Como desenvolver no atleta a capacidade de controlo emocional em situações de elevada pressão? | |||
Universidade do Porto Federação Portuguesa de Voleibol (Portugal) |
José Afonso afonsovolei@gmail.com |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 11 - N° 105 - Febrero de 2007 |
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1. Introdução
A dimensão actual do fenómeno desportivo faz com que a pressão para obter resultados expressivos seja cada vez maior, além de expor socialmente os atletas (Singer, 1982; Lazarus, 2000). Acresce a isto a pressão dos pais, inimizades com os treinadores, entre outros factores (Holt & Mandigo, 2004).
O stress parece ser um factor primordial no falhanço de atletas em renderem o seu máximo em situações competitivas (Lazarus, 2000). Uma competição importante produz sempre excitação aumentada, ansiedade e tensão (Singer, 1982), e é comum a intrusão de emoções que desviam os processos cognitivos daquilo que importa para a performance (Lazarus, 2000).
Além da pressão competitiva propriamente dita, o atleta ainda experiencia erros técnicos, erros tácticos, erros dos colegas de equipa, tácticas dos oponentes e decisões dos árbitros (Hatzigeorgiadis, 2006), com as quais têm de saber lidar.
Estes factores concorrem para que os atletas quebrem sob pressão (do original inglês "choking"), algo que é comum mesmo em atletas de elite, especialmente em jogos e/ou jogadas decisivas (Wang et al, 2004).
2. Aspectos psicológicos inerentes
O afecto pode ser positivo ou negativo, além de facilitador ou inibidor, originando essa interacção quatro categorias (D'Urso et al, 2002). As derrotas na competição podem gerar um declínio do afecto positivo, em adolescentes como em adultos (Brown et al, 2005). O treinador deve, então, ponderar cautelosamente a participação da sua equipa em determinadas competições, pois derrotas demasiado frequentes e/ou pesadas podem originar desânimo aprendido, com consequente acomodação à derrota.
No seu estudo com 33 atletas semi-profissionais de râguebi, D'Urso et al (2002) verificaram que, embora o afecto flutuasse ao longo do jogo, de acordo com o seu fluxo, o mesmo não sucedeu com a percepção de competência.
A gestão do estado emocional assume importância decisiva, pois as emoções experienciadas antes, durante e após a competição podem influenciar determinantemente os feitos presentes e futuros dos atletas (Singer, 1982). Lazarus (2000) enfatiza a importância do conteúdo qualitativo das emoções, que subordinam mesmo a intensidade destas.
A mesma emoção pode ser percebida como positiva por um atleta e negativa por outro, dependendo das associações que os atletas a ela atribuem (D'Urso et al, 2002), da avaliação da significância pessoal da situação (Lazarus, 2000).
No estudo de D'Urso et al (2002), os atletas deixaram-se perturbar emocionalmente por iniciativas inesperadas do oponente, erros de colegas de equipa, decisões dos árbitros, público hostil e outros factores, todos eles tendo uma base comum: uma percepção de reduzido controlo sobre as situações.
Daqui derivam duas conclusões: a) a percepção de controlo é fundamental para a gestão das emoções (Pensgaard & Ursin, 1998); e b) as emoções pré-competitivas são importantes, mas não suficientes para lidar com o inesperado, na competição. Ora, lidar com o esperado, mas, sobretudo, com o inesperado, é fundamental para um atleta em situação competitiva (Hatzigeorgiadis, 2006).
D'Urso et al (2002) chamam a atenção para o facto de, nos JDC, cada jogador ser fortemente influenciado pela equipa - se esta revela boa performance, o jogador tende a galvanizar-se, mas o contrário também é verdade.
O stress pode ocorrer associado a emoções negativas, mas também a emoções positivas (Lazarus, 2000), tendo como uma das manifestações mais conhecidas a ansiedade. Os estímulos ameaçadores ou stressantes são avaliados por cada indivíduo, não sendo a resposta uma função linear do input (Pensgaard & Ursin, 1998). A interpretação da percepção da intensidade e controlo sobre a situação influenciam a forma como cada indivíduo lida com o stress (Gan & Anshel, 2006).
A ansiedade é uma resposta a uma ameaça percebida, associada a uma incerteza relativamente ao que irá suceder (Lazarus, 1991). Pode ter um efeito facilitador ou inibidor da performance, dependendo isso da forma como o atleta interpreta os seus sintomas e, novamente, da sua percepção de controlo sobre os acontecimentos (Eubank & Collins, 2000; Edwards et al, 2002).
