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Fatores que influenciam a adesão de deficientes
motores e deficientes visuais a pratica desportiva

   
*Graduado em Educação Física pelo UnilesteMG.
**Mestre pela Universidade Católica de Brasília, Professor do UnilesteMG.
***Mestrando pela Universidade Técnica de Lisboa, Professor do UnilesteMG.
****Mestranda pelo Centro Universitário de Caratinga - UNEC.
(Brasil)
 
 
Wellington Costa Moreira*  
Ricardo José Rabelo**  
Alexandre Henriques de Paula***  
Daniella Oliveira Cotta****
ahptar@hotmail.com
 

 

 

 

 
Resumo
     Os fatores extrínsecos são determinantes para a adesão de Portadores de Necessidades especiais (PNE's) em programas de atividades físicas adaptadas (AFA). Entretanto, não podemos desconsiderar que os fatores extrínsecos sejam empecilhos para adesão a um programa de atividades físicas adaptadas. Para verificar os fatores que impedem a adesão dos PNE's do Vale do Aço aos programas de atividades físicas adaptadas, foi realizado um questionário sistematizado e os PNE's foram entrevistados com perguntas relacionadas a fatores intrínsecos e extrínsecos. Os dados obtidos foram tratados utilizando a estatística descritiva, calculando-se a média, o desvio padrão e porcentagem dos valores encontrados. Participaram desta pesquisa 27 deficientes visuais, com idade de 25 anos ± 9 anos, e 22 deficientes motores com idade de 33 anos ± 9anos. Dentre os resultados encontrados foi possível concluir que os fatores extrínsecos foram os que apresentaram maiores empecilhos para a prática de atividades físicas adaptadas, tanto para os deficientes visuais como para os deficientes motores, apontados com mais de 50% dos entrevistados.
    Unitermos: Programas de atividades físicas adaptadas. Portadores de necessidades especiais (PNE's).
 
Abstract
     The extrinsic factors are decisive for the adhesion of Bearers of special Needs (PNE's), they be sticking her/it the a program of adapted physical activities (DESIRE). However we cannot disrespect the extrinsic factors as a non difficulty so that them drought sticking her/it a program of adapted physical activity. To verify the factors that impede the pne's of the valley of the Steel, of they be sticking to the programs of adapted physical activities a systematized questionnaire and interviewees they were accomplished, with questions related to you factor intrinsic and extrinsic. The obtained data were treated using the descriptive statistics, it measured her, the standard deviation and percentage. They participated in this research 27 deficient visual with it measured of age 25 years ± 9 years, and 22 deficient motors with it measured of 33 years ± 9anos. Among the found results we obtained, that the extrinsic factors were what more made difficulties for he/she practices her sport so much for the deficient ones visual as for the deficient pointed motors with more than 50% of the interviewees.
    Keywords: Program of adapted physical activities (DESIRE). Bearers of special Needs (PNE's).
 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 11 - N° 104 - Enero de 2007

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Introdução

    O esporte para deficientes motores e visuais no Brasil teve inicio oficial em 1958, mas apenas recentemente os profissionais de Educação Física têm se preocupado com atividades físicas adaptadas para este público e, não menos importante, com a concepção da inclusão social e maior divulgação e popularização do desporto.

    Os deficientes ou portadores de necessidades especiais, como indivíduos, têm as mesmas necessidades básicas de uma pessoa dita "normal". Mesmo com uma aparência física diferente dos outros, eles também querem ter sucesso, reconhecimento, aprovação, e serem desejados.

    Conforme Duarte e Werner (1995), citado por Freitas (1997), o objetivo da Educação Física Adaptada é oferecer atendimento especializado aos educandos portadores de necessidades educativas especiais, respeitando-se as diferenças individuais, visando proporcionar um desenvolvimento global dessas pessoas, tornando possível não só o reconhecimento de suas potencialidades, como também, sua integração na sociedade.

    A Educação Física Adaptada pode proporcionar aos educandos oportunidades de utilizarem suas habilidades através de atividades motoras, jogos e desporto, a fim de desenvolverem o máximo de suas capacidades.

