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Introdução

    É preocupante o número cada vez maior de crianças encaminhadas para salas de Educação Especial por apresentarem algum tipo de distúrbio, tendo como conseqüência uma diminuição do desempenho escolar, sendo consideradas como Portadoras de Necessidades Educativa Especial.

    Segundo Mazzotta (1982 : 27), tais limitações intrínsecas ou extrínsecas podem e requerem algumas modificações ou adaptações no programa educacional, a fim de que possam atingir o seu potencial máximo, e afirma, "tais limitações podem decorrer de problemas visuais, auditivos, mentais ou motores, como também de condições ambientais desfavoráveis.

    Para Coel et al (1995), "uma criança com necessidades educativas especial significa que a mesma apresenta algum problema de aprendizagem ao longo de sua escolarização, que exige uma atenção mais especifica e maiores recursos educacionais que o necessário para os colegas de sua idade". Neste sentido, Negrine (1987) considera a psicomotricidade como a Valência física mais discutida e estudada por especialistas em desenvolvimento motor e psicomotor da criança, a elas segundo ele são atribuídas as mais freqüentes dificuldades de aprendizagem.

    É ai que chamamos atenção dos profissionais para necessidade de novos recursos que possam auxiliar de forma direta ou indireta no desenvolvimento da coordenação psicomotora, visando uma possível influencia na aquisição das habilidades necessárias ao êxito escolar. E diante de tal necessidade observamos o aparecimento de pesquisas e estudos voltados a área da percepção ou percepção motora, sendo ela considerada por estudiosos uma grande influenciadora no que se refere ao desenvolvimento global das crianças em idade escolar. Porém, não podemos ignorar tamanha controvérsia gerada com o aparecimento cada vez maior destes estudos, afinal, a impressão que se tem ao buscar algum tipo de informação é que os próprios estudiosos da área não conseguem uma definição exata, muito menos sua verdadeira eficácia em relação ao desempenho escolar, pois demonstram de certa forma, tamanha necessidade e influencia do sistema perceptivo em relação a outros sistemas, em especial, ao motor e cognitivo, mas sem saber qual sua real contribuição, pois é evidente sua influencia no desenvolvimento das aptidões básicas no desempenho escolar, mas qual? De que forma? E até que ponto esta capacidade pode ser explorada na tentativa de amenizar o baixo desempenho escolar?

    Desta forma, considerando a necessidade de novos recursos de intervenção aos distúrbios encontrados nas mais diversas dificuldades de aprendizagem, juntamente com a necessidade de maior exploração sobre o sistema percepto motor e do ser humano em sua totalidade surgiu a idéia deste estudo, com o objetivo de intervir em distúrbios psicomotores através de estimulação sensorial atingindo indiretamente as dificuldades de aprendizagem. E mesmo que, seus objetivos estejam voltados mais especificamente a área da Educação Física, demonstram claramente sua contribuição a outras áreas do conhecimento, afinal, "A Educação Física é parte da Educação Integral do homem" Gorla (1997).

1. Objetivos

1.1. Objetivo Geral

    Desenvolver, por meio de estimulação do sistema percepto-motor, uma possibilidade de intervenção em Distúrbios Psicomotores.

1.2. Objetivos Específicos

    Buscar atenuantes para males causados por distúrbios psicomotores, normalmente encontrados em Portadores de Deficiência Mental.

    Desenvolver métodos de aprendizagem, específicos, para crianças portadoras de necessidades educativas especiais, objetivando o aumento da capacidade de concentração e conseqüente melhora na aprendizagem;

    Avaliar o quanto um trabalho de intervenção, por meio de uma seqüência de tarefas perceptivo-motoras, pode influenciar no desenvolvimento da coordenação e controle de todo o corpo, quando praticado em Crianças Portadores de Necessidades Educativas Especiais.

2. Metodologia

2.1. Delineamento do estudo

    O estudo foi caracterizado como sendo de caráter descritivo, utilizando estudos transversais Thomas e Nelson, (2002) envolvendo crianças diagnosticadas como portadoras de Dificuldade de Aprendizagem.

2.2. Característica da população estudada

    Foram utilizadas como amostra para o estudo um total de 18 crianças com idade cronológica variável entre 07 e 12 anos, de ambos os sexos, matriculadas nas salas de Educação Especial da Escola Municipal Dr. Germano Noberto Rudner na Cidade de Umuarama-Paraná.

2.3. Seleção da amostra

    A seleção da amostra foi do tipo selecionada e/ou por convivência, Rodrigues (2002), possibilitando a separação dos avaliados de acordo com as características necessárias para o estudo. Na seqüência foram formados 2 grupos com 9 sujeitos, sendo um grupo para controle e outro para experimento.

