Associação entre a adiposidade corporal e a aptidão cárdio-respiratória em mulheres idosas Association between adiposity and cardiorespiratory fitness in elderly women |
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Universidade Federal do Paraná - Departamento de Educação Física. Centro de Pesquisa em Exercício e Esporte - Projeto Terceira Idade Independente. (Brasil) |
Tatiane Hallage | Maressa Priscila Krause Cristiane Petra Miculis | Elisa Cesar Ribeiro dos Santos Cosme Franklin Buzzachera | Sergio Gregorio da Silva sergiogregorio@ufpr.br |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 12 - N° 110 - Julio de 2007 |
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Introdução
A obesidade tem sido considerada um crescente e preocupante problema para a saúde pública, principalmente devido à sua associação a outras doenças como hipertensão, diabetes tipo II, síndrome metabólica e doenças coronarianas (WANNAMETHEE et al., 2005; WESSEL et al., 2004).
Elevados níveis de aptidão cárdio-respiratória (ACR) podem atenuar os riscos à saúde relacionados à obesidade. A baixa ACR tem sido associada com a mortalidade prematura em indivíduos, independente da adiposidade corporal e da presença de outros preditores à mortalidade, incluindo o tabagismo, a hipertensão e o diabetes tipo II (WEI et al., 1999; STEVENS et al., 2002; WONG et al., 2004). Contraditoriamente, a ACR elevada pode reduzir o efeito do excesso da adiposidade corporal sob a morbidade e mortalidade. Dessa forma, a ACR pode ser considerada como uma das principais determinantes para a morbidade (LEE et al., 1999; STEVENS et al., 2002).
A adiposidade corporal pode ser determinada pelo índice de massa corporal (IMC), assim como pela circunferência de cintura (CC), um indicador de adiposidade abdominal. Ambos têm sido utilizados, de forma combinada ou isolada, em vários estudos epidemiológicos a fim de investigar sua relação com riscos relacionados à saúde (KRAUSE et al., 2006; Hu, 2004; Zhu, 2004; Mora, 2006; Jassen, 2003).
Indivíduos de diversas etnias - americanos, japoneses e canadenses, com ACR elevada possuem valores mais baixos de CC e IMC do que aqueles com ACR baixa, podendo explicar seu efeito protetor em relação ao excesso de adiposidade corporal, que acarreta, na maioria dos casos em doenças metabólicas e cardiovasculares (ROSS e KATZMARZYK, 2003; WONG et al., 2004; HU et al., 2004). Contudo, esta associação ainda não foi determinada para a população brasileira, principalmente em mulheres idosas. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi verificar a associação entre IMC, CC e a ACR em mulheres idosas brasileiras.
MétodosO delineamento da pesquisa é caracterizado como Estudo Observacional Transversal e Descritivo.
População e amostraCom o intuito de realizar uma seleção de amostra estratificada as seguintes etapas foram realizadas:
Cadastro dos grupos comunitários existentes no município Curitiba, Paraná; obtido mediante parceria com instituições que promovem atividades recreacionais para indivíduos idosos;
Mapeamento de todos os grupos cadastrados nas oito regionais do município;
Alocação aleatória simples dos grupos que seriam convidados a participar da pesquisa, por regional;
Visita ao grupo e convite à participação voluntária no estudo, após explicação dos procedimentos da pesquisa.
Depois de realizada o procedimento de seleção amostral, descrito acima, foi determinado o cronograma para a coleta de dados. A amostra foi constituída de 960 mulheres (média: 68,8; desvio padrão: 5,9 anos) que estivessem, na data da coleta, com idade cronológica superior ou igual a 60 anos.
Após detalhado esclarecimento sobre os propósitos dessa investigação, procedimentos utilizados, benefícios e possíveis riscos atrelados, os sujeitos participantes assinaram o termo de consentimento, condicionando sua participação de modo voluntário. O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética do Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná, conforme as normas estabelecidas na Declaração de Helsinki e na Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde sobre pesquisa envolvendo seres humanos.
Foram excluídos deste estudo os indivíduos que não conseguiram completar o teste de caminhada de seis minutos (n=11), mulheres portadoras de distúrbios de qualquer natureza que as impedissem de realizar um adequado cumprimento das tarefas propostas, ou não participaram das avaliações desenvolvidas pelo Projeto Terceira Idade Independente.
ProcedimentosCom o intuito de evitar a influência de variações circadianas todas as avaliações foram realizadas num mesmo período do dia (entre 08:00 e 10:00 horas). Os sujeitos participantes foram instruídos a não realizar atividade física vigorosa no dia anterior, como também a não ingerir alimento por um período de duas horas antecedendo ao seu início. As avaliações foram realizadas no Departamento de Educação Física, da Universidade Federal do Paraná. Foram coletadas variáveis antropométricas, aplicado o teste de caminhada de seis minutos e também foi administrado o questionário em formato de entrevista.
Variáveis antropométricasAs variáveis antropométicas foram obtidas conforme procedimentos propostos por Lohman et al. (1988).