    Soler (2005) afirma que os esportes trazem muitos benefícios, proporcionando o desenvolvimento global dos PNE's, tornando possível reconhecer suas habilidades e integrá-los à sociedade, uma vez que isso proporciona elevação da auto-estima. O convívio com outras pessoas que enfrentam as mesmas dificuldades traz para os deficientes a superação de suas dificuldades (físicas e psicológicas), a melhora de seus relacionamentos amorosos, costuma ser difícil ou até impossível que as pessoas deficientes mantenham relacionamentos estreitos e íntimos com as outras pessoas "deficientes" e ficam à margem do casamento e da paternidade, mesmo que não haja empecilho nenhum para isso. Segundo Admas (1985), os efeitos sociais e psicológicos que acompanham alguns deficientes podem criar maiores problemas do que propriamente a incapacidade física. Através da prática desportiva tem-se observado uma melhora significativa da socialização do deficiente e motivação necessária para participarem da comunidade com mais ímpeto para produzir, trabalhar e assumir papeis de liderança na comunidade.

    Conforme Brasil (2002), os portadores de deficiências físicas, independente das limitações impostas pela deficiência, podem desenvolver inúmeras potencialidades, que muitas vezes não se desenvolvem por absoluta falta de compreensão das suas capacidades, de experiências e/ou de estímulo da prática de alguma atividade física.

    Freitas e Cidade (2002), relatam que as pessoas, por seus costumes, valores, atitudes e expectativas sociais, excluem os PNE's, por preconceito, desconhecimento ou desvalorização, apesar de terem capacidades iguais aos seus semelhantes que não possuem, ou pelo menos não aparentam ter, algum tipo de necessidade especial.

    Conforme Freitas e Cidade (1997) e Duarte e Lima (2003), os deficientes ficam excluídas de uma participação ativa na sociedade, em razão de obstáculos físicos: portas demasiadamente estreitas para permitirem a passagem de uma cadeira de rodas; escadas e degraus inacessíveis em edifícios, ônibus, trens e aviões; telefones e interruptores de luz colocados fora do seu alcance, instalações sanitárias que não podem utilizar. Também se vêem excluídas por outros tipos de barreiras, como por exemplo, na comunicação oral, quando não se leva em conta as necessidades das pessoas portadoras de deficiências auditivas, ou na informação escrita, quando se ignoram as necessidades dos deficientes visuais. Estas barreiras são o resultado da ignorância e da indiferença; existem, embora muitas delas pudessem ser evitadas, com poucos gastos, mediante um planejamento cuidadoso. Embora em alguns países existam leis especiais e tenham sido realizadas campanhas de educação do público visando a eliminação de tais barreiras, o problema continua a ser crucial.

    De acordo com Soler (2005) os esportes servem para aumentar o sentimento de autonomia. Os jogos servem para explorar o mundo que o rodeia; reforça a convivência, o alto grau de liberdade faz com que os relacionamentos fiquem mais saudáveis por esse motivo deve se tentar criar jogos de encontro e não de confronto. Equilíbrio corpo e alma atuam como um circuito auto-regulável de tensões e relaxamento produz normas valores e atitudes , possibilita as fantasias, induz a novos experimentos, tornar as pessoas mais livres.

    Cada pessoa tem o direito de escolher a atividade que melhor lhe adapta, atendendo suas expectativas e objetivos. Com os deficientes não deve ser diferente, porém observando suas limitações a fim de minimizar as limitações ou dificuldades impostas por sua deficiência.

    Segundo o Ministério Da Educação e do Desporto em 1985 foi realizado no rio de janeiro o I Fórum Nacional: "O Excepcional e a Política de Educação Física, Desporto e Esporte para Todos", onde representantes de cada estado apontaram as principais realidades de suas respectivas localidades, dentre estas foram citados:dificuldades financeiras; falta de recursos humanos qualificados para o trabalho com os PNE'S; recursos humanos não qualificado atuando; não aproveitamento dos professores qualificados; falta de material pedagógico.

    A pessoa deficiente somente ira participar de uma atividade motora se houver interesse da sua parte (fator intrínseco) e se as condições de fatores externos forem a seu favor (fatores extrínsecos).

    Com base exposto acima o presente estudo busca verificar quais fatores impedem ou dificultam a adesão de portadores de deficiência motora e visual a programas de atividades desportivas adaptadas na região do Vale do Aço , Minas Gerais.


