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Algumas características dos adolescentes obesos em
tratamento no HUSM - Hospital de la Universidad
Federal de Santa Maria

   
*Prof. de Ed. Física/ Graduada pela UFSM.
**Prof. Ms. Dep. de Educação / UFSM.
***Profª.Drª. do Curso de Medicina/ UFSM.
(Brasil)
 
 
Denise Berlese*  
Claudia Terra**  
Léris Salete Haeffner***
deberlese@hotmail.com
 

 

 

 

 
Resumo
     Este estudo teve por objetivo investigar algumas características dos adolescentes obesos em tratamento no HUSM. Foram analisados 52 adolescentes em tratamento no período de abril a outubro de 2002. Os dados foram coletados dos prontuários médicos, sendo esses coletados sobre idade de inicio de ganho de peso, motivos relatados para o ganho, o estilo de alimentação, e as principais dificuldades escolares encontradas. Quanto à idade de início do ganho de peso, verificou-se que esta variou desde o nascimento até o início da puberdade, com uma maior concentração na idade escolar (6 aos 9 anos), e em seguida, na idade pré-escolar (2 aos 5 anos). Quanto aos motivos relatados para o ganho de peso, observa-se que a maioria dos adolescentes relatou problemas em manter uma dieta alimentar saudável. Quanto ao estilo de alimentação dos adolescentes avaliados observa-se, o excesso de ingesta alimentar, em alimentos calóricos. 61% dos adolescentes, freqüentavam a escola e o relacionamento com os colegas, principalmente devido a apelidos, provocações, os lhe causava problemas na escola. Os resultados permitem concluir que a maior concentração de ganho de peso é na idade escolar, sendo o motivo mais relato para esse ganho, a dificuldade de manter uma dieta alimentar saudável. O excesso da ingesta alimentar, tanto em alimentos calóricos como em quantidade, além das dificuldades escolares foram relatadas como fatores determinantes para o desencadeamento ou permanência da obesidade.
    Unitermos: Adolescentes obesos. Tratamento hospitalar. Ingesta alimentar.
 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 12 - N° 108 - Mayo de 2007

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Introdução

    A obesidade pode ser definida como o excesso de gordura corporal ou o acúmulo excessivo e generalizado de gordura no tecido subcutâneo, constituindo-se em processo patológico multifatorial, com 99% dos casos considerados de causa exógena (Damiani, Carvalho & Oliveira, 2000; Pollock & Wilmore, 1993). Torna-se obeso todo o indivíduo que apresentar desequilíbrio no balanço entre a energia ingerida e a gasta para manutenção dos processos vitais e trabalhos cotidianos, preocupando permanentemente os portadores e quem trabalha com ela. É considerada como um distúrbio do estado nutricional traduzido por um aumento do tecido adiposo, reflexo do excesso de gordura corporal, resultante do balanço positivo de energia na relação ingestão e gasto calórico (Fisberg, 1995).

    Sua prevalência vem crescendo assustadoramente, não somente entre os adultos, como também entre as crianças e adolescentes. Estudos recentes vêm a confirmar a obesidade como a epidemia do mundo contemporâneo (Fonseca, Sichieri & Veiga, 1998; Menendez et all, 1999; Loke, 2002). Fisberg (1995) ressalta que "entre todas as alterações no nosso corpo, provavelmente a obesidade é a situação mais complexa e de difícil entendimento" (p. 09).

    Em vários países a obesidade já atingiu números alarmantes, mas em nenhum como nos Estados Unidos, onde pelo menos 47 milhões de americanos estão obesos. O número de meninos e meninas que sofrem deste mal também aumentou, triplicando desde a década de 60 (Neiva, 2002a). Com índices tão elevados, o país ganhou o título de 'país mais gordo do mundo', já que oito em cada dez americanos estão acima do peso (Neiva, 2002b).

    No Brasil, dados recentes mostram que aproximadamente 16% da população apresentam algum grau de obesidade. Além disso, um terço da população em geral tem peso acima do saudável (Neiva, 2002a), somando quatro brasileiros acima do peso de cada dez (Neiva, 2002b). Diante de tal quadro, a OMS coloca que a obesidade é a epidemia do século XXI (Sverdloff, 2002).

    A obesidade em adolescentes cresceu em ritmo acelerado e em boa parte do mundo. No Brasil, a obesidade infanto - juvenil passou de 3% para 14% nos últimos 20 anos (Neiva a 2002). Em 1989, existiam em nosso país cerca de 1 milhão e meio de crianças e adolescentes obesos.