    O grupo experimento recebeu um programa de atividades percepto motoras como forma de intervenção e o grupo controle recebeu as atividades "normais" do planejamento de Educação Física.

2.4. Coleta de informações

    Para que o presente estudo alcançasse seus objetivos utilizou-se como método para coleta dos dados, o estudo denominado do tipo longitudinal por um período aproximado de 4 meses, dentro de um processo de pré teste, uma seqüência de atividades seqüenciadas e programadas para proposta do estudo e o pós- teste.

    Para acompanhamento em sala de aula foi entregue aos professores fichas de controle onde os mesmos deveriam descrever em breve relatório o perfil individual dos avaliados antes e depois do desenvolvimento do estudo, e outro de acompanhamento no decorrer do processo de intervenção na tentativa de possibilitar observações em relação aos aspectos comportamentais e principalmente desempenho escolar.

    A coleta de dados, análise e avaliação dos sujeitos sobre os resultados só se tornou possível através de um processo de teste, pós teste e um trabalho de observação no decorrer de um processo de intervenção aplicados por um período de 18 dias, tendo como duração um tempo variável entre 40 e 60 minutos de atividades.

3. Materiais e métodos

    Foi utilizado como meio de avaliação da coordenação Motora Global dos avaliados a bateria de Testes KTK de Schilling Kiphard (1974) sendo o mesmo aplicado como pré e pós-teste.

    Foi utilizado na tentativa de avaliar os aspectos comportamentais dos avaliados assim como o desempenho na aprendizagem, algumas fichas de controle para a observação do Professor em sala de aula.

4. Discussão dos resultados

4.1. Estabilidade do equilíbrio em marcha sobre a trave

    No gráfico 1, pode-se observar que os 2 grupos apresentaram progresso nesta tarefa e com um grau de desempenho pareado quando reavaliados e comparados entre grupo, levantando uma hipótese desta relativa aproximação ser resultado das atividades aplicadas dentro dos dois Programas de Educação Física, que envolviam equilíbrio e própiocepção e eram de fácil aplicabilidade, podendo as mesmas serem aproveitadas nos dois processos com apenas algumas adaptações.

    Podemos citar como exemplo destas atividades a tarefa de "caminhar sobre uma corda estendida", sendo que, para o grupo experimento a atividade era aplicada utilizando uma adaptação com "venda", desta forma privando os sujeitos a utilizarem o recurso visual estimulando uma maior necessidade de percepção, enquanto para o grupo controle a atividade era aplicada de forma convencional estimulando o desenvolvimento motor.

    O que é possível observar diante dos resultados é que mesmo estimulada de forma distinta, ambos aparentemente exerceram influências de forma positiva na tarefa equilíbrio na trave, quando reavaliadas, o assim, podemos chamar atenção de como pode ser estreita a relação entre as capacidades motoras, psicomotoras e percepto motoras, afinal mesmo denominadas por meios de termos distintos demonstram serem produtos de um processo mental de "estímulo-resposta".

4.2. Salto monopedal

    No Gráfico 2, podemos observar que houve uma diversidade em relação aos resultados da avaliação final quando comparados entre grupos. Sendo que, os resultados do Grupo Experimento demonstram uma significativa regressão quando reavaliado nesta tarefa enquanto os resultados do Grupo Controle demonstram uma pequena progressão.

    Vale lembrar que esta analise refere-se aos resultados totais dos grupos, pois ao analisar individualmente encontramos uma homogeneidade entre os sujeitos levantando um questionamento em relação as possíveis justificativas apresentadas na seqüência.

    Em relação ao resultado global do grupo experimento, devemos levantar a hipótese de que, em atividades de estimulação sensorial são utilizados recursos que exigem um certo grau de concentração, atenção e cognição mais elevados, e tais atividades, em especial, as aplicadas neste estudo, são em posições estáticas ou que não exijam agilidade, até mesmo pela dificuldade. Um exemplo claro, são as atividades com "vendas", que exigem uma ação mental mais elevada pela necessidade de maior percepção do próprio corpo em relação ao espaço, porem dificulta de forma visível e compreensível a mobilidade, induzindo desta forma a falta de movimentos que estimulam o desenvolvimento motor, em especial, de membros inferiores, ou seja, os mesmos avaliados nesta tarefa de salto monopedal.

    Segundo Maguill (1998), a visão tende a ser o sentido dominante, mesmo que no momento outra modalidade sensorial seja determinante para uma informação, e completa, "temos que ser ensinados a não confiar na visão".

    Quanto ao grupo controle pode-se observar uma pequena progressão, demonstrando a influência das aulas de Educação Física Convencional. Pois ao contrário das atividades especificas de estimulação sensorial, as atividades aplicadas dentro do Programa de Educação Física convencional, foram em sua maioria, atividades dinâmicas, que certamente exerceu uma influência maior no que se refere ao desenvolvimento motor global, justificando os resultados encontrados na reavaliação da tarefa salto monopedal.

