Análise da influência do turismo frente ao lazer |
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Doutorando do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação Física da Unicamp. Área de Políticas Públicas de Lazer Orientação: Prof. Dr. Livre-docente da Faculdade de Educação Física da Unicamp Gustavo Luis Gutierrez. |
Marco Antonio Bettine de Almeida marcobettine@yahoo.com.br (Brasil) |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 11 - N° 101 - Octubre de 2006 |
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Introdução
Este artigo discutirá o lazer e o turismo e suas diferentes organizações em diversos níveis de atuação. O tema é importantíssimo para as áreas se pensarmos na globalização e na influência internacional das diferentes organizações inter-governamentais. As organizações possuem um papel fundamental na gestão de recursos, políticas de longo prazo e planejamentos no setor turístico e de lazer.
Para discutir este tema pesquisou-se em artigos, livros e teses, o trabalho foi dividido em três partes. A primeira parte discutirá as teorias que tratam o lazer e o turismo.
A segunda trabalhará com as organizações internacionais de turismo e os conselhos, tendo como foco a compreensão de seus papéis e sua rede de influência. Por último far-se-á um estudo das organizações brasileiras de turismo e lazer mostrando a relação do caso brasileiro com o cenário mundial.
A discussão será resumida, escolhendo os pontos principais, sabendo-se dos limites deste texto para a compreensão do tema. Sua finalidade é apresentar um panorama geral das organizações mundiais e regionais do turismo e do lazer, e a força que o turismo possui comparado ao lazer.
Lazer e turismo: conceitos teóricos que nos facilitam compreender a disposição de suas organizaçõesO lazer, por ser um tema que foi debruçado por muitos pesquisadores, possui diferentes leituras, pode-se destacar Marcellino (1987) com a idéia de cultura vivenciada ou fruída no tempo livre das obrigações sociais; Gutierrez (2001) colocando a busca do prazer como característica distintiva do lazer; Dumazedier (1979) apontando a relação com a cultura e seus interesses no lazer; Elias e Dunning (1992) trabalhando com a idéia de busca da excitação e descontrole controlado nas atividades de lazer como componente do Processo Civilizador.
Para os limites deste artigo trabalhar-se-á com a definição clássica de lazer vindo da tradição de Dumazedier (1979) que define o lazer como o conjunto de ações escolhidas pelo sujeito para diversão, recreação e entretenimento, num processo pessoal de desenvolvimento, possui caráter voluntário sendo contraponto ao trabalho produtivo. Este acesso ao tempo livre, segundo o autor francês, vincula-se ao tempo industrial e possui como principal característica o repouso, recuperação do trabalho e construção cultural. O interesse pessoal também é colocado, mas ocorreria após o sujeito libertar-se das obrigações impostas pelo trabalho profissional.
O objeto lazer pelo exposto apresenta-se como abstração teórica que possui elementos subjetivos (prazer, diversão e lúdico) e objetivo (tempo). Isso denota que o lazer, enquanto objeto de conhecimento, não é algo concreto que se pega na rua. Na verdade o lazer se expressa por ações práticas, como o jogar, brincar, viajar, assistir e divertir, definidos por Dumazedier como conteúdos culturais do lazer.
Não há no lazer uma grande entidade mundial representativa, este fato está ligado à dificuldade de sistematizá-lo enquanto campo objetivo e pluralidade de conhecimentos. Outro ponto de destaque é a dificuldade das organizações construírem ações práticas e projetos integrados, já que o lazer possui um componente cultural fundamental. Logicamente que existem organizações mundiais reconhecidas como a organização mundial de lazer que publica o Journal of Leisure, a organização mundial de parque e recreação que publica a revista Recreation and Park, entre outros regionais, como na Austrália, Nova Zelândia, Europa e Ásia, porém com pouca projeção nos meios políticos, possuindo inserção na academia tão somente.