    A obesidade pode ter início em qualquer fase do desenvolvimento humano, mas principalmente nas fases de aceleração do crescimento. Por este motivo, a adolescência torna-se um período de grande risco ao excesso de peso, sendo considerada como um período crítico ao seu desenvolvimento. Esse é um fator preocupante, já que a obesidade, quando se inicia na infância e na adolescência, possibilita a sua manutenção na vida adulta, elevando tais riscos em até 80%, dependendo da idade de início do ganho de peso, da sua duração e gravidade (Costa & Souza, 2002; Fisberg, 1995).

    Diante do quadro de epidemia, uma das discussões remete-se aos fatores determinantes da obesidade. Já se sabe que os atuais hábitos de vida favorecem desenvolvimento e manutenção, dentre os quais citam-se o sedentarismo, a alimentação desequilibrada e o estresse psíquico advindo da vida moderna. Durante a adolescência, seus fatores determinantes referem-se a distúrbios do comportamento alimentar, inadequada relação familiar, alterações do período de transição à idade adulta, baixa auto-estima, sedentarismo, suscetibilidade à propaganda consumista (Sharkey, 1998; Fisberg, 1995). Baseado no referido anteriormente, o presente estudo buscou investigar o perfil o perfil dos pacientes obesos em tratamento no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM)?


Metodologia

    O Ambulatório de Obesidade da Infância e Adolescência, do HUSM, atende em média 20 pacientes por semana, distribuídos em consulta individuais e trabalhos em grupo multiprofissional que trabalha opaciente e sua família. A equipe constitui-se de nutricionista, pediatra, enfermeira, psicopedagoga e professora de educação física.

    A amostra se constituiu de 52 adolescentes obesos, sendo 27 do sexo feminino (51,92%) e 25 do sexo masculino (48,08%), que se estavam em tratamento para obesidade no período de abril a outubro de 2002.

    Realizou-se um estudo descritivo e transversal dos pacientes acompanhados no ambulatório de obesidade e infancia e adolescência, do HUSM.

    Os dados foram coletados de acordo com os prontuários médicos e as variáveis analisadas foram de inicio de ganho de peso, motivos relatados para o ganho, o estilo de alimentação, e as principais dificuldades escolares encontradas.

    Os dados foram digitados no programa Stata V, 5.0 e realizada estatística descritiva.


Resultados

    Foram avaliados 52 adolescentes investigados, sendo 27 do sexo feminino (51,92%) e 25 do sexo masculino (48,08%). Observou-se que 63,46%, residiam em Santa Maria sendo que os outros 36,54% residiam em cidades da Região Central do Estado (Júlio de Castilhos, São Pedro do Sul, Silveira Martins, Agudo, Restinga Seca, Nova Palma, Faxinal do Soturno, Formigueiro, Caçapava do Sul, São Sepé). A grande maioria, 96,15%, freqüentava a escola regularmente.

    Quanto à idade observou que as meninas tinham uma média de idade de 12 anos e 10 meses, enquanto que os meninos tinham uma média em 12 anos e 1 mês, mas sem diferança estatistica significativa (P = 0,178). Quanto à idade de início do ganho de peso, houve uma amior concentração na idade escolar (6 a 9 anos) com 34,6%, seguida da idade pré-escolar (2 aos 5 anos), com 26,92% dos adolescentes. Quanto aos motivos relatados para o ganho de peso, observa-se que 55,76% relataram problemas em manter uma dieta alimentar saudável, tanto em relação à qualidade quanto à quantidade; outros 13,46% relataram problemas familiares. Cabe notar que apenas 5,77% relataram a diminuição da prática de atividade física, denotando a falta de informação ainda existente acerca da importância da prática regular de uma atividade física para a prevenção de doenças crônico-degenerativas.

    Embora cada caso clínico deva ser entendido e analisado em sua individualidade, Fisberg (1995) coloca que quase todos têm em comum alguns motivos desencadeadores. Através de sua experiência clínica e de pesquisa, afirma ele que a obesidade possui certos motivos/causas bastante comuns. São elas: problemas familiares, de rejeição ou de carência afetiva, devido a episódios de separações ou mesmo de tragédia familiar e angústias circunstanciais que levam a uma alteração na ingesta alimentar da criança.

    O estilo de alimentação dos adolescentes obesos avaliados (Tabela 2) mostrou, dentre aqueles que informaram seu estilo alimentar, o excesso de ingesta alimentar, tanto em alimentos calóricos como em quantidade, sendo que 30,87% dos adolescentes relataram alimentar-se somente à base de lanches, guloseimas e fast-foods.

