As teorias implícitas de orientadores da Escola
Naval/Brasil sobre a educação física |
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*Mestre em Educação - UFRN. Membro da Comissão Científica da Confederação Brasileira de Orientação. Vice-Presidente da Federação de Orientação do Estado do Rio de Janeiro. Técnico da Equipe de Orientação da Escola Naval **Mestre em Educação - UFRN. Professora da Rede Pública do Estado do Rio de Janeiro - (JIJC). ***Doutor em Ciências da Educação - Universidade de Havana, Cuba. Professor Titular do Departamento de Educação - UFRN |
Marcelo Pereira Marujo* marcelo.orientador@uol.com.br Lidiane Estevam Lima Marujo** marcelolidiane@uol.com.br Isauro Beltrán Núñez*** isaurobeltran@yahoo.com.br (Brasil) |
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http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 11 - N° 100 - Septiembre de 2006 |
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Introdução
Relevância do estudo
Os estudos sobre a formação constituem-se numa perspectiva de desenvolvimento profissional; assim, as Teorias Implícitas se fazem presente em toda essa trajetória. Estas Teorias, por permearem todo esse processo também colaboram para a constante re-construção do desempenho formativo cotidiano. Ademais, para que aconteçam mudanças significativas nas ações devemos contribuir para a mobilização contínua do pensamento. As Teorias Implícitas dos orientadores podem ser um fator preponderante para se reestruturar a formação. Por conseguinte, objetivamos neste estudo, proporcionar subsídios à instituição formadora, dentre outras variantes, a fim de favorecer as estratégias de pensamento dos orientadores sobre a Educação Física e o Desporto1 Orientação.
ProblemáticaA problemática deste estudo converge-se à necessidade de se repensar a formação dos orientadores, de maneira a superar com o ensino tradicional e academicista e também desenvolver por intermédio da ecologia cognitiva2 (LÉVY, 1993) novos direcionamentos em prol de uma melhor performance educacional. Ademais, o ambiente substancial para e desenvolvimento do ensino, especialmente, intrínsecos à Orientação/Educação Física será a natureza. Dessa maneira, traçar novas metas com objetivo construtivista, onde as já superadas visões academicistas e instrumentais da formação não sejam objeto de interferência para tal progresso. Sob esse prisma, possivelmente os futuros orientadores integrados com essa visão se afastarão das especificidades do ensino técnico. Portanto, as Teorias Implícitas serão consoantes expressivas para o desenvolvimento, numa perspectiva construtivista, da formação.
Categorias teóricasFundamentados na supracitada ótica, dialogaremos com as Teorias Implícitas e a formação; logo, observaremos na seqüência o posicionamento sobre as mesmas:
Teorias implícitas:
Definiremo-as como uma sintetização de conhecimentos socio-culturais e de experiências subjetivas as quais integramos em nossa vida cotidiana. Constitui-se num pensar impregnado de praticidade e/ou de um conhecimento cotidiano. A sua construção provém da interação dos indivíduos em distintos contextos sociais, onde o ambiente participativo é peculiar de limitado grupo cultural. As Teorias Implícitas são expressivas condutoras das ações; pois, possuem a capacidade de redimensionarem o pensamento em prol das referidas ações. São teorias porquanto se constituem num conjunto integralizado e procedente de idéias específicas de um certo ambiente cognitivo. São implícitas porque os indivíduos não têm consciência de sua existência e; portanto, não são acessíveis pela consciência e, ainda, muito difíceis de serem externalizadas. Expressam-se quando a atividade tem uma orientação pragmática que exige uma reflexiva visão sobre a realidade construída (MARRERO, 1988; RODRIGO; RODRÍGUEZ; MARRERO, 1994; DELGADO; LICONA, 2002).