Este fato, a falta de representatividade do lazer ao nível mundial, torna-se notório ao relacionarmos com o turismo, porque se sabe da importância da Organização Mundial do Turismo (OMT) no desenvolvimento, criação de projetos e ações práticas na área. Este fato torna-se ainda mais intrigante se analisarmos via teoria do lazer e turismo. Porque, segundo os teóricos do lazer como Dumazedier (1979) e Marcellino (1987), o turismo seria um conteúdo ou interesse do lazer, isto é, o turismo seria uma forma de lazer. O mesmo acontecendo com autores do turismo, como Lages e Milone (2000), Goeldner (et alli, 2002), Trigo (1993) que apontam o turismo como forma de expressão do lazer. Se acompanhássemos a teoria não seria difícil colocar que deveria existir uma Organização Mundial de Lazer e nela estivesse um núcleo de ação do turismo, o que não acontece. Isso demonstra um descompasso do que propõe a teoria enquanto campo de ação e conhecimento e o que de fato se estabeleceu na história.
Não há dados concretos sobre este fato, mas se utilizar às análises de Alain Corbin (1995) "O nascimento do lazer", pode-se inferir que as viagens, como o Grand Tour, os balneários europeus e as viagens ao Oriente existiam antes mesmo de haver uma definição para este tipo de passeio, não se colocava que as viagens eram lazer, ou um tipo de lazer. Segundo o historiador francês, as viagens com fins de diversão e passeio foram sistematizados no final do século XVIII e a denominação lazer, com o sentido que hoje temos, surgiu no século XIX com a massificação das viagens e as conquistas dos operários das férias pagas.
Para termos uma idéia a primeira organização mundial que representava o turismo surgiu em 1925 em Haia e mudou de nome ao final da primeira guerra mundial e somente em 1975 obteve a denominação de Organização Mundial de Turismo (OMT), com sede em Madri. Em 1976 a OMT tornou-se uma agencia executiva do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), isso mostra que o sentido de deslocamento de pessoas já era importante desde o começo do século XX, necessitando de organizações mundiais para o controlar (Goeldner, et alli, 2002).
Esta pequena abordagem histórica nos mostra que a OMT não surgiu somente da influência econômica no final da década de 70 e 80 com a globalização, mas foi estruturada durante as primeiras manifestações turísticas do século XIX, possuindo, hoje, grande importância no cenário mundial, e, o contra-senso apresentado, ao colocar que o lazer deveria ter uma organização que englobasse o turismo, não existe, porque as ações sociais, como a criação das organizações e seu desenvolvimento são fruto de lutas políticas e antagonismos históricos não podendo dirimir a força política e social do turismo frente as teorias do final do século XX sobre o lazer.
Fica claro que se no campo teórico o lazer agrega diferentes interesses, incluso os turísticos, será no nível organizacional mundial que o turismo se desloca como um mero conteúdo do lazer e torna-se o seu grande representante. Para termos uma pequena idéia, o turismo, com seu poder de agregar, desenvolve paralelamente diferentes atividades de lazer, como o restaurante - lazer gastronômico -, atrações esportivas - interesse físico-esportivo -, museus - interesse intelectual -, jogos e brincadeiras. Nas teorias do turismo (Lages e Milone (1991), Goeldner (et alli, 2002)) todas as atividades de lazer que complementam a atividade turística fazem parte da super-estrutura, são os hotéis, restaurantes, parques de diversão, parques temáticos, atrações, teatros, recursos naturais, recursos físicos, patrimônio histórico, patrimônio cultural, que também fazem parte dos conteúdos culturais do lazer, segundo teoria de Dumazedier e Marcellino.
Com este poder de união do turismo, ele consegue articular com diferentes campos do conhecimento, formando ações concretas que se demonstra por sua organização mundial e sua importância no cenário contemporâneo.