Antes da competição, o ideal será que o atleta experiencie níveis de ansiedade dentro da sua zona óptima de funcionamento (D'Urso et al, 2002). De facto, uma ansiedade demasiado baixa pode gerar um relaxamento excessivo e, até, um descomprometimento com a actividade (Lazarus, 2000), prejudicando a performance.
Edwards et al (2002) realçam o facto de uma elevada ansiedade cognitiva permitir elevadas performances, quando associada com reduzida excitação fisiológica. Estes autores alertam que, em casos de elevada ansiedade cognitiva, a partir de um limiar de excitação fisiológica, atinge-se um ponto crítico, resultante numa alteração radical do comportamento, induzindo quebra acentuada de performance (modelo da catástrofe).
A auto-confiança ajuda os atletas a gerirem elevados níveis de ansiedade cognitiva, pois aumentam a sua percepção de controlo e, consequentemente, as suas expectativas de alcançar os objectivos estabelecidos (Edwards et al, 2002). Ou seja, a auto-confiança não parece reduzir a ansiedade cognitiva, mas ajuda a lidar com ela.
Os indivíduos com baixa auto-confiança tendem a encarar a ansiedade como debilitadora da performance. Esse aspecto poderá ser camuflado em situação de treino, mas tende a surgir na competição, sendo estes indivíduos altamente sensíveis a qualquer percepção de ameaça (Eubank & Collins, 2000).
Uma outra dimensão a explorar é a questão das interpretações. Lazarus (1991) distingue interpretações primárias (relevância dos objectivos, sua congruência ou incongruência e conteúdo) e secundárias (estratégias para lidar com a situação, potencial para lidar com e expectativas de futuro). Uma alteração de interpretação modifica o significado de uma situação e, como tal, transforma a emoção experienciada (Lazarus, 2000).
Reforçando a importância das interpretações, Hanton et al (2003) relevam que a percepção de controlo deriva dos objectivos estabelecidos e das expectativas de os atingir, tema que retomaremos adiante.
3. Estratégias para lidar com elevada pressão
Embora cada emoção despolete uma tendência de resposta inata, é possível alterar essa resposta (na sua direcção e/ou na intensidade) por fenómenos de coping (Lazarus, 1991). Coping significa, literalmente, lidar com. É um processo que influencia emoções, sua emergência e modificação (Lazarus, 2000), relacionando-se positivamente com percepção de controlo e satisfação subsequente com a performance (Pensgaard & Ursin, 1998).
Estando dependente de aspectos físicos e cognitivos, é possível lidar com as emoções recorrendo a métodos mais físicos ou mais cognitivos (Lazarus, 1991).
Há, basicamente, dois grandes estilos de lidar com um situação: confrontando-a (aproximation), ou evitando-a (avoidance) (Lazarus, 1991). Em situações de elevada pressão e baixo controlo percebido, as segundas tendem a ser mais eficazes na redução do stress (Wang et al, 2004). Os autores, num estudo realizado com 88 basquetebolistas, em situação real de competição, constataram que os estilos de confrontação induziram elevado nível de ansiedade percebida, tendo os estilos de evitamento produzido o efeito inverso, por redução da percepção de ameaça.
Em nossa opinião, ao confrontar a situação, o atleta irá apenas reforçar para si mesmo a ideia de que não está a render o esperado, o que resultará num aumento da ansiedade e num redireccionamento dos processos cognitivos das acções de jogo para as emoções e expectativas do que irá suceder após o jogo, no caso de a performance e o resultado não corresponderem ao esperado.
Contrariamente, quando as situações stressantes são percepcionadas como altamente controláveis, estratégias de confrontação parecem ser mais eficazes (Puente-Díaz & Anshel, 2005).
Dentro de cada estilo, podemos discriminar diversas estratégias possíveis. Hatzigeorgiadis (2006) identifica diversas estratégias de lidar com as situações percebidas como ameaçadoras: resolução do problema (inclui acção e planeamento), procura de apoio social, evitamento, distracção e reestruturação cognitiva.
Holt & Mandigo (2004) apresentam uma proposta mais estruturada. Consideram como respostas focadas nas emoções: retirada ou desistência, negação, relaxação, auto-culpabilização, evitamento, aceitação e pensamento positivo. Nas respostas focadas nos problemas, definem: resolução do problema, planeamento, procura de informação, supressão do comportamento competitivo e esforço aumentado.