Metodologia

    A população do presente estudo foi composta pelos integrantes do Projeto "Com Tato" da Prefeitura Municipal de Ipatinga com um total de 66 deficientes visuais e integrantes e ex-integrantes do Núcleo de Esporte Adaptado do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais com um total de 22 deficientes físicos.

    A amostra do presente estudo é composta de 49 indivíduos dos quais 27 são portadores de deficiências visuais do projeto "Com Tato" da Prefeitura Municipal de Ipatinga com idade media de 25 ± 9 anos e 22 deficientes motores do Núcleo de Esporte Adaptado do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais participantes ou não de modalidades desportivas adaptadas,com idade media de 33 ± 9anos, residentes no Vale do Aço.

    A pesquisa foi realizada utilizando-se de um questionário, estruturado com o objetivo de determinar quais fatores dificultam a adesão do deficiente motor e do deficiente visual na pratica de atividades esportivas adaptadas.

    Os dados obtidos foram tratados utilizando-se a estatística descritiva, média, desvio padrão e percentual.

    Ao apresentarem-se como voluntários, os pne's foram informados quanto aos objetivos e aos procedimentos metodológicos do estudo.

    Todos os cuidados foram tomados no sentido de garantir o anonimato da amostra.


Resultados e discussão

    A partir deste ponto da pesquisa os dados serão apresentados e discutidos, procurando atender o objetivo proposto da pesquisa.

    Observa-se no gráfico 1 que a amostra foi composta por 27 deficientes visuais com idade media de 25 anos +/- 9 anos, e 22 deficientes motores com idade media de 33 anos +/- 9 anos.

    Observa-se no gráfico 2 que 92% e 9% dos deficientes visuais e dos deficientes motores respectivamente desconhecem a existência de atividades físicas adaptadas e de locais para a pratica no Vale do Aço em contra partida, 91% e 8 % dos deficientes motores e dos deficientes visuais respectivamente conhecem a existência de atividades físicas adaptadas e de locais para a pratica no Vale do Aço.

    Como podemos notar 91% os deficientes visuais não têm conhecimento das atividades físicas adaptadas, isto nos leva a crer na falta de interesse por parte dos profissionais que trabalham na área de esportes, os deficientes motores tem o conhecimento do trabalho especifico para eles no Centro Universitário do leste MG, mas para os DV, não foi notado que exista um trabalho assim. Isso faz com que ocorra uma grande desigualdade.

    Carmo (1995), assevera que a sociedade brasileira está estruturada na desigualdade e o entendimento das relações estabelecidas entre homens, nesta sociedade, somente é possível, se levarmos em conta a história e as condições concretas de existência destes homens.

     Segundo Duarte e Lima (2003) como regra geral, os serviços e instalações existentes e as medidas sociais adotadas para a prevenção da deficiência e para a reabilitação das pessoas deficientes e sua integração na sociedade estão estreitamente vinculados à disposição favorável e à capacidade dos governos e da sociedade de destinar recursos econômicos e serviços aos grupos desfavorecidos da população.

    Conforme Pereira (2005) , a integração do pne's no processo político, econômico e social exige a formulação e o desenvolvimento de programas nos diferentes níveis da administração e a conjugação de esforços de todos os segmentos da organização social e da vida coletiva. Os pne's não recebem atendimento semelhante ao prestado ao restante da população. Ainda segundo a autora o governo entende que, coordenando e incentivando ações por órgãos de diferentes posições políticas, para obter a racionalização dos resultados.

    O gráfico 3 busca verificar entre os voluntários quantos praticam atividade física adaptada. Pode se observar então que 9% e 85.2% dos deficientes motores e dos deficientes visuais respectivamente, não tiveram ou não tem nenhuma experiência com as atividades físicas adaptadas e 91% deficientes motores e 14.8% dos deficientes visuais tem ou tiveram alguma experiência em atividades físicas adaptadas.