Organização Mundial de Turismo, Conselhos Mundial de Turismo e as Organizações internacionais regionais: entendendo seus papéis e sua rede de influênciaA Organização Mundial de Turismo (OMT) é um órgão consultor oficial da Organização das Nações Unidas e tem o objetivo de promover e desenvolver o turismo no mundo (Goeldner 2002). A OMT é representada por mais de 138 países e 350 filiações (governos, associações, grupos hoteleiros, operadores, instituições educacionais), sua relação com a ONU mostra como este setor é importante para o crescimento e desenvolvimento mundial.
As principais metas da OMT, segundo Neto Filho (XX), são o estímulo ao crescimento econômico através do turismo e suas áreas relacionadas tanto infra-estruturais (saneamento básico, educação, pavimentação, transporte) como super-estruturais (hospedagem, museus, parques, restaurantes). Estas metas devem enfocar a ampliação de empregos diretos e indiretos, proteger o meio ambiente e o patrimônio cultural através de políticas sustentáveis, dirimir os impactos negativos do turismo como a capitalização de recursos nos países em desenvolvimento, a mercantilização da cultura e os conflitos entre turistas e população local. A organização ainda é reconhecida por suas pesquisas de campo, de impacto e de ação, possuindo relatórios de avaliação e previsão.
Como já apresentado a OMT possui um plano de desenvolvimento (PNUD), este financia projetos de turismo e desenvolvimento de infra-estrutura, como o projeto de melhoria de transporte no sul da África (Goeldner, et alli, 2002). O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) além de ratificar as metas da OMT serve também para desenvolver projetos, estatísticas e análise do mercado, promovendo a troca de experiências entre os seus membros. A OMT tenta, portanto, contribuir com o turismo mundial por meio de eliminação ou redução de medidas governamentais, bem como padronização de exigências de passaporte, acesso aos viajantes e segurança (Organizacion Mundial del Turismo, 1998).
Alguns projetos específicos do PNUD ocorrem no Caribe, Cancun e Leste Europeu. Exemplos concretos, segundo Goeldner (et alli, 2002), seriam a rota da seda, contando com 16 países da Ásia e Europa e a rota dos escravos, locais visitados por Marco Pólo. Outro ponto importante, sob coordenação da OMT é o projeto da padronização dos currículos internacionais (GTAT), que possibilita a troca de experiências dos estudantes (Organizacion Mundial del Turismo, 1998).
Estas são algumas das atividades desenvolvidas pela OMT, fica claro sua importância no cenário mundial e sua representatividade. Indícios claros que o turismo, apesar de ser entendido como momento de lazer, possui uma força política grande, por isso da necessidade de um campo de conhecimento autônomo, que viabilize o direcionamento das diversas atividades de lazer que estão sob sua influência em determinado território.
Outro grande representante mundial do turismo é seu conselho. O Conselho Mundial de Viagem e Turismo (WTTC) é a coalizão global dos cem (100) mais importantes executivos do setor. Dentre estes estão, a hospedagem, cruzeiros, entretenimento, recreação, transporte e serviços relacionados a viagens. Estabelecido em 1990 o WTTC é coordenado por um comitê executivo de 15 membros. Seus objetivos são de coordenar e pesquisar as tendências do mercado turístico, os impactos econômicos, a oferta e a demanda nos países emergentes, os cenários futuros para o mercado do turismo, as políticas governamentais dos diferentes países do mundo, enfim, análise detalhada do turismo através dos seus relatórios e pesquisas.
Pode-se dizer que a OMT possui uma visão ampla do turismo, pensando em aspectos culturais, sociais, ambientais, inter-raciais e educacionais, já o conselho tem um componente econômico fundamental, pois seus relatórios servem como norte para os grandes investidores da área de turismo.