Importa realçar que as estratégias de coping podem não ser eficazes, isto é, não será a utilização de coping, per se, que determinará o sucesso em lidar com a situação (Anshel, 1996; Wang et al, 2004).
3.1. Estratégias imediatas
Algumas estratégias de coping não podem ser aplicadas no momento da competição (busca de suporte, distanciamento e reconstrução cognitiva) (Hatzigeorgiadis, 2006), pelo que existem estratégias específicas para solucionar problemas imediatos.
Na véspera de um evento importante, os atletas devem tentar esvaziar a sua mente e/ou pensarem em coisas agradáveis não relacionadas com ele (Singer, 1982). O autor propõe, também, alongar os músculos enquanto deitado, e alternar contracção e relaxamento de cada grupo muscular. Uma música suave de fundo pode ajudar (Singer, 1982).
Cada atleta tem o seu estado óptimo de activação. Assim, antes da competição, o treinador terá de estimular uns, e relaxar outros (Singer, 1982). O autor defende que o atleta deve recorrer a pensamentos positivos, baseados em imagens de sucesso do passado, recordando-se, inclusivamente, das sensações físicas e psíquicas sentidas nesses momentos, algo que também pode ser utilizada durante a competição.
O diálogo interno, ou auto-conversa, é uma estratégia recorrentemente utilizada pelos atletas para controlarem os seus pensamentos e estado de humor. Porém, Hardy et al (2001), num estudo com 90 atletas canadienses do ensino secundário, apenas encontraram correlação baixa a moderada entre estes dois aspectos. Sugeriram, então, que esta auto-conversa deveria ser específica e positiva, tendo associado estes aspectos com uma elevação dos índices motivacionais.
Lazarus (2000) corrobora a perspectiva precedente, afirmando que auto-diálogos negativos durante a competição são potencialmente destrutivos. Não obstante, dentro de certos limites, a auto-conversa negativa produziu, no estudo de Hardy et al (2001), efeitos no aumento da concentração e na tentativa de evitar o erro. Todavia, a partir de um limiar - especularam - isso induziria quebra na auto-confiança do atleta.
A auto-conversa ou diálogo interno positivos são mais comuns antes da competição do que antes de um treino, facto que Hardy et al (2001) atribuem à maior necessidade de auto-confiança para as competições do que para os treinos. Porém, conforme nos alerta Singer (1982), os atletas devem aprender quando pensar e o que pensar, isto é, não é um processo que possa ser deixado ao acaso. Aliás, o autor refere que a competição exige que o movimento flua, devendo a intervenção cognitiva reduzir-se ao essencial.
Além do auto-diálogo, visualizar situações passadas de performances excepcionais, procurando recriar as sensações físicas e psíquicas das mesmas, pode aumentar o afecto positivo e melhorar a auto-eficácia do atleta (Brown et al, 2005).
Uma estratégia eficaz para relaxar fisicamente é respirar profunda e pausadamente, sentindo os músculos no decorrer dessa acção, percebendo a alternância de tensão e relaxação (Singer, 1982).
Uma resposta típica à quebra de performance é colocar um esforço adicional na tarefa em questão; porém, como nos avisam Wang et al (2004), esta medida pode agravar a situação.
No caso de várias competições num curto espaço de tempo (no mesmo dia, ou em dias consecutivos), o atleta deve reduzir drasticamente os processos cognitivos e emocionais imediatamente após o fim de uma competição, só os reactivando pouco antes da competição seguinte (Singer, 1982). Isto permite poupar energias e relaxar mais, dispondo melhor o atleta para competir.
3.2. Estratégias de longo prazo
A definição de sucesso de um atleta deve permitir uma auto-avaliação positiva, considerando, portanto, não só a relação vitórias/derrotas, mas igualmente o progresso na performance (Singer, 1982). Desta forma, em caso de derrota ou de previsão de derrota, o atleta poderá manter-se mais motivado e suportar melhor a pressão dos jogos decisivos, pois a sua auto-superação permitirá, sempre, que haja sucesso. O auto-conceito do atleta fica, pois, mais preservado.
Devemos ensinar o atleta a realizar atribuições de um forma que facilite lidar com derrotas e/ou com prestações menos conseguidas (Wang et al, 2004). As atribuições relacionadas com o controlo pessoal da situação são preferíveis (Singer, 1982).