4.3. Salto lateral

    Nesta tarefa, Gorla (2001), põe em evidência a facilidade de execução, e assim, pode justificar os resultados apresentados no Gráfico 3, onde percebe-se uma evolução em ambos os grupos quando reavaliados no Pós Teste.

    Este progresso demonstra a influência dos 2 programas de Educação Física no desenvolvimento das capacidades motoras.

4.4. Transferência sobre plataforma

    Ao analisar os resultados do gráfico 4, pode-se observar que houve um progresso no desempenho global de ambos os grupos, demonstrando uma certa influência dos Programas de Educação Física.

    Neste caso vale lembrar que, as tarefas de deslocamento sobre plataforma exige capacidades motoras de membros inferiores, superiores e agilidades simultâneas dos membros, Gorla (2001). Isto pode justificar o progresso nos resultados após as intervenções, pois esta tarefa entre as outras do teste de coordenação motora global é a única que exige capacidades múltiplas de vários segmentos corporais, juntamente com certo grau de concentração e cognição, todos desenvolvidos de diferentes formas dentro dos Programas de Educação Física proposto do presente estudo.

    Para Gallahue (2003),o desenvolvimento das habilidades perceptivas, podem melhorar ou inibir no desempenho motor e da mesma forma acontece quando inverte-se a situação, demonstrando a necessidade de um trabalho conjunto de tais habilidades. O autor completa alertando que o desenvolvimento restrito da criança em relação a uma destas capacidades, freqüentemente tem demonstrado um certo grau de dificuldade no desempenho de tarefas motor perceptivas, Negrine (1987), também chama atenção dos Profissionais cujo trabalho é direcionado as crianças sobre a necessidade do desenvolvimento perceptivo tanto como o motor pelo fato dos mesmos serem fatores primordiais ao bom desempenho motor, demonstrando desta forma que existe realmente influencia de uma sobre a outra. Ou seja, os sujeitos que receberam o programa de intervenção sensório motoras (grupo experimento), teve aparentemente um pequeno progresso nas capacidades de concentração e própriocepção e os sujeitos avaliados no Programa de Educação Física Convencional (controle) desenvolveram aparentemente maior domínio motor, em especial, de membros inferiores, porem quando tais habilidades são avaliadas em conjunto certamente uma exerce influência sobre a outra, tanto de forma negativa, como de forma positiva. Sendo que, a capacidade que progrediu certamente vai auxiliar no desempenho da capacidade que permaneceu e da mesma forma quando a situação é invertida, ou seja, a capacidade que não teve sua função permanente ou diminuída certamente vai exercer uma influência negativa sobre as outras.

    Observando o gráfico 5 e possível verificar que realmente houve uma progressão no coeficiente motor global dos grupos, porem, com uma predominância significativa para o grupo controle.

    Esta predominância pode ser justificada levantando uma hipótese, ou melhor, uma questão fundamental para área de Educação Física que é em relação ao "tempo de atividade", pois nas atividades de estimulação sinestésica o trabalho foi desenvolvido, quase sempre, individualmente, enquanto as atividades propostas dentro das aulas de Educação Física Convencional, foram aplicadas em grupos maiores ou até mesmo com o grupo todo.

    Desta forma, se dividirmos o tempo proposto de 40 a 60 minutos, certamente o grupo que participou das atividades Convencionais de Educação Física teve um aproveitamento maior, sendo que o outro grupo com resultado menor teve o tempo dividido pelo numero de avaliados, neste caso (9 sujeitos), o que deu mais ou menos um tempo médio de 5 minutos para cada intervenção individual, isto sem diminuir as interrupções, quase sempre freqüentes por se tratar de crianças e principalmente portadores de Déficit Mental, pois neste caso, o tempo gasto entre "preparação, explicação e execução das atividades", torna-se ainda mais curto quando comparado a crianças ditas normais.

    È importante, neste sentindo, levantarmos um outro fator, que possivelmente influenciou tanto de forma quantitativa, como de forma qualitativa no desenvolvimento do estudo, e conseqüentemente nos resultados, ou seja, "o número de intervenções aplicadas", que ao adaptar-se ao cotidiano escolar passou por interrupções comuns, justificadas por (feriados, recessos e variações climáticas), desta forma, reduzindo o número de sessões para aproximadamente 50% dentro do previsto.

    Portanto conclui-se, que o tempo inadequado e insuficiente pode ter influenciado de forma negativa nos resultados, neste caso, em especial do Grupo Experimento pela necessidade maior de uma seqüência nas atividades, confirmando a dificuldade encontrada por um Profissional para atingir individualmente as necessidades encontradas dentro de uma turma com um número elevado de alunos.

