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Indicadores de conforto na díade pé-calçado em
atletas das categorias de base de futebol de campo

   
*Fisioterapeuta graduada pela Feevale).
**Graduando do curso de fisioterapia da Feevale.
***Professora Mestre do curso de fisioterapia da Feevale.
****Professora Doutora do curso de fisioterapia da Feevale.
(Brasil)
 
 
Eloísa Helena Pufal* | Fabiano Frâncio**  
Juliana Silva da Silva** | Magali Pilz Monteiro da Silva***  
Priscila Wachs** | Patrícia Stainner Estivalet***  
Luiza Seligman****
elopufal@click21.com.br
 

 

 

 

 
Resumo
     No futebol o calçado específico é um instrumento importante, mas deve estar adequado conforme as características do pé de cada atleta proporcionando conforto para estes. O presente estudo tem como objetivo geral descrever os principais indicadores de conforto da díade pé-calçado em atletas das categorias de base de futebol de campo, e como objetivos específicos identificar o perfil antropométrico do pé dos atletas, verificar o nível de percepção dos atletas em relação ao conforto do calçado utilizado e avaliar a distribuição da pressão plantar.
     A pesquisa caracterizou-se como sendo um estudo observacional descritivo de paradigma quantitativo. A população da amostra foi formada por 15 atletas de futebol masculino das categorias de base, com idades entre 15 a 21 anos de um clube de futebol. Comparando as variáveis antropométricas do pé (comprimento e largura), verificou-se que as diferenças entre o pé direito e esquerdo foram de no máximo 2,2 cm. Quanto à distribuição da pressão plantar, observou-se que não há um ponto de pressão específica na região plantar enquanto posição bípede. Verificou-se também que a grande maioria dos atletas considerou o seu calçado utilizado para a prática desportiva confortável. Levando em consideração que existem muitos fatores que influenciam no conforto do calçado esportivo, a contribuição da fisioterapia é de grande valia em pesquisas relacionadas às características morfológicas e as dimensões dos pés, pois possuem conhecimento biomecânico e métodos de mensuração para tal. Desta forma, pode-se auxiliar na confecção de calçado fornecendo dados às indústrias que ainda desenvolvem produtos baseados em dados estrangeiros.
    Unitermos: Pé-calçado. Conforto. Fisioterapia. Futebol.
 
Abstract
     The specific footwear is an important instrument for soccer players. For this reason those footwear should be made respecting the characteristics of the foot of each athlete, providing comfort for them. The aim of this study is to describe the foot-footwear comfort's main pointers in athletes of base categories of soccer, as well as identifying the anthropometric profile of these athletes' foot, verifying the athletes' level of perception in relation to the comfort of footwear and evaluating the distribution of the plantar pressure.
     This research was characterized as being a descriptive observational study in a quantitative paradigm. The study was conducted with 15 male soccer athletes of base categories of a soccer club, between 15 and 21 years of age. When comparing the anthropometric variables (length and width), it was verified that the maximum difference between the right and the left foot was 2,2 cm. As for the plantar pressure, it was observed that there was none specific point of pressure on the plantar region while in standing up position. It was also verified that the great majority of the athletes considered their footwear comfortable. Considering that there are many factors that may influence on the comfort of the sportive footwear, the contribution of physical therapy has a great value on studies of the feet's morphologic characteristics and dimensions, once those professionals have biomechanics knowledge and measuring methods to do so. Therefore, physical therapists, with this kind of study, can assist the footwear industry, supplying them with national data about the anthropometric characteristics of the foot.
    Keywords: Foot-footwear. Comfort. Physiotherapy. Soccer.
 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 12 - N° 111 - Agosto de 2007

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Introdução

    O contato do indivíduo com o solo se dá por meio da base de sustentação representada pelos pés. Estes desempenham funções importantes para o ser humano, adaptando-se para fornecer a flexibilidade necessária em solos irregulares e para absorver o impacto. Para o correto desempenho desta base de sustentação, é necessário um funcionamento e desenvolvimento adequado de seus músculos, aliados a uma mecânica do pé apropriada (THOMPSON & FLOYD, 2002).

    Para manter a mecânica adequada do pé, conforme MANFIO (2001), faz-se necessário o uso de um calçado adequado ao tipo de atividade desportiva para que não haja influências prejudiciais à saúde dos pés, já que este tem a função de proteger o pé.

    No futebol, o calçado é uma ferramenta importante para dar estabilidade e controle aos movimentos, além de favorecer o retorno ou dissipação da energia, absorção do impacto, prevenindo lesões e fornecendo conforto. Esta modalidade caracteriza-se como uma prática de muito contato físico, jogada com os pés em um solo de grama irregular, portanto os calçados específicos para este esporte deveriam ser desenvolvidos respeitando essas particularidades. (COHEN; ABDALLA, 2003).

