efdeportes.com
Obesidade infantil: etiologia
e conseqüências para a saúde

   
Departamento de Nutrição e Saúde.
Programa de Pós-graduação em Ciência da Nutrição.
Universidade Federal de Viçosa.
Viçosa - MG.
(Brasil)
 
 
Sherley Ferreira  
Adelson Luis Araújo Tinoco | Juliana Matos de Aguiar  
Marina Gazola Lima | Isis Danyelle Dias Custódio
sherley@uai.com.br
 

 

 

 

 
Resumo
     A obesidade é conseqüência de um balanço energético positivo, que se caracteriza por um acúmulo excessivo de gordura no tecido adiposo, sendo considerada uma epidemia mundial e um grave problema de saúde pública. E o aumento na prevalência da obesidade infantil é um fato muito preocupante, pois além de ser um grande preditor da obesidade na vida adulta, está associada a fatores de risco cardiovasculares. Está bem documentado que as causas da obesidade envolvem uma interação entre fatores genéticos e ambientais.
    Unitermos: Obesidade. Escolares. Doenças crônicas.
 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 11 - N° 106 - Marzo de 2007

1 / 1

Introdução

    O sobrepeso é o aumento excessivo do peso corporal, decorrente de alterações em apenas um de seus componentes (gordura, músculo, água e osso) ou em seu conjunto, enquanto a obesidade é o acúmulo excessivo de gordura corporal em todo o corpo ou em regiões específicas (Guedes, 1998).

    Muitos autores conceituam a obesidade como uma doença de origem multifatorial, onde ocorre a interação de aspectos genéticos, ambientais além de influências socioeconômicas e alterações endócrinas e metabólicas (BATH AND BAUR, 2005; STEIN and COLDITZ, 2004).

    Para a Organização Mundial de Saúde a obesidade é uma doença crônica, que caracateriza-se por um acúmulo excessivo de gordura corporal, que traz conseqüências negativas para a saúde do indivíduo (WHO, 1998).

    A prevalência de excesso de peso tanto em crianças como em adolescentes aumentou acentuadamente nas últimas décadas tanto nos países desenvolvidos, como naqueles em desenvolvimento (BATH AND BAUR, 2005), tornando-se uma grande epidemia mundial e consequentemente agravando ainda mais o sistema público de saúde (WHO, 1998).

    Apesar da influência genética no ganho de peso corporal, para muitos autores os fatores ambientais, como estilo de vida sedentário e hábitos alimentares inadequados são determinantes neste processo (WHO, 1998; BOUCHARD, 2003).

    Este incremento na prevalência de sobrepeso e obesidade infantil tem preocupado os profissionais e pesquisadores da área da saúde, pois além de ser um grande preditor da obesidade na vida adulta (LUO e KALBERG, 2000), o excesso de peso corporal na infância está associado a doenças crônico-degenerativas (SAXENA et al., 2004).


Etiologia da obesidade infantil

    A prevalência de obesidade infantil aumentou acentuadamente nas duas últimas décadas em todo o mundo em todas as faixas etárias, inclusive em crianças e adolescentes (Onis, 2004; BATH AND BAUR, 2005), tanto nos países industrializados como também naqueles em desenvolvimento (MARTINEZ, 2000).

    No Brasil, vários estudos têm reportado este crescente aumento na prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes.

    Conforme MONTEIRO e CONDE (1999), o perfil nutricional da população brasileira também tem passado por alterações, que estão associadas ao processo de transição nutricional, que tem promovido uma redução na desnutrição infantil concomitante com um aumento no sobrepeso e obesidade.

    Descrever as causas da obesidade, não é tarefa muito simples, pois já está bem estabelecido na literatura que o aumento do peso corporal e também do excesso de adiposidade é um processo bastante complexo onde ocorre interação de vários fatores, tais como, genéticos, ambientais, endócrinos e metabólicos, além de influências socieconômicas e culturais (MARTINEZ, 2000; RUSCH et al., 2003; BATH AND BAUR, 2005).

    Vários estudos já demonstraram que existe uma forte influência genética na obesidade (BATH and BAUR, 2005), que seria decorrente de uma desordem poligênica em que vários genes atuariam simultaneamente promovendo uma disposição individual para o excesso de adiposidade (CHAGNON et al. 2001).

    No entanto, apesar da influência genética no ganho de peso e gordura corporal, os fatores ambientais, principalmente estilo de vida sedentário associado a hábitos alimentares inadequados são determinantes nesse processo (WHO, 1998; BOUCHARD, 2003).