Formação:
A formação representa o desenvolvimento social do indivíduo, principalmente, quando essa trajetória segue dialogando reflexivamente com teorias diversas sempre na intenção de agregar valores ao sujeito como profissional e, em especial, como ser humano. Nessa perspectiva, consideramos imprescindível a constante interação com novas informações, porque acreditamos que uma formação contemporânea necessita de uma revisão contínua de suas concepções. A formação é a constituição do processo contínuo de construção da identidade profissional. A construção de conhecimentos considera a aprendizagem como necessária e imprescindível para tal, ou seja, possibilita se trabalhar as Teorias Implícitas, mediante uma estratégia dialética, de forma reflexiva e crítica (RAMALHO; NÚÑEZ; GAUTHIER, 2003; NÚÑEZ; RAMALHO, 2004; MARCELO GARCÍA, 1999).
Objetivo do estudoO objetivo do estudo é conhecer as Teorias Implícitas de orientadores sobre a Educação Física por intermédio de suas Tendências.
Questões: teórica e metodológicaAs questões teórica e metodológica do estudo sobre as Teorias Implícitas nos apoiarão com a finalidade de melhor compreender a interação das Teorias Implícitas. O desenvolvimento dessa teoria teve origem no processamento das informações. A Corrente Cognitiva começou estudar as Teorias Implícitas através da observação. Anos depois surgiu a Corrente Construtivista, a qual passou a estudar as Teorias Implícitas por intermédio de um Questionário Normativo e dessa forma vem se despontando nas pesquisas sobre o tema, conseqüentemente, está norteando nosso estudo.
Contexto da pesquisaA pesquisa foi desenvolvida na primeira Escola de nível superior a funcionar no Brasil, a Escola Naval, fundada em 1808 e sediada desde de 1937 na Ilha-fortaleza de Villegagnon - cidade do Rio de Janeiro/RJ - Brasil. Todos os 30 participantes da pesquisa são integrantes da Equipe de Orientação da instituição e estão cursando o Bacharelado em Ciências Navais nas seguintes áreas: mecânica, eletrônica, sistemas de armas e de administração de sistemas. Os orientadores estudam em sistema de internato. Os treinamentos da Equipe de Orientação são realizados diariamente. Todos são do sexo masculino. A admissão na Escola Naval: 34% em 2005, 26% em 2004, 28% em 2003, 6% em 2002 e 6% em 2001. Tempo de experiência no Esporte Orientação: 26% mais de 2 anos, 23% de 1 à 2 anos e 51% menos de 1 ano. A média de idade dos componentes da pesquisa é de 20 anos.
Processamento das informaçõesAs informações foram processadas através do software MODALISA 4.53. Este programa de Computação auxiliou de forma considerável no tratamento dos dados; assim, melhorando a qualidade e, sobretudo, agilizando o processamento das informações. Ademais, possibilitou o uso da Estatística Descritiva; por conseguinte, facilitando a interpretação, a organização e a representação dos dados no que concerne às freqüências e aos gráficos.
Questionário normativoO questionário é normativo porque segue algumas regras e procedimentos peculiares e necessários face a sua classificação e, principalmente, para que o seu objetivo seja eficazmente alcançado. Ainda, o referido instrumento tornou-se uma norma para se apreender as Teorias Implícitas. Esse questionário normativo, para apreensão das Teorias Implícitas foi desenvolvido por Marrero (1988) em seus estudos na Espanha no final da década de 80 e foi confeccionado a partir de investigações sobre a história da pedagogia. Nessa ocasião foram caracterizados 5 momentos, os quais foram denominados nas seguintes Teorias: Tradicional - Técnica - Ativa - Construtiva - Crítica. Posteriormente foram transformadas, após apreensões das Teorias Implícitas de certos grupos investigados, sobre as supracitadas teorias, nas seguintes Teorias Pedagógicas: Dependente - Produtiva - Expressiva - Interpretativa - Emancipatória.