    O estilo alimentar de adolescentes com obesidade tem sido estudado nas últimas décadas, constituindo-se para muitos autores, em importante fator de preocupação na área da saúde pública. Costa, Leão & Werutsky (2002) afirmam que há duas décadas têm sido verificadas importantes mudanças nos hábitos alimentares da população brasileira. A difusão de alimentos industrializados, congelados e semi-prontos vêm aumentando, principalmente entre os jovens.

    Em pesquisa realizada pela Sodexho, uma das grandes empresas francesas no mercado de comida industrial, relatada por Sekeff (2001), descobriu-se que as crianças e adolescentes brasileiras consomem em média 2.300 calorias diárias, estando 200 calorias acima do padrão considerado saudável. Dos onze países investigados, o Brasil ocupa lugar de destaque no consumo de calorias.

    Foi verificado também algum tipo de problema escolar, relacionados com a obesidade. A Tabela 3 mostra que 90,38% dos adolescentes relataram algum tipo de problema escolar e apenas 9,62% não relataram dificuldades. O maior índice de dificuldades relatadas foi de 28,85%, referentes às dificuldades no relacionamento com os colegas, estas devido a apelidos, provocações, deixando-os irritados a ponto de provocar brigas.

    As dificuldades encontradas por adolescentes obesos em se relacionar bem com colegas de escola devem-se, principalmente, ao esteriótipo, preconceito e estigma sofrido na atualidade pela pessoa obesa. Paine (1998) alega que o obeso sofre mais preconceito social, até mesmo, que os deficientes físicos, isto porque ele é considerado culpado pela sua condição, ou seja, é visto como indisciplinado, irresponsável e preguiçoso. Também Schonfled-Warden & Warden (1997) verificam a existência de um esteriótipo bastante negativo em nossa sociedade em relação à obesidade, fato que pode levar até mesmo ao baixo rendimento escolar.

    Nesse contexto, segundo Fisberg (1995), "enquanto a moda atual gera a postura de 'ser saudável' o magro modelo e manequim esquelético, milhares de pessoas sofrem com um peso radicalmente excessivo nas ruas" (p. 9). O referido autor, a partir de sua prática clínica de pediatra, coloca que alguns adolescentes chegam a fazer confissões sobre o quanto se sentem infelizes com sua gordura. A grande maioria dos obesos sentem a hostilidade dos colegas na escola e muitos acabam respondendo com comportamentos agressivos, o que leva provavelmente a serem ainda mais rejeitados ainda. Outros se isolam em atividades solitárias, protegendo-se na idéia da auto-suficiência. Mas segundo Fisberg (1995), esse é um comportamento de fuga, pois o sentimento real é de muita fragilidade e dependência afetivas. "Alguns elaboram idéias que dizem do seu sofrimento. São rejeitados pelos colegas, esquecidos na hora do recreio, apelidados de 'bola sete', 'tubarão', 'baleia assassina', entre outros" (Fisberg, 1995, p. 101).


Discussão

    A literatura coloca a existência de períodos críticos para a obesidade. Costa & Souza (2002) afirmam que há três períodos críticos para o seu desenvolvimento: na gestação e no primeiro ano de vida, entre os 5 e os 7 anos e na adolescência. Este estudo mostra que a faixa etária escolar encontra-se mais suscetível à obesidade, concordando com a literatura. Este é um dado importante, já que a idade de início da obesidade está relacionada com a manutenção desta condição na vida adulta. Costa & Souza (2002) colocam que cerca de 60% dos obesos aos 7 anos permanecem obesos quando adultos. Também Sharkey (1998) coloca que 50% das crianças obesas aos 6 meses de vida e 80% daquelas aos 5 anos, serão sempre obesas. Segundo ele, um adolescente obeso tem mais de 70% de chance de vir a ser um adulto obeso. Tais índices denotam as altas possibilidades dos sujeitos deste estudo, que começaram a ganhar peso na idade pré-escolar e escolar, em tornarem-se adultos obesos.

    Os problemas familiares que apareceram neste estudo podem ser explicados através da afirmação de Fisberg (1995). Para ele, cerca de 26% das crianças e adolescentes obesos sofrem de carência afetiva em decorrência de problemas familiares, tais como, a separação dos pais ou morte de um deles. Nesses casos, geralmente os pais deixam de se preocupar com a criança e passam a se preocupar com a própria separação, às vezes chegam a entrar em depressão, enquanto os filhos ficam desamparados. Muitas vezes as crianças vão morar com os avós, fato que muda toda a rotina da criança, inclusive a de alimentação.