    A crescente urbanização das cidades e conseqüente redução dos espaços públicos apropriados para a prática de atividades físicas e recreativas, além do aumento da violência; maior utilização de veículos automotivos, dietas hipercalóricas e com alto teor de gorduras, principalmente saturadas (KAIAN, et al., 2004), são considerados preponderantes.

    Evidências disponibilizadas na literatura sugerem que, em se tratando de crianças e adolescentes, os principais fatores ambientais que têm contribuído bastante para o aumento do sobrepeso nessa faixa etária, além do excesso na ingestão energética, seria o número de horas em frente à televisão, uso de videogames, computadores e a inatividade física (BARBARA et al., 2002; TREMBLAY e WILLMS, 2003).

    A dieta tem um papel importante neste processo, pois pode desencadear um desequilibro entre a ingestão e o gasto energético (PEREREIRA, 2003). E de acordo com ESCRIVÃO et al. (2000), a utilização de alimentos industrializados excessivamente calóricos e com alto teor de colesterol e gordura saturada é muito freqüente na sociedade moderna.

    Os resultados de muitos estudos têm confirmado uma relação positiva entre o aumento da adiposidade na infância e adolescência e o excesso de horas assistindo televisão (DENNISON et al., 2002; LOWRY et al., 2002), que, além de ser uma atividade sedentária, expõem e também reforçam o comportamento sedentário (FAITH et al., 2001; BATH and BAUR, 2005, SALMON et al. 2006).

    FAITH et al., (2001), analisaram o tempo gasto assistindo TV e o aumento da obesidade em 10 crianças obesas, e os resultados mostraram uma associação entre assistir TV 5 horas ou mais por dia a uma prevalência de 35% de obesidade. Enquanto o hábito de 3 horas estava associado a uma prevalência de 25%.

    Estudo recente realizado por HANCOX e POULTON (2006), verificaram o impacto do hábito de assistir televisão no índice de massa corpórea (IMC) e no sobrepeso em crianças e adolescentes com idade entre 3 e 15 anos de idade. Os resultados demonstraram que o tempo gasto assistindo televisão é um preditor importante do sobrepeso e aumento do IMC na infância.

    Está bem documentado que um estilo de vida sedentário exerce grande influência no desenvolvimento da obesidade tanto em adultos quanto em crianças, e que a inatividade física contínua é um fator de risco para a obesidade na vida adulta (FAITH et al., 2001; DAVISON and SCHMALZ, 2006).

    Para BALL et al. (2001), avaliar a relação entre atividade física e gordura corporal em crianças com idade entre 6 e 9 anos é fundamental, pois é nesta fase que se estabelecem padrões alimentares e de exercícios físicos principalmente no ambiente escolar.

    TREMBLAY e WILLMS (2003), em estudo realizado no Canadá com 7216 crianças e adolescentes com idade entre 7 e 11 anos de idade encontraram associação negativa entre a prática de exercícios físicos e excesso de peso corporal. Os autores concluíram que tanto o exercício realizado de forma sistemática como a atividade física diária são fatores de proteção para o sobrepeso e obesidade.

    NEMET et al. (2005), compararam 22 crianças e adolescentes obesos com idade média de 11 anos com um grupo controle de 24 crianças obesas. Eles observaram os efeitos de 3 meses de exercícios físicos associados a hábitos alimentares saudáveis e verificaram diferenças significativas comparadas ao grupo controle quanto às reduções no peso corporal, IMC, gordura corporal, LDL-colesterol, tempo assistindo TV além de aumentos na atividade física habitual.

    Estas observações demonstram a necessidade de esclarecer e conscientizar principalmente os profissionais envolvidos com o ambiente escolar, e, sobretudo os pais sobre os fatores de risco para a obesidade infantil. Destaca-se também a importância da implementação de políticas públicas através de ações educativas que possam envolver a adoção de hábitos alimentares saudáveis associado a prática de exercícios físicos.


Consequências da obesidade infantil

    Atualmente existe um grande número de estudos que mostram que o excesso de peso e gordura corporal está relacionado a doenças crônico-degenerativas, e assim reduzem significativamente a qualidade de vida dos indivíduos (NANCHAHAL, 2005; BOUCHARD, 2003,). E segundo SCHWIMMER et al. (2003), a nível individual esta redução nos aspectos qualitativos da vida ocorre não apenas em função de problemas médicos e fisiológicos, mas também por problemas psicológicos.