    Na fabricação dos calçados, a proteção, a adaptação funcional e ambiental, e a forma anatômica, deveriam ser alguns dos critérios utilizados para que os atletas realizem suas atividades com conforto e sem prejudicar a saúde dos pés. (TOKARS et al, 2003). A escassez de dados disponíveis relacionados às características morfológicas e às dimensões dos pés brasileiros, faz com que as indústrias desenvolvam produtos baseados em dados estrangeiros.

    Outro fator importante para os calçados durante a prática desportiva é o conforto, entretanto torna-se difícil qualificar o mesmo, pois não pode ser medido diretamente. Sua avaliação é muito subjetiva, já que o ajuste do pé no calçado não é o suficiente. O alinhamento do pé, sentir o amortecimento, as variáveis mecânicas e a flexibilidade dos calçados, também são aspectos determinantes para o conforto. MILLES JE et al. (2000).

    Levando em consideração os fatores que influenciam na qualidade dos calçados, principalmente as condições de conforto, torna-se importante um estudo dos parâmetros antropométricos do pé e da distribuição da pressão plantar para que, desta forma, os calçados possam ser fabricados com características mais específicas dos jogadores de futebol, contribuindo para os critérios de conforto, saúde e segurança do atleta.

    O fisioterapeuta, na sua práxis, pode contribuir com estudos relacionados à biomecânica do pé, auxiliando na confecção dos calçados através do fornecimento de dados antropométricos para os fabricantes dos mesmos.

    O presente estudo tem como objetivo principal descrever os principais indicadores de conforto da díade pé-calçado em atletas das categorias de base de futebol de campo, e como objetivos específicos identificar o perfil antropométrico do pé dos atletas, verificar o nível de percepção dos atletas em relação ao conforto do calçado utilizado e avaliar qualitativamente a distribuição da pressão plantar.


Material e métodos

    A presente pesquisa caracteriza-se como observacional descritiva de paradigma quantitativo. O estudo foi desenvolvido em um clube gaúcho de futebol situado na cidade de Porto Alegre - RS, Brasil. A amostra foi composta por atletas de futebol masculino das categorias de base, com idade entre 15 e 21 anos, os quais aceitaram voluntariamente participar desta pesquisa, assinando o Termo de Consentimento Informado.

    Os instrumentos utilizados neste estudo foram: uma entrevista com dados pessoais do atleta e quanto ao calçado utilizado na prática desportiva; o Digitalizador 3D para Imagens Antropométricas do Pé (SILVA, 2005) a fim de avaliar qualitativamente a distribuição da pressão plantar, onde os participantes foram orientados a sentar em frente ao mesmo posicionando um pé descalço de cada vez, primeiramente o direito, observando os pontos de referência a fim de posicionar adequadamente os pés no equipamento. A seguir, solicitou-se que permanecesse na posição de bipedestação, repetindo os mesmos procedimentos para o pé esquerdo, utilizando-se um software gráfico para tratar as imagens coletadas; uma fita métrica maleável para mensurar (em centímetros) as variáveis antropométricas do pé, como o comprimento do pé direito e esquerdo e largura do pé ou largura da cabeça dos metatarsos do pé direito; e a tabela de avaliação adaptada para níveis de percepção do calce, elaborados segundo normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) - NBR 14840, de março de 2002, onde os atletas marcaram com um "X" a nota que melhor se aplicou aos seguintes itens: se o calçado causa uma sensação de bem-estar, prejudica os pés, se existe uma adaptação do calçado com os pés, se o calçado tem um toque agradável, se existe a liberdade de movimento, se existe uma harmonia funcional do calçado com as medidas do pé (apertado), se o calçado fornece segurança durante o andar e sensação de seco do calçado.


Resultados e discussão

    A estatística descritiva compreendeu o cálculo das médias, desvio padrão e freqüência percentual para os gráficos. Utilizou-se o teste T de Student para amostras independentes. A amostra desse estudo foi composta por 15 atletas de futebol de campo do sexo masculino com idade média de 17,2 anos, sendo a mínima 15 anos e a máxima 21 anos.

    Em relação às medidas antropométricas do pé, observou-se que houve uma pequena diferença entre as medidas do pé direito e do pé esquerdo. Quanto ao comprimento a diferença foi de 0,01 cm; em relação à largura, a diferença foi de 0,06 cm; e a diferença da altura da entrada do pé foi de 0,2 cm.

    Os valores antropométricos encontrados entre o pé direito e o esquerdo vão ao encontro do estudo feito por MANFIO (2001), que identificou as seguintes diferenças: 0,1 cm no comprimento; 0,03 cm na largura e 0,04 cm na altura da entrada do pé.

