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Correlações entre variáveis cinemáticas
de velocistas em corridas de velocidade

   
Centro de Educação Física e Desportos.
Laboratório de Biomecânica.
Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria - RS.
(Brasil)
 
 
Juliano Dal Pupo | Fernanda Stoffels  
Ricardo Sausen Kober  
Ivon Chagas da Rocha Junior  
Carlos Bolli Mota
juliano.dp@pop.com.br
 

 

 

 

 
Resumo
     O objetivo deste estudo foi verificar as correlações existentes entre algumas variáveis cinemáticas de jovens velocistas em corridas de velocidade. Fizeram parte deste estudo 7 jovens atletas, 4 do sexo masculino e 3 do sexo feminino, com idades entre 14 e 18 anos, da cidade de Santa Maria-RS. Para a análise cinemática foi utilizado o sistema Peak Motus, utilizando 2 câmeras com freqüência de aquisição de imagens de 180Hz. Foram analisados os movimentos de um ciclo completo da passada (3 apoios consecutivos). Cada sujeito realizou três tentativas. Os resultados mostraram que nem todas as variáveis correlacionadas apresentaram-se de acordo com os dados encontrados na literatura para atletas confirmados. Uma possível explicação para tais resultados pode estar diretamente relacionado com o nível de aptidão física e técnica dos velocistas e ao tempo de treinamento desta modalidade, já que se encontram ainda aquém dos atletas de elite.
    Unitermos: Corrida de velocidade. Cinemática. Jovens velocistas.
 
Abstract
     The objective of this study was to verify the existing correlations between some kinematics variable of young velocities in speed races. The subject of this study were 7 athletes, 4 male and 3 female, with ages ranging from 14 to 18 years. To the kinematical analisys was used Peak Motus Performance System, with 2 cameras of images frequency acquisition of 180 Hz. Analized were the movements of one cycle of stride (3 contacts). Each subject run 3 times. The results had shown that nor all the correlated variable had in accordance with presented the data found in literature for confirmed athletes. A possible explanation for such results can be directly related with the level of physical aptitude and technique of the velocities and to the time of training of this modality, since they still meet on this side of the elite athletes.
    Keywords: Sprint running. Kinematics. Young sprinters.
 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 11 - N° 102 - Noviembre de 2006

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Introdução

    A destreza esportiva corrida de velocidade, aparentemente fácil de ser desempenhada, por constituir-se em um movimento cíclico e caracterizada como um movimento natural do ser humano usado para um deslocamento mais rápido no cotidiano e em outros esportes, vem a ser um movimento relativamente complexo quando inserido na corrida atlética com um fim em si mesma (ROCHA JR, 2003).

    As corridas de velocidade, em especial a corrida de 100 metros rasos, são decompostas em fases por alguns autores. Para Moravec et al. (1988), a corrida de 100 metros rasos pode ser dividida em 4 fases: reação; aceleração; velocidade máxima e resistência de velocidade. Em relação aos fatores responsáveis pela performance, Silva (1997) cita a velocidade de reação, força de sprint (aceleração), velocidade de sprint (velocidade máxima) e resistência de velocidade. Em estudos realizados pelo autor buscando saber as proporções entre estes fatores e o resultado na corrida de 100 metros com um grupo heterogêneo com resultados entre 10"3 e 13"3, chegou aos seguintes resultados: velocidade de reação equivale a 3,3% do total da corrida; aceleração e velocidade máxima equivalem a 86,6% e resistência de velocidade equivale a 10% do total da corrida. Portanto, aceleração e velocidade máxima devem ser os fatores mais enfatizados no treinamento do velocista. Os especialistas no assunto estão de acordo em que a performance alcançada nas corridas atléticas, em especial nas corridas de velocidade, deve-se às condições físicas, psíquicas e técnicas apresentadas pelos atletas, tendo esta última grande importância na performance dos mesmos. Segundo Hess apud Vonstein (1996), as análises do progresso na performance de velocistas demonstram a relevância do fator técnico. Tendo em vista a importância da técnica na performance dos atletas em corridas de velocidade e sendo os conhecimentos biomecânicos, segundo Hay (1981), a única base sólida e lógica para avaliá-la, torna-se importante que se invista em pesquisas desse gênero.