As organizações internacionais regionais propiciam um direcionamento das políticas da OMT, ao agregar força os países conseguem maior financiamento e direcionamento, já que muitas vezes os turistas passeiam por uma mancha turística, isto é, diversos países integrados com potencialidades turísticas, caso da Europa central, do Oriente Médio e da Oceania. Para citar as mais importantes organizações temos, a Organização da Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Associação para o Turismo da Ásia e do Pacifico (PATA) e Comissão Européia de Viagens (ETC).
Toda esta discussão procurou mostrar que existem inúmeras organizações que representam o turismo e suas atividades paralelas, como o lazer. Fortalecendo a tese que existe uma diferenciação do que se discute na teoria sobre o lazer e o turismo, daquilo que existe no mundo concreto. Para maior visualização colocar-se-á as organizações brasileiras em destaque, mostrando a diferença de importância entre o lazer e o turismo no caso brasileiro.
As Organizações brasileiras de turismo e lazer: espelho das organizações internacionaisAs organizações de turismo brasileiras têm como maior representante o Ministério do Turismo, este é dividido em (a) Conselho Nacional de Turismo, tem a proposta de implementar um modelo de gestão pública descentralizada e participativa, estabelecendo canais de interlocução com as Unidades da Federação, a iniciativa privada e o terceiro setor. (b) Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, este órgão compete subsidiar a formulação dos planos, programas e ações destinados ao desenvolvimento e fortalecimento do turismo nacional, através de apoio técnico, institucional e financeiro necessário ao fortalecimento da execução e participação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (c) EMBRATUR - Instituto Brasileiro de Turismo. A Embratur foi criada no Rio de Janeiro, 1966, como Empresa Brasileira de Turismo. Com a criação do Ministério do Turismo, em janeiro de 2003, a EMBRATUR passa a cuidar exclusivamente da promoção do Brasil no exterior.
Já o lazer é representado pela Secretária Nacional de Desenvolvimento do Esporte e Lazer, sob coordenação do Ministério do Esporte. A idéia da secretaria é de utilização do esporte e do lazer para a inclusão, voltadas para a consolidação dessas práticas sociais como direitos sociais e, portanto, como política pública de governo que viabilize e garanta o acesso da população brasileira, em todos os seus segmentos etários (criança, adolescente, jovem, adulto, idoso, bem como pessoas com deficiência e com necessidades educacionais especiais), através de ações contínuas de esporte e lazer que respondam às necessidades localizadas nesse campo da vida social.
Percebe-se claramente que mesmo nos discursos apresentados pelas duas áreas, há do lado do turismo a idéia de gestão e implementação de ações práticas através de seus organismos e secretarias, do outro lado, o lazer fica no plano do discurso de inclusão e integração (Almeida e Gutierrez, 2005). Percebe-se que a formação prática e pró-ativa do turismo é evidente, enquanto que o discurso humanista preocupado com valores sociais fica por conta do lazer. Enquanto a Embratur tem como função estimular as atividades turísticas através de financiamento e apoio dos diferentes Ministérios, planejando os mercados internacionais do turismo, como Argentina, Chile, Alemanha, Reino Unido e França, a Secretaria de Desenvolvimento do Esporte e Turismo propõe ações sócio-educativas e jogos escolares.
O lazer também é utilizado como instrumento de auxílio no vasto esquema educacional, que visualiza a promoção humana e o progresso social, o caráter educativo e pedagógico justifica a inserção do lazer nas políticas públicas, já que o jogo e o brincar, incontestavelmente, são ações sociais que propiciam o desenvolvimento pessoal e cognitivo. Deste modo, o lazer insere-se na escola, nas atividades com jovens de riscos, nas penitenciárias, nas casas para crianças de rua, nas atividades, nos jogos e nas brincadeiras que são uma importante ferramenta das políticas sociais (Almeida e Gutierrez, 2004).