Para a determinação da estatura (em cm), o indivíduo avaliado permaneceu em posição ortostática com os pés unidos, descalço, utilizando o mínimo possível de roupas. Além disso, deveria manter-se em apnéia inspiratória e com a cabeça orientada em 90º conforme plano de Frankfort, tendo as superfícies do calcanhar, cintura pélvica, cintura escapular e região occipital em contato com o estadiômetro (SANNY, modelo STANDARD, precisão de 0,1 centímetro), o qual encontrava-se fixado a parede.
A massa corporal (MC, em quilogramas) foi mensurada com o individuo avaliado permanecendo em posição ortostática, descalço, e trajando o mínimo possível de roupas. A massa corporal deveria permanecer distribuída entre os membros inferiores durante a permanência na plataforma da balança digital (TOLEDO, modelo 2096 PP; precisão de 0,1 quilogramas).
O índice de massa corporal (IMC) foi obtido mediante a utilização do quociente massa corporal/estatura2, onde o valor da massa corporal é expresso em quilogramas e o de estatura em metros.
Aptidão cardio-respiratóriaO teste de caminhada de seis minutos (Tc6) foi conduzido conforme padronização proposta por Rikli e Jones (1999), sendo realizado em uma área retangular de 54,4 metros (18,0 m comprimento x 9,2 m largura). Após breve instrução dos procedimentos do teste, o individuo participante posicionava-se atrás de uma linha que sinalizava o ponto de partida. Quando o avaliador principal dava o sinal inicial, o sujeito deveria percorrer a maior distância possível dentro de seis minutos, cronometrados (cronômetro marca TIMEX, modelo 85103) por um segundo avaliador. Foi permitido aos sujeitos reduzir a velocidade durante a realização da caminhada, ou até mesmo finalizar o teste se algum desses sintomas fosse sentido: dispnéia, tontura e dores no peito, cabeça ou pernas. O resultado do teste foi obtido em metros percorridos no tempo de seis minutos. De acordo com Rikli e Jones (1998), o Tc6 apresenta uma considerável correlação com o teste submáximo de esteira (0,71< r < 0,82), reprodutibilidade teste-reteste (0,88 < r < 0,94) e validade de construto, podendo ser considerado um fidedigno indicador de aptidão cardiorrespiratória em sujeitos idosos.
Análise estatísticaForam aplicadas medidas de tendência central e variabilidade para uma análise descritiva dos dados. Uma análise de variância foi utilizada com o objetivo de verificar se haviam diferenças entre os grupos investigados - quartils da ACR, e posteriormente, para a detecção da localização de tais diferenças, foi empregada a análise post hoc Tukey. O coeficiente de correlação de Pearson foi utilizado a fim de determinar o grau de associação entre as variáveis, adotando um nível de significância de 0,05. O teste de normalidade Kolmogorov Smirnov foi empregado para verificar se a distribuição das variáveis seguia a distribuição normal. Todas as análises foram conduzidas utilizando o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS, 13.0) for Windows.
ResultadosA Tabela 1 apresenta os valores descritivos das variáveis antropométricas e da ACR. A idade média encontrada foi de 69,4 anos. Os valores médios do IMC (28,49 kg/m2) e CC (87,01 cm) encontrados na amostra classificam as mulheres na categoria de sobrepeso (IMC, 25,0-29,9 e CC > 88) de acordo com os pontos de corte do National Institute of Health (NIH, 1998).
A correlação parcial ajustada pela idade demonstrou uma relação inversa entre a ACR e CC e entre a ACR e IMC (-0,170; -0,188, respectivamente; p<0,001) indicando que quanto maiores os valores da ACR, mensurada através do TC6, menores são os valores do IMC e CC.
A ACR foi dividida em quartils de acordo com os resultados obtidos no TC6. Os valores médios e desvio padrão dos quartils da ACR de acordo com o IMC e CC estão apresentados na Tabela 2. A CC demonstrou maiores variações do que o IMC para os quartils da ACR. Os valores médios dos dois quartils inferiores apresentaram uma adiposidade abdominal mais elevada que nos dois quartils superiores da ACR.
A análise de variância, apresentada na Tabela 2 confirma os resultados obtidos na correlação parcial. A relação entre o excesso de adiposidade corporal e a ACR foi mantida, onde o menor valor médio do IMC foi encontrado no quartil superior da ACR, semelhantemente, o menor valor médio da CC foi obtido nos grupo com maiores valores de ACR.
DiscussãoO objetivo do presente estudo foi verificar a associação entre IMC, CC e a ACR em mulheres idosas. De acordo com os resultados deste estudo a CC e o IMC apresentaram correlações inversas com a ACR.
O envelhecimento é comumente associado ao aumento da adiposidade total, mas também da adiposidade central. As mudanças na composição corporal podem ser facilmente observadas clinicamente através da medida de CC, pois a adiposidade central com a deposição visceral de gordura aumentada é mais sensível do que as estimativas provenientes do IMC (HORANI e MORADIAN, 2002), onde os maiores valores de CC representam riscos elevados a doenças cardiovasculares e metabólicas (MORA et al., 2006; JANSSEN et al., 2004).