    Alguns quadros de angústia circunstancial também levam crianças e adolescentes a passarem por dificuldades circunstanciais de vida demonstrando, na avidez sobre a comida, o quanto se sentem atingidas e o quanto estão angustiadas. É possível, segundo Fisberg (1995), relacionar essas angústias com a passagem de situações como ganhar um novo irmão ou mesmo ir morar com avós devido à separação dos pais, por exemplo. Tais fatos demonstram o quanto problemas emocionais podem alterar os hábitos alimentares de uma pessoa.

    Neste estudo, a grande maioria relatou problemas com a alimentação, um dos motivos mais bem conhecidos para o aumento de peso. Segundo Costa & Souza (2002), a obesidade exógena presente em mais de 90% dos casos de adolescentes é o resultado da ingestão excessiva de calorias. Afirmam eles que na adolescência, a demanda calórico-protéica encontra-se bastante elevada, levando ao aumento do apetite e do ganho de peso. "Essa fase, caracteriza-se por rebeldia, favorece a seleção de alimentos que nem sempre são os mais adequados e balanceados." (Costa & Souza, 2002, p. 47). Assim, com mais freqüência na adolescência do que em qualquer outra fase do desenvolvimento, a alimentação pode caracterizar-se pela repetição cotidiana de lanches rápidos (de baixo valor nutricional e alto valor calórico), frituras, doces, em detrimento das refeições habituais da família.

    Esse estilo de alimentação, de acordo com Sharkey (1998), contribui para o excesso de peso e uma série de outras doenças. Dieta pobre associada à falta de exercício causa, pelo menos, 300.000 mortes por ano, nos Estados Unidos (Costa & Souza, 2002). Na investigação dos fatores associados à obesidade em adolescentes, Fonseca, Sichieri & Veiga (1998) concluíram que o hábito de omitir refeições, juntamente com o consumo de refeições rápidas, faz parte do estilo de vida dos adolescentes, sendo considerados comportamentos importantes que podem contribuir para o desenvolvimento da obesidade.

    É importante não esquecer que problemas na alimentação e problemas emocionais, na grande maioria das vezes, têm um começo em comum. Ambos levam à obesidade, interrelacionando-se. Fisberg (1995) coloca que geralmente é no seio familiar que a criança e o jovem começam a perceber o significado emocional do alimento e o quanto o mesmo pode servir para abrandar a tristeza e a solidão em momentos de angústia e ansiedade.

    A respeito do estilo de alimentação dos jovens na atualidade, Fisberg (1995) aponta os hábitos familiares como os principais culpados. Diz ele que por falta de tempo, a maioria dos pais não controla a alimentação dos filhos de forma adequada e estes por sua vez, alimentam-se cada vez menos em casa. Os almoços caseiros foram substituídos pelo fast-food da esquina ou pela cantina da escola, onde se come muito do que é ruim e pouco do que é saudável. Assim, a postura cultural de algumas famílias frente ao alimento favorece a obesidade.

    A respeito da influência do micro e do macro ambiente na obesidade, o Consenso Latino-Americano de Obesidade, elaborado por especialistas em obesidade de toda a América Latina diz que independente da influência genética, as melhorias na disponibilidade de alimentos e da capacidade de compra, o crescimento e desenvolvimento sócio-econômico e a industrialização na América Latina não somente estimulou, como facilitou a alteração do estilo alimentar, provocando um acréscimo de peso em grande parte da população. Tais mudanças de hábitos e estilo de vida, não somente no micro ambiente familiar, mas também no macro ambiente social, cultural, educativo e sócio-econômico favoreceram o aumento da prevalência da obesidade (Coutinho, 1998).

    No que se refere a indicadores de rejeição ao obeso estudado, um grupo de 52 adolescentes, entre 10 e 12 anos, de uma escola particular de Curitiba, Silva & Löhr (2001) verificaram que o primeiro motivo que levou à rejeição entre os pares foi o mau comportamento, conduta perturbada e/ou agressiva. O segundo fator de rejeição foi a estigmatização, ou seja, aquelas características alvo de possíveis estigmas, relativas à aparência e problemas físicos, enquadrando-se aqui a deficiência física, a obesidade e a cor da pele.

    As dificuldades de relacionamento na escola podem levar facilmente às outras dificuldades escolares encontradas. A falta de relacionamentos saudáveis pode levar à falta de interesse no processo de aprendizagem, sendo considerada por Fonseca (1995) como um dos fatores sociais que geram as dificuldades de aprendizagem. Ou como diria Griz (2002), "a afetividade social, quando mal resolvida, inibe as estruturas cognitivas" (p. 25). Ou ainda de acordo com Vazquez (2001), "a aprendizagem implica, sempre, em vínculos, desenvolvimento maduro e inserção social" (p. 5).