    Existe uma estreita e lógica relação entre a técnica desportiva e as características biomecânicas (HOCHMUTH, 1973). A movimentação dos segmentos corporais do atleta durante a corrida, como posicionamento do tronco, amplitude de passada e demais variáveis relevantes na performance possuem relação entre si e podem sofrer alterações no momento em que uma dessas variáveis for modificada ou ajustada. Assim, o conhecimento destas relações constitui a base tanto para a acertada investigação biomecânica como para o aproveitamento dos resultados de tal investigação no ensino e treinamento. Baseado nesses pressupostos, este estudo tem como objetivo verificar as correlações existentes entre variáveis cinemáticas de jovens velocistas em corridas de velocidade.


Material e métodos

    A amostra deste estudo foi constituída por sete jovens velocistas, sendo 4 do sexo masculino e 3 do sexo feminino, com idades compreendidas entre 14 e 18 anos, da cidade de Santa Maria - RS e região. Os sujeitos masculinos deste estudo apresentaram a estatura média de 175,00 ± 5,40cm e a média da massa corporal de 69,90 ± 8,69kg. Os sujeitos femininos apresentaram estatura média de 157,70 ± 5,06cm e massa corporal média de 51,70 ± 6,00kg. A seleção da amostra foi intencional e os critérios para seleção foram os melhores índices em campeonatos municipais e estaduais e a freqüência de no mínimo duas sessões semanais de treinamento.

    Para a realização da videografia tridimensional, utilizou-se duas câmeras de vídeo do sistema de análise do movimento Peak Motus, operando na freqüência de aquisição de imagens de 180 Hz. A coleta foi realizada na Pista Atlética do Centro de Educação Física (CEFD) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em sessão específica para esse fim. Os sujeitos foram instruídos a passar correndo em máxima velocidade pelas câmeras que estavam dispostas em diagonal ao setor em que estavam sendo realizadas as corridas (Figura 2). Os sujeitos masculinos percorreram uma distância de 40m e os sujeitos femininos uma distância de 30m. Cada sujeito realizou 3 tentativas seguindo a mesma seqüência de saída para garantir uma recuperação física igual a todos.

    O modelo espacial construído para a determinação do centro de gravidade foi constituído por 15 pontos que foram os seguintes: centro de massa da cabeça; centros articulares dos ombros; centros articulares dos cotovelos; centros articulares dos punhos; centros articulares dos quadris; centros articulares dos joelhos; centros articulares dos tornozelos e extremidades anteriores dos pés. O modelo espacial encontra-se apresentado na Figura 1. Para determinar a posição do centro de gravidade foram utilizados os parâmetros segmentares, através do método analítico desenvolvido por Kalfhues e Groh apud Riehle (1976).

    As imagens coletadas ficaram gravadas em fitas de vídeo SVHS que posteriormente foram capturadas e transmitidas para um computador. Após isso, foram digitalizadas e passaram por um processo de reconstrução do movimento, feito através do método DLT (Direct Linear Transformation), proposto por Abdel-Aziz e Karara (1971), transformando os dados bidimensionais de cada imagem em coordenadas tridimensionais, obtendo assim, através de cálculos matemáticos, parâmetros lineares e angulares. Todo esse processo foi feito pelo sistema de análise do movimento Peak Performance. A digitalização foi manual e as coordenadas passaram por um processo de filtragem através do filtro ButtherWorth, com freqüência de corte de 4 Hz.

    Para a análise da corrida, utilizou-se algumas variáveis espaciais, temporais e espaço-temporais para servir como indicadores técnicos. As variáveis foram analisadas e correlacionadas em instantes distintos que podem ser visualizados na Figura 3. Estes instantes foram: instante de contato (definido pelo quadro em que ocorre o contato do pé com o solo); instante de ultrapassagem (instante em que o centro de gravidade (CG) ultrapassa a ponta do pé de apoio, na fase de amortecimento) e instante de impulsão (definido pelo quadro em que ocorre a perda de contato com o solo). As variáveis correlacionadas foram as seguintes:

  • distância horizontal percorrida pelo CG (DhCG), considerada como a distância horizontal percorrida pelo CG, no eixo x, durante as fases de apoio (iniciada ao primeiro contato do pé com o solo e finalizada com a perda do contato) e aérea (iniciada com a saída de um pé até o contato do outro com o solo), correlacionada com a performance (Vmd), que é a velocidade média de deslocamento ,determinada como a velocidade horizontal média do CG, no eixo x, no transcorrer de um ciclo da passada (3 apoios consecutivos);

  • Ângulo do tronco (Atron), que indica a inclinação do tronco em relação à vertical, no sentido anterior, no instante de impulsão, correlacionado com o ângulo da coxa livre (Acox), ângulo formado pela coxa livre e a horizontal, no instante de impulsão;

  • Freqüência da passada (Fp), que refere-se ao número de passadas por unidade de tempo, correlacionado com a VMD e com a DhCG;

  • Tempo da fase de suporte (Tfsup), definido como o tempo decorrido desde o contato do pé ao solo até a saída do mesmo pé e o tempo da fase aérea (Tfae), definida como o tempo decorrido desde a saída de um pé até o contato do outro pé no solo, ambas correlacionadas com a VMD.


    Os dados obtidos foram submetidos a tratamentos estatísticos descritivos da medida de tendência central (média) e da medida da variabilidade (desvio padrão). A variável espacial DhCG foi normalizada pela estatura dos sujeitos. Para verificar a correlação existente entre estas variáveis deste estudo foi realizado o teste de Correlação de Pearson, utilizando-se um nível de significância de 0,05. Todos os procedimentos estatísticos foram realizados através do aplicativo Excel 2000.


Apresentação e discussão dos resultados

    As variáveis analisadas e que foram correlacionadas são apresentadas na tabela abaixo:


    A velocidade é o produto da freqüência da passada pela amplitude da passada (DYSON, 1978). Segundo autores como Zaporozhanov et al. (1992) e Dyson (1978), tem grande importância a determinação de uma relação ótima entre esses parâmetros. Em relação à amplitude da passada, Coh et al (2003) afirma que o comprimento das passadas (Cp) de uma corrida de velocidade é praticamente igual à distância percorrida pelo CG durante as fases de apoio e aérea (DhCG), com pequena variação entre estas duas variáveis, indicando que ambas podem ser utilizadas para verificar a amplitude da passada. Correlacionando assim a variável DhCG com a performance (VMD) alcançada pelos sujeitos neste experimento, tem-se que os sujeitos masculinos apresentaram uma forte correlação de 0,99, enquanto os sujeitos femininos apresentaram apenas uma correlação fraca de 0,57.Como a DhCG é praticamente igual ao comprimento da passada (Coh et all, 2003), esta forte correlação dos sujeitos masculinos pode ser explicada pelo fato de a melhor performance dos sujeitos masculinos ser alcançada em função da maior amplitude da passada (MERO et al, 1992).

    Já para as variáveis Fp e DhCG, encontrou-se uma forte correlação de -0,99 para os sujeitos masculinos enquanto para os sujeitos femininos a correlação foi de apenas 0,13. Observando-se separadamente as correlações das variáveis DhCG e Fp com a performance, tem-se que os sujeitos masculinos possuem uma correlação forte de 0,99 entre a DhCG e a performance (Vmd) enquanto os sujeitos femininos tiveram uma correlação fraca de 0,57. A correlação entre a Fp e a performance foi de -0,96 e 0,89 para os sujeitos masculinos e femininos, respectivamente. As correlações existentes levam a crer que os sujeitos femininos deste estudo têm a melhor performance à custa da sua freqüência de passada e os sujeitos masculinos deste estudo adquiriram sua melhor performance principalmente à custa da sua amplitude de passada.