Anos mais tarde, também na Espanha, foi realizado um estudo nas mesmas características por Delgado Noguera e Martínez Licona (2002); embora, sobre a Educação Física. Nessa oportunidade os referidos docentes apreenderam as Teorias Implícitas de futuros professores de Educação Física sobre as Tendências da Educação Física e o seu ensino.
Modelo de questionário normativoO Questionário Normativo utilizado em nosso estudo é composto de 50 questões. Cada 10 questões se relacionam com uma das 5 (cinco) Tendências; todavia, estão estrategicamente distribuídas de forma aleatória no questionário com a finalidade de não direcionar nem facilitar possíveis relações. Nesse questionário é de fundamental importância lembrar que cada questão representa um "ponto de vista" (MARUJO, 2004) que se relaciona com uma Tendência. A cada questão está relacionado 8 níveis (0 à 7), onde somente poderá ser associado um nível por questão. Logo, a associação dos investigados para cada questão, a qual possui uma possibilidade de aceitação ou não em níveis que variam de 0 (zero) a 7 (sete), representam o índice de identificação ou não com cada uma das respostas. Assim sendo, cada resposta está representando uma Tendência da Educação Física.
Análise do questionárioNessa etapa fundamentamos a estruturação das Teorias Implícitas obtidas com as técnicas normativas. Observamos pela interposição da Tipicidade4 e da Polaridade5 a aceitação dos pesquisados no que concerne às questões e suas respectivas relações com as notáveis teorias. Dessa maneira, obtivemos um ponto entre o nível de conhecimentos e o de crença. Houve também a eliminação de alguns itens extremos. Numa outra vertente, em relação a validação do instrumento, este foi estudado por dois profissionais: um especialista no ensino de Educação Física e o outro especialista em Educação. Nessa ocasião foi sugerida e, por conseguinte, efetuada algumas alterações com a intenção de melhor favorecer o seu entendimento.
Tendências da Educação FísicaAs Tendências da Educação Física originadas de estudos históricos sobre a Educação Física e o seu ensino, as quais fundamentaram as investigações dos referidos pesquisadores foram as mesmas que nos propiciaram apreender as Teorias Implícitas de orientadores da Escola Naval. As Tendências são: Saúde, Educativa, Recreativa, Expressiva e Rendimento.
Numa análoga trajetória, relacionamos os procedimentos desenvolvidos na referida investigação e, ainda, tivemos o cuidado de fazer um levantamento histórico sobre a Educação Física e seu ensino no Brasil e suas Tendências. Outrossim, relacionamos os conteúdos que fundamentam as Tendências da Educação Física no contexto espanhol ao documento oficial que legaliza o ensino da Educação Física no Brasil, especialmente, na Licenciatura: DCCEF6/ Resolução 07/2004-CEN/CES7.
Tendências em distintos contextosMediante essas associações constatamos que os conteúdos das Tendências: Saúde, Educativa, Recreativa, Expressiva e Rendimento extraídas do contexto da Educação Física e do seu ensino na Espanha possuem consideráveis semelhanças aos conteúdos que direcionam o ensino da Educação Física no Brasil. Destarte, consideramos procedente, mediante consonante relação que fundamenta as Tendências nos dois contextos, apreender as Teorias Implícitas de orientadores da Escola Naval.
Orientação desportivaA Orientação é um esporte completo, interdisciplinar e bastante favorável ao desenvolvimento intelectual, físico e psíquico dos seus participantes. A Orientação também estreita o contato com a natureza; pois, sempre é praticada em áreas naturais (CBO, 2005).
A Orientação também favorece a constatação de problemas e sua conseqüente resolução, encoraja os seus participantes a tomarem decisões e aparece como uma área bastante favorável ao desenvolvimento de pesquisas. Além disso, a integração do esporte com a natureza é imprescindível para despertar a consciência ecológica e o instinto preservacionista em seus participantes.