    O rápido aumento da prevalência da obesidade na infância e adolescência em todo o mundo nas últimas décadas é um fato preocupante, pois, além de ser considerada um grande problema de saúde pública, a obesidade infantil pode acarretar diversas conseqüências para a saúde, tais como: ortopédicos, neurológicos, pulmonar, endócrinos, fatores de risco para doenças cardiovasculares (hipertensão arterial, dislipidemia, intolerância a glicose, hipercolesterolemia), conseqüências sociais e econômicas, persistências da obesidade na vida adulta (STEIN e COLDITZ, 2004; DEHGHAN et al., 2005).

    E segundo WISEMANDLE et al. (2006), atualmente o sobrepeso também é considerado um importante fator de risco cardiovascular, e caso não seja controlado, posteriormente pode provocar aumentos da adiposidade tanto em adultos quanto em crianças.

    Conforme (ESCRIVÃO et al., 2000), crianças obesas passam também por sérios problemas psicológicos, com auto-estima baixa, imagem corporal alterada e consequentemente acaba se isolando.

    È importante ressaltar também que a obesidade infantil é um dos grandes fatores de risco para o desenvolvimento da obesidade na vida adulta (LUO e KALBERG, 2000), e de acordo com (WHITAKER et al. 1997), crianças obesas quando comparadas às eutróficas apresentam o dobro de chance de se tornarem adultas obesas.

    Entretanto, conhecer as prevalências de sobrepeso e obesidade ainda na infância é muito importante, pois segundo RÍO-NAVARRO et al. (2004), muitos estudos já evidenciaram que mais de 60% das crianças obesas apresentam um ou mais fatores de risco cardiovasculares como hiperinsulinemia, intolerância à glicose, dislipidemia e hipertensão.

    Neste estágio o excesso de gordura na região do abdômen tem uma relevância muito maior que o total de gordura corporal no tocante a problemas metabólicos tais como: pressão arterial elevada, hiperinsulinemia, diabetes tipo 2 e dislipidemia (FREEDMAN et al., 1999).

     Entretanto, segundo MAFFEIS et al. (2001), em crianças na fase prepubertal, a relação entre a distribuição da gordura corporal e possíveis fatores de risco para a doença cardiovascular não estão totalmente elucidados, apesar de muitos estudos epidemiológicos suportarem a hipótese da relação entre excesso de gordura corporal e riscos para a saúde na infância (FREEDMAN et al., 1999; DANIELS et al. 1999).

    DANIELS et al. (1999), em estudo transversal com 127 crianças e adolescentes de ambos os sexos com idade entre 9 e 17 anos de idade, demonstraram que a distribuição da gordura corporal, e, sobretudo aquela localizada na região central apresenta uma associação mais forte que o total de gordura corporal e fatores de risco cardiovasculares.

    A associação entre sobrepeso, obesidade e o aumento de fatores de risco cardiovasculares foram demonstrados em crianças australianas de 8 anos de idade, que já apresentavam pressão sanguínea elevada e perfil lipídico alterado, além da síndrome metabólica (BURKE et al., 2004).

    HIGGINS et al. (2001), em estudo realizado com 87 crianças e adolescentes na faixa etária entre 4 e 11 anos de idade, foi constatado que uma circunferência da cintura > 71 cm estava associada a perfil lipídico alterado e fatores de risco para doenças cardiovasculares.

    No estudo realizado por COWIN e EMMETT (2000), com crianças com idade entre 2 e 4 anos, os autores verificaram que o excesso de adiposidade na região abdominal estava associado com a concentrarão de triglicerídeos, portanto apresentou relação negativa com o HDL-colesterol, independente do índice de massa corpórea (IMC) e estatura.

    Segundo DAVIGLUS et al. (2004), concentrações séricas elevadas de colesterol total, LDL-colesterol, VLDL-colesterol, e baixas concentrações do HDL-colesterol apresentam alta relação com a aterosclerose e problemas cardíacos. É importante ressaltar também que crianças e adolescentes com níveis elevados de colesterol apresentam maiores possibilidades de apresentarem estas concentrações elevadas na vida adulta (FREEDMAN et al., 1992).


