na escola.
Referencias Bibliográficas
BONONE. G.G.C. A prática da educação física na escola privada de ensino médio em Caxias do Sul - RS - Perspectiva do professor. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade de Caxias do Sul, 2000.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo, SP: Cortez, 1992.
FAGGION, C.A. A prática docente dos professores de educação física no ensino médio de Caxias do Sul. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2000.
FREIRE, J. B. Educação do corpo inteiro. São Paulo: Sciopione, 1989.
FREIRE, P. Educação como prática de liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
KUNZ, E. Educação física, ensino e mudanças. Ijuí: editora Unijuí, 1991.
LIBÂNEO, J.C. Adeus, professor, Adeus, Professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. Editora Cortez, 2001.
revista
digital · Año 12
· N° 112 | Buenos Aires,
Septiembre 2007 |