A obesidade abdominal mensurada pela CC é considerada um forte marcador de risco de doença metabólica independente do IMC (LEE et al., 2005; KANNEL et. al., 1991). Segundo Janssen e colaboradores (2004), as medidas de IMC associadas às de CC não predizem de forma mais precisa, um aumento nos riscos à saúde relacionados à obesidade, do que a utilização isolada da CC, quando os dois valores são examinados em uma escala contínua. Além disso, a CC tem uma forte correlação com o tecido adiposo subcutâneo e visceral, mensurado radiograficamente, ao contrário do IMC que é uma medida de adiposidade geral (JANSSEN et al., 2002; LEMIEUX et al, 1996; POULIOT et al, 1994).
A utilização do IMC como um indicador de adiposidade em idosos, tem sido contestada devido à perda de massa magra relacionada à idade, que contribui para variações do peso corporal. Além disso, o fato de o IMC utilizar a estatura pode ser inapropriado devido à redução da mesma, conseqüente da compressão das vértebras, cifose e osteoporose, observadas de forma mais evidenciada nos idosos (HORANI e MOORADIAN, 2002). Apesar do IMC ser considerado um indicador de adiposidade geral, este não discrimina de forma precisa a localização da gordura ou do excesso de peso corporal, principalmente na região abdominal a qual tem sido considerada um dos principais fatores de risco para saúde (ZAMBONI et al., 2005; LEE et al., 1999; MICHELS et al, 1998).
Além disso, a ultilização do IMC de forma isolada pode mascarar os efeitos positivos da atividade física, uma excelente estratégia empregada no tratamento da obesidade (ROSS et al., 2004; ROSS e DAGNONE, 2000; SOPKO et al., 1985). Recentemente, Ross e colaboradores (2004) demonstraram que um programa de exercícios físicos de 14 semanas de duração, em mulheres idosas sem restrições calóricas, provocou reduções significativas na adiposidade geral e abdominal (- 18% e 20% respectivamente), em comparação com o grupo controle.
Outro estudo verificou que a obesidade não aumentou o risco de mortalidade em homens com elevados níveis de ACR, sugerindo que para alcançar benefícios a longo prazo, deve-se evidenciar a manutenção de elevados níveis de ACR através do aumento dos níveis de atividade física, ao invés de apenas utilizar a dieta no tratamento da obesidade (LEE et al., 1999). È possível que muitas pessoas que não são capazes de manter um peso normal possam alcançar e manter elevados níveis de ACR, possibilitando uma melhora da saúde destes indivíduos que fazem parte de um grupo de risco elevado (STEVENS, 2002).
A prática regular de exercícios físicos programados que objetiva o aumento da ACR está associada a reduções significativas na massa gorda total e adiposidade abdominal independente das alterações do peso corporal (KATZMARZYK e LEON, 2001; LEAF e PARKER, 1997; WONG et al., 2004; ROSS e JANSSEN, 2001; ROSS e DAGNONE, 2000). Ou seja, o aumento da ACR está associado à redução da morbidade e mortalidade independente da adiposidade corporal (LEE et al., 2005; LEE et al, 1999; BLAIR et al., 1989).
Neste estudo, os quartils com ACR mais elevada foram associados a valores médios menores da CC, quando comparados ao quartils com ACR mais baixa. Estes resultados são semelhantes a outros estudos, onde os elevados níveis da ACR estão associados a menores valores de adiposidade abdominal. A CC demonstrou maiores variações do que o IMC para os quartils da ACR confirmando o resultado de outros estudos que indicam que a CC e a ACR são fortes preditores dos riscos à morbidade e mortalidade por doenças metabólicas e cardiovasculares independente do IMC (ZHU et al., 2002; LEE et al., 1999, KANNEL, 1991; OHLSON et al., 1985). Este fato pode explicar uma das formas pela qual a ACR reduz os riscos à saúde relacionados à obesidade (WONG, 2004; KANNEL et al., 1991).
O efeito protetor da ACR pode ser uma ferramenta importante na redução dos riscos à saúde relacionados à obesidade, pois a redução do excesso de peso e manutenção do peso normal tem sido uma barreira para a diminuição da incidência de doenças cardiovasculares e metabólicas (LEE et al., 1999; STEVENS et al., 2002; JANSSEN et al., 2004).
ConclusãoOs maiores níveis de ACR foram associados a baixos níveis de adiposidade total e abdominal. A CC e o IMC apresentaram associação inversa com os níveis de ACR, onde as mulheres com maiores níveis de ACR apresentaram menores valores médios da CC e do IMC. Apesar da CC e do IMC apresentarem semelhante correlação, a CC parece distinguir com maior precisão a relação entre a adiposidade corporal e ACR. Elevados níveis de ACR, são conseqüentes, principalmente, da prática regular de exercício físico programado, e podem promover mudanças significativas na adiposidade abdominal e total, reduzindo os riscos á saúde relacionados à doenças metabólicas e cardiovasculares. Desta forma, aconselha-se modificações no estilo de vida com relação ao aumento dos níveis de atividade física.
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digital · Año 12
· N° 110 | Buenos Aires,
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