Além disso, acreditamos que por intermédio da Educação / Esporte / Natureza conseguiremos, não apenas suscitar cada vez mais a conscientização ecológica em seus participantes; mas, sim, deixar a passividade e projetar-se no plano ativista em prol da defesa do meio ambiente. Portanto, corroboramos a idéia, anteriormente apresentada, da ecologia cognitiva, na qual torna-se uma meta para ultrapassarmos a visão isolada de conceito, mostrando que fora da coletividade, desprovido do ambiente, o indivíduo não pensaria (LÉVY, 1993). Por conseguinte, apresentamos a Orientação como um agente aliado e inter/trans/pluridisciplinar, a qual pode contribuir com a desenvoltura de sistemas educacionais através de seus distintos níveis.
A seguir apresentaremos as vertentes da Orientação (CBO, 2005):
A VERTENTE COMPETITIVA constitui-se num conjunto de ações destinadas à formação do atleta, o respeito pelos demais competidores, à busca da vitória, e ao trabalho dos clubes/federações/confederações, com o principal escopo de contribuir para com o crescimento progressivo da Orientação.
A VERTENTE AMBIENTAL diz respeito à produção das normas de proteção ambiental da competição, às regras e às ações educativas que envolvem organizadores, atletas/participantes e adeptos, tendo como objetivo assegurar o mínimo de impacto ao meio. Nesta situação, onde o campo de atuação é o meio natural e o praticante é levado a respeitar o "habitat" dos animais e as áreas sensíveis, cria-se uma relação íntima do homem com a natureza.
A VERTENTE PEDAGÓGICA corresponde ao conjunto de ações que visam colocar o desporto Orientação a serviço do aluno. Nesse caso, procura-se a melhor qualidade do ensino e a motivação do aluno, não importando a performance; todavia, a participação, visando a formação do indivíduo para o exercício da cidadania e para a prática do lazer, sobretudo, em contato com a natureza.
A VERTENTE TURÍSTICA possibilita ao desporto Orientação ser trabalhado como uma atividade que promova o deslocamento de pessoas para a prática do lazer e esporte de forma competitiva, recreacional e muito prazerosa, em especial, em ambientes naturais e espaços urbanos, mesmo nesses referidos espaços utilizamos ambientes agradáveis e com belezas naturais expressivas. Em geral, os eventos transcorrem envolvendo emoções, adrenalinas e aventuras limitadas, exigindo o uso de técnicas e equipamentos específicas e adoção de procedimentos para garantir a total segurança pessoal e de terceiros e o respeito ao patrimônio ambiental e socio-cultural.
Mediante as vertentes relacionadas, acreditamos no potencial da Orientação como disciplina capaz de interagir com a Educação, sempre no intuito de subsidiar o crescimento cognitivo, físico e psicológico dos orientadores.
ResultadosConsideramos relevantes neste momento elucidar que as Teorias Implícitas da Educação Física, por serem compostas de um conjunto de questões relacionadas a uma teoria, em alguns casos não retratam exatamente as idéias dos sujeitos.
Nessa perspectiva, os resultados da tipicidade e polaridade nos mostram as teorias mais significativas e também as suas respectivas procedências.
A respeito da tipicidade consideramos satisfatório o índice médio de 4,96 auferido entre as teorias. Logo, as teorias da Saúde e do Rendimento apresentaram-se entre os resultados mais expressivos.
Em relação ao índice de polaridade os resultados positivos das teorias demostram a associação dos indivíduos as mesmas; por conseguinte, da mesma maneira ocorreu a predominância da teoria da Saúde seguida da teoria do Rendimento. As demais teorias: Recreativa, Expressiva e Educativa não apareceram com a mesma importância para os orientadores.
ConclusãoConcluímos ser o questionário das Teorias Implícitas da Educação Física um eloqüente instrumento, sobretudo, por nos possibilitar avaliar o efeito do ensino da Educação Física no orientador; assim, nos permitindo diagnosticar as suas concepções sobre a Educação Física. Sob essa ótica, estabelecemos a importância do quanto as Teorias Implícitas contribuem para o recrudescimento do processo de intervenção didática.