Considerações finais

    Considerando a importância na promoção da saúde das crianças, e o crescente interesse na relação entre excesso de peso corporal e doenças degenerativas, diante do que foi exposto, é evidente a necessidade de implementação de políticas públicas que possam englobar o processo de avaliação nutricional, com a introdução de hábitos alimentares saudáveis e prática de exercícios físicos, principalmente no ambiente escolar.


Referências bibliográficas

  • BALL E.J.; O'CONNOR J.; ABBOTT R.; STEINBECK K.S.; DAVIES P.S.W.; WISHART C.; GASKIN K.J.; BAUR L.A. Total energy expenditure, body fatness, and physical activity in children 6-9 y. American Journal Clinical Nutrition 2001, 74, p. 524-8

  • Barbara A. Dennison, Tara A. Erb and Paul L. Jenkins Television Viewing and Television in Bedroom Associated With Overweight Risk Among Low-Income Preschool Children Pediatrics 2002;109;1028-1035

  • BATH J.A.; BAUR L.A. Management and prevention of obesity and its complications in children and adolescents. MJA 2005; 182 (3), p. 130-35.

  • BOUCHARD C, Atividade Física e Obesidade. Manole, São Paulo, 2003.

  • BURKE, V.; BEILINI, L.J.; SIMMER, K.; ODDY, W.H.; BLAKE, K.V.; DOHERTY, D.;KENDALL, G.E. Predictors of body mass index and associations with cardiovascular risk factors in Australian children: a prospective cohort study. International Journal of Obesity 2004, p. 1-9

  • CHANGON Y.C.; RANKINEN T.;SNYDER E.E., WEISNAGEL S.J.;PERUSSE L.; BOCHARD C. The human obesity gene map: the 2002 update. Obes Res 2003; 11p. 313-67.

  • COWIN I.; EMMETT P. Cholesterol and triglyceride concentrations, birthweight and central obesity in pre-school children International Journal of Obesity (2000) 24, p. 330?39.

  • DANIELS S.R.; MORRINSON J.A.; SPRECHER D.L.; KHOURY P.; KIMBALL T.R. Association of body fat distribution and cardiovascular risk factors in children and adolescents Circulation 1999, 99, p. 541-545.

  • DAVIGLUS M.L.; STAMLER J.; PIRZADA A.; YAN L.L.; GARSIDE D.B.; LIU K.; WANG R.; DYER A.R.; LIOYDE-JONES D.M.; GREENLAND P. Favorable cardiovascular risk profile in young women and long-term risk of cardiovascular and all-cause mortality. JAMA 2004, 292, p. 1588-92. ABSTRACTS.

  • DAVISON K.K.; SCHMALZ D.L. Youth at risk of physical inactivity may benefit more from activity-related support than youth not at risk. International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity 2006, v3(5), p.1-27.

  • DEHGHAN M.; AKHTAR-DANESH N.; MERCHANT A.T. Childhood obesity, prevalence and prevention Nutrition Journal 2005, 4(24), p.1-8.

  • DENNISON, B.A.; ERB, T.A.; JENKINS, P.L. Television Viewing and Television in Bedroom Associated With Overweight Risk Among Low-Income Preschool Children. Pediatrics 2002, v.109, p.1028-1035.

  • ESCRIVÃO M.A.M.S.;OLIVEIRA F.L.C.; TADDEI J.A.A.C.; LOPEZ F.A. Obesidade exógena na infância e na adolescência. Jornal de Pediatria 2000, v76(suppl 3), S305-S310

  • FREEDMAN D.S.; BYERS T.; SELL K.; KUESTER S.; NEWELL E.; LEE S. Tracking of serum cholesterol levels in a multiracial sample of preschool children Pediatrics 1992, 90, p. 80-86.

  • FREEDMAN D.S.; SERDULA M.K.; SRINIVASAN S.R.; BERENSON G.S. Relation of circumferences and skinfold thicknesses to lipid and insulin concentrations in children and adolescents: the Bogalusa Heart Study. American Journal Clinical Nutrition 1999, v.69, p. 308-17

  • Guedes P.D.; Guedes P.R.E.J. Controle do peso corporal: composição corporal, atividade física e nutrição. Manole, Londrina, 1998.

  • HANCOX R.J.; POULTON R. Watching television is associated with childhood obesity: but is it clinically important? International journal of obesity 2006, 30 (1), p 171-75.

  • KAIN J.; ALBALA R. U,; VIO, F.; CERDA, R. ; LEYTON, B. School-based obesity in Chilean primary School children: methodology and evaluation of a controlled study. International journal of obesity 2004, v. 28, p. 483-493.