    Sendo assim, levando estas hipóteses em consideração, a diferença em relação ao rendimento global entre os grupos "experimento e controle", torna-se praticamente irrelevantes, demonstrando de certa forma que um Programa de Atividades Sensório Motoras pode alcançar resultados positivos quando aplicados afim de desenvolver as capacidades psicomotoras, porem, desde que seja, aplicado adequadamente em um período de tempo maior do que o proposto no presente estudo.

Considerações finais

    Diante dos dados do IBGE - Censo 2000, só no Brasil 8,3% da população é portadora de Deficiência Mental e desta forma, devemos ressaltar que esta população, neste caso, em idade escolar, apresentam dificuldades mais relevantes em atividades psicomotoras quando comparadas a crianças ditas normais, pois tais habilidades exigem informações mentais, que por vezes, são encontradas em níveis mais baixos neste grupo especial.

    Desta forma torna-se preocupante a falta de profissionais atuando nesta área, afim de reduzir estas limitações. Pois, pôde-se observar, que em parte das escolas do ensino regular, ou simplesmente aquelas que atendem especificamente salas de Educação Especial, ainda não encontra-se profissionais da área de Educação Física, e este fato torna-se ainda mais preocupante quando levantamos alguns dados e percebemos que grande parte destas crianças ao serem avaliadas por profissionais, são encaminhas para salas de Educação Especial e levam junto com o Diagnostico de Déficit Mental várias outras recomendações, entre estas, gostaria de enaltecer "a pratica de atividades físicas, ou mais especificamente, atividades esportivas", como auxilio no que se refere as suas potencialidades e desenvolvimento global. Afinal, várias pesquisas já constataram os efeitos benéficos destas atividades não só quando relacionado ao aspecto físico, mas também ao mental, psicológico e afetivo/social dos praticantes. Segundo Fonseca (1983) "as atividades sensório motoras auxiliam na busca do estado de saúde, intervém no desenvolvimento psíquico, afetivo e social, influenciando no comportamento habitual dos praticantes".

    Portanto, vale lembrar que segundo Gorla (2001) os motivos levados em consideração no aumento de tantos estudos e pesquisas voltados ao desenvolvimento destes grupos especiais, são os mesmos, quando comparados a populações enquadradas dentro de um Padrão de Normalidade. O que foi possível constatar dentro do período de intervenção, é que comparado as reações de crianças ditas normais que se divertem com atividades do tipo "cobra cega", houve uma certa rejeição por parte dos avaliados quanto a aplicação de atividades de estimulação sensorial, em especial, as que exigiam um grau maior de concentração, como por exemplo "atividades com vendas", ou seja, quando eram privados do sentido da visão se recusavam a participar. Este fato pode parecer insignificante mas também pode levantar uma questão interessante sobre atividades que estimulam as funções cerebrais a ponto de causar sensações desagradáveis em pessoas com um baixo nível mental, e o que isto pode nos trazer de benefícios em relação a futuros programas de intervenções psicomotoras.

    Porem, infelizmente ainda não foi possível por meio deste, avaliar a influencia das atividades percepto motoras nas dificuldades de aprendizagem ou déficit de atenção, talvez pelo fato de se tratar de crianças portadoras de Déficit Mental e principalmente por falta de recursos adequados para tais avaliações, sendo que os recursos utilizados por meios de fichas direcionada aos Professores não forneceram dados suficientes para serem analisados de forma precisa.

    Desta forma, sugere-se novos estudos, mas no momento conclui-se o que já existe na literatura sobre o assunto, ou seja, uma "incógnita" sobre os Programas de Atividades Percepto Motoras e sua influência no desempenho acadêmico.

    Por fim, diante não só dos resultados medidos e avaliados por testes, mas também considerando as observações no decorrer deste processo, concluiu-se que:

• Atividades de estimulação cinestésica exercem sobre o processo mental influências perceptíveis ao olho nú, mas que infelizmente tais afirmações tornam-se praticamente irrelevantes sem uma avaliação mais precisa, utilizando-se de métodos avaliativos adequados,
  
  

• Comprovou-se que Programas de Intervenção podem ser úteis no que se refere ao desenvolvimento psicomotor, desde que, elaborados e programados com seriedade para funcionar com eficiência, e os mesmos devem ser adaptados, afim de atender as diversidades encontradas, principalmente em populações especiais,
  
  

• Comprovou-se também que em atividades que envolvam cinestesia, sejam levados em consideração alguns fatores, como tempo e número de participantes, pois são atividades que exigem um grau maior de concentração e atenção do próprio profissional.
  
  

• Sugere-se novos estudos sobre estimulação sensorial e sua influencia no processo mental, e estudos comparativos entre grupos com níveis mentais abaixo da média e outros grupos, com níveis mentais dentro do considerado normal na literatura.

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