Educação Física: influencias no ecoturismo |
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*Graduado em Educação Física e Mestre em Ciências da Motricidade pela Unesp de Rio Claro. Professor Faculdades Integradas de Itapetininga. Fundação Karnig Bazarian. **Professora da Unesp de Rio Claro - SP, Linha de Pesquisa: Educação, Cultura, Lazer e Natureza. ***Bacharel em Turismo pela Puc-Campinas, especialista em Atividade Física e Qualidade de Vida pela Unicamp, professora do Centro Universitário Barão de Mauá dos cursos de Turismo, Gestão em Hotelaria, Gestão Promoção e Organização de Eventos. |
Eduardo Augusto Carneiro* Carmen Maria Aguiar** Graziele Morelli*** graziele@sigmanet.com.br (Brasil) |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 11 - N° 102 - Noviembre de 2006 |
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Introdução
O município de Itapetininga, Estado de São Paulo apresenta um grande potencial para atividade físicas na natureza, sua geografia possibilita que diversas atividades sejam desenvolvidas. No entanto necessita de investimentos importantes na área de turismo. As práticas que ocorrem na cidade são esporádicas e de cunho individual. Seria importante que poder público, Organizações Não- Governamentais - ONG's e empresas privadas desenvolvessem mais projetos conjuntos, seja para possibilitar novas opções de lazer para a comunidade, seja para que possam usufruir do turismo como atividade econômica. Medidas emergenciais, de médio e longo prazo que deveriam compor os esforços das três entidades citadas.
Realizou-se uma pesquisa para levantar o posicionamento das três esferas institucionalizadas: - o poder público, a empresa organizadora de eventos e ecoturismo e as Organizações Não Governamentais (ONGs) - tentando responder a três questões principais:
qual é o papel da comunidade dentro dos projetos de ecoturismo? O que vai ganhar com esta atividade
qual seria o papel das instituições envolvidas?
qual seria o projeto pedagógico para os objetivos de trabalho?
O poder público fez referencia a sete elementos principais da pesquisa: o resgate do lazer e da história; a participação da comunidade; o desenvolvimento do ecoturismo; as funções do poder público; a educação; as ONGs; e a população rural.
A empresa que desenvolve atividades de ecoturismo se reportou a oito elementos principais: seus objetivos; a escolha das cidades visitadas; a preocupação com os participantes; o contato com a natureza; o contato com a comunidade; o poder público; a educação; e as ONGs.
A ONG abordou dez temas: os elementos naturais e culturais; as políticas ambientais; o choque entre culturas (local e turísticas); a conscientização sobre o ecoturismo junto a comunidade local; a organização das atividades; o poder público; a educação; os problemas sócias; a ONG; e a dimensão empresarial.
Os resultados obtidos com este estudo levantam alguns problemas já conhecidos, de ordem política, econômica e social. A tríade poder público, ONG e empresa consideram a possibilidade de trabalharem em conjunto, seja no destino das verbas, na organização das atividades ou no controle sobre as mesmas.
Assim, a canalização das ações e a articulação política e educacional necessárias ao bom desenvolvimento das atividades ligadas ao ecoturismo exigiriam:
Uma abordagem reflexiva no que tange a atividade física e o meio ambiente;
desvinculando modismos e aventuras,
considerando a contribuição desse tipo de atividade com as comunidades locais,
a relação ética e respeitosa com a natureza, e
cuidados com a dominação e inserção da atividade "importada" tão estranha as comunidades locais.
Cuidados para que interesses político-econômicos não prejudiquem o andamento dos projetos
O primeiro passo seria o resgate histórico das atividades desenvolvidas no município, juntamente com o diagnostico das necessidades, os processos seguintes são o planejamento, execução e avaliação, devendo todas as fases serem cumpridas criteriosamente. Um trabalho conjunto do poder público, ONG e empresa que devem priorizar a principal interventora e interlocutora: a comunidade local.
Aos profissionais da Educação Física cabe contribuir com o planejamento das atividade de lazer e a maneira como podem ser melhor aproveitadas, para que sejam verdadeiramente atividades prazerosas sem relação a demasiada esportivização, que sejam mais diversificadas, possibilitando novas modalidades de esporte de aventura, e principalmente o envolvimento para que todo o processo não seja perdido em trabalhos que ficam dispersos entres as fases de planejamento, execução e avaliação
Bibliografia
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SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Cientifico. Cortez. São Paulo. 2002.
revista
digital · Año 11 · N° 102 | Buenos Aires,
Noviembre 2006 |