  • LOWRY, R.; WECHSLER, H.; GALUSKA, D.A.; FULTON, J.E.; KANN, L. Television Viewing and its Associations with Overweight, Sedentary Lifestyle, and Insufficient Consumption of Fruits and Vegetables Among US High School Students: Differences by Race, Ethnicity, and Gender. Jsch Health 2002, v.72, n.10, p. 413-421.

  • LUO Z.C.; KALBERG J. Critical growth phases for adult shortness. American Journal of Epidemiology 2000, v152(2), p. 125-31.

  • MARTINEZ J.A. Obesity in young Europeans: genetic and environmental influences. Eur J Clin Nutr 2000; v. 54 (suppl): 56S-60S.

  • MONTEIRO C.A.; CONDE W.L. Tendência secular da obesidade segundo estratos sociais: Nordeste e Sudeste do Brasil. Ar. Bras. Endocrinol Metab. 1999, v.43, p.186-94.

  • NANCHAHAL H.; MORRIS J.N.; SULLIVAN L.M.; WILSON P.W.F. Coronary heart disease risk in men and the epidemic of overweight and obesity. International journal of obesity 2005, 29, 317-23.

  • NEMET D.; BARKAN S.; EPSTEIN Y.; FRIEDLAND O.; KOWEN G.; ELIAKIM A. Short- and Long-Term Beneficial Effects of a Combined Dietary-Behavioral-Physical Activity Intervention for the Treatment of Childhood Obesity. Pediatrics 2005, 114, p. 443-49.

  • ONIS, M.D. The use of anthropometry in the prevention of childhood overweight and obesity. International journal of obesity 2004, 28, S81-S85.

  • PEREIRA LO, FRANCISCHI RP, LANCHAJr AH. Obesidade: Hábitos Nutricionais, Sedentrismo e Resistência à Insulina. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia e Metabolismo 2003; 47(2):111-127.

  • RÍO-NAVARRO B.E.; VELÁZQUEZ-MONROY O.; SÁNCHEZ-CASTILLO C.; LARA-ESQUEDA A.; BERBER A.; FANGHANEL G.; VIOLANTE R.; TAPIA-CONYER R.; JAMES W.P.T. The High Prevalence of Overweight and Obesity in Mexican Children. Obs Res. 2004,12, 215-23.

  • RUSH E.C.; PLANK L.D.; DAVIES PSW.; WATSON P.; WALL C.R. Body composition and physical activity in New Zealand Maori, Pacific and European children aged 5-14 years British Journal of Nutrition 2003, 90, p.1133-39.

  • SALMON J.; CAMPBELL K.J.; CRAWFORD D.A. Television viewing habits associated with obesity risk factors: a survey of Melbourne schoolchildren. The medical journal of Australia 2006, 184, p. 64-7

  • SAXENA S.; AMBLER G.; COLE T.J.; MAJEED A. Ethnic group differences in overweight and obese children and young people in England: cross sectional survey. Arch. Dis. Child, 2004, 89, p. 30-6.

  • SCHWIMMER J.B.; BURWINKLE T.M.; VARNI J.W. Health-related quality of life of severely obese children and adolescents. JAMA 2003, 289,1813-19.

  • STEIN C.J.; COLDITZ G.A. The Epidemic of Obesity. The Journal of Clinical & Metabolism 2004, 89(6), p. 2522-25.

  • Tremblay M.S., Willms J.D. Is the Canadian childhood obesity epidemic related to physical inactivity? International Journal of Obesity 2003, 27, p. 1100-?1105.

  • WHITAKER, R.C.; WRIGHT, J.A.; PEPE, M.S.; SEIDEL, K.D.; DIETZ, W.H. Predicting obesity in Young adulthood from childhood and parental obesity. The New England Journal of Medicine 1997, v.337, p. 869-873.

  • WISEMANDLE W.; MAYNARD L.M.; GUO S.S.; SIERVOGEL M. Childhood Weight, Stature, and Body Mass Index Among Never Overweight, Early-Onset Overweight, and Late-Onset Overweight Groups. Pediatrics 2006, v106(1), p. 1-8.

  • World Health Organization. Obesity - preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO consulation on obesity. Geneva: World Health Organization, 1998.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Google
Web EFDeportes.com

revista digital · Año 11 · N° 106 | Buenos Aires, Marzo 2007  
© 1997-2007 Derechos reservados