    Soler (2005), nós relata que não existem dados oficiais, mas se estima que apenas dez por cento (10%) da população com necessidades especiais no Brasil, praticam algum tipo de atividade física adaptada, muitos por falta de informações outros por desconhecer a existência dos esportes, ou por doenças associados

    Freitas e Cidade (2002) , relatam que os deficientes visuais têm uma defasagem no desenvolvimento mais acentuadas na área motora pois não se dão por déficit anatômo-fisiológico, mas sim pelas limitações de experiência motora em diversos níveis, mediante as diminuições das possibilidades de experiências práticas ou de relacionamento familiar e/ou social inadequado.

    Segundo Gorgatti e Costa (2005) os esportes para pessoas com deficientes visuais podem vir a ser compreendido enquanto fenômeno sociocultural de múltiplas possibilidades, cujas dimensões sociais podem abranger a educação, o lazer e o rendimento, e cujas referencias principais são respectivamente a formação a participação e o desenvolvimento. Ainda conforme os autores os deficiente motores quando bem orientados podem gerar um ganho muito grande de independência, expectativa de vida e motivação.

    O gráfico 4 demonstra que 100% dos deficientes visuais entrevistados, não têm como hábito a pratica de atividade física adaptada, uma vez que na região não há atividade oferecida para deficientes visuais.

    Dos deficientes motores 45% apontaram a falta de transporte para os locais de prática como fator que dificulta a adesão, seguido de 40.90% da falta de material adequado, 27% afirmam que a condição financeira e falta de um local adaptado com uma maior acessibilidade seriam os pontos cruciais que estão dificultando os mesmos a estarem dando continuidade às praticas esportivas, 36% ainda relatam a falta de profissional capacitado a estarem com eles propiciando uma aula mais adequada. 100% dos deficientes motores afirmam que os fatores, como medo de exclusão, vergonha de expor, medo se machucar e não se sentirem bem com mais pessoas reunidas, são fatores que não influenciam.

    Como podemos observar os principais motivos relacionados pelos deficientes motores, são as faltas de transporte adequado, haja visto que a maioria das pessoas com alguma necessidade especial não tem uma condução própria e o município não conta com ônibus adaptados a necessidades dos deficientes. A falta de material adequado e um fator muito preocupante segundo os entrevistados, pois se contassem com material de melhor qualidade seria mais segura e prazerosa a prática esportiva. Falta de pessoas especializadas para melhor atende-los e também um empecilho pois a falta de conhecimento pode fazer com que as aulas sejam sem desinteressantes, e ate mesmo corre o risco de provocar.

    Soler (2005) afirma que a maior parte dos professores não tem conhecimento técnico e cientifico de como trabalhar com portadores de necessidades especiais, é não possuem conhecimento dos benefícios proporcionados para os deficientes inclusos na pratica desportiva e até mesmo para os não portadores de necessidades especiais, pois tem se verificado melhora no relacionamento destes com outras pessoas pois aprendem a aceitar as diferenças olhando para os deficientes como pessoas integrantes da sociedade.

    Observa-se no gráfico 5 que entre os deficientes motores os motivos que levam ao abandono das atividades físicas adaptadas encontram-se com 27.27% a falta de transporte e a condição financeira, em terceiro lugar com 22.72% aparece a falta de material e o receio de machucarem, seguidos pela falta de profissional especializado com 13.63% e 27% fizeram referenciais em aberto sobre os horários das aulas e a falta de incentivo por parte dos governantes em não investirem em patrocino no esporte, 100% dos entrevistados não mencionaram o medo da exclusão, a vergonha de expor, e a não se sentirem bem com muitas pessoas reunidas.

    Observamos também que entres os deficientes visuais 18.51% apontaram, que os principais fatores de impedimento e a falta de transporte e a falta de atividades especificas para suas necessidades, com 11.11% falta de um local adaptado, seguido com 7.4% pela falta de material adequado, e citaram ainda a falta de profissionais especializados e condição financeira com 3.7%.

    Os deficientes visuais apontaram que as condições de transportes e a falta de uma atividade física especializada as suas lesões são os grandes empecilhos que os levaram a interromper a prática desportiva. Pois na região do Vale do Aço não há um local com atividades especificas para os portadores de deficiência visual. Isso se deve a certa falta de interesses por parte das instituições em estar disponibilizando estas atividades, falta de uma associação que procure os clubes recreativos, para junto com profissionais capacitados estarem disponibilizando as atividades físicas.