    A distribuição da pressão plantar foi analisada por meio de um mapa, sendo o pé dividido em três principais regiões adaptando conforme MANFIO (1995): retropé, que determina a pressão exercida no calcâneo, dividido em local a (região medial), local b (região lateral) e local c (região central). Antepé, que determina a pressão nas cabeças dos metatarsos e dedos, dividido em local d (região medial) e local e (região lateral). Região do mediopé que representa a pressão, normalmente, no arco longitudinal externo do pé, conforme a figura 1.

    Observou-se, através dos resultados, que todas as regiões da face plantar dos pés apresentaram pontos de pressão enquanto posição bípede, não sendo possível analisar apenas um ponto de pressão específico, observando que as regiões do retropé e do antepé foram os locais de maior pressão.

    No estudo de MANFIO et al. (2001) sobre a distribuição da força de acordo com as regiões do pé avaliadas durante a postura estática, observou-se que, aproximadamente, 60% do peso corporal está distribuído no calcanhar, 34% no antepé e 6% no mediopé.

    Conforme o Gráfico 1, o local de maior pressão plantar no retropé foi o local a (região medial), que totalizou 86,6% da amostra (13 atletas) no pé esquerdo e 46,7% (7 atletas) no pé direito. O local b (região lateral) foi o segundo local de maior impressão no retropé direito com 40% da amostra (6 atletas). Já no pé esquerdo, a distribuição da amostra quanto ao segundo lugar de maior impressão, foi homogênea, apresentando 6,7% (1 atleta) com ponto de maior pressão no local b e 6,7% (1 atleta) no local c.

    A partir do gráfico 2, observou-se que o local e (região lateral) foi o ponto que recebeu maior pressão tanto no pé esquerdo, com 86,7% (13 atletas), como no pé direito com 73,3% (11 atletas). Verificou-se também que somente 26,7% da amostra (4 atletas) apresentaram como ponto de maior pressão o local d para o pé direito, e 13,3% (2 atletas) apresentaram o mesmo ponto para o pé esquerdo.

    Devido à variedade de sistemas utilizados em outros estudos, para a análise da distribuição da pressão plantar, assim como, diferentes métodos para isolar as áreas de interesse do pé, houve dificuldade de gerar uma discussão comparando resultados, mesmo assim, observou-se semelhança com os encontrados por MANFIO et al (2001) e CAVANAGH et al (1987) que localizaram o ponto de maior pressão sob a cabeça dos metatarsos II e III.

    Quanto à numeração do calçado utilizado pelos atletas, 53,3% (8 atletas) calçam número 40; 26,7% (4 atletas) calçam o número 42; 13,3% (2 atletas) calçam o número 39 e 6,7 (1 atleta) calça o número 41.

    Para MANFIO (2001), o calce de número 40 foi o que apresentou maior concentração no grupo masculino, representando 21,7% do total da sua amostra. Sendo que a maior concentração da amostra ocorre nos números 39, 40 e 41, representando 63,6% da amostra, o que confere com o presente estudo, cuja amostra também era do gênero masculino.

    O gráfico 3 mostra os diferentes comprimentos do pé direito e esquerdo para um mesmo calce, sendo o pé direito representado pelo marcador branco e o esquerdo pelo preto. Cada marcador, preto e branco, representa os pés de um atleta individualmente. Os números escritos no gráfico representam os valores de comprimento máximo e mínimo para um mesmo calce. Realizou-se a subtração entre a medida máxima e a mínima para obter-se as maiores diferenças do comprimento nos números de calce apresentados pelos atletas tanto no pé direito como no esquerdo. Observou-se que a maior diferença encontrada foi de 2,2 cm no calce 40 para ambos os pés.

    Segundo GEIB (1999), identifica-se que a variação do comprimento dos pés que calçam o mesmo número é muito grande.

    As diferentes larguras dos pés direito e esquerdo, para um mesmo calce, estão demonstradas no gráfico 4. Novamente o pé direito é representado pelo marcador branco e o esquerdo pelo preto. Cada marcador, preto e branco, representa os pés de um atleta individualmente. Os números escritos no gráfico representam os valores de largura máximo e mínimo para um mesmo calce. Pode-se observar a partir do gráfico 4 que a maior diferença encontrada foi de 1,9 cm no calce 40 e 1,8 cm no calce 42 para ambos os pés.

    HENNING (2000), afirma que calçados estreitos demais podem prejudicar a saúde dos pés assim como os calçados largos demais.

    Para a percepção do indivíduo durante o calce, conforme a Norma Adaptada da ABNT (com objetivo de ser um método para determinar os níveis de percepção do calce), solicitou-se aos participantes do estudo que respondessem aos itens citados anteriormente, sendo que cada questão assinalada recebeu nota de 1 (um) a 10 (dez). Após, calculou-se a média das notas assinaladas pelos participantes, classificando a avaliação da percepção do calce.