Nomeadamente, o esforço, enquanto atribuição interna instável, significa que podemos sempre trabalhar com mais afinco para obtermos melhores performances (Singer, 1982). Esta sensação de controlo do seu próprio destino é central para um atleta.
Hatzigeorgiadis (2006), num estudo com 24 estudantes de Educação Física e Desporto, verificou que expectativas irrealistas induziam uma redução no esforço e planeamento por parte dos atletas, aumentando as suas respostas de desengajamento mental e comportamental. Daqui se estrapola para a importância de educar os atletas a estipularem expectativas realistas, auxiliados e guiados pelo treinador, neste processo.
Num estudo realizado nos Jogos Olímpicos de Inverno, com 91 atletas, Pensgaard & Ursin (1998) constataram que as expectativas próprias e dos outros sobre si próprio foram os agentes stressores mais mencionados. Curiosamente, os pensamentos negativos surgiram em último lugar. Contudo, todas as categorias propostas pelos autores pressuponham pensamentos negativos, pelo que questionamos se estes não serão uma supra-categoria, que pode derivar de distintos stressors.
As estratégias supracitadas são extremamente úteis, mas devemos recordar-nos que a percepção de ameaça e uma reduzida percepção de controlo derivam de baixa competência percebida (Eubank & Collins, 2000). Então, o primeiro passo é dotar os atletas das habilidades de jogo de que necessitam para enfrentarem a competição.
Gostaríamos de introduzir uma noção de competência colectiva percebida - nos JDC, não basta o atleta ter elevada competência percebida, para ter elevada percepção de controlo, este deve sentir, percepcionar que a equipa como um todo tem elevada competência.
Os pontos precedentes parecem contrastar com o estudo de Hanton et al (2003), que não encontraram relação entre o nível de habilidade e o nível de ansiedade sentido. Não obstante, conforme vimos em Edwards et al (2002), não é o nível de ansiedade que distingue os que têm sucesso daqueles que não têm, mas o modo como o atleta lida com essa ansiedade.
4. Reflexões finais
Os atletas de elite são colocados perante desafios difíceis, que exigem regularmente performances nos limites das possibilidades individuais (e colectivas, no caso das competições por equipas). Acresce a isso uma elevada exposição pública, com consequências para a imagem do atleta enquanto atleta e enquanto pessoa.
A formação integral do atleta passa por o capacitar de estratégias de longo prazo, aliadas a estratégias de curto prazo, que lhe permitam um coping eficaz. Essas estratégias devem considerar a individualidade de cada um - o que serve para um atleta pode ser contraproducente para outro.
De acordo com Pensgaard & Ursin (1998), o coping resulta de um processo de aprendizagem. Proponho, pois, que os treinadores se imbuam desta missão, procurando na Psicologia do Desporto e, eventualmente, nos Psicólogos do Desporto, possíveis soluções que permitam desenvolver sistematicamente o atleta nos aspectos psicológicos, à semelhança do que sucede nos aspectos táctico-técnicos e físicos do treino.
Relativamente às estratégias de coping a adoptar, poderão estar dependentes do momento. Por exemplo, o estudo de Pensgaard & Ursin (1998) revelou que as expectativas eram o elemento stressor fundamental nos dias que antecediam a competição, mas horas antes desta o foco deslocava-se para distracções externas e, durante a competição, para os factores inerentes a esta. Tal sugere-nos que, em distintos momentos, diferentes estratégias poderão ser indicadas.
Atentemos, igualmente, em diferenças entre sexos (género é uma construção social de complexa avaliação; aquilo que os estudos normalmente categorizam é, efectivamente, apenas o sexo, componente biológica do género). Hammermeister & Burton (2004), em estudo com fundistas, não observou diferenças entre estado de ansiedade competitiva e percepção de ameaça. Todavia, as estratégias utilizadas pelas mulheres foram, essencialmente, focadas nas emoções, enquanto as dos homens se centraram nos problemas.
Finalmente, Anshel (1996) aponta para possíveis diferenças na eficácia da aplicação de distintas estratégias de coping, em função da modalidade desportiva praticada. Puente-Díaz e Anshel (2005) abordam a mesma questão, mas no âmbito das diferenças entre culturas.
Compete ao treinador e aos outros agentes desportivos envolvidos contribuirem para que o atleta se forme e se torne capaz de lidar com as situações de elevada pressão que, falando verdade, constituem a essência da competição, sobretudo quando existe um equilíbrio de valor entre os oponentes.
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