Enquanto o lazer se apóia nas questões educativas já de pronto, o turismo utiliza a força econômica do setor, como gerador de renda, riqueza, PIB e empregos. Posteriormente estas ações turísticas apresentam preocupações sociais, políticas e educativas, mas antes possui um componente gerencial fundamental. A força política do turismo também reflete no caso brasileiro, se por um lado o turismo possui uma relação com o Itamaraty - através de secretarias nas embaixadas -, o Ministério da Cultura - preservação do Patrimônio histórico e Cultural, promoção de cursos para recepção de turistas e criação de áreas para visitação -, o Ministério do Meio Ambiente - preservação ambiental e ecoturismo - e o Ministério da Ciência e Tecnologia - pelas pesquisas de viabilidade turística, - por outro lado, a Secretaria de Desenvolvimento do Lazer e Esporte fica subordinada a ações de outros Ministérios como Educação e Cultura, que muitas vezes atuam na área do lazer sem sequer necessitar de apoio logístico ou pessoal. Estes são alguns exemplos que demonstram a força do turismo no cenário nacional em detrimento do lazer.
Outro ponto a se destacar neste estudo é o da importância do turismo na política nacional, desde alocação dos recursos nas diretrizes orçamentárias (ampliação de recursos de 150% nos últimos dez anos) (Neto, 2002), viabilidade de financiamento via BNDES através de projetos como o Prodetur e Fungetur até a influência nas secretarias estaduais e municipais.
Com o projeto federal de municipalização do turismo haverá em cada município uma secretaria de turismo, que terá contato direto com o governo federal, BNDES, Itamaraty e Embratur. Enquanto isso o lazer ficará subjugado a própria secretaria de turismo municipal, ou pelas secretarias de cultura, educação ou esporte.
Considerações finaisA idéia deste texto não é minimizar a influência da teoria do lazer frente ao turismo, mas apresentar que o turismo pela sua força histórica possui uma estruturação política potente. Sua facilidade de gerenciamento aponta para as ações claras e palpáveis, enquanto o lazer vê-se pulverizado em diferentes ações administrativas, incluso do próprio turismo. Devido a esta estruturação do turismo suas ações práticas são consistentes, possibilitando um direcionamento político que viabilize os planejamentos estratégicos para o setor. Todo este discurso fica claro ao analisarmos as organizações internacionais e mundiais de turismo, suas diretrizes e projetos, bem como, no Brasil, que reflete o que acontece ao nível mundial, com projetos de longo prazo como os Programas de Desenvolvimento do Nordeste, turismo de Negócios de São Paulo, Projeto Rio, Programas de Ecoturismo no Mato Grosso do Sul, Amazônia, Goiás e Bahia, entre outros.
Cabe lembrar que não são lineares as comparações das discussões teóricas sobre o lazer com as ações práticas e grupos de controle da política e das organizações. Pois a discussão a respeito de políticas de lazer e turismo é muito distinta da discussão sobre o objeto de pesquisa lazer e seus conteúdos. A passagem de um referencial para outro é cheio de conseqüências e transformações. Enquanto a pesquisa teórica busca ampliar o conhecimento acumulado a respeito de um determinado assunto, a prática organizacional busca a ampliação do poder dos agentes e o controle político de suas bases. Assim, o investimento na área de lazer e turismo deve entrar em disputa com outras secretárias, tornando inviável, muitas vezes, a opção por uma nas políticas públicas de lazer.
Por isso o lazer é uma opção fraca politicamente, estando, dentro do cenário político em segundo plano, tendo em vista os campos como educação saúde, habitação ou o próprio turismo. Pensar a política de lazer é praticamente sinônimo de pensar em formas de aumentar o peso da área dentro da constelação mais ampla de alternativas de investimento que se apresentam para os governantes, a partir da inserção num quadro nacional com forte influência das práticas de sustentação no poder, onde governar muitas vezes confunde-se, ou até mesmo resume-se a distribuir verbas e cargos. Conclui-se que o lazer não possui a mesma importância política se comparado às discussões teóricas deste tema.
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revista
digital · Año 11 · N° 101 | Buenos Aires, Octubre 2006 |