    Mondini et all (1999), traçando o perfil biopsicossocial de 16 adolescentes, de ambos os sexos, na faixa etária de 10 a 20 anos, acompanhados no ambulatório de Obesidade na Adolescência do Hospital de Clínicas da Unicamp, concluíram que, na adolescência, especificamente, o problema da obesidade tende a intensificar e ampliar conflitos que normalmente são encontrados nesta fase de transição, pois essa é uma fase de desenvolvimento acompanhada de mudanças morfológicas e fisiológicas complexas. Assim, quando a crianças obesa atinge a adolescência o estigma da obesidade já contribui para comportamentos passivos e/ou agressivos e isolamento social, reforçados pela pouca aceitação de si mesmo e do grupo.

    Ficou, portanto, evidente, a partir das análises feitas a respeito do perfil do grupo de adolescentes obesos investigados, a dificuldade na abordagem do paciente obeso. Torna-se importante, então, reafirmar a necessidade de um tratamento multiprofissional. A obesidade e os elementos que com ela interagem são tão complexos que fica impossível tratar de forma digna um adolescente obeso sem uma equipe multidisciplinar.


Referências

  • Costa, Maria C. O. & Souza, Ronald P. de (ORG). Adolescência aspectos clínicos e psicossociais. Porto Alegre: Artmed, 2002. 464p.

  • Costa, Maria C. O.; Leão, Leila S. C. & Werutsky, Carlos A. Obesidade. In: Costa, Maria C. O. & Souza, Ronald P. de (ORG). Adolescência aspectos clínicos e psicossociais. Porto Alegre: Artmed, 2002. Cap. 4, p. 45-58.

  • Coutinho, Walmir F. (ORG). Documento do Consenso Latino-Americano em obesidade. Rio de Janeiro, 1998.

  • Damiani, Durval; Carvalho, Débora P. de & Oliveira, Renata G. de. Obesidade na infância um grande desafio! Revista Pediatria Moderna, v. 36, 8 ed, 2000.

  • Fisberg, Mauro. Obesidade na infância e adolescência. São Paulo: Fundo Editorial BYK, 1995. 157p.

  • Fonseca, Vânia de M.; Sichieri, Rosely & Veiga, Valéria da. Fatores associados à obesidade em adolescentes. Revista da Saúde Pública, v. 32, n. 6, p. 541-549, 1998.

  • Griz, Maria das G. S. Cognição e afetividade. Psicopedagogia, v. 19, n. 60, p. 25-32, 2002.

  • Loke, K. Y. Consequences of childhood and adolescent obesity. Asia Pac. Journal Clin. Nutr., v. 11, n. 8, p. 702-704, 2002.

  • Menendez, Guillermina et all. Padrões de ingestão alimentar X crescimento. Revista Pediatria Moderna, v. 35, n. 10, 1999.

  • Mondini, Ana C. R. et all. Obesidade na adolescência - Perfil biopsicossocial. Pediatria Atual, v. 12, n. 10, p. 33-42, Outubro 1999.

  • Neiva, Paula B. (a) Seu filho está gordo. Revista Veja, São Paulo, 1º maio 2002. p. 64.

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  • Paine, P. A estigmatização dos obesos em crianças brasileiras. In: Congresso Brasileiro de Psicologia do Desenvolvimento, 2., 1998, Gramado. Anais, Gramado, 1998. P. 38.

  • Pollock, Michael l. & Wilmore, Jack H. Exercícios na saúde e na doença. Rio de Janeiro: 2 ed, Medsi, 1993. 718 p.

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  • Sekeff, Gisela. Muito do ruim, pouco do bom. Revista Veja, São Paulo, 13 jun. 2001 p. 82.

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  • Sverdloff, Hugo R. Obesidade: uma epidemia do século XXI. IMIP (Série Publicações Científicas do Instituto Materno Infantil Pernambuco), Recife, n. 31, jun. 2002. Disponível em: http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/

  • Vazquez, Héctor D. O pediatra e as dificuldades na aprendizagem: intervenção preliminar. Psicopedagogia, v. 19, n. 58, p. 4-9, 2001.

  • Wadden, T. A. & Stunkard, A. J. Psychopathology and obesity. New York Academy of Sciences. 1987, New York. Annals, New York: 1987. p. 55-65.

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revista digital · Año 12 · N° 108 | Buenos Aires, Mayo 2007  
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