    Observou-se então, que 53,3% (8 atletas) consideraram seu calçado confortável; 20% consideraram seu calçado muito confortável e outros 20% consideraram normal; 6,7% consideraram desconfortável e nenhum dos atletas julgou seu calçado muito desconfortável. Portanto, 93,3% do total da amostra referiu que seu calçado é normal para muito confortável.


Conclusão

    Neste estudo foram descritos os principais indicadores de conforto na díade pé-calçado em atletas das categorias de base de futebol de campo do sexo masculino, na faixa etária de 15 a 21 anos de idade.

    Comparando as variáveis antropométricas (comprimento e largura), verificou-se que as diferenças não foram significativas, sendo a maior diferença no comprimento de 2,2 cm no calce 40, para ambos os pés, e na largura encontrou-se 1,9 cm no calce 40.

    Quanto à distribuição da pressão plantar, observou-se que não há um ponto de pressão específica na região plantar enquanto posição bípede, ocorrendo uma distribuição entre o retropé, médiopé e antepé. Nestas três regiões, verificou-se maior pressão nos seguintes locais: no retropé, o local de maior pressão plantar; em ambos os pés, foi a região medial, que totalizou 86,6% da amostra (13 atletas) no pé esquerdo e 46,7% (7 atletas) no pé direito; no antepé a região lateral foi a região de maior pressão tanto no pé esquerdo, totalizando 86,7% (13 atletas), como no pé direito com 73,3% (11 atletas).

    Verificou-se que a grande maioria dos atletas considerou o seu calçado utilizado para a prática desportiva confortável.

    Os diversos fatores abordados demonstram que, para se obter um calçado esportivo confortável, é necessário não somente o tipo de calçado indicado para a modalidade esportiva, mas também adequar o perfil antropométrico do pé de cada indivíduo ao calçado.

    Com a realização deste estudo, percebe-se a importância de mais pesquisas visando o conforto do calçado esportivo no futebol, já que este é considerado um equipamento fundamental na sua prática, levando em conta vários fatores entre a relação do pé e do calçado como as medidas do calçado e as medidas do pé desse atleta.

    Levando em consideração que existem muitos fatores que influenciam no conforto do calçado esportivo, a contribuição da fisioterapia é de grande valia em pesquisas relacionadas às características morfológicas e as dimensões dos pés, pois possuem conhecimento biomecânico e métodos de mensuração para tal. Desta forma, pode-se auxiliar na confecção de calçado fornecendo dados às indústrias que ainda desenvolvem produtos baseados em dados estrangeiros.


Referências

  • CAVANAGH, P.; RODGERS, M. Pressure distribution under sympton-free feet during barefoot satanding. Foot & Ankle International, Baltimore, v.7, n.5, p.262-276, april. 1987.

  • COHEN, Moisés; ABDALLA, René J. Lesões nos Esportes: Diagnóstico-Prevenção-Tratamento. Rio de Janeiro: Revinter, 2003. p 60-67.

  • GEIB, Fernando O. Relação dos Parâmetros dos Pés com a Fôrma e o Calçado Segundo Critérios de Conforto. 1999. 44 p. Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento Humano), UDESC, Florianópolis, 1999.

  • HENNING, Egon. Ergonomia do pé: conceito preventivo contra o calçado inadequado. Tecnicouro, Novo Hamburgo, v.20, n.1, p.38-41, fevereiro, 2000.

  • MANFIO, E. et al. Análise do comportamento da distribuição de pressão plantar em sujeitos normais. Fisioterapia Brasil, Rio de Janeiro, v.2, n.3, p.157-168, maio/jun. 2001.

  • MANFIO, Eliane Fátima. Estudo de Parâmetros Antropométricos do Pé. 2001.178 p. Tese (Doutorado em Ciência do Movimento Humano), Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2001.

  • MANFIO, Eliane Fátima. Estudo de parâmetros antropométricos e biomecânicos do pé humano para a fabricação de calçados segundo critérios de conforto, saúde e segurança. 1995. 112 p Dissertação (Mestrado em Ciência do movimento humano), Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 1995.

  • MILLER, JE. et al. Influence of foot, leg and shoe caracteristcs on subjective comfort. Foot & Ankle International, Baltimore, v.21, n.9, p.759-767, september. 2000.

  • SILVA, F. L. A. Digitalizador 3D para imagens antropométricas do pé. In: FEIRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E SALÃO DE EXTENSÃO, 2005, Novo Hamburgo. Anais. Novo Hamburgo, 2005. p. 199.

  • THOMPSON, Clem; FLOYD, R. T. Manual de Cinesiolgia Estrutural. 14. ed. São Paulo: Manole, 2002. 279p.

  • TOKARS, et al. A influencia do arco plantar na postura e no conforto dos calçados ocupacionais. Fisioterapia Brasil, Ri

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