Portanto, temos por certo que o fato de conhecermos as Tendências da Educação Física dos indivíduos (orientadores, professores, pais, etc.) contribui para saber qual será a função da Educação Física na instituição/sociedade.
Por fim, os resultados retratam muito bem o perfil do coletivo pesquisado. Isto, por se tratar de uma Equipe de Orientação onde os atletas travam uma constante luta em busca da superação de seus limites; logo, privilegiam a saúde e por isso estão sempre em busca de melhores resultados.
Notas
A utilização dos termos esporte ou desporto é perfeitamente correta e aceitável na língua portuguesa. Ambos os termos possuem o mesmo significado; a diferença entre eles é a seguinte: quando se diz esporte, toma-se como base a origem anglo-saxônica do termo e quando se diz desporto, toma-se como base a origem latina do termo.
ECOLOGIA COGNITIVA - Pierre Lévy desenvolveu lucidamente a noção de ecologia cognitiva, na qual avança para ultrapassar a visão isolada de conceito, mostrando que fora da coletividade, desprovido do ambiente, o indivíduo não pensaria. Todas as nossas inteligências nada mais são do que segmentos componentes de uma ecologia cognitiva que nos engloba. O indivíduo, portanto, não seria inteligente sem sua língua, sua herança cultural, sua ideologia, sua crença, sua escrita, seus métodos intelectuais e outros meios do ambiente.
MODALISA 4.5 - Software utilizado para tratamento de dados qualitativos. Programa obtido pelo intercâmbio da UFRN, através da Linha de Pesquisa: Formação e Profissionalização Docente da UFRN com a Universidade de PARIS VIII - FRANÇA.
Tipicidade - È um índice que nos possibilita saber se um indivíduo, no que concerne a concordância com uma determinada teoria, está ou não de acordo com a mesma.
Polaridade - È um índice que nos possibilita mensurar o nível que um indivíduo concorda , com certa exclusividade, com uma determinada teoria.
Diretrizes Curriculares para o Curso de Educação Física.
RESOLUÇÃO N.º 7, de 31 de Março de 2004 - Institui as Diretrizes Nacionais para os cursos de graduação em Educação Física, em nível superior de graduação plena.
Referências
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ORIENTAÇÃO. Escola Natureza. Disponível em: http://www.cbo.org.br. Acesso em: 08, jun. 2005.
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Câmara de Educação Superior. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Educação Física. Disponível em: www.confef.com.br. Acesso em: 15, jun. 2004.
DELGADO NOGUERA, M. A.; ZURITA MOLINA, F. Estudio de las teorías implícitas de la Educación Física en la formación inicial de los maestros en las diferents especialidades. Qué opinan los futuros maestros? Disponível em: www.feadef.gov.es. Acesso em: 20, jul. 2002.
LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: O futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: Editora 34.
MARCELO GARCÍA, C. Formação de Professores: Para uma mudança educativa. Porto Editora, Portugal, 1999.
MARRERO, J. A. Teorías Implícitas y Planifacación del Profesor. Universidad de La Laguna, 1988. Tésis Doctoral no publicada.
MARUJO, M. P. As Teorias Implícitas dos futuros licenciados em Educação Física sobre a Educação Física e o seu ensino. 2004. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2004.
RAMALHO, B. L.; NÚÑEZ, I. B.; GAUTHIER, C. Formar professor - profissionalizar o ensino: perspectivas e desafios. Porto Alegre: Sulina, 2003.
RODRIGO, M. J. Representaciones y procesos en las teorías implícitas. In: RODRIGO, M. J.; RODRÍGUEZ, A. e MARRERO, J. Las teorías implícitas: una aproximación al conocimiento cotidiano. Ed. Visor, Madrid, 1994.
revista
digital · Año 11 · N° 100 | Buenos Aires, Septiembre 2006 |