    Tratando-se da variável ângulo da coxa, (Acox), esta se relaciona diretamente com a variável ângulo de inclinação anterior do tronco (Atron) (PEREZ, 1978; ROCHA Jr, 2003 e SANT, 1993). De acordo com os autores, seria bastante difícil o praticante conseguir uma boa elevação da coxa à frente se mantiver seu tronco com acentuada inclinação no sentido anterior. Correlacionando as variáveis Atron e Acox, tanto os sujeitos masculinos quanto os sujeitos femininos apresentaram grande correlação negativa entre as variáveis ângulo de inclinação anterior do tronco e ângulo da coxa livre em relação ao solo, no instante de impulsão, sendo que as correlações foram de -0,92 e -0,85 para os sujeitos masculinos e femininos, respectivamente. Aparentemente não há uma explicação lógica para tal comportamento apresentado pelos sujeitos deste estudo, pois vai de encontro ao preconizado pela literatura, na qual relata que para haver uma boa elevação da coxa é necessária pouca inclinação anterior do tronco. O resultado dessas correlações pode ser em função do modelo espacial utilizado para determinar a posição do tronco, pois neste ele é considerado como um segmento rígido e é representado por uma reta unindo o centro articular da articulação do quadril ao centro articular do ombro. Este modelo não leva em consideração os movimentos intrínsecos do tronco, como lordoses, cifoses e a báscula pélvica, fundamental para uma boa elevação da coxa (VITORI, 1997 e VONSTEIN, 1996). Evidencia-se a necessidade de maiores estudos relacionados ao assunto.

    As variáveis temporais Tfsup e Tfae referem-se ao tempo despendido para completar uma passada, o qual pode ser compreendido como uma soma do tempo durante o qual o atleta está em contato com o solo juntamente com o tempo que ele gasta no ar. O tempo em contato com o solo na fase de velocidade máxima é de aproximadamente 40% do tempo total da passada (HAY, 1981). Estas variáveis apresentaram-se correlacionadas positivamente com a performance tratando-se dos sujeitos masculinos, sendo encontrado uma correlação de 0,63 para a variável Tfsup e 0,81 para a variável Tfae, enquanto para os sujeitos femininos as duas variáveis estiveram correlacionadas negativamente, sendo encontrada uma correlação de -0,68 e -0,95 para as variáveis Tfsup e Tfae, respectivamente. Esta relação pouco comum que apresentaram os sujeitos masculinos deste estudo pode ser explicada pelo fato da DhCG ser maior nos sujeitos masculinos e conseqüentemente há um tempo maior despendido nas fases de apoio e aérea. Os sujeitos femininos, ao contrário, apresentaram uma correlação negativa da variável Tfsup com a performance, estando de acordo com os dados encontrados na literatura. O fato interessante é que a correlação do Tfae com a performance foi mais forte do que a apresentada para a Tfsup e isto não é previsto, visto que o tempo da fase de suporte deve ser menor do que o tempo de vôo. Neste estudo, porém, isto não ocorreu.


Conclusões

    Através dos resultados encontrados nas correlações entre as variáveis cinemáticas analisadas, pode-se afirmar que:

  • Os sujeitos masculinos deste estudo adquiriram sua melhor performance principalmente à custa da amplitude do CG ou amplitude da passada e os sujeitos femininos principalmente à custa da freqüência da passada.

  • Em relação à Atron e Acox, as fortes correlações negativas encontradas vão de encontro ao proposto na literatura. Tal fenômeno pode ser atribuído ao nível técnico dos corredores, ainda inferiores a atletas de elite e/ou ao modelo espacial utilizado para reconstrução do movimento, na qual considera o tronco como um segmento regido.

    As correlações de TFsup e TFae com a performance mostraram-se positivas nos sujeitos masculinos, sendo este comportamento ideal somente entre TFae x VMD, pois, segundo Hay (1981), quando o atleta alcança sua velocidade máxima a fase aérea deve ser maior que a de suporte. Já os sujeitos femininos apresentaram correlações negativas, na qual tal comportamento é apontada como ideal na literatura somente entre TFsup x VMD. O fato das duas variáveis estarem correlacionadas negativamente com a performance indica que os sujeitos femininos tiveram uma performance mais elevada à custa de um menor tempo despendido nas fases de apoio e aérea, tendo como conseqüência uma freqüência da passada maior.

    Pode-se concluir que os valores encontrados neste estudo estão diretamente relacionados com o nível de aptidão física dos velocistas, tempo de prática e treinamento desta modalidade. Esta conclusão leva-nos a ratificar a opinião de Moravec et al.( 1988 ), que a análise dessas variáveis cinemáticas é um instrumento relevante para o estudo das corridas de velocidade.


Referências bibliográficas

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