    De acordo com Soler (2005) a auto-estima esta intimamente ligada à aprendizagem, ou seja quanto mais se tem a auto-estima trabalhada positivamente, não haverá a hipótese de não conseguir que essa pessoa aprenda mais.

    Conforme Duarte e Santos (2003) grande parte das PNE'S, em nosso País, têm condições socioeconômicas baixas e dependem da assistência social para sua manutenção.

    Para os deficientes motores, os fatores transporte e condições financeiras foram os pontos de maiores relevâncias quando interromperam as atividades físicas adaptadas. A falta de emprego para que os pne's possam trabalhar faz com que as suas dificuldades aumentem ainda mais pois dependem muitas vezes de seus pais para se sustentarem, ou em alguns casos quando conseguem aposentar, mas a aposentadoria e um fator desestimulante pois os deficientes têm sua auto-estima baixa e podem se sentir ainda mais "inúteis".

    Carmo (1991), faz referencias sobre a dificuldade encontrados pelos portadores de necessidades especiais em conseguir emprego, muita das vezes estes não têm mão de obra especializada, e a grande maioria dos deficientes não tem acesso aos diferentes níveis de escolaridade, e não possuem nenhuma profissão.

    Outro problema enfrentado pelos deficientes motores e o medo que eles tem de se machucar, visto que este problema e facilmente superado quando se tem um ajuda profissional adequada, adaptações ao meio onde pne's tem suas aulas,a cadeira de rodas utilizadas, deixando assim maior mobilidade e segurança ao deficiente motor.

    Soler (2005) de acordo com Mosquera (2000), os esportes servem para aumentar o sentimento de autonomia.

    Observa-se no gráfico 6 que 62.96% dos deficientes visuais entrevistado apontaram como o principal empecilho a pratica desportiva a falta de transporte e a falta de acessibilidade aos locais da pratica desportivas ou seja locais adaptados ainda 51.85% deles demonstram a falta de uma atividade física adaptadas para as pessoas com deficientes visuais 44% demonstram medo da exclusão 40% apontou a falta de material adequado, 37% aponta a condição financeira, 29.62% também consideram um fator importante à adesão a pratica esportiva os medos de se machucarem dentro das aulas, com 7.4% dos deficientes visuais apontam como não se sentem bem com muitas pessoas reunidas.

    Já para os deficientes motores podemos observa que o fato que apresenta maiores impedimentos para que eles adotem a pratica esportiva como habito foi: 13.6% dos DM entrevistado foi à falta de transporte para os locais de pratica empatado com a falta de material e com 4.5% relataram a falta de profissional especializado e a falta de esporte adaptado a sua necessidade.100% dos deficientes motores entrevistados, apontaram que, o medo de se machucar o medo da exclusão a vergonha de expor e não se sentir bem com outras pessoas não são motivos que os impedem de praticar a atividade esportiva adaptadas.

     Freitas e Cidade (2002), vêm confirmar os dados obtidos, segundo as autoras, as barreiras arquitetônicas e as dificuldades de transportes são os maiores empecilhos para que os deficientes se enquadrem no contexto social. O mundo físico, é criado pelos homens e para os "homens dito normal". As pessoas que por seus costumes, valores, atitudes e expectativas sociais excluem por preconceito, desconhecimento ou a desvalorização, os portadores necessidades especiais, visto que estes têm capacidades iguais aos seus semelhantes, que não possui algum tipo de necessidade especial.

    Oliveira Filho (2003), afirma que o desporto é uma atividade que requer força de vontade e que é penosa em determinadas ocasiões.A formação da força de vontade, a perseverança, a iniciativa, tenacidade, decisão e a audácia, a prudência e o domínio de si próprio constituem uma parte da formação dos desportistas.

    Observa-se na tabela 1 que as maiores ocorrências citadas pela amostra foram os fatores extrínsecos como os que impedem ou dificultam a estarem aderindo a um programa de atividade física adaptada.


Conclusão

    Ao final da pesquisa constatou-se que os fatores extrínsecos são os que mais influenciam os participantes da amostra do estudo a não adesão e ao abandono da prática de atividades físicas adaptadas.


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